tendo em conta a vivacidade dos reflexos, fiz o diagnóstico de Moléstia de Charcot, de tipoamyotrophico”.A partir da descrição do Dr. Cypria<strong>no</strong> Freitas, vários casos foram registrados naliteratura médica nacional que contribuíram para o conhecimento da manifestação da ELA em<strong>no</strong>sso meio.Em julho de 1913, Eduardo Monteiro, apresentou “um caso de esclerose lateralamyotrophica” na Gazeta Clínica de São Paulo onde registra que o início da afecção se deu <strong>no</strong>membro superior direito.O Dr. Aloysio de Castro, professor de clínica médica da Universidade do Rio deJaneiro. Publicou, em 1914, o “Tractado de Semiótica Nervosa” que apresenta a descrição da<strong>Esclerose</strong> <strong>Lateral</strong> Amyotróphica (Mal de Charcot).Em 1915, o Dr. Gonçalves Vianna escreveu <strong>sua</strong>s observações “A respeito de um casode Mal de Charcot (Typo Mixto)”, na <strong>Revista</strong> dos Cursos da Faculdade de Medicina de PortoAlegre.O primeiro caso de ELA bulbar foi apresentado, em 1916, pelo Dr. Raul Moreira daSilva em <strong>sua</strong> tese, aprovada com distinção, intitulada “Mal de Charcot (A Respeito de UmCaso de Início bulbar)” apresentada a Faculdade de Medicina de Porto Alegre/RS. Tratava-sede Paciente do sexo masculi<strong>no</strong>, 56 a<strong>no</strong>s de idade, branco, europeu natural de Duppau(Boemia), residente na cidade de Porto Alegre/RS, exercia a profissão de Farmacêutico. Ossintomas iniciaram com o sentir certa dificuldade em deglutir os alimentos, em <strong>no</strong>vembro de1914.Os Doutores Luiz Guedes e Ney Cabral apresentaram, em 1918, um “Caso Clínico deAspecto de E.L.A” em Porto Alegre/RS. <strong>Revista</strong> dos Cursos da Faculdade de Medicina dePorto Alegre.Ainda do Rio Grande do Sul, em 1919, o Dr. Odi<strong>no</strong> Lelio Pinós Duarte apresentou <strong>sua</strong>tese sobre a dissertação de “Em tor<strong>no</strong> de um caso de <strong>Esclerose</strong> <strong>Lateral</strong> Amyotrophica (formaparaplegica)” à Faculdade de Medicina de Porto Alegre/RS.Em 1924, os Doutores C. Trétiakoff e Moacir F. Amorim publicaram em francês <strong>no</strong>jornal Memórias do Hospicio Juquery – São Paulo, “Um cas de sclérose latéraleamyotrophique pseudo-polynevritique, observée chez une alienée, atteinte de turbérculoseintestinale” (Um caso de esclerose lateral amiotrófica pseudo-polineuritica, observado em uma16<strong>Revista</strong> Neurociências V14 N2 (supl-versão eletrônica) –abr/jun, 2006.
alienada, portadora de tuberculose intestinal), em que apresentam os estudos de “autopsia eexame histopatológico” do Sistema Nervoso Central.O Dr. Gonçalves Vianna, professor catedrático de anatomia e fisiologia patológica daFaculdade de Medicina de Porto Alegre, publicou <strong>no</strong> livro Clínica Neurológica, em 1925, “Emtôr<strong>no</strong> de dois casos de esclerose lateral amyotrophica (Molestia de Charcot)”. Trata-se de doisestudos realizados na Faculdade de Medicina de Porto Alegre, em 1915 e 1916, o primeiropublicado na revista da faculdade e o segundo estudo realizado com alu<strong>no</strong>s do quinto a<strong>no</strong> demedicina, que resultou na tese de Raul Moreira da Silva.Em 1926, o Dr. Carlos da Motta Rezende apresenta <strong>sua</strong> tese de livre docência aFaculdade de Medicina do Rio de Janeiro, intitulada “Contribuições ao estudo da escleroselateral amyotrophica (Doença de Charcot)”.No mês de outubro de 1927, o jornal Brazil-Médico publica o artigo dos Doutores F.Espozel e Teixeira Mendes – “Sobre um caso de esclerose lateral amyotrophica de iníciopseudo-polyneurítico” ocorrido na cidade do Rio de Janeiro. Os autores chamam a atençãopara “a errônea <strong>no</strong>ção de que a doença de Charcot é rara entre nós”.Também em 1927, o Dr. Pauli<strong>no</strong> W. Longo apresenta <strong>sua</strong> tese à Faculdade de Medicinade São Paulo, sob o título de “Contribuições ao estudo da esclerose lateral amyotrophica”, emque registra oito casos, e discute a natureza infecciosa da ELA. Pela importância do estudo, aSociedade de Medicina e Cirurgia conferiu-lhe a medalha de ouro “Dr. Sergio Meira”.Dois trabalhos foram publicados em 1929: O primeiro em fevereiro <strong>no</strong> Arquivo<strong>Brasil</strong>eiro de Medicina, “Doença de Charcot” dos Doutores Waldomiro Pires e AloizioMarques. O segundo em agosto <strong>no</strong> Jornal <strong>Brasil</strong>-Medico, o relatório que foi apresentado em,junho do mesmo a<strong>no</strong>, <strong>no</strong> Congresso de Neurologia, Psiquiatria e Medicina Legal, <strong>no</strong> centenárioda Academia Nacional de Medicina, dos conceituados professores da Faculdade de Medicinado Rio de Janeiro, Antonio Austregesilo e F. Esposel – “Contribuições <strong>Brasil</strong>eiras ao Estudo de<strong>Esclerose</strong> <strong>Lateral</strong> Amyotrophica” em que tecem comentários sobre a “etiologia, pathogenia ephysiologia pathologica”, sobre os trabalhos publicados <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong> e apresentam quatro casosclínicos. Afirmam em <strong>sua</strong>s conclusões: “1. A opinião de raridade da esclerose amyotrophica <strong>no</strong><strong>Brasil</strong> desapareceu com o apuro diagnóstico e a multiplicidade e publicações a respeito. 2.Apezar dos autores clássicos dizerem que não há alterações da sensibilidade na E.L.A., ascontribuições brasileiras e americanas referem-nas, sobretudo na fórma pseudo-polyneuritica.17<strong>Revista</strong> Neurociências V14 N2 (supl-versão eletrônica) –abr/jun, 2006.
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