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Salim Lamha, diretor e sócio fundador da MHA Engenharia
Engenharia: ciclo longo de crescimento
O cenário para a engenharia também é bastante promissor, na avaliação
de Salim Lamha, diretor e sócio fundador da MHA Engenharia. “Inversamente
ao que aconteceu na década de 1980, quando se consagrou a história do ‘engenheiro
que virou suco – um retrato da crise daquele período –, hoje há falta de
engenheiros no mercado. A quantidade de engenheiros formados não é suficiente
para as expectativas de demanda que temos, seja no plano habitacional,
seja no plano da infraestrutura”, diz ele.
Ele diz que os desafios que o país tem pela frente são muito grandes. Primeiro,
deverá atender adequadamente a Copa do Mundo em 2014, o que implica
investimentos fortes na infraestrutura das cidades, hospedagem, segurança
e mobilidade, não só transporte público, mas também privado. A Olimpíada de
2016, no Rio de Janeiro, será outro evento que não se restringirá a uma cidade
apenas. “Os jogos olímpicos vão movimentar o país. Algumas competições acontecerão
em outras capitais”, destaca Lamha.
A perspectiva otimista para a engenharia não se limita portanto ao próximo
ano, mas projeta-se para toda a década. A MHA, além de estar envolvida em projetos
dos novos estádios e no setor de hospedagem, atua em outros segmentos da
área de infraestrutura que estão em pleno avanço. Salim Lamha destaca a área de
petróleo. “Já existe toda uma demanda de engenharia para a exploração da área
do pré-sal. A empresas precisam estar preparadas, com equipes bem formadas”,
diz o engenheiro.
Mesmo saindo de um ano que enfrentou uma forte crise, a MHA registrou
no período um crescimento da ordem de 35% em relação a 2008. “Apenas
alguns projetos da indústria pesada tiveram interrupção. Nos outros segmentos
não houve nenhuma descontinuidade. Então nossa perspectiva para os próximos
anos é de continuidade do crescimento por conta de todo esse cenário
da economia brasileira. Vamos precisar produzir petróleo, portos, transporte,
ferrovias, novas siderúrgicas, indústrias, estabelecimentos de saúde, shopping
centers, edifícios administrativos e hotéis.
JAN/FEV/MAR – 2010 | | 27