12.07.2015 Views

direitos sexuais de lgbttt no brasil: jurisprudência ... - Defensoria

direitos sexuais de lgbttt no brasil: jurisprudência ... - Defensoria

direitos sexuais de lgbttt no brasil: jurisprudência ... - Defensoria

SHOW MORE
SHOW LESS
  • No tags were found...

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAAg 954.729 - RJ (2007/0212802-9)AGRAVO DE INSTRUMENTORelator(a): Min. FERNANDO GONÇALVESPublicação: DJ 09/04/2008Ementa: Trata-se <strong>de</strong> agravo <strong>de</strong> instrumento interposto por G.N. M. - ESPÓLIO contra <strong>de</strong>cisão daVice-Presi<strong>de</strong>nte do Tribunal <strong>de</strong> Justiça do Estado do Rio <strong>de</strong> Janeiro in<strong>de</strong>ferindo o processamento<strong>de</strong> recurso especial com fundamento <strong>no</strong> art. 105, inciso III, letras “a” e “c” da Constituição Fe<strong>de</strong>ral,manejado frente a acórdão daquele Pretório, integrado pelo proferido em se<strong>de</strong> <strong>de</strong> embargos <strong>de</strong><strong>de</strong>claração, assim ementado: “UNIÃO HOMOAFETIVA. AÇÃO DECLARATÓRIA DE RECONHECIMENTOE DISSOLUÇÃO DE SOCIEDADE DE FATO. LEGITIMIDADE PASSIVA AD CAUSAM. INTERESSE DEAGIR. 1. Dado o princípio constitucional da dignida<strong>de</strong> da pessoa humana e da expressa proscrição<strong>de</strong> qualquer forma <strong>de</strong> discriminação sexual, não há impedimento jurídico ao reconhecimento <strong>de</strong>união estável entre pessoas do mesmo sexo, com os efeitos patrimoniais aludidos pela Lei 8.971/94e 9.278/96. 2. Interpretação sistemática do disposto <strong>no</strong> § 3° do art. 226 da Constituição Fe<strong>de</strong>ralrevela que a expressão homem e mulher referida na dita <strong>no</strong>rma está vinculada à possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>conversão da união estável em casamento, nada tendo a ver com o conceito <strong>de</strong> convivência que,<strong>de</strong> resto, é fato social aceito e reconhecido, até mesmo para fins previ<strong>de</strong>nciários. (...) Ausente a<strong>de</strong>monstração analítica do dissenso, inci<strong>de</strong> a censura da súmula 284 do Supremo Tribunal Fe<strong>de</strong>ral.Nego provimento ao agravo.SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAREsp 502.995 - RN (2002/0174503-5)RECURSO ESPECIALRelator(a): Min. FERNANDO GONÇALVES BARROS MONTEIROJulgamento: 26/04/2005EMENTA: DIREITO CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. DISSOLUÇÃO DE SOCIEDADE DE FATO.HOMOSSEXUAIS. HOMOLOGAÇÃO DE ACORDO. COMPETÊNCIA. VARA CÍVEL. EXISTÊNCIA DEFILHO DE UMA DAS PARTES. GUARDA E RESPONSABILIDADE. IRRELEVÂNCIA. 1. A primeira condiçãoque se impõe à existência da união estável é a dualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sexos. A união entre homos<strong>sexuais</strong>juridicamente não existe nem pelo casamento, nem pela união estável, mas po<strong>de</strong> configurar socieda<strong>de</strong><strong>de</strong> fato, cuja dissolução assume contor<strong>no</strong>s econômicos, resultantes da divisão do patrimôniocomum, com incidência do Direito das Obrigações. 2. A existência <strong>de</strong> filho <strong>de</strong> uma das integrantesda socieda<strong>de</strong> amigavelmente dissolvida, não <strong>de</strong>sloca o eixo do problema para o âmbito do Direito<strong>de</strong> Família, uma vez que a guarda e responsabilida<strong>de</strong> pelo me<strong>no</strong>r permanece com a mãe, constantedo registro, a<strong>no</strong>tando o termo <strong>de</strong> acordo apenas que, na sua falta, à outra caberá aquele munus,sem questionamento por parte dos familiares. 3. Neste caso, porque não violados os dispositivosinvocados - arts. 1º e 9º da Lei 9.278 <strong>de</strong> 1996, a homologação está afeta à vara cível e não à vara <strong>de</strong>família. 4. Recurso Especial não conhecido.a.3) Conversão <strong>de</strong> união estável em casamento civilSUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAResp 1.183.378 - RS (2010/0036663-8)RECURSO ESPECIALRelator(a): MINISTRO LUIS FELIPE SALOMÃOJulgamento: 25/10/2011Ementa: DIREITO DE FAMÍLIA. CASAMENTO CIVIL ENTRE PESSOAS DO MESMO SEXO (HOMOAFETIVO).INTERPRETAÇÃO DOS ARTS. 1.514, 1.521, 1.523, 1.535 e 1.565 DO CÓDIGO CIVIL DE 2002. INEXISTÊNCIA DEVEDAÇÃO EXPRESSA A QUE SE HABILITEM PARA O CASAMENTO PESSOAS DO MESMO SEXO. VEDA-ÇÃO IMPLÍCITA CONSTITUCIONALMENTE INACEITÁVEL. ORIENTAÇÃO PRINCIPIOLÓGICA CONFERIDAPELO STF NO JULGAMENTO DA ADPF N. 132/RJ E DA ADI N. 4.277/DF. (...) Enquanto o Congresso Nacional,<strong>no</strong> caso <strong>brasil</strong>eiro, não assume, explicitamente, sua coparticipação nesse processo constitucional <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesae proteção dos socialmente vulneráveis, não po<strong>de</strong> o Po<strong>de</strong>r Judiciário <strong>de</strong>mitir-se <strong>de</strong>sse mister, sob pena<strong>de</strong> aceitação tácita <strong>de</strong> um Estado que somente é “<strong>de</strong>mocrático” formalmente, sem que tal predicativo resistaa uma mínima investigação acerca da universalização dos <strong>direitos</strong> civis. (...) Recurso Especial provido.34

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!