SUPREMO TRIBUNAL FEDERALRE 590989 / PE - PERNAMBUCORECURSO EXTRAORDINÁRIORelatora: Min. CÁRMEN LÚCIAJulgamento: 15/06/2011Ementa: RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL. SERVIDOR PÚBLICO. UNIÃO ESTÁVELHOMOAFETIVA. 1) APLICAÇÃO DAS REGRAS E DAS CONSEQUÊNCIAS JURÍDICAS VÁLIDAS PARA A UNIÃOESTÁVEL HETEROAFETIVA. PRECEDENTES DO PLENÁRIO. 2) ART. 5º, INC. II, DA CONSTITUIÇÃO DAREPÚBLICA: AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULAS N. 282 E 356 DO SUPREMO TRIBUNALFEDERAL. RECURSO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTOSUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAREsp 827.962 - RS (2006/0057725-5)RECURSO ESPECIALRelator(a): Min. JOÃO OTÁVIO DE NORONHAPublicação:DJ 08/08/2011EMENTA: CIVIL. RELAÇÃO HOMOSSEXUAL. UNIÃO ESTÁVEL. RECONHECIMENTO. EMPREGO DAANALOGIA. 1. “A regra do art. 226, § 3º da Constituição, que se refere ao reconhecimento da união estávelentre homem e mulher, representou a superação da distinção que se fazia anteriormente entre o casamentoe as relações <strong>de</strong> companheirismo. Trata-se <strong>de</strong> <strong>no</strong>rma inclusiva, <strong>de</strong> inspiração anti-discriminatória, que não<strong>de</strong>ve ser interpretada como <strong>no</strong>rma exclu<strong>de</strong>nte e discriminatória, voltada a impedir a aplicação do regimeda união estável às relações homoafetivas”. 2. É juridicamente possível pedido <strong>de</strong> reconhecimento <strong>de</strong> uniãoestável <strong>de</strong> casal homossexual, uma vez que não há, <strong>no</strong> or<strong>de</strong>namento jurídico <strong>brasil</strong>eiro, vedação explícita aoajuizamento <strong>de</strong> <strong>de</strong>manda com tal propósito. Competência do juízo da vara <strong>de</strong> família para julgar o pedido. 3.Os arts. 4º e 5º da Lei <strong>de</strong> Introdução do Código Civil autorizam o julgador a reconhecer a união estável entrepessoas <strong>de</strong> mesmo sexo. 4. A extensão, aos relacionamentos homoafetivos, dos efeitos jurídicos do regime<strong>de</strong> união estável aplicável aos casais heteros<strong>sexuais</strong> traduz a corporificação dos princípios constitucionaisda igualda<strong>de</strong> e da dignida<strong>de</strong> da pessoa humana. 5. A Lei Maria da Penha atribuiu às uniões homoafetivaso caráter <strong>de</strong> entida<strong>de</strong> familiar, ao prever, <strong>no</strong> seu artigo 5º, parágrafo único, que as relações pessoaismencionadas naquele dispositivo in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m <strong>de</strong> orientação sexual. 6. Recurso especial <strong>de</strong>sprovido.SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAREsp 805582 – MG (2005/0211769-4)RECURSO ESPECIALRelator: Min. HONILDO AMARAL DE MELLOPublicação : DJ 02/02/2010Ementa: PROCESSO CIVIL. AÇÃO DECLARATÓRIA DE UNIÃO HOMOAFETIVA. POSSIBILIDADE JURÍDICADO PEDIDO. ARTIGOS 4º DA LICC E 126 DO CPC. ALEGAÇÃO DE LACUNA LEGISLATIVA. POSSIBILIDADEDE EMPREGO DA ANALOGIA COMO MÉTODO INTEGRATIVO. PRECEDENTE. (...) Recurso especialCONHECIDO E PROVIDO, tão somente para afastar a tese <strong>de</strong> impossibilida<strong>de</strong> jurídica do pedido.SUPREMO TRIBUNAL FEDERALADI 3300 MC / DF - DISTRITO FEDERALMEDIDA CAUTELAR NA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADERelator: Min. CELSO DE MELLOJulgamento: 03/02/2006EMENTA: União civil entre pessoas do mesmo sexo. Alta relevância social e jurídico-constitucional daquestão pertinente às uniões homoafetivas. Pretendida qualificação <strong>de</strong> tais uniões como entida<strong>de</strong>sfamiliares. Doutrina. Alegada inconstitucionalida<strong>de</strong> do art. 1º da lei nº 9.278/96. Norma legal <strong>de</strong>rrogadapela superveniência do art. 1.723 do <strong>no</strong>vo código civil (2002), que não foi objeto <strong>de</strong> impugnação nestase<strong>de</strong> <strong>de</strong> controle abstrato. Inviabilida<strong>de</strong>, por tal razão, da ação direta. Impossibilida<strong>de</strong> jurídica, <strong>de</strong> outrolado, <strong>de</strong> se proce<strong>de</strong>r à fiscalização <strong>no</strong>rmativa abstrata <strong>de</strong> <strong>no</strong>rmas constitucionais originárias (cf, art. 226,§ 3º, <strong>no</strong> caso). Doutrina. Jurisprudência (STF). Necessida<strong>de</strong>, contudo, <strong>de</strong> se discutir o tema das uniõesestáveis homoafetivas, inclusive para efeito <strong>de</strong> sua subsunção ao conceito <strong>de</strong> entida<strong>de</strong> familiar: matériaa ser veiculada em se<strong>de</strong> <strong>de</strong> ADPF.32
SUPREMO TRIBUNAL FEDERALRE 596.010 (1255)/RJ - RIO DE JANEIRORECURSO EXTRAORDINÁRIORelator: Min. CELSO DE MELLOJulgamento: 01/08/2011Ementa: UNIÃO CIVIL ENTRE PESSOAS DO MESMO SEXO. ALTA RELEVÂNCIA SOCIAL E JURÍDICO-CONS-TITUCIONAL DA QUESTÃO PERTINENTE ÀS UNIÕES HOMOAFETIVAS. LEGITIMIDADE CONSTITUCIONALDO RECONHECIMENTO E QUALIFICAÇÃO DA UNIÃO ESTÁVEL HOMOAFETIVA COMO ENTIDADE FAMI-LIAR: POSIÇÃO CONSAGRADA NA JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (ADPF 132?RJE ADI 4.277/DF). (...)a.2) Reconhecimento <strong>de</strong> socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> fatoSUPREMO TRIBUNAL FEDERALRE 422535 / SC - SANTA CATARINARECURSO EXTRAORDINÁRIORelator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKIJulgamento: 09/08/2011Ementa: (...) Trata-se <strong>de</strong> recurso extraordinário interposto contra acórdão que enten<strong>de</strong>u configurada aexistência <strong>de</strong> socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> fato em união homoafetiva e assegurou a companheiro o direito à pensãopor morte <strong>de</strong> servidor público fe<strong>de</strong>ral. (...) A pretensão recursal não merece acolhida. Com efeito, oPlenário do Supremo Tribunal Fe<strong>de</strong>ral, <strong>no</strong> julgamento da ADPF 132/RJ e da ADI 4.277/DF, Rel. Min. AyresBritto, <strong>de</strong>u interpretação conforme a Constituição ao art. 1.723 do Código Civil para reconhecer comoentida<strong>de</strong> familiar a união contínua, pública e duradoura entre pessoas do mesmo sexo. (...) Isso posto,nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput). (...)SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAREsp 148897-MG (REG. 97 661245)RECURSO ESPECIALRelator(a): Min. Ruy Rosado <strong>de</strong>AguiarJulgamento: 10/02/1998Ementa: SOCIEDADE DE FATO. Homos<strong>sexuais</strong>. Partilha do bem comum. O parceiro tem o direito <strong>de</strong>receber a meta<strong>de</strong> do patrimônio adquirido pelo esforço comum, reconhecida a existência <strong>de</strong> socieda<strong>de</strong><strong>de</strong> fato om os requisitos previstos <strong>no</strong> art. 1363 do C Civil.RESPONSABILIDADE CIVIL. Da<strong>no</strong> Moral. Assistência ao doente com AIDS. Improcedência da pretensão<strong>de</strong> receber do pai parceiro que morreu com Aids a in<strong>de</strong>nização pelo da<strong>no</strong> moral <strong>de</strong> ter suportado sozinhoos encargos que resultaram da doença. Da<strong>no</strong> que resultou da opção <strong>de</strong> vida assumida pelo autor enão da omissão do parente, faltando o nexo <strong>de</strong> causalida<strong>de</strong>. Art. 159 C Civil. Ação possessória julgadaimproce<strong>de</strong>nte. Demais questões prejudicadas. Recurso conhecido em parte e provido.SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAREsp 323.370 - RS (2001/0056835-9)RECURSO ESPECIALRelator(a): Min. BARROS MONTEIROJulgamento:14/12/2004EMENTA: COMPETÊNCIA. RELAÇÃO HOMOSSEXUAL. AÇÃO DE DISSOLUÇÃO DE SOCIEDADE DE FATO,CUMULADA COM DIVISÃO DE PATRIMÔNIO.INEXISTÊNCIA DE DISCUSSÃO ACERCA DE DIREITOS ORIUNDOS DO DIREITO DE FAMÍLIA. COMPETÊNCIADA VARA CÍVEL. – Tratando-se <strong>de</strong> pedido <strong>de</strong> cunho exclusivamente patrimonial e, portanto, relativo aodireito obrigacional tão-somente, a competência para processá-lo e julgá-lo é <strong>de</strong> uma das Varas Cíveis.Recurso Especial conhecido e provido.33
- Page 10 and 11: na “consolidação de uma termino
- Page 12 and 13: os principais documentos relacionad
- Page 15 and 16: Entre outras atribuições, cabem a
- Page 17 and 18: c.3) Inclusão - prestação de ser
- Page 19 and 20: ciando por teclar o termo “homoss
- Page 21 and 22: Com relação a esta pesquisa, trê
- Page 23 and 24: 3.APRESENTAÇÃO DOSRESULTADOS3.1 T
- Page 25 and 26: De um ponto de vista regional, vemo
- Page 27 and 28: Na sequência, vemos os Habeas Corp
- Page 29 and 30: maior sentido para a compreensão d
- Page 31: No Gráfico 04, observando os casos
- Page 35 and 36: SUPREMO TRIBUNAL FEDERALADI 4277-DF
- Page 37 and 38: SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAResp N
- Page 39 and 40: a.8) Danos morais contra órgão p
- Page 41 and 42: ) Área Penalb.1) Agressões e homi
- Page 43 and 44: SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAHC Nº
- Page 45 and 46: SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAHC Nº
- Page 47 and 48: SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAAI Nº
- Page 49 and 50: SUPREMO TRIBUNAL FEDERALSTF Pet 198
- Page 51 and 52: d.2) Dissídio ColetivoTRIBUNAL SUP
- Page 53 and 54: 3.1.6 Partes envolvidas e identidad
- Page 55 and 56: Vemos, assim, que as Defensorias P
- Page 57 and 58: Senadores guarda relação com o n
- Page 59 and 60: tramitação no Congresso Nacional.
- Page 61 and 62: Gráfico 12 - Brasil, Congresso Nac
- Page 63 and 64: 3.3. Dados Encontrados na Baseda Le
- Page 65 and 66: Gráfico 14 - BRASIL - Normas vigen
- Page 67 and 68: 4.ANÁLISEDE CONTEÚDO4.1. GÊNERO
- Page 69 and 70: Tito Sena (2007) adverte, finalment
- Page 71 and 72: The fact of the matter is, most of
- Page 73 and 74: xico, de onde vem o jurista Óscar
- Page 75 and 76: A decisão do STF partiu basicament
- Page 77 and 78: O Superior Tribunal de Justiça, po
- Page 79 and 80: O TRE do Pará reformou a decisãop
- Page 81 and 82: Será justamente este “modelo mé
- Page 83 and 84:
9.278, de 10 de maio de 1996, parat
- Page 85 and 86:
Sua proposição inicial em relaç
- Page 87 and 88:
c) PL-1352/1999, apensado ao107/199
- Page 89 and 90:
h) PL 1846/2011 - Aguardando Parece
- Page 91 and 92:
posto pelo deputado João Campos(PS
- Page 93 and 94:
p) PL 1960/2011 - Apensado ao PL772
- Page 95 and 96:
de julho de 1968, que “regula o p
- Page 97 and 98:
proibir o uso de informações cons
- Page 99 and 100:
O autor observa a “verdadeira exp
- Page 101 and 102:
a respeito das mulheres continuamre
- Page 103 and 104:
2002 do então Presidente Luís In
- Page 105 and 106:
O mesmo artigo é ainda objeto de P
- Page 107 and 108:
tensificando uma cultura de paz, de
- Page 109 and 110:
) Decreto de 23 de agosto de 2004(s
- Page 111 and 112:
sociais, atingindo de formas distin
- Page 113 and 114:
Doenças (CID) o homoerotismo como
- Page 115 and 116:
a assistência à saúde suplementa
- Page 117 and 118:
do sangue e permanecem ativos - nã
- Page 119 and 120:
ou retardamento psíquico, manifest
- Page 121 and 122:
g) Resolução Normativa ANS nº 19
- Page 123:
adotado e o adotado com quem o foid
- Page 126 and 127:
em face das resistências dos parla
- Page 128 and 129:
essas oposições binárias, elas l
- Page 131 and 132:
REFERÊNCIASADORNO, Sérgio. Os apr
- Page 133 and 134:
GRANATO, Alice. Guerra ao Preconcei
- Page 135:
VARGAS SANTIN, Myriam Aldana. Sexua
- Page 138 and 139:
7. AgReg-RE 523741_RN8. AgReg-RE 68
- Page 140 and 141:
140. RE-704803_RS141. RE717525_RN14
- Page 142 and 143:
5) Processos TSE - lista geral1) ED
- Page 144 and 145:
6. Portaria MS nº 1.820, de 13 de
- Page 146 and 147:
29. PL 4373_200830. PL 3323/200831.
- Page 148:
50. Marcos Rolim - PT/RS - 251. Mar