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MAIO 2013 • 116 - CTT

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<strong>MAIO</strong> <strong>2013</strong> ● <strong>116</strong>CONVENÇÃO <strong>CTT</strong>Cada vez mais compromissoEXERCÍCIO 2012Resultados operacionais aumentam360 O CIÊNCIA DESCOBERTAExposição na Fundação Calouste Gulbenkian


2ÍNDICE ● APOSTA <strong>116</strong>FICHA TÉCNICADiretor Miguel Salema GarçãoDiretora Executiva Adriana EugénioCoordenação Rosa SerôdioRedação Elsa Duarte, Inês Noronha Macedo,José Duarte Martins, Paula Padrão, Raquel Moz eRosa SerôdioConceção Gráfica Miguel Dantas e Samuel TrindadeFotografia Pedro Mónica, Pedro Cruz e Arquivo <strong>CTT</strong>.Agradecemos à Fundação Calouste Gulbenkian acedência de imagensProdução Comunicação InstitucionalPropriedade <strong>CTT</strong> Correios de Portugal, S.A.Av. D. João II, Lote 1.12.03, 1999-001 LISBOATel.: 210 470 300Pessoa coletiva nº 500077568A revista Aposta é impressa na Fernandes & Terceiro,S.A., empresa com Sistema de Gestão Q.A.S.certificada segundo as normas NP EN ISO 9001:2008(cert nº PT08/02529), NP EN ISO 14001:2004(cert nº PT08/02530), OHSAS 18001:2007(cert nº PT08/02531), EMAS (cert nº PT-000004)Isenta de registo na ERC ao abrigo do Dec.Regulamentar nº. 8/99, de 9 junho - artº. 12º. Nº. 1 a.Finishing MailtecTiragem 27 000 exemplaresDepósito Legal 186482/02PUBLICAÇÃO MENSAL . DISTRIBUIÇÃO GRATUITAA revista Aposta foi escrita ao abrigodo novo Acordo Ortográfico348161826283439404243EDITORIALTodos Somos Um!BREVESATUALTodos Somos UmResultados operacionais aumentam em ambiente adverso<strong>CTT</strong> na melhor meia maratona do mundoÀ DESCOBERTA DE TALENTOSDa plasticidade das formas à arte da escritaCAPACada vez mais compromissoBalneário de líderesSUSTENTABILIDADEEficiência energéticaEVENTOSA tradição da arte da FalcoariaUm novo olhar sobre o Zoo de LisboaSelo homenageia Raul RegoDAR UM GIRO360 o Ciência DescobertaAGENDA CULTURALEMISSÕES FILATÉLICASCelebrar a cidadania com festa, história e culturaOPINIÃOO compromisso é de todosVAGARESEsta revista foi impressa em Respecta Satin de125 gramas (miolo) e 250 gramas (capa), amboscom certificação de Gestão Florestal FSC.


EDITORIAL ● APOSTA <strong>116</strong>3Todos Somos Um!O nosso compromisso escreve-se com três palavras – TodosSomos Um. Esta “assinatura” deve acompanhar-nosno dia a dia de trabalho. Deve estar presente e servir demotivação e solidariedade. O trabalho em equipa é decisivoe fundamental para reforçar a nossa união e coesão,criar sentimento prático de partilha, ajudando-nos nocaminho do sucesso.Os <strong>CTT</strong> são, em <strong>2013</strong>, Marca de Confiança dos portugueses.Sem dúvida um prémio que é de todos os trabalhadoresque nas mais variadas funções elevam esta empresa aomais alto dos mastros. Os trabalhadores estão na linha dafrente no processo de implementação e gestão desta novafase dos <strong>CTT</strong>. O papel de cada um de nós é vital para quea empresa supere os desafios iminentes.Mais do que nunca, é chegada a hora de conjugarmos asnossas ambições, motivações e esforços em prol de umaempresa mais eficiente, inovadora e líder de mercado.Devemos reforçar a nossa motivação comum, estar sintonizadose focados nos objetivos traçados. Temos de tera capacidade de nos adaptarmos a novas situações, aastúcia e coragem de aceitar novos desafios e a iniciativade fugir de algumas rotinas e fazer diferente. Os temposassim o exigem, cabendo a cada um de nós contribuir parao trabalho coletivo.São os trabalhadores que dão vida à marca <strong>CTT</strong> e contribuempara o seu reconhecimento. O orgulho deve estarsempre presente por trabalharmos numa empresa comuma já longa, rica e bonita história. Fazer parte dela émotivo de enorme satisfação. Continuar a escrever a suahistória é o nosso reconhecimento por todos aqueles quefizeram e fazem perta dela.Os desafios são difíceis, complexos, e traduzem umaresponsabilidade acrescida. Estes desafios só estão aoMiguel Salema GarçãoDiretor de Comunicação Institucionalalcance dos melhores e nós somos os melhores. É necessáriomaior coesão e união, grande espírito de equipa eenorme sentido de responsabilidade, na certeza de quesomos líderes de mercado e que estamos preparados parao presente e para o futuro. A concorrência gostaria de tero que temos: profissionalismo, capacidade de trabalho,espírito de iniciativa e tudo o que caracteriza as equipas<strong>CTT</strong> e está presente no nosso ADN.Isto porque, Todos Somos Um!TEMOS DE TER A CAPACIDADEDE NOS ADAPTARMOS A NOVASSITUAÇÕES, A ASTÚCIA E CORAGEMDE ACEITAR NOVOS DESAFIOS E AINICIATIVA DE FUGIR DE ALGUMASROTINAS E FAZER DIFERENTE. OSTEMPOS ASSIM O EXIGEM, CABENDOA CADA UM DE NÓS CONTRIBUIRPARA O TRABALHO COLETIVO


4 BREVES ● APOSTA <strong>116</strong>Acordo de Empresaúnico nos <strong>CTT</strong>Na sequência de um processo negocial iniciado em dezembrode 2011, os <strong>CTT</strong> chegaram a acordo com todos os sindicatosque participaram nas negociações para a celebraçãode um novo Acordo de Empresa.O empenho positivo dos representantes da empresa e das12 associações sindicais envolvidas culminou com a assinaturana sala dos espelhos do edifício da rua de S. José,em Lisboa, do novo AE<strong>2013</strong>, no passado dia 22 março,tendo sido publicado a 22 de abril no Boletim de Trabalhoe Emprego (BTE), 1ª série, nº 15, entrando em vigor desdeo dia 27 de abril de <strong>2013</strong> por um período de 18 meses.O novo AE<strong>2013</strong> prevê um enquadramento das relações detrabalho que ajusta o regime legal às especificidades daactividade dos <strong>CTT</strong> e viabiliza uma evolução positiva da atualregulamentação coletiva de trabalho em vigor na empresa.O novo AE aplica-se ao universo dos trabalhadores dos <strong>CTT</strong>filiados nos 12 sindicatos subscritores e aos trabalhadoresnão filiados sindicais, desde que não manifestem expressamentea intenção do mesmo não lhes ser aplicado. ● JDMPresidente do IPCvisita <strong>CTT</strong>No dia 15 de abril o Presidente dos <strong>CTT</strong>, Francisco de Lacerda,recebeu a visita do Chief Executive Officer (CEO) doInternational Post Corporation (IPC), Herbert-Michael Zapf.Na reunião que se seguiu estiveram também presentes, peloIPC, os Diretores de Operações e Tecnologia e de Marketinge Regulação, respetivamente, Alan Barrie e Herbert Goetz, epelos <strong>CTT</strong>, a Administradora Dionísia Ferreira e o Diretor deAssuntos Internacionais e Cooperação, João Caboz Santana.Na ocasião foi dado a conhecer a estratégia e os programasdo IPC para <strong>2013</strong> e 2014, em particular as atividades queaquela associação internacional está a implementar noâmbito do e-commerce, tendo sido igualmente abordadasoutras questões de interesse para os <strong>CTT</strong>, tais como aparticipação no sistema de medição de qualidade geridopelo IPC (sistema UNEX).Recorde-se que o IPC é uma associação postal que reúneos 24 Operadores Postais mais significativos a nível internacional,representando 80% do volume mundial decorrespondências. ● RSA Norte,um ícone do BarrocoOs <strong>CTT</strong> associaram-se ao 250º aniversário da Torre dos Clérigos,ícone do barroco da Invicta, com a edição de um inteiropostal e a emissão de um carimbo comemorativo. O eventofoi celebrado no passado dia 23 de abril, tendo funcionadono local um Posto de Correio Temporário. Na oportunidade,dezenas de alunos de escolas do Grande Porto escreverame expediram o postal acabado de ser lançado, que foi obliteradocom o respetivo carimbo comemorativo.Esta torre sineira de seis andares e 75 metros de altura, quese sobem por uma escadaria com 240 degraus em espiral,integra-se no conjunto arquitetónico da Igreja dos Clérigos,construída entre 1754 e 1763, a partir de um projeto deNicolau Nasoni. Constitui um notável ex-libris da cidade doPorto, sendo durante muitas décadas o edifício mais altodo país. Continua a ser ponto de passagem obrigatória dosturistas que visitam a cidade, mas a Irmandade dos Clérigospretende que o monumento seja muito mais do que umsimples miradouro. ● JDM


5Rede Comercial Centroreúne-se em PombalNo dia 10 de abril, a equipa da Rede Comercial Centroreuniu-se em Pombal, sob o lema “Todos Somos Um”.Conduzida pelo RCMC, Paulo Mata, a reunião incluiu osDiretores de Área e os Gestores de Lojas, Especializados ede Terceiros, num total de 170 participantes.Durante o encontro foram entregues os prémios às equipasque se destacaram em 2012 na venda de produtos daFidelidade Mundial (2º semestre e 4º trimestre), Mapfre(4º trimestre) e Phone-ix. Os bons resultados da RCMC naárea financeira foram elogiados por António Campos (SF/Comercial) e João Martins (Fidelidade Mundial). Representantesdas Soluções Empresariais e da <strong>CTT</strong> Expressoapresentaram a atual oferta destas áreas, com o objetivode reforçar conhecimentos e argumentação comercial daequipa da RCMC. Foram analisados os resultados da Açãode Dinamização Interna – Campeonato da Direção Centro– que espelha a globalidade dos compromissos, visandocriar dinâmica nas equipas em várias áreas de atuação.Foram premiados os 77 Gestores de Loja com os melhoresresultados do 1º trimestre. Houve ainda espaço para celebrara Certificação de Serviços SGS em mais 36 Lojas daDireção, com a entrega dos respetivos Kit.Os pontos da ordem de trabalhos foram intercalados coma exibição de filmagens de boas práticas em cenário realna concretização de negócio. Desta forma, pretende-se reforçaro espirito de partilha e união da Direção, evidenciaro bom trabalho que realizam, permitindo replicar as suasmetodologias às restantes equipas, gerando benefíciospara os clientes e valorizando a marca <strong>CTT</strong>. ● RSA melhores cartasde <strong>2013</strong>Ruben André Matos, de Cerdeira - Sabugal, e Daniel FilipeCruz, de Ermesinde, foram os vencedores da edição de <strong>2013</strong>do concurso “A Melhor Carta”, respetivamente nos 1º (9-11anos) e 2º (12-15 anos) escalões. De um total de 810 cartasadmitidas a concurso, o júri constituído por representantesdas Águas de Portugal, Ana Leão, da Anacom, Inês Botelho,e dos <strong>CTT</strong>, Rosa Serôdio, não teve dúvidas em escolher estasmissivas pela originalidade e criatividade com que os seusautores abordaram o tema proposto: “ Escreve uma carta aexplicar porque é que a águaé um recurso precioso”.A carta do Ruben, vencedorado 1º escalão, irá representarPortugal no Concurso Internacionalde ComposiçõesEpistolares, organizado pelaUnião Postal Universal (UPU).Os prémios serão entreguesaos jovens por ocasião dascomemorações do Dia Mundialdos Correios, em 9 deoutubro próximo, altura emque será divulgado o temapara 2014. ● RSZoo de Lisboa em AveiroA Loja <strong>CTT</strong> de Avenida (Aveiro) recebeu, no dia 4 de abril,o autor do livro “Animais do Jardim Zoológico”, OrlandoRaimundo, para uma sessão de autógrafos.A iniciativa, da qual resultou a venda e reserva de 140livros, 82 dos quais assegurados pela Loja <strong>CTT</strong> Avenida,contou com dezenas de convidados e com o envolvimentode toda a equipa.O livro “Animais do Jardim Zoológico” foi lançado em marçopelo Clube do Colecionador dos <strong>CTT</strong>. ● ED


6 BREVES ● APOSTA <strong>116</strong>Infomail divulgaeleições autárquicasTemos receitas!A Postcontacto disponibiliza aos seus Clientes o ServiçoInfomail, que possibilita a distribuição massificada de conteúdosinformativos, sem prévio endereçamento, fazendochegar, com sucesso, mensagens a todos os domicíliospostais, mesmo aqueles que apresentam autocolantes derecusa de publicidade. Sendo um serviço privilegiado paraa divulgação de mensagens eleitorais, o Infomail faz parteintegrante da campanha “Eleições Autárquicas <strong>2013</strong>”.Esta campanha é constituída pelas seguintes ações: envio deDM com mensagem da Administradora Dionísia Ferreira a todosos Partidos Políticos, Câmaras Municipais, Candidatos eInstituições que, direta ou indiretamente, estejam relacionadoscom o processo eleitoral; criação de preçário específicopara as campanhas diretamente ligadas ao ato eleitoral; visitasdas Redes <strong>CTT</strong> (Clientes Empresariais, Grandes Clientes eRede de Lojas) ao público-alvo, para apresentar e incentivara utilização do Infomail e outros serviços adequados aoperíodo eleitoral que o Grupo <strong>CTT</strong> disponibiliza.A primeira fase da campanha decorreu em março. Apósanálise dos resultados, decorrerá em junho uma segundavaga de visitas com o mesmo objetivo. Esta é uma oportunidadeúnica de promoção do Serviço Infomail e captaçãode clientes, gerando tráfego e receita acrescida para oGrupo <strong>CTT</strong>. ● RSA adesão à iniciativa Portugal Connosco – Receitas ao Balcãosuperou todas as expetativas. De norte a sul, passandopelas ilhas, o país está representado a nível gastronómico.Podemos dizer que Portugal se sentou à mesa para assistirà chegada de inúmeras receitas: originais, apetitosas, simples,elaboradas, inovadoras, carinhosas, doces, salgadas,agridoces… Algumas não passaram despercebidas, revelandode imediato a criatividade, o empenho e a alegriacom que os Atendedores participaram nesta ação.O Chef Henrique Sá Pessoa, consultor gastronómico do projeto,teve a difícil tarefa de escolher as melhores receitasde cada categoria por região, resultando assim um totalde 52. Terminada esta fase, que decorreu em abril, seráfeita a divulgação dos Atendedores selecionados que terãooportunidade de confecionar a sua própria receita, em Lisboa,vivendo um dia diferente, num ambiente acolhedor epropício à descoberta de talentos culinários nos <strong>CTT</strong>. Cadadia será dedicado a uma categoria. Os 13 selecionados decada uma delas estarão juntos e cada um irá confecionaro seu prato. Boa sorte! ● PPEAD ministra formaçãoem Ponta DelgadaA EAD, em parceria com a SGS, ministrou a formação“A Importância da Gestão Documental nos Sistemas deQualidade”.A ação decorreu no passado dia 10 de abril em PontaDelgada e contou com a presença de diversas entidadesestatais, bem como de empresas particulares.“O Nosso Papel é Tratar do Seu”, é o lema da EAD quepretende, desta forma, contribuir para a organização documentalde todos os participantes na ação. ● ED


7<strong>CTT</strong> Expresso é “prata”nos EMS Performance AwardsA <strong>CTT</strong> Expresso conquistou o nível de certificação “prata”dos EMS Performance Awards.A posição alcançada diz respeito ao 23º lugar e foi obtidaentre um conjunto de 205 países que contaram com a análiseda PricewaterhouseCoopers relativamente à qualidadede serviço do ano de 2012, com índices de desempenhoentre os 90 e os 100 por cento de eficácia.O prémio foi anunciado pela Cooperativa EMS, a mais conceituadaorganização transnacional em entregas urgentes,a que a <strong>CTT</strong> Expresso pertence, que premeia os países quemelhor contribuíram para a qualidade da rede EMS comouro, prata ou bronze. ● EDTourline Express noe-Show de BarcelonaA Tourline Express marcou presença, em março, na maiorfeira de referência em comércio eletrónico no país vizinho,que reuniu cerca de 150 empresas expositoras e por ondepassam 12 mil profissionais do setor em média por ano.A 5ª edição deste evento foi o espaço privilegiado para aapresentação das principais novidades em e-commerce,hosting, cloud computing e social media.A empresa espanhola do Grupo <strong>CTT</strong>, que desde o iníciotem participado neste certame, deu a conhecer as maisrecentes soluções de transporte e logística com vistaao desenvolvimento do negócio digital, que assentamnas necessidades de qualidade, segurança, eficiência ecomodidade dos clientes.A equipa comercial da Tourline Express teve oportunidadede trocar informações com profissionais e visitantes, participandonos mais de 200 fóruns e debates onde tambémmarcou presença a portuguesa <strong>CTT</strong> Expresso. ● RMUniformes antigos doadospela Tourline ExpressA Tourline Express vai doar vestuário de serviço antigo àSOS Ayudas Sin Fronteras para socorrer vítimas de emergênciae para distribuição pela população mais necessitada,no seguimento do protocolo assinado em março.Mais de 1750 peças com design desatualizado serãoentregues àquela Organização Não Governamental, quepresta ajuda em situações de catástrofe, através de umaUnidade de Intervenção Imediata que dispõe de profissionaisespecializados no resgate e salvamento, suporte eapoio humanitário de primeiro impacto a zonas atingidasem qualquer parte do mundo. Este contributo solidáriosurge no âmbito do programa de responsabilidade socialcorporativa da empresa espanhola de correio urgente elogística do Grupo <strong>CTT</strong>.A SOS Ayuda Sin Fronteras receberá peças têxteis pertencentesaos equipamentos de operações e vendas, comocalças, calções, parkas, coletes, camisolas de lã e saias,cuja utilização ganha nova vida útil e vai poder ajudarpessoas que perderam tudo em calamidades diversas. ● RM


8ATUAL ● APOSTA <strong>116</strong>A partir de agora, o nosso empenho, envolvimento e compromisso para comos <strong>CTT</strong> - o nosso amor à camisola - irá traduzir-se em três simples palavras:Todos Somos Um. É uma espécie de lema que estará presente no dia a diade todos nós e que nos servirá de guia para os desafios que o futuro promete.É também o nome do novo Programa de Comunicação Interna, que nascepara reforçar a nossa união em torno de um grande objetivo: o sucessoA duplicação do espaçona separação para acabeça é propositadoe existe para permitira leitura correcta dafigura humana.2/16 X1/16 XXO símbolo criado representa a figura humana e é formadopor vários círculos que se unem e intersetam. Pretendeu-se,assim, obter uma imagem que reforce o conceito de uniãoe interdependência.O vermelho, que representa o património <strong>CTT</strong>, associa-seà figura humana criada para esta identidade, assumindoum lugar de destaque, o coração. É o reforço da motivaçãocomum. Significa que são os trabalhadores que dão vidaà marca <strong>CTT</strong>.O tipo de letra usado foi o normalizado em toda a documentaçãousada na Empresa, a Meta <strong>CTT</strong>. Os espaçamentos e odesenho da letra foram modificados de forma a construirum bloco uno e coeso, de acordo com todo o conceito daComunicação Interna.A paleta cromática das identidades segue a paleta decores <strong>CTT</strong>, ainda que alargada, tendo sido acrescentadauma nova cor, o azul. Esta surge como indicador de mudançae inovação, permitindo diferenciar e identificar acomunicação interna. A sua presença subtil possibilitauma convivência integrada com o vermelho, sem lhe tirarprotagonismo. ● INÊS NORONHA MACEDO


9OS TRABALHADORES ESTÃO NA LINHA DAFRENTE NO PROCESSO DE IMPLEMENTAÇÃOE GESTÃO DESTA NOVA FASE DOS <strong>CTT</strong>. OPAPEL DE CADA UM DE NÓS É VITAL PARAQUE A EMPRESA SUPERE OS DESAFIOSIMINENTES. MAIS DO QUE NUNCA, ÉCHEGADA A HORA DE CONJUGARMOSAS NOSSAS AMBIÇÕES, MOTIVAÇÕES EESFORÇOS EM PROL DE UMA EMPRESAMAIS EFICIENTE, INOVADORA E LÍDER.O FUTURO DE TODOS EXIGE O EMPENHODE CADA UM DE NÓSCOMPORTAMENTOS SOBRE FUNDOSEXEMPLO DE COMPOSIÇÕES GRÁFICAS


10 ATUAL ● APOSTA <strong>116</strong>Resultados operacionaisaumentamem ambiente adversoOs <strong>CTT</strong> apresentaram, no dia 4 de abril, uma síntese dos resultados consolidadosdo Grupo do exercício de 2012. O Presidente do Conselho de Administração,Francisco de Lacerda, afirmou que a redução de gastos foi mais forte do que aqueda dos rendimentos e o Administrador André Gorjão Costa revelou que odesempenho dos <strong>CTT</strong> está acima dos congéneres europeusOs <strong>CTT</strong> são o líder da atividade de Correio e de Expressoem Portugal, com quotas no 4ºtrimestre de 2012 de 95%e 27%, respetivamente (dados ICP-ANACOM).Os rendimentos operacionais totalizaram 711,7 milhõesde euros (M.€) situando-se em relação ao ano anteriorem -6,5% (-49,4 M.€), como reflexo do declínio do tráfegopostal de 8,8%.A par das pressões estruturais sobre o setor (impacto douso de novas tecnologias de comunicação) e do ambienteeconómico adverso, a liberalização gradual do mercadoe a pressão para a redução de gastos nos grandesclientes empresariais estiveram na base desta reduçãodos rendimentos.O impacto da crise económica e financeira fez-se sentir emtodos os negócios, intensificando os efeitos de substituiçãotecnológica e da não atualização de preços no casodo Correio, cujos rendimentos recuaram 6,7%, e afetandoo de Expresso que registou uma redução de 4,3%. Estesdois negócios representaram, no final de 2012, 85% dosrendimentos consolidados.O maior dinamismo das atividades internacionais deExpresso, em Espanha e em Moçambique, onde os rendimentosda empresa CORRE registaram um crescimentode 42%, contrariaram a tendência de queda verificada nomercado doméstico.Os serviços financeiros observaram também uma reduçãode rendimentos, ainda que de menor dimensão (-1,6 M.€,-2,9%), resultante da evolução positiva observada nos


11711,7601,6O EBITDA CRESCEU 6,3 M.€ (6,1%) PARA 110,1 M.€.OS RESULTADOS OPERACIONAIS (EBIT) CRESCERAM6,1 M.€ (8,1%) PARA 81,8 M. €, APESAR DACONJUNTURA ADVERSA (1)+6,1%110,128,3+8,1%81,8 21,814,574,523,850,7RendimentosoperacionaisGastosoperacionaisEBITDAAmortizaçõesprovisõese imparidadesEBITGastos nãorecorrentesRendimentosfinanceiroslíquidosRAI e int.minoritáriosImp. semrendimento +Int. minoritáriosResultadolíquidoResultados de 2012 em Milhões €serviços financeiros postais dos <strong>CTT</strong>,S.A., em particularpela introdução do novo serviço de cobrança de portagense pela comercialização de seguros de capitalização muitocompetitivos que compensaram quedas nos serviços demaior maturidade como, por exemplo, o de vales postais.Os gastos operacionais (excluindo imparidades, provisões,depreciações e gastos não recorrentes) ascenderam a601,6 M.€, menos 55,7 M.€ (-8,5%) face ao valor registadono exercício económico de 2011, refletindo o abrandamentoda atividade operacional, as medidas tomadas para reduçãodos custos e os impactos das alterações resultantesdas leis de Orçamento de Estado de 2011 e 2012.O Programa de Redução de Custos dos <strong>CTT</strong> tinha como objetivoe compromisso a redução até ao final de 2012, face a2009, de 103 M.€ (-15%) dos custos com fornecimentos eserviços externos e com pessoal. O programa foi cumprido,tendo-se conseguido uma redução relativamente a 2009de 110,1 M.€ (-16%), superior ao compromisso.O EBITDA de 110,1 M.€ traduz um crescimento de 6,3M.€ (6,1%) e os resultados operacionais (EBIT), apesar daconjuntura adversa, totalizaram 81,8 M.€, registando umcrescimento de 6,1 M.€ (8,1%) em relação a 2011. (1)As margens EBITDA e EBIT situaram-se em 15,5% e 11,5%,níveis superiores aos do ano anterior (13,6% e 9,9%,respetivamente).O resultado líquido ascendeu no exercício económico de2012 a 50,7 M.€, representando uma variação negativaface ao ano anterior de 5,1 M.€, traduzindo-se num resultadolíquido por ação de €2,90 e numa margem líquidasobre os rendimentos operacionais consolidados de 7,1%.Posição financeira consolidadaNa comparação das demonstrações das posições financeirasem 31 de dezembro de 2012 e em 31 de dezembrode 2011, ressalta um ligeiro crescimento do ativo líquido(1) Antes de considerar gastos não recorrentesdos <strong>CTT</strong> e suas subsidiárias em 10,8 M.€ para 1.063,4M.€, em resultado de:• Aumento das disponibilidades e apli-cações de tesouraria(63,3 M.€) influenciada pela forte redução dos saldos declientes (-29,2 M.€), como resultado de uma política decobrança ativa implementada no 2ºsemestre do ano e dadefinição de uma política de crédito clara;• Diminuição dos ativos tangíveis, propriedades de investimentoe intangíveis (-12,3 M.€), dado que o esforço deinvestimento foi inferior às amortizações do ano;• Diminuição de outros ativos correntes e não correntes(-10,3 M.€) relacionada com menores valores de serviçosfinanceiros postais a receber e com a amortização da dívidado Ministério da Saúde realizada no final do ano.Quanto ao passivo de 777,7 M.€ (-3,2 M.€ do que emdezembro de 2011), importa realçar que o aumento darubrica contas a pagar (+2,4 M.€) resulta principalmentedo efeito líquido do acréscimo dos credores de serviçosfinanceiros postais (+10,8 M.€ do que em finais de 2011)e do recuo dos saldos de fornecedores (-7,7 M.€). A dívidafinanceira remunerada ascendeu a 11,4 M.€ no final de2012, em linha com o valor registado em 2011.As responsabilidades com benefícios aos empregadosascendiam, em 31 de dezembro de 2012, a 303,3 M€(-18,1M.€ do que em dezembro de 2011) e integramas responsabilidades globais dos <strong>CTT</strong> com encargos futurosassociados a benefícios de saúde pós reforma nomontante de 252,8 M.€ (valor inferior em 19,3 M.€ aode 31 de dezembro de 2011), e as responsabilidades delongo prazo com outros benefícios aos empregados queascendem a 50,5 M.€ no final de 2012.


12 ATUAL ● APOSTA <strong>116</strong>Representatividade das diferentes Áreas de negócioCORREIOEXPRESSO EENCOMENDASSERVIÇOSFINANCEIROSSOLUÇÕESEMPRESARIAISCorrespondênciasDirect MailEncomendas SUCorreio não EndereçadoFilatelia67%Portugal (<strong>CTT</strong> Expresso)Espanha (Tourline Express)Moçambique (Corre*)*Corre - 50% Correios deMoçambique18%Produtos PoupançasSegurosSoluções PagamentosTransferências urgentesRede Payshop8%Printing & FinishingCorreio Híbrido(Mailtec)Gestão Documental eArquivo (EAD)3%Nota: Há ainda queconsiderar cerca de 5% deRendimentos relativos aoutros produtos e serviços,dos quais se destacamserviços e produtos detelecomunicações e deterceiros que são vendidosna rede de lojas dos <strong>CTT</strong>Percentagem de rendimentos em 2012O capital próprio ascende no final do exercício económicode 2012 a 285,7 M.€, aumentando 14,1 M.€ face aoregistado em 31 de dezembro de 2011, incorporando oimpacto positivo do reconhecimento dos ganhos atuariaise respetivo imposto diferido apurados no ano (17,2 M.€).O DECRÉSCIMO DE RENDIMENTOS EM2012 FOI MAIS DO QUE COMPENSADOPELA REDUÇÃO DE GASTOS RESULTANTEDAS MEDIDAS TOMADAS NO ÂMBITODO PROGRAMA DE REDUÇÃO DECUSTOS DOS <strong>CTT</strong> E DOS IMPACTOS DASALTERAÇÕES DERIVADAS DAS LEIS DEORÇAMENTO DE ESTADO DE 2011 E 2012PessoalEm 2012 a gestão de recursos humanos manteve-se condicionadapelas medidas que foram aplicadas de acordo como Orçamento de Estado (OE) para 2011 e pelas orientaçõesdo Governo para o Setor Empresarial do Estado (SEE) sobrepolítica salarial e redução de custos operacionais. No Orçamentode Estado para 2012, à redução remuneratória,proibição de valorizações remuneratórias e outras determinaçõesque continuaram em vigor, acresceu a suspensãodos subsídios de férias e de Natal (artigos 20.º e 21.º daLei n.º 64-A/2011, de 30 de dezembro).Foi mantida a aplicação das medidas de redução de gastoscom pessoal que integraram o Programa de Redução deCustos dos <strong>CTT</strong>.Em consequência da política de ajustamento dos recursoshumanos à evolução dos negócios e a uma forte orientaçãopara a redução de custos, no final de 2012 os efetivos doGrupo (efetivos do quadro e contratados a termo) ascendiama 13 167, -4,8% do que em 2011.Já em <strong>2013</strong>, após um longo e exigente período negocial,chegou-se a acordo com todos os sindicatos que participaramnas negociações, para celebração de um novo e únicoAcordo de Empresa.Qualidade de ServiçoOs <strong>CTT</strong> continuaram a apresentar em 2012 níveis de desempenhooperacional elevados, situando-se o IGQS - IndicadorGlobal de Qualidade de Serviço - em 255,4 pontos,2,6 vezes o objetivo de 100, e traduz uma melhoria de maisque 80 pontos face a 2011.O desempenho do correio internacional compara bem com odos restantes parceiros europeus. Os objetivos de qualidadedefinidos pela Diretiva Comunitária para o setor postal foramlargamente excedidos no caso português. Na comparaçãocom outros prestadores do serviço postal universal a níveleuropeu, os <strong>CTT</strong> destacam-se pela qualidade de serviço,quer no Atendimento, quer nas Operações e Distribuição.Prosseguiu-se o esforço de implementação de sistemas degestão integrados que, além da qualidade, abrangem também,nos casos mais relevantes, o ambiente e a segurança.Mantiveram-se ou foram renovadas todas as certificaçõesISO existentes nos Centros de Operacionais de Correio(qualidade e ambiente), na <strong>CTT</strong> Expresso e EAD (qualidade,ambiente e segurança), na Tourline e Postcontacto (qualidade)e na Mailtec Comunicação (qualidade, ambiente eFSC-custódia da cadeia de responsabilidade).Por fim, o processo de certificação de serviços das Lojas eCentros de Distribuição Postal abrangeu em 2012 cerca de859 unidades operacionais (309 Centros de Distribuição deCorreio e 550 Lojas), mais 155 do que em 2011.O nível “Committed to Excellence”, no âmbito do ModeloEuropeu de Excelência da European Foundation for QualityManagement (EFQM), foi renovado em 2012 pelo prazode 2 anos, pela Associação Portuguesa para a Qualidade(APQ), englobando toda a Rede de Distribuição e Rede deLojas, no Continente e Regiões Autónomas.Os bons desempenhos operacionais têm-se traduzido emperceções positivas da qualidade do serviço por partedos clientes. Quase 80% dos clientes que visitam as Lojas<strong>CTT</strong> afirmam que a qualidade do serviço postal é boa oumuito boa.


14ATUAL ● APOSTA <strong>116</strong><strong>CTT</strong> na melhormeia maratona do mundoOs <strong>CTT</strong> marcaram presença com mais de mil trabalhadores na 23ª MeiaMaratona de Lisboa, considerada a melhor prova do mundo, no género.Manteve-se também o apoio ao desporto adaptado com a “<strong>CTT</strong> - ProvaDeficientes Motores em Cadeira de Rodas” e o voluntariado à Elo SocialOs <strong>CTT</strong> cumpriram o patrocínio à Meia Maratona de Lisboa,realizada no passado dia 24 de março e organizada peloMaratona Clube de Portugal (MCP). O evento registounovo recorde de participações (cerca de 40 mil) num diaalgo ventoso, mas com cheiro primaveril e ricos atrativoshumanos e paisagísticos, naturais e edificados, com oTejo, a monumentalidade e a Ponte 25 de Abril num décorúnico e que lhe confere o selo de melhor meia maratonado mundo. A prova mereceu cobertura televisiva em direto.Para lá da competição, onde muitos atletas profissionaisde alto rendimento (a elite mundial) marcaram presença,desportistas amadores, grupos variados, famílias, novose séniores encontraram nas diversas provas desta festasocial e do desporto um pretexto para o convívio e aprática do exercício físico. O cariz popular do eventomanteve-se e como habitualmente a organizaçãoproporcionou o transporte gratuito até à estação do Pragalpara os participantes se posicionarem para o início daprova que ocorreu pelas 10h30, junto às portagens daponte. A meta, cheia de cor e expectativa, aguardava pelosatletas em frente ao Mosteiro dos Jerónimos.A presente edição observou a animação própria destasprovas, além de continuar exibir o título de Golden RoadRace, atribuído pela IAAF.Uma prova diferenteO compromisso continuado dos <strong>CTT</strong> com a Meia Maratonade Lisboa assenta no apoio à “<strong>CTT</strong> Prova DeficientesMotores em Cadeira de Rodas”, em que participaramuma vez mais muitos dos melhores atletas paralímpicosdo mundo. Entre esta elite incluía-se o suíço Heinz Freie o espanhol Santiago Sanz, respetivamente o maioratleta paralímpico de todos os tempos e o melhor atletatetraplégico do mundo. Participaram na corrida 31 atletas,12 dos quais de nacionalidade portuguesa.Apesar de não ter sido superado o recorde mundial, aprova foi muito competitiva e renhida, com o espanholRoger Puigbo a bater o suíço Heinz Frei sobre a meta,ambos com o tempo de 44m31s, fechando-se o pódiomasculino com o também espanhol Jordi Madera a 5segundos dos primeiros. O melhor português, AlexandrinoSilva, com 52m14s fechou o “top ten”.


1512Em senhoras a jovem britânica Jade Jones (58m44s) bateua suíça Patrícia Keller (1h00m53s).Mas os <strong>CTT</strong> fizeram-se também notar pela participaçãode mais de um milhar de trabalhadores que correrama mini ou a meia maratona e que entre 20 e 23 demarço levantaram os seus dorsais e sacos com o kitde participante no stand dos <strong>CTT</strong> durante a feira dodesporto e lazer (SportExpo), que teve lugar no Museu daEletricidade, em Belém.Cumpre relevar ainda a presença de vários trabalhadoresvoluntários que proporcionaram um dia diferente a3um grupo de utentes da Elo Social - Associação para aIntegração e Apoio ao Deficiente Jovem e Adulto. Sediadana zona envolvente do Parque das Nações, próxima doEdifício dos <strong>CTT</strong>, 29 convidados, incluindo monitores,aceitaram o desafio para participar na mini maratona,em passo descontraído. O ambiente foi de alegria e deconvívio permanente entre os convidados da Elo Social eos oito voluntários <strong>CTT</strong>, adaptando-se aos vários ritmos eàs conversas durante os 7 quilómetros, desde a estaçãodo Pragal até Belém. Foi mais uma ação que muitoorgulha os <strong>CTT</strong> e que, em concurso com as restantes, se4integra numa política de Responsabilidade Social e deCidadania Empresarial.Uma elite que prova valorEntre a elite profissional, que não atravessou a ponte,dado que a partida para estes atletas e os da “<strong>CTT</strong> - ProvaDeficientes Motores em Cadeiras de Rodas” ocorreu emAlgés, fica para a história desta 23ª edição da provalisboeta o domínio dos quenianos. Venceram tantoem masculinos por Bernard Koech (59m54s) como emsenhoras por Edna Kiplagat (1h08m48s). Embora rápido,o percurso contou com algum vento contrário. Não foipossível bater o recorde mundial, estabelecido nestaprova em 2011 pelo eritreu Zerzenay Tadese, mas aindaassim o vencedor baixou da hora, ou seja, fez um temposó alcance dos melhores de sempre.Entre os portugueses, José Rocha em 11º lugar eDulce Félix, quinta em femininos, foram osmelhores classificados.A prova que o Maratona Clube de Portugal organiza fezjus ao seu título. O sucesso desportivo e social do eventofoi mais uma vez alcançado, pelo que como foi referido«a crise não mora aqui». JOSÉ DUARTE MARTINS ●1. Voluntários <strong>CTT</strong> e Grupo da Elo Social 2. Fase da corrida junto aosmarcos de correio insufláveis 3. Chegada renhida à meta4. O pódio vencedor na presença de Miguel Salema Garção (CI dos <strong>CTT</strong>).MAIS DE UM MILHAR DETRABALHADORES <strong>CTT</strong> CORRERAM AMINI OU A MEIA MARATONA, TENDOLEVANTADO OS SEUS DORSAIS ESACOS COM O KIT DE PARTICIPANTE NOSTAND DOS <strong>CTT</strong> DURANTE A FEIRA DODESPORTO E LAZER - SPORTEXPO


16 À DESCOBERTA DE TALENTOS ● APOSTA <strong>116</strong>Da plasticidade das formasà arte da escritaESCRITAAntes era a escultura. Mudam -seos tempos e as circunstâncias e aescrita brotou, após uma formação emescrita criativa. Agora, a nova paixãodesenvolve -se com tempo e harmoniaCatarina Afonso nasceu na capital exatamente um anoantes do dia da “revolução dos cravos”. Casada, mãe dopequeno Tomás, reside em Carnaxide e trabalha na áreado Marketing Produtos de Terceiros, como gestora dos Serviçosao Cidadão e Responsabilidade Social, envolvendobilhética de transportes, certificação de fotocópias, cartãojovem, pirilampo mágico, Cruz Vermelha Portuguesa eprodutos Unicef.Já vai distante o ingresso nos <strong>CTT</strong>, que aconteceu em janeirode 1998. Licenciada pelo Instituto de Ciências Sociais ePolíticas da Universidade Técnica de Lisboa esteve sempreligada ao marketing, quando este ainda integrava a FIL.Continuou na área após a sua autonomização, primeiroainda no espaço filatélico, atividade que sempre a cativou,depois no retalho, onde, entre outras funções, concebiae operacionalizava ações para dinamização de vendasnas lojas <strong>CTT</strong>, além de fazer o interface com agências depublicidade aquando da realização de campanhas promocionaistemáticas.E como se tratava da vencedora da categoria “Escrita”,nada mais inspirador para uma conversa afável sobre otema que o espaço único do Parque dos Poetas, em Oeiras.Um sítio vasto que respira liberdade e onde a arte, o beloe a criação incitam ao sublime. Foi nesta ambiência quea Catarina se projetou ao descrever a sua participação eemprestou o modo para as câmaras do Pedro e do César.


17CONCORREU COM UM TEXTO QUERESULTOU DE UM TRABALHOELABORADO PARA UMA AÇÃO DEFORMAÇÃO PROMOVIDA NOS <strong>CTT</strong> SOBRE“ESCRITA CRIATIVA”. SURGIU, ASSIM, A“DONA ZULMIRA”, FIGURA CENTRAL DEUM TEXTO SIMPLES, MAS CATIVANTEAgora a escrita sai da mão da nossa escritora pararesponder a um breve questionário, comum a todosos vencedores do passatempo:1. CASO NÃO TIVESSE OPTADO PELA VIDA PROFISSIO-NAL NOS <strong>CTT</strong>, O QUE É QUE GOSTARIA DE SER OU DETER FEITO?Gostaria de ter sido escultora. Criei algumas peças em“plastibô”, uma espécie de argila que se molda e quenão necessita de cozedura, enrijecendo com o passarde algumas horas. Criei sobretudo figuras humanas.Participei em duas exposições coletivas, uma na Casada Imprensa e outra numa Galeria de Arte, em Sesimbra.Na altura de escolher um curso estava divididaentre Belas Artes e Comunicação Social. Acabei poroptar pela segunda hipótese, especializando -me emMarketing, Publicidade e Relações Públicas.Nasce o desafio pela escritaApesar de não se dedicar à arte da escrita há muito tempo,esta amante da escultura sentiu -se impulsionada emparticipar no passatempo “à descoberta de talentos”, justamentenesta categoria. Verão e férias lançaram -na para acriação de um texto inédito, mas a escassez de tempo nãoo permitiu. Concorreu, então, com um texto que resultoude um trabalho elaborado para uma ação de formaçãopromovida nos <strong>CTT</strong> sobre “Escrita Criativa”. Formação queesteve na génese deste novo interesse e desafio que estáa fazer o seu caminho. Surgiu, assim, a “Dona Zulmira”,figura central de um texto simples, mas cativante. Texto quehaveria de nascer a partir de palavras/expressões (“brincosde pérola” e “folha de papel”) que lhe saíram em sortenesse curso de formação, que consistia em elaborar umtrabalho para casa criando uma personagem.Da criatividade da Catarina nasceu um enredo envolvendouma figura típica de um bairro urbano, com traços comunsa certas “personagens” que provavelmente muitos leitorestambém já conheceram nas suas redondezas. E, como jáse sabe, em boa hora aconteceu.Agora, a curiosidade faz -nos esperar por “o trio da rua dasfrancesinhas”, que esteve para concorrer em vez da “DonaZulmira”. Que se conclua e saia à luz dos leitores, que jáos há interessados no resultado da evolução literária danossa talentosa Catarina Afonso. ● JOSÉ DUARTE MARTINS2. O QUE REPRESENTA PARA SI ESTA ATIVIDADE DELAZER QUE TANTO A APAIXONA?Confesso que a Escrita não é propriamente uma atividadede lazer à qual dedicasse muito tempo. A descobertasurgiu com a frequência de uma ação de formação em“Escrita Criativa”. Como tínhamos que escrever um textocom algumas palavras/expressões sorteadas, avanceipara a missão. O feedback ao trabalho mereceu umareação positiva, o que me entusiasmou e levou a escrevermais. Entretanto, surgiu o passatempo “À descobertade talentos”, tendo -me inscrito com intençãode concorrer com um novo texto que já tinha iniciado.Esperava finalizá -lo nas férias de verão, porém o enredoda história adensou -se, as personagens multiplicaram--se e as férias terminaram sem que o texto estivesseconcluído. Assim, resolvi concorrer com o texto quetinha e que era o do trabalho da ação de formação.3. COMO ENQUADRA A SUA ATIVIDADE DA ESCRITA,ENQUANTO PESSOA E PROFISSIONAL DOS <strong>CTT</strong>?Este hobby recente da Escrita tem -me proporcionadomomentos de grande entusiasmo. Tenho pena de nãodispor de mais tempo livre para me poder dedicarcom maior empenho. A nível profissional sempre tivea preocupação de escrever com correção e este novoentusiasmo pela escrita tem reforçado ainda maisessa atenção.


19«E AQUILO DE QUE ESTIVEMOSHOJE AQUI A FALAR É DE TODOSOS DIAS CONSTRUIRMOS OFUTURO ATRAVÉS DE UMAADAPTAÇÃO PERMANENTE E DEUM PERMANENTE ACOMPANHARDOS TEMPOS E DAS REALIDADES».FRANCISCO DE LACERDAPortugal continua ainda a evidenciaruma densidade de cobertura acima damédia europeia. Os <strong>CTT</strong> disponibilizamuma gama completa de serviços e soluçõesintegradas físicas e eletrónicas,apresentando elevados níveis de eficiênciae qualidade de serviço.Como resposta aos desafios e preparaçãodo futuro foi definido um Planode Transformação que visa envolver osstakeholders, otimizar a organizaçãoe implementar programas estratégicos,assentando em quatro grandesprioridades: otimizar operações paradefender os negócios atuais, promoverambiente regulatório sustentável, potenciaroportunidades para crescimentode curto prazo e explorar opçõesde crescimento futuro. O Presidenteexpressou ainda a convicção que a privatização,a acontecer até final do ano,irá constituir um inquestionável desafioe oportunidade para os <strong>CTT</strong> e paraos seus trabalhadores, a quem seráexigido cada vez mais compromisso.Todos Somos UmA atenção da plateia foi depois dirigidapara o filme de apresentação da assinaturado novo programa de comunicaçãointerna, “Todos Somos Um”,que pretende unir e motivar a equipade trabalhadores dos <strong>CTT</strong> em torno deum objetivo comum.De seguida, o Administrador André GorjãoCosta expôs o tema “Detalhe daatividade 2012 e Plano e Orçamentopara <strong>2013</strong>/15”. Começando por passarem revista os resultados de 2012, apresentadosem conferência de imprensano dia anterior ao da Convenção (verpág. 10), avançou para a divulgaçãodas metas do Orçamento de <strong>2013</strong>. Paradefender os negócios atuais apontou aotimização e racionalização do Correio(Transporte, Tratamento e Distribuição),Rede de Lojas e Recursos Humanos.Para obter crescimento a curto prazo,há que otimizar e integrar os negóciosexpresso e encomendas, desenvolveros serviços financeiros e as soluçõesempresariais, a par de uma forte preocupaçãode eficácia comercial. Para apromoção de um ambiente regulatóriosustentável, está em discussão o contratode concessão do serviço postal,com os ajustamentos a serem negociadosentre a Administração dos <strong>CTT</strong> e oRegulador, a Anacom. Para promovero crescimento futuro, consolidando aposição de mercado e obtendo sinergiasoperacionais, a aposta vai paraa internacionalização e aquisição deempresas nas áreas de Expresso e SoluçõesEmpresariais. A nível do BancoPostal estão a ser analisados os projetosanteriormente realizados nos <strong>CTT</strong>.«Que possamos assumir cada vez maiscompromisso para criar cada vez maisvalor, do ponto de vista financeiro, paraos clientes, trabalhadores e acionista»,foi a mensagem que deixou.Continuando o programa, subiu aopalco para apresentar o tema “Somosuma equipa”, Tomaz Morais, ex-selecionadornacional de rugby e atualdiretor técnico nacional da FederaçãoPortuguesa de Rugby. Ao falar sobreliderança e motivação de equipas,demonstrou, com exemplos baseadosna sua experiência, que estes sãofatores determinantes para se conseguiraquilo que parece impossível (verpág. 23). Com um exercício prático,executado por vários voluntários e quegerou momentos animados e descontraídos,chegaram ao fim os trabalhosda manhã.A caminho do almoço, todos os participantesforam convidados a colaborarna construção de um “puzzle”. Pedaçoa pedaço, a obra ia crescendo. Ao fimdas mais de sete centenas e meia depeças colocadas, a mensagem “TodosSomos Um” surgiu no enorme painel,numa alusão clara à importânciados contributos individuais para o objetivoglobal.Correio: negócio com futuroA Administradora Dionísia Ferreiraabriu a sessão da tarde com o tema“Correio: compromisso com o futuro”.Ao Correio são hoje colocados novosdesafios decorrentes da liberalizaçãodo mercado, das exigências dos clientese da imparável inovação tecnológica.Para os vencer estão delineadosprogramas de ação a diversos níveis.Um deles passa por tornar todas asRedes mais eficientes. A de Lojas está


20 CAPA ● APOSTA <strong>116</strong>«A MELHOR FORMA DE GARANTIRUM FUTURO PROMISSOR PARA ANOSSA EMPRESA É FAZER ASMUDANÇAS E MELHORIAS NECESSÁRIASPARA A TORNAR EFICIENTE ECOMPETITIVA E SALVAGUARDAROS POSTOS DE TRABALHO».DIONÍSIA FERREIRAa ser redimensionada e transferidosalguns pontos de acesso. Os Transportesserão reorganizados a nívelnacional e internacional e a frota otimizada.Também o Tratamento passarápor uma reorganização e serão otimizadosos modelos de funcionamento.Na Distribuição, a otimização passapela internalização de atividades ecentralização de CDP/CAD, pela implementaçãodo sistema de distribuiçãosegmentada por prioridades nacionaise pela utilização de novos equipamentosde apoio à distribuição. Umoutro programa diz respeito à revisãoda oferta do produto encomendas, àadaptação do pricing às condiçõesde mercado e ao redesenho da ofertade correio publicitário. Assistir-se-á àredefinição do conceito de Loja <strong>CTT</strong>,incrementando-se a venda de correioexpresso e serviços financeiros. Para asustentabilidade do negócio de Filatelia,há que angariar novos targets e desenvolvernovos produtos e mercados.Outra ação passa por elevar o nívelde qualidade na prestação de serviçoao cliente, aplicando o máximo rigornas operações e relacionamento como cliente. Quanto às pessoas, há queotimizar os recursos disponíveis pelaredução de ocupação na área core,através de serviços de proximidade epela internalização de atividades aindaem outsourcing. Aos trabalhadoresdestas Redes será disponibilizado umambicioso plano formativo, correspondentea 40% do valor do investimentoglobal em Formação.«Estes programas exigem um elevadograu de comprometimento detodos. Os tempos mudaram e asexigências aumentaram. É hoje quetodos somos um, pelo que se impõeuma visão global. Temos o dever deir muito mais longe e mais depressa,pois o potencial nesta área é enormee a possibilidade de o concretizarmosestá nas nossas mãos. Temosque ser ambiciosos e acreditar quesomos capazes. A melhor forma degarantir um futuro promissor para anossa empresa é fazer as mudançase melhorias necessárias para a tornareficiente e competitiva e salvaguardaros postos de trabalho. Queremos umCorreio prestado por pessoas e parapessoas. Este é o maior garante deque o Correio será um negócio comfuturo», concluiu Dionísia Ferreira.No bom caminhoSeguiu-se a intervenção “Expresso eEncomendas: de empresa nacional aoperador internacional”, a cargo doAdministrador Manuel Castelo-Branco.Após revelar o posicionamento atual nomercado da Unidade de Negócio CEP,formada pelas empresas <strong>CTT</strong> Expresso(Portugal), Tourline Express (Espanha)e Corre (Moçambique), apontou osobjetivos estratégicos a cumprir até2017 por aquela unidade, de forma aconstituir-se como um dos três principaisplayers no mercado ibérico. Elespassam por reconquistar em Portugalalguma quota de mercado perdida eaumentar a rentabilidade. Em Espanha,crescer 8,5% de quota de mercado.Ser líder de mercado do tráfego transfronteiriço.Consolidar a liderança demercado em Moçambique e no tráfegode e para Portugal e ser um player dereferência no Continente Africano, compresença em várias geografias.«Num mercado que estará garantidamentedeprimido, queremos chegar a


21PODEMOS OLHAR PARA ASSOLUÇÕES EMPRESARIAIS COMOUMA CRIANÇA QUE SE ESTÁA DESENVOLVER E A GANHARAUTONOMIA, MAS QUE PRECISADE TODOS VÓS PARA CRESCER.NÃO NOS PODEMOS ESQUECERQUE É UMA ÁREA MUITO FORTEEM TERMOS ESTRATÉGICOS».MANUEL CASTELO-BRANCO2017 com mais 47,2 milhões de eurosde faturação, o que correspondea 6,5% de crescimento médio anual,o que nos dá uma responsabilidadeacrescida», afirmou. «Felizmente estamosno bom caminho quanto aocumprimento do Plano. Vamos atingirno final do primeiro semestre vendasacima das do ano passado, na <strong>CTT</strong> Expressoe na Tourline. Esta medida só foiconseguida porque apostamos em trêsvetores: recolocação das pessoas noslugares certos, mudança de processose aposta forte na tecnologia», concluiu.André Gorjão Costa apresentou umnovo tema: “Serviços Financeiros: confiança,proximidade e valor”, e uma dasfontes muito relevantes de rendimentose de EBITDA. Apesar da crise queafetou os vários negócios, os serviçosfinanceiros conseguiram manter quaseinalteradas as receitas, fruto da ampliaçãodos serviços prestados. O segmentode Poupança e Seguros foi o único aregistar crescimento no último triénio,impulsionado pela colocação de segurosde capitalização competitivos.Rumo ao sucessoOs <strong>CTT</strong> têm vindo a perder peso comocanal de poupança dos portugueses.A introdução da cobrança de portagenssustentou o crescimento da receita depagamento de serviços, tendo os restantesserviços registado uma quedaacentuada. «Vamos inverter a tendêncianegativa, rumo ao sucesso! E temosuma Rede de Lojas única, capaz de ofazer», garantiu o Administrador, divulgandoalgumas ações para o conseguir.O destaque vai para as melhores condiçõescomerciais para os <strong>CTT</strong>, produtoscompetitivos assentes na simplicidade,segurança e “value for money”,comunicação forte e processos maissimples. A Rede de Lojas deve apostarnum aumento de vendas, através dafidelização/retenção de clientes e defundos, captação de novos e aumentode vendas por cliente.“Soluções empresariais: integrar paracrescer” foi outra apresentação queManuel Castelo-Branco trouxe ao público.As Soluções Empresariais (SE),que resultaram da conjugação do queestava disperso por três empresas(<strong>CTT</strong>, Mailtec e EAD), «são ainda umacriança que queremos fazer crescer.É uma área pouco conhecida masque é absolutamente crítica para anossa estratégia e para a fidelizaçãode clientes», afirmou o Administrador,passando a enumerar os aspetoschave do plano de transformação.Destacam-se a capacidade de oferecerao mercado soluções integradasfísicas e/ou digitais, a inovaçãopara garantir diferenciação positiva,o alargamento do mercado através dainternacionalização, o reforço do self--service para aumentar a conveniênciae reduzir os custos de acesso, e a otimizaçãode processos para aumentara competitividade e a margem dosserviços. «As SE serão claramente a


22 CAPA ● APOSTA <strong>116</strong>«A MOTIVAÇÃO DAS EQUIPAS SIGNIFICANÃO A HONRA, MAS UM PONTO DEHONRA, CADA UM PODER SENTIRQUE TRABALHA PARA UM OBJETIVOCOMUM E, NESSA MEDIDA, SENTIR QUETRABALHA PARA IR NO SEU INTERESSE».ANA JORDÃOferramenta que temos para fidelizartodos os clientes prestando-lhes umasolução global. Podemos olhar paraas SE como uma criança que se estáa desenvolver e a ganhar autonomia,mas que precisa de todos vós paracrescer. Não nos podemos esquecerque é uma área muito forte em termosestratégicos», concluiu.Vontade de vencerA Administradora Ana Jordão abordouna sua intervenção os «Recursosfísicos e compras: desafios e rigor»,defendendo que estas unidades «devemser encaradas como ferramentase agentes de mudança essenciais naracionalidade das escolhas e na nivelaçãodos custos de uma organização. Oprincipal desafio consubstancia-se naarte de saber quais os recursos físicosdetidos e os necessários à organização,a melhor e fundamentada formade os adquirir, alienar ou rentabilizar,otimizando a sua gestão, manutençãoe temporalidade». Os desafios quese colocam passam desde logo porassumir a centralização de processos,aproveitando oportunidades de poupançana aquisição de bens e serviçose na realização de empreitadas,através das sinergias e economias de«QUE POSSAMOSASSUMIR CADA VEZMAIS COMPROMISSOPARA CRIAR CADA VEZMAIS VALOR, DOPONTO DE VISTAFINANCEIRO, PARAOS CLIENTES,TRABALHADORESE ACIONISTA».ANDRÉ GORJÃO COSTAescala. Estas áreas devem munir-sede uma postura pró-ativa na assunçãodeste desafio e por uma prática depermanente rigor. A centralização deprocessos passa por uma estratégiaarticulada dos recursos imobiliários,obras e de frota, pela coordenação econtrolo das compras e dos contratosde prestação de serviços, locaçõese empreitadas transversais, por umagestão integrada de documentos earquivos e por uma gestão pró ativadas políticas de segurança. Tudo istopara garantir ao universo empresarialdos <strong>CTT</strong> uma maior eficiência e eficáciados seus recursos.No encerramento da convenção, Franciscode Lacerda salientou que «semtradição, sem um passado forte, as empresasnão têm futuro. E aquilo de queestivemos hoje aqui a falar é de todosos dias construirmos o futuro atravésde uma adaptação permanente e deum permanente acompanhar dos tempose das realidades. Com os desafiose oportunidades que aqui divulgamos,com o conjunto de competências e ativosque detemos e com a definição dosquatro objetivos estratégicos, acreditoplenamente que em 2020 os <strong>CTT</strong> celebrarãoos seus 500 anos de história».A terminar, o Presidente deixou palavrasde confiança no futuro, pedindoaos presentes que divulgassem ao máximoàs suas equipas as mensagens dareunião. «Vivemos um ambiente difícil,mas isso também nos dá a motivaçãoe a vontade de vencer o desafio. Temosconfiança. E temos uma equipa em quesomos todos um e cada vez mais umaúnica equipa, com cada um de nós acontribuir com as suas competênciaspara o todo. Estou seguro que vamosapresentar cada vez melhores resultados,não só no sentido financeiro dotermo, mas no sentido de realizaçõese de cumprimento das variadíssimasmetas que aqui apresentámos. E quevamos orgulhosos e de cara lavada eque comparamos bem com qualqueroutra empresa portuguesa ou estrangeirae vamos ter sucesso nesta novafase da vida dos <strong>CTT</strong>». ● ROSA SERÔDIO


23Balneáriode líderesTomaz Morais foi o convidado surpresada Convenção <strong>CTT</strong>. O Diretor TécnicoNacional da Federação Portuguesa deRugby acredita que o mundo empresariale o desportivo têm muito em comum.Perante uma plateia de dirigentes,através da partilha das suas experiências,o líder inspirou o público para a liderança«Estou habituado, no balneário, a olharnos olhos», disse Tomaz Morais, DiretorTécnico Nacional da Federação Portuguesade Rugby, quando deu início à intervençãode caráter motivacional paraa qual tinha sido convidado. Peranteuma plateia com mais de 700 pessoas,aquilo a que chamou um balneário delíderes, o ex-Selecionador Nacional deRugby que acredita que «não há nadamelhor do que pertencer a uma equipa»,falou acerca dos desafios daquelasestruturas e do papel de quem as dirige.Tomaz Morais defende que os líderes«têm como missão puxar pelos outros,e levá-los a grandes feitos» e que devemser um exemplo. Desta forma, foi atravésda partilha das suas próprias experiênciase peripécias, com um discursoassertivo e bem-humorado, que o oradorfoi partilhando as suas perspetivas.«Só somos líderes porque há outros. Esão esses outros que nos dão a liderança»,disse o orador que também declaraque «devemos ensinar a vencer comhumildade e a perder com dignidade».A encerrar a sua intervenção, o oradorsolicitou a colaboração de voluntáriospara integrarem duas equipas mistase fazerem uma formação ordenadatípica do Rugby. «Vamos lá ver setodos somos um, ou não», desafiou otreinador. E foram.Mas, antes de subir ao palco, TomazMorais explicou à Aposta o seu trabalhoenquanto orador motivacional que,segundo diz, «faz com muita paixão».TOMAZ MORAIS É PROFISSIONAL DO RUGBY E ATUALMEN-TE FAZ DISCURSOS MOTIVACIONAIS PARA EMPRESAS.COMO É QUE ESTA ATIVIDADE SURGIU?A primeira vez que tive um convite para estar em públicoabordando estes temas da motivação e do trabalho emequipa, da liderança e da atitude, com tudo o que está,no fundo, relacionado com a competição que as pessoastêm de ter para atingirem os seus objetivos foi já em 2001.Há muitos anos que venho a fazer este tipo de atividade,associado a muitas outras, como atividades de TeamBuilding, da criação do espirito coletivo, de sintonia nosobjetivos e tudo o que está à volta do trabalho em equipae do saber estar em equipa. Gosto imenso de o fazer, façocom muita paixão e aqui hoje farei o mesmo.O QUE É QUE HÁ EM COMUM ENTRE UMA EQUIPA DESPOR-TIVA E UMA EQUIPA DE UMA EMPRESA?Há muito em comum, muito mais do que se pensa ou deque conseguimos ver e perceber. Havendo um objetivoe, independentemente do sistema ou da cultura em que


24 CAPA ● APOSTA <strong>116</strong>«OS LÍDERES TÊM COMO MISSÃOPUXAR PELOS OUTROS, E LEVÁ-LOS AGRANDES FEITOS». TOMAZ MORAISestamos integrados, tem de haver trabalho em equipa,interligação entre as pessoas e, acima de tudo, uma capacidadepara partilhar, respeitar e conhecer o outro com quemtrabalhamos. E, para isso, primeiro temos de nos conhecera nós próprios. É nessa perspetiva que eu acho que não háestrutura nenhuma que diferencie da outra, independentementede ter 15000 pessoas ou 5 pessoas. Os problemasque nós temos são semelhantes. O desporto nisso ajudamuito, porque vive acima de tudo da concretização de objetivos.Quando queremos trabalhar com as equipas comotreinadores temos de obter resultados logo, não podemosestar à espera de um dia os vir a obter. O nosso trabalhotem de ser automaticamente avaliado e é avaliado com oresultado desportivo e isso também é um ensinamento paraas pessoas que estão nas estruturas empresariais. Porquenós, muitas vezes, esperamos pelo outro e, no desporto,não podemos esperar pelo outro. Temos de ser nós a avançar,a dar o passo, a fazer a autocrítica e, acima de tudo,temos de ter como ideia fundamental, como missão, criarmelhores pessoas, com mais valores, com mais atitude,mais integradas, mais capacitadas, mais desenvolvidas.E eu acho que essa aprendizagem que nós retiramos dodesporto é muito útil ao sistema empresarial e não só.ONDE É QUE SE INSPIROU PARA FAZER ESTA INTERVENÇÃOPARA OS <strong>CTT</strong>?Inspiro-me muito nos jogadores que fui treinando ao longoda minha vida, nas equipas com quem joguei enquantojogador, nos treinadores com quem aprendi muito e naspessoas com quem diariamente trabalho, que muito metransmitem. E esse exemplo prático, do ter de viver emequipa e de liderar equipas, sempre com objetivos muitoambiciosos e sempre com os problemas que sabemos queas equipas geram, é aquilo que eu depois tento transmitircom muita genuinidade. Porque eu acho que o sistemaprático é aquele que mais transmite e que nos pode imediatamentedar ideias e gerar reflexão. A reflexão é muitoimportante nos dias de hoje porque nos torna mais competitivose não permite que nos acomodemos ao que querque seja. ● ELSA DUARTE


26 SUSTENTABILIDADE ● APOSTA <strong>116</strong>EficiênciaEnergéticaA melhoria do desempenho energético e carbónico é uma preocupaçãoconstante dos <strong>CTT</strong>, por razões económicas e ambientais. O investimento emequipamentos de climatização mais eficientes é uma medida que contribuitanto para a poupança de recursos, como para o conforto dos trabalhadores.A aprovação da candidatura da Empresa ao Fundo de Eficiência Energéticareconhece o bom trabalho feito nesta áreaA candidatura ao programa FEE/AVISO 02 – SGCIE 2012 doFundo de Eficiência Energética (FEE), relativa ao sistema degestão da central de climatização de Cabo Ruivo (GTC), foiaprovada e, entre as 85 entidades participantes, os <strong>CTT</strong>obtiveram a 9ª melhor classificação.O FEE é um instrumento financeiro gerido pelo Ministérioda Economia e da Inovação que pretende incentivar a eficiênciaenergética por parte dos cidadãos e das empresas,apoiar projetos neste domínio, bem como financiar osprogramas e medidas previstas no Plano Nacional de Açãopara a Eficiência Energética.Em 2012, a nossa candidatura integrou a categoria “Indústria”daquele programa. Esta vertente aplica-se a instalações,normalmente de grande dimensão, abrangidaspor um plano de racionalização de consumos energéticos,decorrente da realização de uma auditoria energética noâmbito do SGCIE.Assim, a candidatura dos <strong>CTT</strong> centrou-se no referido GTCdo CPL S (Centro de Produção e Logística Sul), que faz aregulação do sistema de climatização daquela unidadeoperacional e que foi instalado em 2010. O mencionadodispositivo permite a regulação e monitorização de parâmetrosdo ar interior como a temperatura, humidade, ventilação,contribuindo para o conforto e ambiente térmico.A 9ª posição alcançada pelos <strong>CTT</strong> assegurou um financiamentode 10 mil euros, o montante máximo atribuídopelo programa nesta categoria. O valor simbólico destapontuação é claramente mais importante que o seu valormonetário. Entre as entidades concorrentes a financiamentoestiveram, por exemplo, a Bosh, a Salvador Ceatano, aREN ou a Continental/Mabor.Investimento na eficiênciaOs três Centros de Produção e Logística (CPL) representamum oitavo do consumo total de energia relativo aos maisde mil edifícios <strong>CTT</strong> e, desta forma, é aí que as iniciativas


27Consumo Energético Globalenergéticas assumem um caráter prioritário. Sendo as componentesclimatização e iluminação as mais relevantes, aEmpresa tem vindo a investir nos CPL, ao longo dos anos,nesses domínios.O CPL S é o maior dos imóveis <strong>CTT</strong> em termos de área, númerode trabalhadores e consumos energéticos. Em 2012foram realizadas diversas intervenções naquela unidadede Cabo Ruivo: foram instaladas 41 claraboias de iluminaçãozenital, que permitiram a substituição da iluminaçãoartificial pela luz natural durante grande parte do dia detrabalho; houve a substituição integral da iluminação deum dos pisos e instalação de um sistema inteligente decomando; procedeu-se à substituição da caixilharia dolado sul do edifício por caixilharia de alumínio e vidro duplocom palas de ensombramento; na zona do cais, foramsubstituídas as coberturas em material translúcido por materialde policarbonato, o que potencia a utilização de luznatural e o melhor comportamento térmico dessas zonas.Como resultado destas iniciativas, em 2012 foi registadano CPL S uma redução de 4,6% no consumo de eletricidadee de 26,7% no de gás, face ao ano anterior.No CPL N, as iniciativas de eficiência energética passarampela parametrização do GTC e instalação de uma nova versãode software. Apesar daquele edifício da Maia ter esteGJ (Gigajoules)2010 2011 2012CPL-N 11.166 11.582 10.001CPL-C7.702 7.103 6.973CPL-S 26.129 26.074 24.728TOTAL 44.997 44.759 41.703Fonte: Comunicação Institucional/Sustentabilidadetipo de equipamento não reúne as condições necessáriaspara a candidatura ao FEE, na medida em que ainda nãofoi realizada a auditoria energética. Assim, em 2012 foiregistada uma redução de 5,9% no consumo de eletricidadee, no que respeita ao consumo de gás, foram adotadasmedidas de racionalização de consumos que deram origema uma poupança de 70% na fatura.No CPL C, houve uma revisão do sistema de climatizaçãocentral, bem como várias ações de sensibilização juntodos trabalhadores. Assim, o edifício do Taveiro registouum decréscimo de 22,9% na fatura do gás e de 1,8% nada eletricidade.As recém-concluídas auditorias de certificação energéticano âmbito do RCESE permitiram identificar outras oportunidadesde poupança nos CPL, o que faz prever a manutençãodesta trajetória de melhoria.Em 2012, no total dos CPL, a redução no consumo de gáschegou aos 49% e a da eletricidade aos 4,2%, a que correspondea um valor energético agregado de -6,8%. Comestas medidas, os <strong>CTT</strong> ao mesmo tempo que poupam nafatura energética, investem no conforto dos trabalhadores.Em simultâneo, contribuem para um ambiente mais limpo,diminuindo as emissões de gases de efeito de estufa em7,1%. ELSA DUARTE ●OS TRÊS CENTROS DE PRODUÇÃO E LOGÍSTICA (CPL)REPRESENTAM UM OITAVO DO CONSUMO TOTAL DEENERGIA RELATIVO AOS MAIS DE MIL EDIFÍCIOS <strong>CTT</strong> E,DESTA FORMA, É AÍ QUE AS INICIATIVAS ENERGÉTICASASSUMEM UM CARÁTER PRIORITÁRIO


28EVENTOS ● APOSTA <strong>116</strong>A tradição da arte daFalcoariaA Falcoaria voltou ao registo dos selos portugueses, agoranuma emissão dedicada que revela a beleza e a importância aolongo dos séculos desta arte de adestrar e caçar com aves de presasOs <strong>CTT</strong> Correios de Portugal dedicaram uma nova emissãofilatélica à arte da Falcoaria, com quatro selos e um blocofilatélico. A cerimónia de lançamento, em parceria com aCâmara Municipal de Salvaterra de Magos e a FalcoariaReal, decorreu a 23 de março no auditório do edifício destaúltima entidade, onde funcionou, no átrio, um Posto deCorreio Temporário, operacionalizado por Sónia Narciso eSofia Menezes, da FIL, que disponibilizou aos de visitantesos selos da emissão e outros produtos filatélicos.Os convidados assistiram às intervenções do vice -presidenteda autarquia, Manuel Neves, do presidente da AssociaçãoPortuguesa de Falcoaria, António Carapuço, e do diretor daFilatelia dos <strong>CTT</strong>, Raul Moreira, que obliteraram e assinaramalguns exemplares do sobrescrito de primeiro dia (FDC). Apresidente da Câmara, Ana Cristina Ribeiro, haveria de sejuntar ao evento já na parte final, tendo também assinadoos FDC.Manuel Nunes sentiu-se honrado, em nome da autarquia,com o acolhimento desta emissão dos <strong>CTT</strong> naquele edifíciosimbólico, afirmando que «a arte da falcoaria é um bomexemplo de uma prática ancestral que vai ao encontro dodiálogo intercultural, conforme afirma a Unesco». Tratou-sede uma referência ao facto daquela organização da ONUter registado, em 2010, a Falcoaria na lista do PatrimónioImaterial da Humanidade, tendo em conta a riqueza dolegado histórico e artístico daquela atividade.Por sua vez, António Carapuço afirmou que Salvaterra foi oberço da Falcoaria quando esta arte era prática diária nascortes europeias. Manifestou também o seu agrado «pelarealização desta magnífica emissão filatélica».Antecedendo o momento da obliteração e assinatura dosFDC, Raul Moreira falou brevemente da história dos Correiosem Portugal e captou literalmente a curiosidade dopúblico que enchia o auditório com a “estória” de como


29Momento da apresentação dos sobrescritos de primeiro dia assinados e aspeto do Posto de Correio Temporário em plena atividadeterá sido o primeiro ato de obliteração dos selos de DonaMaria, em 1853, pelo rei consorte D. Fernando.Na ocasião, foi divulgado o teor de uma carta da presidenteda autarquia, selada com as estampilhas da emissão edestinada à associação real de falcoaria holandesa, comquem são mantidos laços históricos e de amizade. Apósa cerimónia serviu-se um porto de honra e os presentesforam convidados a deslocar-se a um campo de voo contíguo,onde foi demonstrada uma exibição de um falcão,que culminou com um voo picado para o falcoeiro a umadistância considerável, fruto da sua visão apurada.Registo de uma arte milenarNuma incursão pela pagela da emissão, assinada por CarlosCrespo, a “Falcoaria” consiste na arte de adestrar e caçarcom aves de presa, havendo registo dela num baixo-relevodatado de 1400 a.C. da antiga Mesopotâmia. Conhece-sea sua prática na Península Ibérica desde o século V, apósintrodução pelos suevos e visigodos. A arte foi aperfeiçoadacom o início das Cruzadas e com o contacto com os povosárabes. A sua “era de ouro” coincidiu com a Idade Média,constituindo o desporto favorito e privilegiado dos nobres.Em Portugal floresceu desde a primeira dinastia e com algunsaltos e baixos subsiste até aos nossos dias, apesar dacaça com armas de fogo ter tomado a primazia. Atualmenteassiste-se ao crescimento do interesse desta arte com avesreproduzidas em cativeiro. Além de ser considerada umamodalidade de caça “ecológica”, regista bases técnicas ecientíficas sólidas que contribuem para o conhecimento ea preservação das aves de rapina.Os praticantes da modalidade em Portugal agrupam-se naAssociação Portuguesa de Falcoaria que, juntamente comcerca 50 outras associações nacionais congéneres, integraa IAF (Associação Internacional de Falcoaria e Conservaçãodas Aves de Rapina).Uma emissão que encantaOs quatro selos da emissão, com design de Francisco Galamba,apresentados em folhas de 50 unidades, ilustram outrasALÉM DA FALCOARIA SERCONSIDERADA UMA MODALIDADE DECAÇA “ECOLÓGICA”, REGISTA BASESTÉCNICAS E CIENTÍFICAS SÓLIDAS QUECONTRIBUEM PARA O CONHECIMENTOE A PRESERVAÇÃO DAS AVES DE RAPINAtantas aves (N20g/falcão-peregrino; A20g/Açor; E20g/Gaviãoe I20g/Águia-real) e um bloco especial com um selo de€ 1,50 reproduz o atual edifício da Falcoaria Real. Os selosmostram as aves em sequência de voo picado até pousaremna luva do falcoeiro. São ainda representados vários instrumentosdesta arte, como é o caso do carapão, do bornal,do rol e da já referida luva. A tiragem do conjunto dos selosatinge os 525 mil exemplares e o bloco as 54500 unidades.Quer os selos das folhas, quer o do bloco apresentam a jáhabitual picotagem tipo “Cruz de Cristo”.Completam a emissão, além da pagela e dos sobrescritos ecarimbos de primeiro dia de Lisboa, Porto, Funchal, PontaDelgada e, neste caso, também um carimbo especial deSalvaterra de Magos, quatro bilhetes-postais que ilustramas aves mencionadas, proporcionando a realização depostais máximos muito temáticos.Com esta nova emissão, os <strong>CTT</strong> prosseguem a sua missãode divulgar a rica diversidade e a herança da cultura e doscostumes portugueses, registando-a para memória futura.As estampilhas, bloco e restante material da emissão podeser adquirido na sua Loja <strong>CTT</strong>, na Filatelia, av. D. João II,Lt. 1.12.03, 1º, 1999-001 LISBOA, também em www.ctt.pt,ou através do endereço filatelia@ctt.pt. ● JOSÉ DUARTE MARTINS


30EVENTOS ● APOSTA <strong>116</strong>Um novo olhar sobre oZoo de LisboaO livro “Animais do Jardim Zoológico” foi apresentadona Estufa de Pedra do Zoo. A iniciativa revelou-se uma boa oportunidadepara elogiar e valorizar os animais, o papel social das instituições envolvidase o trabalho dos intervenientes no projetoO Zoo de Lisboa recebeu, no dia 11 de abril, a apresentaçãodo livro “Animais do Jardim Zoológico”, lançado em marçopelos <strong>CTT</strong>.O evento contou com a presença da Administradora DionísiaFerreira, do autor, Orlando Raimundo, dos ilustradoresda obra, Pedro Salvador Mendes e Jorge Macedo, do Administradordo Zoo de Lisboa, Fernando Salema Garção, eda Diretora de Marketing do National Geographic Channel,Margarida Blattmann, entre dezenas de convidados.“Animais do Jardim Zoológico” é uma publicação que dá aconhecer a história daquela instituição fundada em 1884,bem como os animais lá residentes. A obra inclui uma emissãofilatélica composta por seis selos e um bloco filatélico,e um DVD com o documentário “A Criar a Natureza: JardimZoológico de Lisboa”, produzido e realizado para o NationalGeographic Channel por ocasião do 125º aniversário daquelainstituição.O livro que excede as expectativas«Mesmo as pessoas insatisfeitas, como eu, há momentosem que não podiam desejar melhor. É o caso». Foi destaforma que Orlando Raimundo apresentou o livro de queé autor.O escritor que não poupou elogios à obra e a todos aquelesque colaboraram para o seu desenvolvimento. Aos ilustradoresque, segundo acredita, «são os melhores desenhadorescontemporâneos que este país tem», aos <strong>CTT</strong>, «umaempresa que cumpre o seu papel social nesta componenteda cultura» e ao Zoo de Lisboa «a instituição que conseguiuobter o apoio de quatro regimes».


Jorge Macedo, Orlando Raimundo e Pedro Salvador MendesA CERIMÓNIA INCLUIU O LEILÃO DE TRÊS DESENHOS ORIGINAIS CEDIDOS PORPEDRO SALVADOR MENDES E JORGE MACEDO«Este livro é uma carta de amor a Lisboa, ao Jardim Zoológico,aos animais. E quem melhor do que os <strong>CTT</strong> para despa--charem esta carta de amor?», declarou o investigador ejornalista, numa clara aproximação à tradição <strong>CTT</strong>.Jorge Macedo, o ilustrador responsável pelos desenhos dosedifícios e separadores, confessou à Aposta que esta obraconjuga duas das suas grandes paixões: o desenho e osanimais. O ilustrador diz -se muito satisfeito com o resultadofinal e revela que já conhecia as edições <strong>CTT</strong> e, portanto, «jáestava à espera que fosse, pelo menos, excelente».Pedro Salvador Mendes é o autor dos desenhos dos animaise confessa que é à avó que deve o fascínio pelos animaisque, mais tarde, veio a revelar -se ocupação profissional:«quando eu era criança, a minha avó tentava adormecer- mecom os livros da fauna, mas eu não dormia nada, ficava eradesenhar os animais dos livros da fauna».Para Dionísia Ferreira, a obra editada pelo Clube do Colecionador«honra a atividade editorial dos <strong>CTT</strong>, que perfazexatamente 30 anos neste ano de <strong>2013</strong>». A Administradorados <strong>CTT</strong> recordou que «hoje em dia, o Jardim Zoológico é umespaço que não se dedica apenas à missão de divulgaçãodas espécies mais ou menos exóticas, que esteve na origem31A Administradora Dionísia Ferreirada sua criação como era o hábito desse tempo». Já FernandoSalema Garção elogiou a publicação e acredita que estacontribuirá para promover e divulgar aquele espaço.O documentário, que integra o volume, foi produzido erealizado pelo e para o National Geographic Channel porocasião da celebração dos 125 anos daquele espaço e «foiconcebido para dar a conhecer a história de um parque único,mostrando como a natureza é criada artificialmente deforma a reproduzir os habitats naturais da espécie, a formacomo são levados a cabo todos os programas de proteçãoe conservação das espécies em vias de extinção», explicaMargarida Blattmann. A Diretora de Marketing do NationalGeographic Channel acredita que o documentário contribuipara despertar a curiosidade das pessoas em «voltar aoJardim Zoológico com mais conhecimento e interesse emdescobrir tudo aquilo que vimos no livro».A cerimónia incluiu o leilão de três desenhos originais cedidospor Pedro Salvador Mendes e Jorge Macedo, cujo valorreverteu a favor do projeto de conservação do Lince Ibérico,apoiado pelo Zoo.A encerrar, houve uma mini-demonstração de aves em voolivre. ELSA DUARTE ●


32EVENTOS ● APOSTA <strong>116</strong>SelohomenageiaRaul RegoA Biblioteca Nacional de Portugal,em Lisboa, acolheu o lançamentodo selo de Raul Rego, inserido naemissão filatélica “Vultos da Históriae da Cultura”, numa cerimónia quecontou com várias personalidades efamiliares do homenageadoIlustração: Samuel Trindade / ATG / CIA cerimónia de lançamento do selo Raul Rego decorreu nodia 15 de abril, na Biblioteca Nacional de Portugal (BNP),em Lisboa, e contou com a presença de Francisco de Lacerda,Presidente dos <strong>CTT</strong>, Isabel Cordeiro, Diretora-Geral daBNP, João Alves Dias, autor do texto da pagela dedicado aRaul Rego, e Mário Soares, antigo Presidente da República.«É motivo de grande honra para a Biblioteca Nacional poderrealizar com a vossa presença esta cerimónia de homenagema Raul Rego», afirmou Isabel Cordeiro, no início do evento.«Era uma figura muito destacada no panorama português doséculo 20, a nível cívico, político e cultural, com uma facetaque muitos desconhecem, a de bibliófilo, e que é aquela queassinalará na BNP o seu centenário», adiantou, numa alusãoà exposição ali patente e que divulga «o que de melhor tinhaa sua coleção pessoal de livros».Na sua intervenção, Francisco de Lacerda salientou quetodos os anos os <strong>CTT</strong> lançam uma emissão de selos evocativade figuras com relevância nacional, contribuindo assimpara a memória histórica de Portugal. «Cabe agora celebraro centenário do grande escritor, jornalista e político que foiRaul Rego. Com este selo, os <strong>CTT</strong> dão a conhecer em muitosJoão Dias Alves, Isabel Cordeiro, Mário Soares e Francisco de Lacerdapaíses e a incontáveis pessoas, a personalidade cativantee a obra do homenageado».João Dias Alves, organizador da referida exposição, salientoua faceta de bibliófilo de Raul Rego: «Todos os que oconheceram de perto sabem o amor que ele tinha peloslivros. Era raro não o encontrarmos com um livro debaixodo braço. Mais raro era não o encontrarmos sempre quevisitávamos uma livraria na baixa, na zona do Bairro Alto,eleita pelos alfarrabistas para esse convívio, essas tertúlias».Revelando que na mostra «só estão expostos livrosanteriores a 1600 e que a BNP não tem um exemplar igual»,convidou o público a visitá-la no final da cerimónia.Também Mário Soares enalteceu «o homem de uma extraordináriacultura, que foi também um grande jornalistae político, um homem de imensa coragem, que lutou pelaliberdade». Relembrando o momento em que o conheceu,«fui aluno dele, cúmplice e depois ficámos amigos chegados»,partilhou algumas das experiências vividas por ambosnos anos que antecederam o 25 de abril. Dirigindo-seaos familiares de Raul Rego ali presentes, terminou: «Eraum homem muito bom e amigo do seu amigo. Um excelenteexemplo para estes seus bisnetos e que fica para semprena nossa História».No mesmo dia realizou-se, em Esposende, uma cerimóniaidêntica de lançamento do selo de Ilse Losa, escritora nascidana Alemanha, que viveu a maior parte da sua vida noPorto e todos os anos passava férias em Esposende, a terranatal do marido, o arquiteto Arménio Losa.A estas duas figuras juntam-se outras que os <strong>CTT</strong> tambémhomenageiam filatelicamente este ano e que são o atorJoão Villaret, o psiquiatra e psicanalista João dos Santos eo engenheiro civil Edgar Cardoso. Todos integram a galeriados “Vultos da História e da Cultura” que em <strong>2013</strong> comemoramo centenário de nascimento. ● ROSA SERÔDIO


34DAR UM GIRO ● APOSTA <strong>116</strong>360˚Ciência DescobertaCorra porque já não tem muito tempo. A exposição “360˚ Ciência Descoberta”,promovida pela Fundação Calouste Gulbenkian, pode ser visitada até ao dia2 de junho e constitui uma oportunidade única para adquirir uma visão maisalargada sobre os feitos dos portugueses na época dos Descobrimentos


35SE HÁ MOMENTO DA HISTÓRIA QUENOS ENCHE O PEITO DE ORGULHOÉ O DOS DESCOBRIMENTOS. OQUE CERTAMENTE POUCOS DE NÓSSABERÍAMOS ANTES DESTA EXPOSIÇÃOÉ QUE ALÉM DE HERÓIS DO MAR,FOMOS HERÓIS DA CIÊNCIAHá sempre um bom motivo para ir à Gulbenkian. Se não forboa música ou exposições imperdíveis, o que é certamenteimpossível, existe o verde infinito dos jardins que envolvemos edifícios da Fundação. Percorrer os caminhos que atravessama flora abundante e terminar a ler um bom livro narelva fresca que contorna o lago é um programa que apetecesempre. É o escape ideal para quem quer mergulhar nobucolismo do campo mas está confinado ao caos da cidade.A mostra “360˚ Ciência Descoberta” enquadra-se no motivoexposição imperdível, o que se explica numa só frase proferidahá muitos anos atrás pelo matemático português PedroNunes e que lhe dá o mote: «Descobriram novas ilhas, novasterras, novos mares, novos povos; e o que mais é: novo céue novas estrelas».Se há momento da História que nos enche o peito de orgulhoé o dos Descobrimentos. “Heróis do mar, nobre povo,nação valente e imortal” sai quase sempre desafinado, tal éo entusiasmo com que cantamos. O que certamente poucosde nós saberíamos antes desta exposição é que além deheróis do mar, fomos heróis da Ciência.Falar ao mesmo tempo de Copérnico, Galileu, Newton e deDuarte Pacheco Pereira, D. João de Castro e Pedro Nunes poderáparecer, à primeira vista, confuso, mas a verdade é quetodas estas personalidades contribuíram de forma notávelpara o avanço da Ciência. Dizendo de forma redutora, masem tom de brincadeira, a diferença poderá estar na origemdos progressos científicos: D. João de Castro foi de nau até àÍndia, Newton encostou-se a uma macieira. O que não querdizer que se pretenda colocá-los no mesmo “patamar” dodesenvolvimento científico.Resumindo, e nas palavras do comissário da mostra, ProfessorHenrique Leitão, que podem ser lidas no catálogo,«a exposição procura mostrar como o encontro de NovosMundos permitiu também descobrir uma Nova Ciência.»“Por mares nunca dantes navegados…Passaram ainda além da Taprobana”. Já dizia um dos heróis--mores da nossa literatura. O verso adequa-se na perfeiçãoao grande contributo dos portugueses (e espanhóis, justiça


36DAR UM GIRO ● APOSTA <strong>116</strong>NA EXPOSIÇÃO PODEM OBSERVAR-SEPEÇAS QUE NUNCA FORAM ANTESEXPOSTAS EM PORTUGAL, COMOO ÚNICO MANUSCRITO EXISTENTEDE PEDRO NUNES, QUE PERTENCE AITÁLIA E DATA DO SÉCULO XVIseja feita) para o desenvolvimento desta Nova Ciência. É queaté esta época, durante muitos anos, as expedições marítimasdos europeus estavam circunscritas ao Mediterrâneo ea zonas costeiras. Como bem sabemos, as viagens por mardos navegadores ibéricos tomaram proporções muitíssimomaiores e finalmente assumiram uma escala planetária.Quer isto dizer que as noções de representação do espaçode até então se alteraram dramaticamente, assim como oconhecimento geográfico. Sabia-se já desde a Antiguidadeque a Terra assumia uma forma esférica, mas foi na épocados Descobrimentos que esta conceção atingiu um sentidoempírico, o “saber de experiências feito”. Para resumir, ecitando novamente Henrique Leitão, «não foi preciso Magalhãespara se saber que a Terra era redonda, mas em certamedida foram portugueses e espanhóis que, ao percorrerema Terra em toda a sua redondeza, introduziram vida e consistêncianaquilo que era só um conceito.»Ora, a navegação oceânica obrigou, naturalmente, a umaperfeiçoamento das técnicas náuticas e, consequentemente,de novos instrumentos. Um dos progressos maisnotáveis foi a introdução das práticas utilizadas pelos astrónomos,“passando-se a determinar a latitude a partir daobservação dos astros”. Foi a partir desta altura que pilotose marinheiros começaram a utilizar astrolábios, anéis náuticos,quadrantes e balestilhas, instrumentos que podemser vistos nesta exposição. O anel náutico, por exemplo,que permitia medir a altura angular do sol de forma muitosimples, foi concebido por Pedro Nunes.Também no que respeita ao domínio da construção naval seregistaram desenvolvimentos marcantes, de que é exemploa caravela latina, cujas velas triangulares permitiam que asembarcações progredissem contra o vento. De acordo comHenrique Leitão, «Portugal e Espanha conseguiram colocarnos mares as melhores embarcações do tempo.»Todos estes avanços foram rigorosamente documentados,como se pode comprovar pelo “Livro da Fábrica dasNaus”, escrito por Fernando Oliveira em 1580, tambémagora exposto.


37A DESCOBERTA DE NOVOS LUGARES CAUSOU TAMBÉM UM IMPACTOGIGANTESCO NO CONHECIMENTO SOBRE O MUNDO NATURAL.FOI COMO SE, ATÉ ÀQUELA ÉPOCA, A NATUREZA FOSSE VISTAA PRETO E BRANCO E, DE REPENTE, GANHASSE CORO mapa-mundo (quase) como hoje o conhecemosAs descobertas de portugueses e espanhóis não tardaramem despertar a curiosidade dos restantes europeus,principalmente no que se refere à informação cartográfica.As novidades corriam a um ritmo impressionante. Logoem 1492, o alemão Martin Behaim apresentou o primeiroglobo terrestre conhecido (em exposição), onde incluía jáos dados geográficos das viagens portuguesas. Cartógrafose matemáticos, como Martin Waldseemüller e JohannSchöner, registavam freneticamente nos seus trabalhos osprogressos geográficos das viagens ibéricas.Mas também os portugueses documentaram de formaexaustiva os resultados das suas descobertas. Na exposiçãopodem observar-se vários exemplos e peças que nuncaforam antes expostas em Portugal, como o único manuscritoexistente de Pedro Nunes, que pertence a Itália e datado século XVI. Pode ver-se também o primeiro globo queexistiu na China, feito por Manuel Dias, em colaboraçãocom o italiano Niccolò Longobardo, missionários naquelepaís, em 1623, que incorpora informação cartográficaportuguesa e dados locais. Este foi o primeiro globo queexistiu na China e também a primeira evidência no país daesfericidade da Terra.Muito contribuem para a riqueza desta exposição os inúmerosmapas elaborados com o máximo detalhe duranteeste período. Mas não podemos esquecer a literatura deorigem ibérica que se produziu na época sobre navegação etécnicas náuticas, que teve um enorme impacto na Europa.“A Arte de Navegar (1545) de Pedro Medina foi traduzidapara inglês, holandês, francês, italiano e alemão, em muitasedições até finais do século XVII”.


38 DAR UM GIRO ● APOSTA <strong>116</strong>TERMINADO O PERCURSO DAEXPOSIÇÃO, APETECE FAZER UMARETROSPETIVA, PASSEAR MAISUMA VEZ POR ENTRE TANTOSREGISTOS DA NOSSA GLÓRIA.SAÍMOS COM O EGO BEM ALTOÉ interessante também a contraposição que se faz entre omundo antigo, simbolizado pela Bíblia dos Jerónimos, e estenovo horizonte científico.Natureza a coresAs novidades não se ficaram pela geografia. A descobertade novos lugares causou também um impacto gigantescono conhecimento sobre o mundo natural. Foi como se, atéàquela época, a natureza fosse vista a preto e branco e, derepente, ganhasse cor. Se ainda hoje conseguimos ficarsurpreendidos com documentários sobre as maravilhas danatureza, é fácil imaginar o deslumbramento, o espantodos navegadores ibéricos perante o exotismo de além--mar: “novos e estranhos povos, plantas desconhecidas,animais de formas nunca antes vistas, fenómenos naturaissurpreendentes.”A Europa rapidamente se deixou seduzir por este admirávelmundo novo. Passada a consternação perante a evidênciade que o saber antigo, de autores tão respeitados comoPtolomeu, era afinal muitíssimo limitado, a curiosidadetomou o seu lugar. Assim surgiu a necessidade de relatar edocumentar exaustivamente todas as novas descobertas, etambém de recolher plantas, animais e produtos naturais.Aqui, mais uma vez, portugueses e espanhóis, tanto os marinheiroscomo os intelectuais deram um enorme contributo.Também neste aspeto a exposição se revela bastante rica:podemos ver os relatos escritos e gráficos das descobertasdaquele tempo; reproduções de animais exóticos; umagrande montra com especiarias; uma estrutura em vidroque exibe coleções de borboletas, peixes africanos, aves,insetos e conchas; vasos de botica; entre outros.Deixe-se ficar…Terminado o percurso da exposição, apetece fazer uma retrospetiva,passear mais uma vez por entre tantos registosda nossa glória. Saímos com o ego bem alto.Não se vá embora sem antes visitar a exposição dedicadaà escritora brasileira Clarice Lispector, “A Hora da Estrela”,inserida no âmbito das comemorações do ano do Brasilem Portugal. Não perca, logo à entrada, a sua declaraçãode amor à Língua Portuguesa. É mais um alento ao nossopatriotismo. Que bem precisamos. ● INÊS NORONHA MACEDO


AGENDA CULTURAL ● APOSTA <strong>116</strong>39músicateatro livros exposiçõesRodrigo Leão leva ao palcoo seu mais recente trabalho“Songs (2004 - 2012)”, umálbum que reúne cançõescantadas em inglês que desde“Cinema” têm pontuado adiscografia e ainda 3 inéditos.Rodrigo Leão é um dos maisreconhecidos compositoresportugueses, tanto dentrocomo fora de portas.Pela primeira vez em Almada,o Teatro da Terra, companhiafundada por Maria João Luísem Ponte de Sor, apresentauma parábola sobre a vida e amorte - uma epopeia dedicadaao povo alentejano. “Chãode Água” compara o desenraizamentoprovocado peladeslocalização compulsiva dealgumas populações do Sul.António Valadares, escritor,vive submerso num sonhoobsessivo e recorrente, deonde não há fuga possível.Numa derradeira tentativa deencontrar um sentido naquiloque não o tem, aventura-sea escrever sobre a sua vidaonírica. Tem assim início umaviagem a um mundo repleto desituações ilógicas.Esculturas conhecidas, como“A Noiva”, e outras ainda nãomostradas em Portugal, como“Lilicoptère”, o helicóptero deplumas exposto em Versalhes.Joana Vasconcelos aterra noPalácio Nacional da Ajudanuma exposição que tem “fastlanes” para os espectadoresque quiserem ter prioridade.Rodrigo LeãoSongs Tour <strong>2013</strong>Centro Cultural Olga Cadaval,em Sintra30 maio, às 21h30PREÇO 25€ ✪Chão de ÁguaTeatro Municipal JoaquimBenite, em Almada17 maio, 21h30PREÇO 13€ ✪Tudo é e não éManuel AlegreD. QuixotePREÇO 14,90€ ✪Joana VasconcelosPalácio Nacional da AjudaLisboa, até 25 agosto,sábado das 10h00 às 21h00,segunda, terça, quinta, sexta edomingo das 10h00 às 19h00PREÇO 10€Artur PizarroFórum Luísa Todi, em Setúbal16 maio, às 21h00PREÇO 12€ ✪......................................................Barclay James Harvestfeaturing Les HolroydAula Magna, em Lisboa18 maio, 21h30PREÇO de 35€ a 37,50€ ✪......................................................Bethoven trocado por miúdosTeatro Municipal JoaquimBenite, em Almada19 maio, às 16h00PREÇO 13€ ✪......................................................Iron MaidenPavilhão Atlântico, em Lisboa29 de maio, às20h00PREÇO 33€ ✪......................................................Sumol Summer Fest <strong>2013</strong>Ericeira Camping28 e 29 junho, 18h00PREÇO 40€ ✪......................................................Super Bock Super Rock <strong>2013</strong>Aldeia do Meco18 a 20 julho, 16h00PREÇO 48€ ✪Adalberto Silva Silva - umespetáculo de realidadeTeatro Viriato, em Viseu9 maio, às 22h00PREÇO 2,50€ ✪......................................................A sagração da PrimaveraTeatro Municipal JoaquimBenite, em Almada29 a 31 maio, 21h30PREÇO 13€ ✪......................................................Pistolas, Pilantras eProblemasTeatro Aveirense, em Aveiro29 maio às 22h00PREÇO 5€ ✪......................................................MacbethTeatro de Carnide, em Lisboaaté 1 junho, sexta e sábado,21h30PREÇO 7,50€ ✪......................................................Capuchinho VermelhoTeatro InfantilTeatro Municipal Sá deMiranda, em Viana do Casteloaté 28 de junho, sábados às11h00 e 15h00PREÇO 20€ ✪✪ As sugestões assinaladas com este símbolo podem ser adquiridas nasLojas <strong>CTT</strong> ou através da loja virtual e da bilheteira on-line em www.ctt.pt.A Mulher do LegionárioCarlos Vale Ferraz, Casa dasLetrasPREÇO 17,90€ ✪......................................................Morte na AldeiaCaroline Graham, Edições AsaPREÇO 13,90€ ✪......................................................História PoliticamenteIncorreta de PortugalContemporâneoHenrique Raposo, EditoraGuerra & PazPREÇO 13,99€ ✪......................................................Viva com energiaBrendon Burchard, Casa dasLetrasPREÇO 16,90€ ✪......................................................O Maior Amor do MundoSeré Prince Halverson, PortoEditoraPREÇO 15,50€ ✪......................................................O Leitor de CadáveresAntónio Garrido, Porto EditoraPREÇO 18,80€ ✪......................................................A Ilha Debaixo do MarIsabel Allende, Porto EditoraPREÇO 18,80€ ✪Jorge Martins: A Substânciado TempoMuseu de Serralves, no Porto,até 10 junho, terça a sextadas 10h00 às 17h00, sábado,domingo e feriados das 10h00às 19h00PREÇO 7€......................................................Clarice Lispector - A Horada EstrelaFundação e Museu CalousteGulbenkianLisboa, até 23 junho, terça adomingo das 10h00 às 18h00PREÇO 5€......................................................A Arte Nova nos Azulejosem PortugalMuseu de Cerâmica deSacavématé 31 julho, segunda asábado, das 10h às 13h edas 14h às 18hPREÇO 1,5€......................................................Cartazes de PropagandaChinesaMuseu do Oriente, em Lisboa,até 27 outubro, segunda adomingo das 10h00 às 18h00,sexta das 10h00 às 22h00(entrada gratuita a partirdas 18h)PREÇO 5€


40 EMISSÕES FILATÉLICAS ● APOSTA <strong>116</strong>Celebrar a cidadaniacom festa, história e culturaO abril filatélico abriu, sem enganos, a celebrar a cidadania europeia e fechoucom festejos tradicionais. Pelo meio, alguns dos nossos maiores foram evocadosO primeiro de abril de <strong>2013</strong> “coincidiu”com a celebração pelos <strong>CTT</strong>Correios de Portugal dos 20 anosda introdução na Europa, atravésdo Tratado de Maastricht (1 denovembro de 1993), da cidadaniada União. Assim, a primeira emissãode EIFA (etiquetas com impressão defranquia automática) de <strong>2013</strong> registaa efeméride dando visibilidade postale filatélica à proposta da ComissãoEuropeia em considerar <strong>2013</strong> “AnoEuropeu dos Cidadãos”. Genericamentepode dizer-se que a cidadaniada UE complementa a cidadania nacionale promove um conjunto de direitosem todos os Estados-Membros,nomeadamente no acesso a bens eserviços, reconhecimento de qualificaçõesprofissionais e cuidados desaúde. Trata-se de uma configuraçãoimportante, tendo em consideraçãoque em 2010 estimava-se que 12,3milhões de cidadãos residiam noutroEstado-Membro que não o seu.O design simples mas expressivocomum às etiquetas, distribuídaspelos quatro modelos de máquinasem serviço (Crouzet, Amiel, SMD eE-Post) é firmado por João Machado.Os valores tipo são de €0,36; €0,60;€0,70 e €0,80, a que se junta o valorde €0,57 exceto para as Crouzet,podendo adicionar-se, a pedido,os valores para o “Correio Azul” de€0,50 e €1,90.Vultos maiores marcam geraçõesA meio do mês e cumprindo o desideratode homenagear figuras derelevância nacional, numa evocaçãopara a memória coletiva, os <strong>CTT</strong>celebraram mais cinco ilustres portuguesesque este ano cumpririam100 anos de vida. João Villaret, ator(€0,36); Ilse Losa, escritora (€0,60);João dos Santos, psiquiatra e psicanalista(€0,70); Edgar Cardoso,engenheiro civil (€0,80) e Raúl Rego,jornalista e político (€1,00), foramos “Vultos da História e da Cultura”eleitos para esta nova emissãofilatélica, assinadas pela Folk Designsobre fotos diversas, com tiragemglobal de 750 mil unidades. Os


41selos apresentam a já característicapicotagem tipo “Cruz de Cristo”.Noutro local da Aposta regista-se ahomenagem que a Biblioteca Nacionalde Portugal desenvolveu sobrea faceta de bibliófilo de Raúl Rego eo tributo de Esposende a Ilse Losa,judia alemã refugiada em Portugaldesde 1934, casada com o arquitetoArménio Losa e com fortes ligaçõesaquela terra.Festas que contam e encantamAbril encerrou com o terceiro grupoda emissão base “Festas TradicionaisPortuguesas”. Selos de formatopequeno, mas muito coloridos, ilustramalgumas das mais conhecidas eapreciadas romarias populares, alémde duas estampilhas festivas maisgeneralistas com taxas “compósitas”(€0,03 e €0,04) que acertam valortarifário com outras sobrantes.Voltando às festas, um dos selos contaa “Feira de São Mateus” (€0,36),verdadeiro ícone popular de Viseu,assim designada desde o século XVI,mas instaurada como feira franca em1392. São 40 dias de festança nosmeses de agosto e setembro. A estampilhade €0,50 reporta-nos parauma das maiores romarias do país:a “Festa da Senhora da Agonia”, emViana do Castelo. Um mar de gentedesagua ali em agosto. E se há festaem terra com bombos, gigantones,riqueza etnográfica e as emoções dapirotecnia minhota, a bênção dosbarcos é um ato de fé para forasteirose, particularmente, para as gentespiscatórias gratas pelas boas marése salvação das tempestades, com oLima e o Atlântico por testemunhasda procissão fluvial.Também a tradição pagã dos caretosperpetrada pelos “rapazes solteiros”do Nordeste é incontornávelna “Festa de Santo Estevão”, emOusilhão, ao celebrar o solstício einverno (€0,70). Sobressai o espíritofraterno da refeição coletiva e asdádivas alimentares.Em tempo de Páscoa, Serpa festeja“Nossa Senhora de Guadalupe”(€0,80). São múltiplas as manifestaçõesreligiosas e profanas onde asrefeições nos campos se multiplicam,com o ensopado de borrego anão poder faltar. E quem não conheceas “Festas do Povo” (€1,00) emCampo Maior, sem periodicidadefixa, onde as ruas são decoradascom flores e outros motivos empapel de cores intensas e belezaímpar, atraindo muitos milhares deturistas. Aqui, é o povo quem maisordena no tempo de realização e deprodução. Quando saem têm datade abertura marcada para27 de setembro. Finalmente, aromaria da “Senhora do Almortão”(€1,70) realiza-se em Idanha-a-Novaduas semanas após a Páscoa. Oscantares à padroeira, acompanhadospelo som característico dosadufes marcam de forma indelévelesta festa da Beira Interior Sul.Os créditos do design reportam aoateliê Whitestudio, sendo a tiragemdesta “festança” ilimitada.Completam estas emissões, EIFAincluída, as respetivas pagelas, sobrescritose carimbos de primeiro diade Lisboa, Porto, Funchal e Ponta Delgada,além de, no caso da emissãobase, ser editado um inteiro postal.As emissões retratadas podem,como habitualmente, ser adquiridasna sua Loja <strong>CTT</strong>, na Filatelia, av. D.João II, Lt. 1.12.03, 1º, 1999-001LISBOA, também em www.ctt.pt, ouatravés do endereço filatelia@ctt.pt.● JOSÉ DUARTE MARTINSCUMPRINDO O DESIDERATO DE HOMENAGEARFIGURAS DE RELEVÂNCIA NACIONAL, NUMAEVOCAÇÃO PARA A MEMÓRIA COLETIVA,OS <strong>CTT</strong> CELEBRARAM MAIS CINCO ILUSTRESPORTUGUESES QUE ESTE ANO CUMPRIRIAM100 ANOS DE VIDA


42OPINIÃO ● APOSTA <strong>116</strong>O compromissoé de todosRecordo com saudade e nostalgia algumas das histórias desacrifício, trabalho e empenho contadas pelos meus avós.Na altura, a vida era de trabalho árduo, reduzidas recompensase necessidade constante de “fazer contas à vida”.Quando penso na situação atual, vêm-me à memória essashistórias. Sabemos que a realidade que nos rodeia estánum processo de transformação profundo, a que ninguémpode estar alheio.A realidade mudou. Também nós temos que nos reinventar.Torna-se imperiosa a adaptação à mudança e a capacidade,contínua, de olharmos para nós, potenciarmos os pontosfortes e ultrapassarmos as nossas fraquezas. Já dizia CharlesDarwin que “não é o mais forte que sobrevive, nem o maisinteligente, mas o que melhor se adapta às mudanças”.E a viabilidade das empresas também dependerá destacapacidade contínua de se transformar, para se adaptar.O ano de <strong>2013</strong> será marcante para os <strong>CTT</strong> Correios de Portugal.É o ano da privatização e são muitos os desafios queenfrentamos. Temos de ter empenho, perseverança e confiançanas nossas competências e capacidades individuaise de grupo. Temos de nos transformar.Os <strong>CTT</strong> encetaram já um ambicioso Plano de Transformaçãopara <strong>2013</strong>, assente num conjunto de iniciativas, cuja execuçãoexige a todos cada vez mais compromisso. Nada do quenos propomos realizar será conseguido sem o envolvimentoe comprometimento de cada um e, em simultâneo, de todosnós. Sempre em equipa.Qualquer equipa, para assegurar vitórias, tem que trabalhare treinar muito. Por vezes este trabalho pode parecer, emdeterminando momento, sem propósito e sentido. No entanto,é este mesmo treino e trabalho que, na hora do jogo,faz a diferença entre a derrota ou a vitória.É também determinante a satisfação e orientação para osLaura CostaDiretora de Apoio a Clientes e Negócioclientes. Clientes satisfeitos têm maior propensão de fidelização.Para fidelizá-los é fundamental assegurar um adequadopós-venda, assente nas dimensões de consistência,capacidade de resposta, empatia e confiança.O serviço de excelência surge quando as expectativas dosclientes são superadas e, desta forma, a orientação do“Serviço ao Cliente” é a de satisfazer cada vez mais e melhoros clientes.Os <strong>CTT</strong> não negam o seu ADN. A proximidade e a relação deconfiança com os Clientes são fatores diferenciadores nomercado competitivo e determinantes para o momento atual.Os desafios que atravessamos irão tornar os <strong>CTT</strong> mais fortese reafirmar o seu posicionamento. De montante a jusante,todos somos necessários e, só assim, o todo será maior quea soma das suas partes.O compromisso é de todos! Todos somos Um!QUALQUER EQUIPA, PARA ASSEGURARVITÓRIAS, TEM QUE TRABALHAR ETREINAR MUITO. POR VEZES ESTETRABALHO PODE PARECER SEMPROPÓSITO E SENTIDO. NO ENTANTO, ÉESTE MESMO TREINO E TRABALHO QUE,NA HORA DO JOGO, FAZ A DIFERENÇAENTRE A DERROTA OU A VITÓRIA


VAGARES ● APOSTA <strong>116</strong> 43HORIZONTAIS: 1 - Os <strong>CTT</strong> foram distinguidos com o 1º lugar na categoria de empresas de serviço público,como uma das marcas de maior (...) dos portugueses. 2 - Serviço de Atendimento Permanente(sigla). 3 - Antigo Testamento (abrev.); corte e triture com os dentes; agora. 4 - Tritures; voz do gato. 5 - Antemeridiem (abrev.); árvore ornamental do Peru e que produz araruta. 6 - Bário (s.q.); inglês (abrev.). 7 - Pessoaque, em relação a outra, faz parte da mesma comunidade, profissão, etc.; o espaço aéreo. 8 - Antigo festivalda canção ibero-americana; sufixo de filiação, descendência. 9 - O empenho dos <strong>CTT</strong> no êxito das provasde Meia (...) realizadas em Lisboa mantém-se com o apoio firme à “<strong>CTT</strong> Prova de Deficientes Motores emCadeira de Rodas”. 10 - A unidade; lantânio (s.q.); Telegrafia sem Fios (abrev.). 11 - Conjunção designativade oposição. 12 - A <strong>CTT</strong> Expresso foi este ano o Transportador Oficial da (...) – Festival de Animação deLisboa, em parceria com a Triaxis, uma das empresas responsáveis pela organização do certame. 13 - Fêmeado leão; apupo.VERTICAIS: 1 - Labareda; normal. 2 - A Torre do (...) foipalco das celebrações dos 120 anos da fundaçãodo Museu Nacional de Arqueologia, que os <strong>CTT</strong>registaram para memória futura; diz-se do cavalomalhado de preto e branco. 3 - Nosso Senhor(abrev.); impulso; ecoo. 4 - Peça burlesca deteatro; substância gorda, de composição análogaà do éter e à do álcool; sódio (s.q.). 5 - Os <strong>CTT</strong>associam-se à campanha “Dar Mais Vida, Ajudea Equipar o (...)”, que decorre até final do ano ese destina a angariar fundos para a compra deequipamento médico; os mercados (...) não podemhoje ser ignorados, “Vamos falar de e-Commerce”num workshop realizado no âmbito do PDRH dos<strong>CTT</strong>. 6 - Deseje; televisão (abrev.). 7 - Despido; trêsem numeração romana; parte superior do estameonde existe o pólen. 8 - Os <strong>CTT</strong> foram convidadospelo Instituto Superior Técnico para participar nasIV (...) de Engenharia do Ambiente <strong>2013</strong>, onde otema foi sustentabilidade; lamento. 9 - Nome daletra h; campo, brejo; crença religiosa.5 7 34 8 7 97 16 9 74 62 3 82 64 3 1 85 2 7✪✪✪★★1 5 2 8 6 7 3 9 47 9 6 4 3 5 1 8 23 8 4 9 2 1 6 5 76 2 3 7 9 8 4 1 54 7 9 1 5 3 8 2 68 1 5 6 4 2 9 7 39 3 7 2 1 6 5 4 85 4 8 3 7 9 2 6 1SOLUÇÕES:PALAVRAS CRUZADAS:HORIZONTAIS: 1 - Confiança. 2 - SAP. 3 - AT; roa; já. 4 - Moas; mio.5 - Am; adeira. 6 - Ba; ing. 7 - Colega; ar. 8 - OTI; ada. 9 - Maratona.10 - Um; La; TSF. 11 - Mas. 12 - Monstra. 13 - Leoa; vaia.VERTICAIS: 1 - Chama; comum. 2 - Tombo; amame. 3 - NS; alor;soo. 4 - Farsa; etal; Na. 5 - IPO; digitais. 6 - Ame; tv. 7 - Nu; III;antera. 8 - Jornadas; ai. 9 - Agá; agra; fé.DIFERENÇAS: 1. Especiaria diferente, 2. Gola carteiro, 3. Refletorcalças, 4. Cor meia carteiro, 5. Livro prateleira esq., 6. Atacadorsapato, 7. Projetor de luz, 8. Frase no painel, 9. Cor do livro naprateleira, 10. Cor do painel.SUDOKU: 2 6 1 5 8 4 7 3 9Procure as dez diferenças entre os desenhos.Samuel Trindade / ATG / CI

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