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RoMA coNtRA-AtAcA - CNM/CUT

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ConscientizaçãoRoberta de Sá: “Nosso papel é darvoz às comunidades, junto comos chefs e a universidade”Augusto Coelhotem 150 sócios no Brasil. “Mas há muitomais gente envolvida nos projetos, poiscada pessoa representa 60 comunidades,que podem ter desde 20 até 1.000 famílias”,calcula. “Por outro lado, não temosos consumidores conscientes. Estamosprecisando exatamente disso – os consumidoresé que dão o apoio, que vãodivulgar o projeto.”Slow citySe o tempo não pára, em algumas cidadesele passa mais devagar. Elas fazemparte da rede internacional das slow cities,conhecidas no Brasil como cidadesdo bem-viver. O movimento deriva doslow food. Está em 30 cidades italianas ese expandiu por países como Alemanha,Noruega, Reino Unido, Polônia, Portugale Espanha. Duas cidades brasileiras estãoincluídas: Antônio Prado (RS) e Tiradentes(MG). O objetivo é resistir à homogeneização,apoiar a diversidade cultural eas especialidades locais.O secretário de Turismo, Cultura eMeio Ambiente de Tiradentes, MarceloGomes, diz que a cidade de 7 mil habitantesnão precisou mudar de ritmo para sercertificada – as características do bemviverjá estavam presentes. “Nossa preocupaçãoé mantê-las”, diz. A participaçãono movimento não diminuiu a atividadeBrasil tem tudo para ser líderO italiano Piero Sardo esteveno Brasil em novembro,em evento promovido peloMinistério do DesenvolvimentoAgrário. “Todos, não só a elite,têm direito ao prazer à mesa, anão comer imundícies. A idéiaé criar a Grande Internacionalda Comida. O Brasil podeser líder de um movimentonão só sul-americano, masamericano”, acredita.Por que o Brasil pode lideraro slow food nas Américas?A partir de 2008 o encontrodo Terra Madre será regional:África, Ásia etc. Na Américado Sul deverá ser aqui, pois háatenção para o tema. Há umgoverno com estratégia fortepara agricultura familiar, comas contradições que sabemos,como os transgênicos, mas nãohá outro país com essa atenção.Como é em outros países?Nos EUA, o movimentoé espontâneo, privado, ogoverno não está nem aí.No México há, mas não comessa dimensão. Na Itália,há uma dificuldade muitogrande, estão convictos deque a economia familiar estásuperada. Mesmo ativistaspensam isso, e no governo deesquerda.Nossa terra ajuda?Nossos vinhos, por exemplo,estão muito padronizados.Fazemos como os americanosfazem, vinhos compreensíveise com sensações fortes. Aquio terreno é extraordinário. E émais fácil aprender a fazer osbons vinhos do que recuperara terra. Mas deve-se manter aidéia de vinho íntegro, natural,respeitando o território.O que o senhor provoupor aqui?Fiquei numa casa decamponeses perto dePirenópolis e comi muitobem. Frango com ervas. Asmatérias-primas são muitoboas. E nem falamos davariedade de frutas. Na carne,é preciso fazer alguma coisapara melhorar.Qual a responsabilidade doconsumidor na manutençãodos alimentos tradicionais?Inútil dizer “a culpa ésua”. É preciso educar. Nomomento em que a famílianão explica mais a origemdos alimentos, não vai maisao campo, permite que ofast food invada o espaço.Ela deve fazer escola, fazero slow food, sem culparninguém.Sardo: “É preciso educar.A família deve explicar a origemdos alimentos”Arquivo Slow Food2007 ) abril ) Revista do Brasil ( 39

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