revista tempo de agir ed4.pdf - Sebrae
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As joias brasileiras têm <strong>de</strong>signdiferenciado, são arrojadas, mas sempreestiveram na moda fora do Brasil. Apenasrecentemente, pelos movimentos damídia e da indústria da moda é que têmsido mais apreciadas por aqui.Marlene Lodi| Empresáriase, capacitar a mão-<strong>de</strong>-obra do setor joalheiro, adquirire trocar conhecimento e <strong>de</strong> adotar estratégias parainovar e ven<strong>de</strong>r mais”, anima-se.Setor mais <strong>de</strong>senvolvidoe valorizadoConforme a gerente da Regional <strong>Sebrae</strong> Vales do Taquarie do Rio Pardo, Liane Beatriz Klein, um novoprojeto neste ano – Desenvolver o Setor <strong>de</strong> Gemase Joias <strong>de</strong> Soleda<strong>de</strong> e Guaporé – é o instrumento <strong>de</strong>apoio da instituição a mais <strong>de</strong> 80 empreen<strong>de</strong>dores<strong>de</strong>sta ca<strong>de</strong>ia produtiva. “Renovamos nossas metasfocando em ativida<strong>de</strong>s que levem ao crescimento dascomercializações. Promovemos e apoiamos a realização<strong>de</strong> rodadas <strong>de</strong> negócios e trabalhamos em outrasações que visam a ampliar o acesso das MPEs gaúchasa novos mercados, em âmbito nacional e internacional”,explica. Esta ação segue em vigência até o finaldo próximo ano, tendo como principais metas: elevarem 15% o número <strong>de</strong> novos mercados conquistados;aumentar em 12% o faturamentodas MPEs; e implementar controlesgerenciais em 50% e indicadores<strong>de</strong> gestão em 20% das empresasparticipantes.A gestora da iniciativa, Claudia ReginaKuhn, ressalta que o cronograma<strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s prevê a continuida<strong>de</strong>das capacitações voltadas ao <strong>de</strong>senvolvimentotécnico para aprimorar a produção e o <strong>de</strong>sign dos produtos.“A região é rica em matéria-prima e nossa intençãoé estimular os empresários a investirem nas novastecnologias, que agregam valor às pedras in natura”,afirma. Entre outras linhas <strong>de</strong> trabalho, o projeto tambémestá engajado na meta nacional do tra<strong>de</strong> <strong>de</strong> instituirnormalização para o ramo joalheiro. A <strong>de</strong>finição<strong>de</strong> regras oficiais acerca <strong>de</strong> confecção e comércio daspeças tem sido <strong>de</strong>batida entre as entida<strong>de</strong>s competentes,a classe empresarial e a Associação Brasileira <strong>de</strong>Normas Técnicas (ABNT).A gerente Liane lembra que o <strong>Sebrae</strong>/RS <strong>de</strong>senvolve<strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2005 programas <strong>de</strong> apoio para qualificaçãoe aumento da competitivida<strong>de</strong> entre MPEs fabricantese ven<strong>de</strong>doras <strong>de</strong> gemas, joias e artefatos <strong>de</strong> pedraspreciosas e semipreciosas da região. Os parceiros doatual projeto são: prefeituras municipais <strong>de</strong> Guaporée Soleda<strong>de</strong>, Associação Pró-<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> Soleda<strong>de</strong>(Aprosol), Sindijoias Guaporé, Sindicato dasIndústrias <strong>de</strong> Joalheria, Mineração Lapidação, Beneficiamentoe Transformação <strong>de</strong> Pedras Preciosas do RS(Sindipedras), Associação do Comércio <strong>de</strong> Joias, Relógiose Óptica do RS (Ajorsul), Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> PassoFundo (por meio do Centro Tecnológico <strong>de</strong> Gemas <strong>de</strong>Soleda<strong>de</strong>), Serviço Nacional <strong>de</strong> Aprendizagem Industrial(Agência <strong>de</strong> Extensão Profissional Senai Soleda<strong>de</strong>)e Instituto Brasileiro <strong>de</strong> Gemas e Metas Preciosos(IBGM-Apex).País privilegiadoConforme o Instituto Brasileiro <strong>de</strong> Gemas e MetaisPreciosos (IBGM), a ca<strong>de</strong>ia produtiva <strong>de</strong> gemas, joias eafins compreen<strong>de</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a extração mineral à indústria<strong>de</strong> lapidação, artefatos <strong>de</strong> pedras, joalherias e folheados,bijuterias, os insumos, matérias-primas e as máquinase equipamentos usados no processo <strong>de</strong> produção.Fazem parte <strong>de</strong>ssa ca<strong>de</strong>ia também as estratégias <strong>de</strong>marketing e a incorporação do <strong>de</strong>sign aos produtos.O Brasil é privilegiado com diversida<strong>de</strong> e gran<strong>de</strong> ocorrência<strong>de</strong> pedras preciosas. Dados do IBGM apontamque o País é responsável pela produção <strong>de</strong> mais <strong>de</strong>30% do volume das gemas no mundo (excetuados odiamante, o rubi e a safira) e é um importante produtor<strong>de</strong> ouro, estando em 12º no ranking mundial. O órgãoainda estima que existam em torno <strong>de</strong> quatro mil empresastrabalhando com as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> lapidação, joalheria,artefatos <strong>de</strong> pedras, joias folheadas e bijuteriasem território nacional.O presi<strong>de</strong>nte Hecliton Santini salienta que as realida<strong>de</strong>s<strong>de</strong> cada segmento são promissoras, porém, bastantedistintas. “No ramo das pedras, 80% do volume <strong>de</strong>produção têm como <strong>de</strong>stino final as exportações. Nasjoias, 90% das vendas estão concentradas no mercadointerno”, explica. Para ele, as iniciativas <strong>de</strong> apoio sãoessenciais à conquista <strong>de</strong> mais equilíbrio e progressodo setor, “principalmente em estados como o RioGran<strong>de</strong> do Sul, on<strong>de</strong> a ca<strong>de</strong>ia produtiva é forte em ambasas frentes”.A cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Guaporé, na Serra Gaúcha, figura comoo segundo principal polo joalheiro do País; nas gemas,Rio Gran<strong>de</strong> do Sul e Minas Gerais são os dois gran<strong>de</strong>spolos brasileiros, respon<strong>de</strong>ndo por 70% da produçãonacional. Des<strong>de</strong> que se iniciou o ciclo <strong>de</strong> extração mineral,o setor cresceu a ponto <strong>de</strong> transformar o Estadoem referência na industrialização <strong>de</strong> pedras. Santiniavalia que este segmento investe em profissionalismo,eficiência e mo<strong>de</strong>rnização. Por isso, é bastante competitivoe registra ciclo <strong>de</strong> crescimento: até março <strong>de</strong>2010, o Rio Gran<strong>de</strong> do Sul, por exemplo, já exportou40% a mais do que no mesmo período do ano anterior.“Mas a intenção, aproveitando um momento <strong>de</strong><strong>de</strong>manda em expansão, é diminuir a <strong>de</strong>pendência domercado externo. O i<strong>de</strong>al é que a nossa produção sejamais valorizada pelos brasileiros. Para isso, ações integradascom a indústria da moda e a mídia são bonscaminhos para mostrar a beleza do que é nosso e conquistaro consumidor”, estimula.Brilho da economiaAs pedras preciosas e semipreciosas se <strong>de</strong>stacam naeconomia <strong>de</strong> Soleda<strong>de</strong>. A extração <strong>de</strong> ametistas, <strong>de</strong>ágatas, <strong>de</strong> citrinos e <strong>de</strong> calcitas, principalmente, representa37% do Produto Interno Bruto (PIB) do município.De acordo com levantamento do <strong>Sebrae</strong>/RS, 150empresas <strong>de</strong>sta esfera produtiva estão estabelecidas nacida<strong>de</strong>, gerando 1,2 mil empregos diretos. A localida<strong>de</strong>do Norte gaúcho é responsável por 80% do volume <strong>de</strong>exportações <strong>de</strong> pedras do Estado.Em Guaporé, segundo a Secretaria Municipal <strong>de</strong> Indústriae Comércio, há 161 empreendimentos do ramo joalheiro naindústria e 61 no comércio. Juntos alcançam um faturamento<strong>de</strong> or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> R$ 70 milhões anuais, sendo o setor uma dasprincipais bases da economia do município. “Estimativas <strong>de</strong>2006, apontam que, <strong>de</strong>ntro do PIB da indústria, as ativida<strong>de</strong>sem joalheria representam 30%”, <strong>de</strong>staca o secretário PauloRoberto dos Santos. A maior parte dos 21 mil habitantestrabalha com os ramos <strong>de</strong> joias e lingerie, outro segmento noqual é referência.Foto: Dudu Leal26Revista Tempo <strong>de</strong> Agir | Junho 2010Junho 2010 | Revista Tempo <strong>de</strong> Agir 27