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O gênero carta do leitor: análise de exemplares ... - Celsul.org.br

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Anais <strong>do</strong> CELSUL 2008possamos pensar que o gênero <strong>carta</strong> se ampliou <strong>de</strong> tal forma que possa justificar estaposição, a <strong>carta</strong> <strong>do</strong> <strong>leitor</strong> se diferencia <strong>de</strong> forma bastante pontual se pensarmos naa<strong>br</strong>angência <strong>de</strong> seus receptores/<strong>leitor</strong>es, seus propósitos, circulação ou mesmo noformato diferencia<strong>do</strong> <strong>do</strong> gênero <strong>carta</strong> (en<strong>de</strong>reço, corpo, saudação). Conforme Bazerman(2005, p. 88) “À medida que mais temas e transações, <strong>de</strong> forma reconhecível inseremsenas <strong>carta</strong>s, o gênero, em si, se expan<strong>de</strong> e especializa; foi assim que tipos distintos <strong>de</strong><strong>carta</strong>s se tornaram reconhecíveis e passam a ser trata<strong>do</strong>s diferentemente”.Po<strong>de</strong>mos consi<strong>de</strong>rar então, que o gênero <strong>carta</strong> <strong>de</strong>u origem a outros gêneros econsequentemente esses gêneros a outros subgêneros. Aqui neste estu<strong>do</strong> optou-se porcompreen<strong>de</strong>r a <strong>carta</strong> <strong>do</strong> <strong>leitor</strong> como sen<strong>do</strong> um subgênero da <strong>carta</strong> ao editor.Carta ao editor são todas as <strong>carta</strong>s <strong>do</strong> <strong>leitor</strong> que enviadas para publicação sãoremetidas para o editor da referida seção e responsável pela edição.O editor é o responsável pela edição e publicação das <strong>carta</strong>s, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> serconsi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com a explicação <strong>de</strong> gênero (SWALES, 1990), um <strong>do</strong>smem<strong>br</strong>os que possuem mais experiência na comunida<strong>de</strong> discursiva. Sen<strong>do</strong> assim, é eleque dá a forma a essa ativida<strong>de</strong> social <strong>de</strong> linguagem, ou seja, é a tipificação <strong>do</strong> gênerosegun<strong>do</strong> Bazerman (2005).Já o posicionamento <strong>de</strong> autores nas literaturas da área jornalística perante a <strong>carta</strong><strong>do</strong> <strong>leitor</strong> é o <strong>de</strong> classificar, categorizan<strong>do</strong>-a como jornalismo opinativo. Apesar <strong>de</strong>ocorrer o termo “gênero” em algumas literaturas, não o fazem relacionan<strong>do</strong> aos sujeitosda ação social como produtores criativos envolvi<strong>do</strong>s na linguagem, mas como um tipo<strong>de</strong> texto que po<strong>de</strong> ser estuda<strong>do</strong> isoladamente e in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente <strong>do</strong> sujeito que outiliza.2.2.1 O que aponta a literatura acadêmica da área <strong>de</strong> jornalismoSegun<strong>do</strong> Melo (2003), no início <strong>do</strong> século XVIII, o editor inglês Samuel Buckeley fezuma distinção entre news (notícia) e couments (comentários), estabelecen<strong>do</strong> assim uminício da classificação <strong>do</strong>s gêneros jornalísticos.A influência <strong>br</strong>itânica, em relação a esse assunto, persistiu até os dias <strong>de</strong> hoje.Desse mo<strong>do</strong>, segun<strong>do</strong> Melo (1985), os gêneros informativo e opinativo são os que hojepre<strong>do</strong>minam entre os textos que circulam nos jornais. Diz ainda que essa distinção entreopinião e informação é um critério segui<strong>do</strong> nas matérias publicadas, <strong>de</strong> forma que: “Ojornalismo articula-se, [...] em função <strong>de</strong> <strong>do</strong>is núcleos <strong>de</strong> interesse: a informação (sabero que se passa) e a opinião (saber o que se pensa so<strong>br</strong>e o que se passa)” (p. 63).graduação em Lingüística Aplicada, Pontifícia Universida<strong>de</strong> Católica <strong>de</strong> São Paulo – PUC – São Paulo,2002.SIMONI, Rosa Maria Schmitz. Uma caracterização <strong>do</strong> gênero <strong>carta</strong>-consulta nos jornais o globo eFolha <strong>de</strong> S. Paulo. 2004. 200f. Dissertação (Mestra<strong>do</strong> em Ciências da Linguagem) – Curso <strong>de</strong> Pósgraduaçãoem Ciências da Linguagem, Universida<strong>de</strong> <strong>do</strong> Sul <strong>de</strong> Santa Catarina, Tubarão, 2004.GT – Gêneros textuais jornalísticos em suportes diversos: análise e ensino.5

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