07.07.2015 Views

caderno da região hidrográfica atlântico nordeste oriental

caderno da região hidrográfica atlântico nordeste oriental

caderno da região hidrográfica atlântico nordeste oriental

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Caderno <strong>da</strong> Região Hidrográfica Atlântico Nordeste Oriental26O deslocamento de frentes frias provenientes deregiões sub-antárticas, ou instabili<strong>da</strong>des causa<strong>da</strong>s peloavanço desses sistemas, constitui o segundo principalmecanismo <strong>da</strong> produção de chuvas no NEB. As frentesfrias penetram na <strong>região</strong> em poucas ocasiões. NoLeste do NEB (Agreste/Zona <strong>da</strong> Mata/Litoral), essessistemas apresentam grande contribuição ao regimede precipitação. Essa sub-<strong>região</strong> recebe o máximo deprecipitação no período de maio a julho, justamentedurante o início do inverno do Hemisfério Sul, épocaem que as frentes frias são mais freqüentes.Distúrbios de leste causam precipitação ao longo deto<strong>da</strong> a zona costeira <strong>da</strong> <strong>região</strong> no outono e no inverno. Aprecipitação no litoral do Ceará a Alagoas apresenta médiasanuais de 1.200 a 2.700 mm e varia até menos de 400 mmno interior <strong>da</strong> Paraíba. Nas Bacias litorâneas de Alagoasao Ceará, a eleva<strong>da</strong> evapo-transpiração determina grandesper<strong>da</strong>s para os reservatórios de acumulação. Os valoreschegam a atingir índices de 3.000 mm/ano no sertão doAtlântico Nordeste Oriental.Os Vórtices Ciclônicos <strong>da</strong> Alta Troposfera ou VórticesCiclônicos <strong>da</strong> Atmosfera Superior - VCAS, tambémconhecidos como baixas frias, atuam sobre o NEB e outrasregiões do Brasil entre os meses de novembro e fevereiro.A atuação dos VCAS ocorre de forma muito irregular e nadependência de seu posicionamento, podem produzir tantochuvas intensas como estiagens em qualquer área do NEBou até mesmo em to<strong>da</strong> a <strong>região</strong>.As brisas são as partes superficiais de uma circulaçãotérmica causa<strong>da</strong> pelo aquecimento diferencial dosoceanos e <strong>da</strong> superfície sóli<strong>da</strong> <strong>da</strong> Terra. O ar sobe sobrepara as áreas mais aqueci<strong>da</strong>s, eleva o ar úmido que,então, condensa, forma as nuvens e produz as chuvas.O ar desce para as áreas mais frias. Por continui<strong>da</strong>de,o vento superficial sopra <strong>da</strong>s áreas mais frias (ondea pressão atmosférica é maior) para as mais quentes(pressão menor), completando a circulação.Estes sistemas são observados no litoral e Zona <strong>da</strong> Mata<strong>da</strong> Paraíba, durante todo ano, e com maior definição nosmeses de outono e inverno, geralmente produzindo chuvasde intensi<strong>da</strong>de fraca a modera<strong>da</strong>.As oscilações de 30-60 dias são pulsos de energia que semove de oeste para leste, na faixa equatorial (MADDENe JULIAN, 1971 apud AMBIENTE BRASIL, 2005).Sobre o Nordeste do Brasil sua atuação ain<strong>da</strong> não é bemestu<strong>da</strong><strong>da</strong>. Sabe-se que esses sistemas atuam por períodosde 10 a 30 dias com falta de chuvas na sua fase positivae com chuvas na sua fase negativa. Esse tipo de atuaçãopode produzir veranicos prolongados, prejudicando aagricultura e a pecuária, mas também pode vir a beneficiálascom chuvas de alguma intensi<strong>da</strong>de naqueles anos quesão considerados secos.Apresenta-se a seguir, uma visão particular <strong>da</strong>climatologia de ca<strong>da</strong> Estado <strong>da</strong> Região Hidrográfica(AMBIENTE BRASIL, 2005).AlagoasCaracteriza-se por apresentar clima quente e úmido namaior parte do Estado, com temperaturas na faixa dos 24 o C.Durante o outono-inverno as chuvas são mais freqüentes eabun<strong>da</strong>ntes, atingindo índices superiores a 1.400 mm/ano.Na porção oeste os ventos úmidos vindos de sudeste sãoretidos pelas serras, o que provoca chuvas, atenuando destamaneira o clima semi-árido.PernambucoDuas tipologias climáticas dominam o Estado de Pernambuco,ca<strong>da</strong> qual em área diversa. Na Baixa<strong>da</strong> Litorânea(Zona <strong>da</strong> Mata) predomina o clima tropical com temperaturaschegando à casa dos 24°C. As chuvas nesta <strong>região</strong> giramem torno dos 1.500 mm anuais sendo maior o índiceno litoral (2.000mm/ano). A exemplo de outras regiões doNordeste, Pernambuco apresenta uma zona de transiçãoclimática entre o clima do sertão (seco) e o do litoral, maisprecisamente, na Zona <strong>da</strong> Mata (úmido).ParaíbaO clima nesta <strong>região</strong> varia de acordo com o relevo. NaBaixa<strong>da</strong> Litorânea e na encosta leste <strong>da</strong> Borborema predominao clima tropical úmido, com chuvas de outono-invernoe estação seca durante o verão.As chuvas no litoral atingem índices de 1.700mm anuaise temperaturas na casa dos 24°C. Seguindo para o interioras chuvas diminuem (800 mm – encosta Leste <strong>da</strong> Borbore-

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!