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caderno da região hidrográfica atlântico nordeste oriental

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Caderno <strong>da</strong> Região Hidrográfica Atlântico Nordeste Oriental48se observa uma <strong>da</strong>s maiores pressões <strong>da</strong> ação antrópicasobre a vegetação nativa. Os avanços <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong>des deexploração madeireira (lenha) e pecuária no sertão nordestinovêm contribuindo para o aumento dos impactosna caatinga, com expressiva modificação <strong>da</strong> coberturavegetal original deste ecossistema e, ain<strong>da</strong>, com efeitosadversos para o solo, como pode ser claramente observadona Figura 5.A caatinga, vegetação xerófita aberta, de aspecto agressivodevido à abundância de cactáceas colunares e também, pelafreqüência dos arbustos e árvores com espinhos, distinguefisionomicamente esse bioma. No entanto, encontram-se,encrava<strong>da</strong>s nessa extensa zona, áreas privilegia<strong>da</strong>s por chuvasorográficas, isto é, causa<strong>da</strong>s pela presença de serras eoutras elevações topográficas, que permitem a existência dematas úmi<strong>da</strong>s, regionalmente conheci<strong>da</strong>s como brejos. Umtipo de ecossistema presente na <strong>região</strong> são os brejos de altitudedo Nordeste.O ecossistema agreste, como faixa de transição entre aZona <strong>da</strong> Mata e o sertão, caracteriza-se por uma diversi<strong>da</strong>depaisagística, contendo feições fisionomicamentesemelhantes à mata, à caatinga, e às matas secas. Dentro<strong>da</strong> Região Hidrográfica Nordeste Oriental, esta faixa estende-sedesde o Rio Grande do Norte até o limite sul <strong>da</strong>Região, no Estado de Alagoas.Ativi<strong>da</strong>des agropastoris caracteriza<strong>da</strong>s por sistemas deprodução gado/policultura são desenvolvi<strong>da</strong>s no Agreste,sendo esta zona, responsável por boa parte do abastecimentode alimentos do Nordeste. Nela são produzi<strong>da</strong>shortaliças, frutas, ovos, leite e seus derivados, além degado de corte e aves. Ela fornece, também, fibras de algodão,sisal e óleo vegetal como matéria-prima para aindústria (SUASSUNA, 2005).A Zona <strong>da</strong> Mata Atlântica, que ocupa uma faixa litorâneaque se estende do Rio Grande do Norte a Alagoas,dentro <strong>da</strong> <strong>região</strong> estu<strong>da</strong><strong>da</strong>, sofreu desde a época colonial,desmatamento para a implantação <strong>da</strong> cultura canavieirae outros impactos decorrentes dos diferentes ciclos deexploração. A concentração <strong>da</strong>s maiores ci<strong>da</strong>des e núcleosindustriais fizeram com que a vegetação natural fossereduzi<strong>da</strong> drasticamente restando menos de 1% <strong>da</strong> florestaoriginal, como mostra a Figura 9.Atualmente, a despeito de esforços para preservação <strong>da</strong>mata, o extrativismo vegetal e a cultura <strong>da</strong> cana-de-açúcar,representam as ativi<strong>da</strong>des de maior impacto sobre omeio ambiente nessa área.A Mata Atlântica tem várias “espécies-símbolos”, querepresentam a <strong>região</strong> e são utiliza<strong>da</strong>s em campanhas deconscientização para a proteção desse ecossistema. Dentreelas, algumas espécies de primatas endêmicos, comoos mico-leões (gênero Leontopithecus) e as duas espéciesde muriquis (gênero Brachyteles).

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