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PLANO NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS - Revista O Papel

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Negócios & MercadoDivulgação PerenneSistema de osmosereversa propõea utilização demembranasconstituídas decamadas poliméricas,capazes de reter atésólidos dissolvidos,como sais e metaisterística do efluente e da tecnologia adotada. “No casodo sistema de secagem utilizado com o pós-tratamento,reduz-se o restante do teor de umidade existente de 85%a 92%, resultando em uma diminuição drástica do volume,reduzindo consideravelmente os custos com logísticae procedimentos de descarte e, ainda, minimizando osimpactos ambientais”, lista o engenheiro.Carvalho informa que o processo de pós-tratamentojá está em operação no Brasil. Na hora de optar por umdos processos, fatores como custo, espaço e prazo deexecução da planta devem ser avaliados. “Acredito queem breve o sistema de secagem será a opção adotadapelos grandes players, seja pela eficiência, pelo custo--benefício ou até mesmo pela necessidade de atenderàs exigências da legislação.”Água: recurso indispensável emtodo o processo produtivoA conscientização ambiental, somada ao respeitoà legislação vigente, caracteriza de forma marcante ofinal do processo produtivo de celulose e papel. O tratamentoda água, contudo, é igualmente fundamental naponta oposta, ou seja, no início da fabricação.Entre os requisitos da água industrial está um baixoteor de sólidos em suspensão, a fim de reduzir a contaminaçãodas linhas, bem como reduzida presença decloretos e pouca dureza, para evitar corrosão ou incrustaçãonas linhas. “Os teores de cloretos e de durezanos mananciais brasileiros são usualmente baixos, oque justifica tratamento baseado apenas na etapa declarificação”, explica o gerente de Pesquisa e Desenvolvimentoda Perenne.O tratamento da água industrial pode basear-se emtecnologias convencionais de coagulação, floculação,sedimentação e filtração, como também na tecnologiade membranas de ultrafiltração. Conforme esclareceBrooke, a principal diferença entre a ultrafiltração (UF) eo processo convencional está relacionada à qualidade doproduto final e ao consumo de produtos químicos. “Coma UF, é possível obter turbidez da água tratada na ordemde 0,1 NTU. Já a alternativa convencional resulta em turbidezde 1 NTU”, compara o gerente da Perenne. “O consumode químicos da UF é de 5 a 10 vezes menor do queo consumo de um tratamento convencional”, completa.Brooke reforça que, no caso da água usada nas caldeiras,a qualidade é fator ainda mais relevante. “As novascaldeiras de alta pressão e sistemas de cogeraçãoexigem condutividade inferior a 0,3 micro-siemens/cm eteores de sílica inferiores a 10 ppb, ao passo que a águabruta usualmente possui condutividade de 150 micro--siemens e em torno de 10.000 ppb de sílica”, informa oengenheiro ambiental. Para atingir essas características,a água passa por um processo de desmineralização, queatualmente pode ser feito a partir de duas tecnologias:a de resinas de troca iônica e a de membranas de osmosereversa.Caso tais especificidades não sejam atingidas, ambasas águas podem causar transtornos à linha de produção.A água industrial desapropriada leva à formaçãode algas e biofilme nas torres de resfriamento, bemcomo ao aumento do consumo de químicos usados noprocesso. A água desmineralizada, por sua vez, quandonão tratada adequadamente, pode reduzir drasticamenteo intervalo entre manutenções de caldeiras e turbinas,interrompendo a produção da planta.Troca iônica X osmose reversaEmbora a troca iônica ainda figure como a alternativamais convencional para a desmineralização da água,o sistema que usa membranas de osmose reversa vemganhando espaço nas novas plantas de celulose. A unidadeindustrial da Bahia Specialty Cellulose (BSC), localizadano Complexo Industrial de Camaçari (BA), podeser citada como exemplo de parque que adotou essaopção tecnológica desde o início das operações.Em 2006, a empresa firmou contrato com a Perenne.Os equipamentos adquiridos, com capacidade de produçãode água desmineralizada de 640m³/h, são compostospelos seguintes itens: pré-tratamento por filtro deareia duplo fluxo; sistema de desmineralização de águapor osmose reversa; sistema de troca iônica, sistemas36 <strong>Revista</strong> O <strong>Papel</strong> - abril/April 2012

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