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RoMA coNtRA-AtAcA - CNM/CUT

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vimento Agrário (MDA), avalia projetose os reúne nos diversos grupos de slowfood. “Nosso papel é dar voz às comunidades,junto com os chefs e a universidade”,afirma. Ela critica o enfoque dadopela mídia ao slow food no Brasil. “Falamsó da coisa do comer devagar e da altagastronomia.”Papel do consumidorParte essencial do movimento está nasmãos do consumidor. Ele é tão importanteque, quando associado à rede, ganhaa denominação de “co-produtor”.Mais do que a contribuiçãofinanceira (10 eurosanuais para membros degrupos ou 30 euros individualmente),cabe a ele ajudara divulgar os alimentos.O Brasil possui dez dessesgrupos, chamados de convivia(no singular, convivium):o Amazônia, em Belém,o Empório do Sertão,em Montes Claros (MG), o Florianópolis,o Fortaleza, o Piracicaba (SP), o Riode Janeiro, o São Paulo, o Belo Horizonte,o Brasília e o Pirenópolis (GO).O maior e mais antigo é o carioca,comandado pela gastrônoma MargaridaNogueira. Ela viajou em 1999 paraA correia detransmissão domovimento sãoos produtos quepreservam ascaracterísticasculturais locais,os ciclosecológicos ea economiapopulara Itália e encontrou líderes do slow foodque não conseguiam entender por queum país tão rico em diversidade como oBrasil não tinha convivia. Ao voltar parao Brasil, criou o do Rio, com a ajuda deamigos. Hoje tem cerca de 50 pessoas.Elas costumam se reunir para degustaros alimentos brasileiros do Terra Madree criar pratos. “É tarefa difícil, num paíscontinental, obter todos os produtos”, dizMargarida. Na ceia de Natal, por exemplo,em lugar das castanhas importadasestavam as brasileiras, como a de baru,produzida em Pirenópolis.“Sempre descobrimosprodutos diferentes, quesão da nossa própria terrae dos quais nenhum de nóstinha ouvido falar”, comemora.Uma das pérolas é oarroz-vermelho, do Piauí,que chegou no início da colonização,mas foi descartadopelos portugueses pormotivos comerciais.Ela conta que, nos jantares promovidospara o consumidor comum, é muitofreqüente os produtos acabarem rápido –contrariando um tanto a idéia da refeiçãolenta. “As pessoas ficam impressionadas equerem saber de onde eles vieram.”Segundo Roberta de Sá, o Terra MadreSem pressaSpada: “Quero ficarfora do caos, viveruma vida saudável”jr. Panela38 ) Revista do Brasil ) abril ) 2007

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