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Acesse aqui o texto completo dos Artigos referentes às ... - Fiocruz

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66NeurociênciasA comparação de proteomascomo abordagem para o estudoda redundância de proteínas:interesses e limites para acompreensão do fenômeno demimetismo molecularO número de exemplos de mimetismomolecular tem crescido ao mesmo tempoem que se observa um rápido incrementoda quantidade de genomas completamentesequencia<strong>dos</strong>. Além disso, a comparaçãodireta das sequências proteicasde parasitas e hospedeiros pode semostrar uma ferramenta poderosa paraaumentar ainda mais a velocidade deidentificação de estruturas que podemexercer mimetismo molecular. Contudo,apesar de extremamente interessantes,os trabalhos que se servem desse tipode abordagem são escassos na literatura[37-42] . Ao mesmo tempo, talvez por serainda um campo de estudo novo, umaanálise <strong>dos</strong> trabalhos publica<strong>dos</strong> apontapara a falta de critérios para a definiçãodas características necessárias para queuma determinada sequência seja consideradauma candidata à classificação de“proteína mimética”. Por exemplo, algunstrabalhos excluem proteínas que mostramsemelhança (mesmo que ela seja grande)entre os genomas do parasito e de seuhospedeiro caso elas também estejampresentes em organismos não patogênicosfilogeneticamente próximos ou emorganismos que estejam em posiçãointermediária na escala evolutiva entre oparasita e o hospedeiro [42]. Outros nãoutilizam sequências proteicas inteiras,mas padrões compostos de pequenassequencias de aminoáci<strong>dos</strong> [40,41].Um outro problema com esse tipo deabordagem é que ele só permite analisarhomologias levando em consideração asequência primária de aminoáci<strong>dos</strong> dasdiversas proteínas, o que exclui homologiasconformacionais e pode gerar falsospositivos, já que uma mesma sequênciade aminoáci<strong>dos</strong> presente em duas proteínasglobulares diferentes pode estar localizadana parte externa da conformaçãode uma proteína e escondida no interiorde outra, devido às suas conformaçõessecundárias e terciárias. Da mesmaforma, esse tipo de análise não leva emconta as modificações pós-transcricionaissofridas pelas diversas proteínas e quetambém são capazes de modificar a conformaçãodas mesmas.Essa ausência de critérios faz comque o mesmo conjunto de da<strong>dos</strong> possaser analisado e interpretado de maneirasdiferentes. Por exemplo, quando procuramosproteínas inteiras com alto grau dehomologia entre dois proteomas e filtramosos resulta<strong>dos</strong> excluindo aquelas queapresentem grau semelhante ou maiorde similaridade também com organismosnão patogênicos ou que tenham posiçãointermediária na escala evolutiva entre osdois proteomas compara<strong>dos</strong>, tendemosa ter um número menor de proteínasrestantes [42]. Todavia, quando consideramoso proteoma de microorganismos,dividimo-lo em sequências pequenas deaminoáci<strong>dos</strong> e verificamos se elas podemser encontradas no proteoma do hospedeiro,tendemos a encontrar uma grandesobreposição entre os oligopeptídeos eas proteínas do hospedeiro [40,41].A primeira abordagem tende a diminuiro número de falsos positivos, mas,consequentemente, aumenta o númerode falsos negativos, já que proteínaspodem ter importância na interaçãoparasita-hospedeiro, mesmo que tambémestejam presentes em outras espéciesnão patogênicas ou em espécies inter-

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