enefício, já que cobre extensas áreasflorestais, a maioria <strong>de</strong>las inacessíveis. Umaequipe <strong>de</strong> <strong>do</strong>is observa<strong>do</strong>res aéreos muitoexperientes po<strong>de</strong> cobrir 375.000 ha emapenas um dia.Consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong>-se o tempo <strong>de</strong> espera comrelação às condições climáticas, po<strong>de</strong>-seafirmar que 200.000 ha por dia po<strong>de</strong>m sermonitora<strong>do</strong>s confortavelmente por umaequipe <strong>de</strong> <strong>do</strong>is observa<strong>do</strong>res experientes,para um objetivo e algo em torno <strong>de</strong> 20.000há/dia, visan<strong>do</strong> objetivos múltiplos. Recentelevantamento permitiu consi<strong>de</strong>rar que ocusto, no Sul <strong>do</strong> Brasil, incluin<strong>do</strong> aeronave,combustível e piloto, po<strong>de</strong> variar <strong>de</strong> R$ 0,04a R$ 0,60/ha, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>n<strong>do</strong> da extensão daárea a ser sobrevoada.2 USO DO LAE NA DETECÇÃO DEEROSÕES HÍDRICASA erosão é um problema que está seintensifican<strong>do</strong> no esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> <strong>Paraná</strong>, após tersi<strong>do</strong> consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> como supera<strong>do</strong>. Ativida<strong>de</strong>srecentes, até mesmo relacionadas ao usoina<strong>de</strong>qua<strong>do</strong> da técnica <strong>de</strong> plantio direto,entre outras causas, levaram as autorida<strong>de</strong>sa consi<strong>de</strong>rar este um problema que precisaser quantifica<strong>do</strong> urgentemente.Acredita-se que a técnica LAE possa serGps mostran<strong>do</strong> linhas <strong>de</strong> vooadaptada para o monitoramento <strong>de</strong> maiseste processo, já que a erosão po<strong>de</strong> sermais facilmente <strong>de</strong>tectada no intervaloentre a colheita e novo plantio <strong>de</strong> culturase este é um perío<strong>do</strong> relativamente curto <strong>de</strong>tempo. Por isto, está sen<strong>do</strong> chama<strong>do</strong> <strong>de</strong>“janela <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>” para o LAE atuar,quan<strong>do</strong> gran<strong>de</strong>s áreas são percorridas empouco tempo.O sistema LAE é utiliza<strong>do</strong> para <strong>de</strong>tectarpontos <strong>de</strong> erosão, classifican<strong>do</strong>-os quanto aotipo e, em seguida, nas operações pós-voo,sistematizan<strong>do</strong> as informações coletadas,inserin<strong>do</strong>-as em um Sistema <strong>de</strong> InformaçõesGeográficas (SIG).2.1. Área e época <strong>de</strong> sobrevooA possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma boa visualização<strong>do</strong>s processos erosivos a observar é oque <strong>de</strong>terminará o local e a época <strong>do</strong>slevantamentos, ou seja, <strong>de</strong>ve ser consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>o binômio composto pelas regiões que serãosobrevoadas e os respectivos estágios dasculturas que formam a cobertura <strong>do</strong> solonesse perío<strong>do</strong>.2.2. Preparação <strong>de</strong> materiais/equipamentos para o vooDurante os voos, para marcação <strong>do</strong>ssinais <strong>de</strong> erosão observa<strong>do</strong>s, utiliza-se umacarta-imagem, impressa em escala varian<strong>do</strong><strong>de</strong> 1:30.000 a 1:50.000, sistema <strong>de</strong> projeçãoUTM, Datum SIRGAS 2000, fuso 22J, comos seguintes elementos:- vetores da malha ro<strong>do</strong>viária, hidrografia,linhas <strong>de</strong> transmissão e corpos d’águasobrepostos à imagem <strong>de</strong> satélite;- grid em coor<strong>de</strong>nadas UTMcorrespon<strong>de</strong>ntes às linhas <strong>de</strong> voo, comespaçamento <strong>de</strong> 2 km entre elas nos <strong>do</strong>isCuritiba, agosto/ <strong>2012</strong>. Página 20
senti<strong>do</strong>s e respectiva numeração oucodificação. Ex. 1 N, 1 S, 1 E, 1 W (linha 1Norte, linha 1 Sul, linha 1 Leste, linha 1 Oeste)e assim por diante. Essa padronização facilitaa comunicação <strong>do</strong>s procedimentos entrepiloto e observa<strong>do</strong>r aéreo (Figura 1). Alémdisso, será necessário <strong>de</strong>finir uma legendacom códigos referentes aos fenômenos maiscomuns <strong>de</strong> erosão. Toman<strong>do</strong> como exemploos levantamentos-piloto efetua<strong>do</strong>s pelaEmbrapa Florestas/Adapar/Emater, forampropostos os códigos conti<strong>do</strong>s no Quadro 1.Fig. 1: Carta-imagem utilizada nos voosQuadro 1: Legenda utilizada para registro <strong>do</strong>s fenômenos erosivos observa<strong>do</strong>s3 TRABALHO REALIZADOA tecnologia <strong>do</strong> LAE, embora já ten<strong>do</strong>seu uso comprova<strong>do</strong> em outras ativida<strong>de</strong>s<strong>de</strong> monitoramento, nunca foi utilizadapara mapeamento <strong>de</strong> erosão. Portanto,inicialmente necessita-se adaptar e validara tecnologia ao novo uso proposto, o que<strong>de</strong>manda várias etapas <strong>de</strong> testes.Os primeiros voos foram realiza<strong>do</strong>sem quatro faixas, conforme <strong>de</strong>monstraa Figura 2, registran<strong>do</strong>-se nas cartasimagemos fenômenos erosivos observa<strong>do</strong>s,objetivan<strong>do</strong>:- testar a viabilida<strong>de</strong> da técnica para aobservação <strong>de</strong> sinais <strong>de</strong> erosões hídricas;- averiguar se a velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vooe a escala <strong>do</strong> mapa são a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong>spara proporcionar tempo suficiente aosobserva<strong>do</strong>res para registrarem comsegurança to<strong>do</strong>s os fenômenos erosivosexistentes;- analisar a aplicabilida<strong>de</strong> das legendaspropostas;- analisar quais os fenômenos erosivosque aparecem com mais frequência;- analisar quais fenômenos erosivos sãoCuritiba, agosto/ <strong>2012</strong>. Página 21