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NOTAS |
Tecnologia a serviço da audição
A perda auditiva atinge um grande número
de pessoas em todo o mundo. De todas as
deficiências que atingem os sentidos, é ela a de
maior incidência – estima-se que cerca de 500
milhões de pessoas (10% da população mundial)
possuem alguma alteração na audição.
A redução ou perda total da audição podem
ter causas diversas: antecedentes familiares,
doenças congênitas ou adquiridas durante a
gestação (infecções pré-natais e uso de antibióticos,
droga e álcool), otite (inflamação na orelha
media), traumas (acidentes de trânsito, perfuração
por objetos enfiados dentro do ouvido etc.).
Além disso, no mundo moderno, as pessoas
estão cada vez mais expostas a situações de
ruídos, sem se dar conta disso. Em quase todas
as situações profissionais e de lazer, há sempre
uma atividade sonora. Dependendo do tempo
de exposição e do nível de intensidade a que se
fica exposto, os ruídos altos e barulho excessivo
também podem causar perda auditiva.
Em geral, a percepção de que há algo de
errado com a capacidade de ouvir só acontece
quando a lesão auditiva já está em estado avançado.
A principal limitação das pessoas que sofrem
perdas auditivas está associada à capacidade
de interação social. A deficiência auditiva pode
acarretar uma série de dificuldades de interação
do indivíduo com o meio social. Ao problema
auditivo somam-se outras dificuldades e outras
doenças, como, por exemplo, dificuldade para se
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comunicar, pressão alta, depressão, dificuldade
de concentração e compreensão etc.
Tecnologia e superação
O avanço da tecnologia tem procurado minimizar
os danos e efeitos das perdas auditivas,
nos diferentes graus em que ela se apresenta.
Com o desenvolvimento de microprocessadores
cada vez menores, a tecnologia digital foi introduzida
nos mais modernos aparelhos auditivos.
Desse modo, os aparelhos digitais podem ser
programados pelo profissional de saúde auditiva
por meio de computador. Os sinais acústicos são
transformados em um código binário em alta
velocidade e com enorme precisão, permitindo
assim ajustes às necessidades de cada pessoa.
Segundo Talita Sunaitis Donini, gerente de
produtos de adaptação pediátrica da Phonak
do Brasil, empresa suíça que desenvolve esse
tipo de tecnologia, como o tipo e o grau da perda
auditiva variam de pessoa para pessoa, há
diferentes modelos de aparelhos auditivos.
No centro auditivo da Phonak, instalado no
Centro Empresarial de São Paulo, é confeccionada
uma grande variedade deles, sob medida e
adequados às necessidades pessoais apontadas
pelos médicos. Eles podem ser classificados pelo
design e pela tecnologia: existem os modelos intra-aurais
(ITE) e os modelos retroauriculares (BTE).
Os intra-aurais são usados dentro do ouvido.
Bem aceitos em termos estéticos, cobrem
Por Fernando Caldas
perdas auditivas de leves a moderadas. Os
menores modelos intra-aurais são os CIC (micro-canal),
que podem ser usados inteiramente
dentro do canal, tornando-se quase invisíveis.
Os modelos retroauriculares (BTE), usados atrás
da orelha, são versáteis e potentes e servem para
todos os graus de perda auditiva, sendo particularmente
apropriados para casos de perda auditiva
severa e necessidades especiais referentes à audição
em difíceis situações auditivas.
Talita Sunaitis Donini