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46Neurociências<strong>dos</strong> linfócitos. É possível então montaruma resposta immune eficaz [12]. Poroutro lado, DC que apresentam antígenospróprios secretam fatores envolvi<strong>dos</strong> coma indução de anergia nos linfócitos. A anergiaé um estado de hiporreatividade <strong>dos</strong>linfócitos, estes não se tornam ativa<strong>dos</strong>após o encontro com um antígeno (Figura4), possivelmente devido à intereção comCTLA4 ou PD1 (Cytotoxic T-Lymphocyte--Associated Antigen 4 e ProgrammedCell Death, respectivamente). CTLA-4 énecessário para a indução do processoanérgico. O PD-1 é essencial para manteros linfócitos no estado de não resposta,em parte inibindo a interação estável entreos linfócitos e as células apresentadorasde antígeno [12,13]. Além da anergia, linfócitosautorreativos podem ser leva<strong>dos</strong> àmorte por apoptose através <strong>dos</strong> chama<strong>dos</strong>receptores de morte, como o Fas.Os linfócitos autorreativos podemtambém ser controla<strong>dos</strong> na periferia poroutros linfócitos T, os chama<strong>dos</strong> linfócitosreguladores (Treg) naturais. Estas célulastambém sofrem processo de maturaçãono timo conforme descrito anteriormente.No entanto, por um mecanismo aindapouco conhecido algumas destas célulascomeçam a expressar uma proteínachamada FoxP3. Estes linfócitos quandomigram para a periferia têm capacidadede inibir a ativação e proliferação de outroslinfócitos [14].Assim observamos que o sistemaimune além de aprender a distinguir opróprio do não próprio, selecionando negativamentegrande parte <strong>dos</strong> linfócitosautorreativos também conta com mecanismospara limitar a atividade de célulasna periferia.Um fato bem interessante é que osistema imune às vezes pode ser induzidoa erro. Um fenômeno curioso é o mimetismomolécular. O mimetismo molécularé a semelhança estrutural, funcional ouimunológica entre macromoléculas encontradasem patógenos e em teci<strong>dos</strong>do hospedeiro. Esta semelhança entremoléculas pode ser determinante para odesencadeamento de doenças autoimunes[15]. A resposta imune observadadurante uma infecção podem induzirrespostas autoimunes que atacam edestroem teci<strong>dos</strong> e órgãos do corpo, oestado de tolerância é quebrado e umaresposta imune deletéria é observadacontra autoantígenos. Assim, a semelhançamolecular de um autoantígenocom um antígeno de um patógeno podefavorecer a doença autoimune devido auma reatividade cruzada (Figura 4).Resulta<strong>dos</strong> obti<strong>dos</strong> em nosso laboratórioconfirmaram a reatividade cruzadaentre patógenos e moléculas do tecidocardíaco [16]. O mimetismo molecularentre antígenos do Streptococcus pyogenese a miosina cardíaca tem sido consideradocomo um mecanismo que leva areações autoimunes na febre reumática ena doença reumática do coração [17]. Emnosso laboratório avaliamos em ensaiode proliferação a resposta das células Tobtidas de lesões contra a cadeia leve dameromiosina, peptídeos estreptocócicosM5 e proteínas derivadas de válvula mitral.Vários clones intralesionais de célulasT apresentaram reatividade cruzadaentre os diferentes estímulos. O alinhamentoda meromiosina e de peptídeosda proteína M estreptocócicas mostrouhomologia frequente entre substituiçõesde aminoáci<strong>dos</strong> conservadas. O altopercentual de reatividade contra miosinacardíaca reforçou assim o seu papelcomo um <strong>dos</strong> principais auto-antígenosenvolvi<strong>dos</strong> nas lesões cardíacas reumáticas[18].

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