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O gênero carta do leitor: análise de exemplares ... - Celsul.org.br

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Anais <strong>do</strong> CELSUL 2008Entre os estudiosos <strong>do</strong> jornal, Chaparro (1998) não vê com clareza este espaçoexclusivo para a opinião e para a informação, consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> <strong>de</strong>ssa forma o “relato”como elemento da natureza <strong>do</strong> jornalismo, inseparável <strong>de</strong> qualquer espécie <strong>de</strong> texto.Através <strong>do</strong> relato <strong>de</strong> fatos é que se <strong>de</strong>senvolvem as estruturas jornalísticas. O relato é<strong>do</strong>ta<strong>do</strong> essencialmente <strong>de</strong> um conhecimento da realida<strong>de</strong> e da tentativa <strong>de</strong> atribuirsignifica<strong>do</strong>s as coisas. Sua posição quanto aos gêneros existentes no jornal resulta <strong>de</strong>sua pesquisa <strong>de</strong> jornais <strong>do</strong> Brasil e <strong>de</strong> Portugal, através da qual levanta umaclassificação <strong>do</strong>s textos <strong>do</strong> jornal, propon<strong>do</strong> a existência <strong>de</strong> <strong>do</strong>is gêneros: o“comentário” e o “relato”. Em seus trabalhos (1992, 1998), Chaparro cita tambémMarques <strong>de</strong> Melo que no Brasil <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> a bifurcação <strong>do</strong> jornalismo em informativo eopinativo.Apesar <strong>de</strong> essa configuração aqui no Brasil ser mais comum, Luiz Beltrão(1976) apresentou ainda uma terceira categoria <strong>de</strong> gênero, além <strong>de</strong> informativo eopinativo: o interpretativo. Mas, no que se refere à <strong>carta</strong> <strong>do</strong> <strong>leitor</strong>, Beltrão também aclassifica como um gênero opinativo.Faz-se importante registrar que o termo gênero aqui cita<strong>do</strong> e emprega<strong>do</strong> poresses autores, correspon<strong>de</strong> a um item <strong>de</strong> classificação, o que difere essencialmente daperspectiva sócio-retórica, uma vez que essa propõe que o gênero seja entendi<strong>do</strong> comoum componente das ativida<strong>de</strong>s humanas em contextos sociais específicos.Bonini (2003) faz uma análise <strong>do</strong>s gêneros que circulam no jornal, extrain<strong>do</strong>informações <strong>do</strong>s manuais <strong>de</strong> estilo (Folha <strong>de</strong> S. Paulo, O Globo, Zero Hora Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong>S. Paulo); <strong>do</strong> dicionário <strong>de</strong> comunicação (Rabaça e Barbosa, 2001) e da literatura daárea <strong>de</strong> comunicação. O autor aponta que, apesar <strong>de</strong> os manuais e o dicionário nãoapresentarem nenhum verbete específico so<strong>br</strong>e gênero ou gênero jornalístico ou a noção<strong>de</strong> gênero como objeto <strong>de</strong> linguagem, bem como a literatura da área ter apresenta<strong>do</strong> umconceito ultrapassa<strong>do</strong> <strong>de</strong> gênero, esses assinalam termos ou rótulos que ele enten<strong>de</strong>como possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> gêneros.3. Meto<strong>do</strong>logiaA meto<strong>do</strong>logia a<strong>do</strong>tada nesta pesquisa é a <strong>de</strong> Bonini (2001), que consiste em <strong>do</strong>is níveismacroanálise (<strong>do</strong> jornal para o gênero) e microanálise (<strong>do</strong> gênero para o jornal) e quetoma como foco <strong>de</strong> atenção para estu<strong>do</strong> <strong>do</strong> gênero no jornal: i) a literatura <strong>do</strong> meio, ii)estrutura textual e, iii) aspectos pragmáticos.MACROANÁLISE(1) Levantar a literatura a respeito <strong>do</strong> jornal.Nesta etapa, proce<strong>de</strong>-se à leitura, com vias a<strong>de</strong>terminar a tradição relativa ao jornal efazer um inventário <strong>do</strong>s gêneros: i) <strong>do</strong>sprincipais manuais <strong>de</strong> jornalismo; ii) <strong>do</strong>stextos acadêmicos so<strong>br</strong>e o jornal; e iii) <strong>de</strong>possíveis estu<strong>do</strong>s que o analisem <strong>do</strong> ponto<strong>de</strong> vista genérico.MICROANÁLISE(1) Levantar a literatura a respeito <strong>do</strong> gênero.Nesta etapa, com vias a <strong>de</strong>terminar a tradiçãorelativa ao gênero em estu<strong>do</strong>, proce<strong>de</strong>-se àleitura: i) <strong>do</strong>s principais manuais <strong>de</strong>jornalismo; ii) <strong>do</strong>s textos acadêmicos so<strong>br</strong>e ogênero; e iii) <strong>de</strong> possíveis estu<strong>do</strong>s queanalisem <strong>do</strong> ponto <strong>de</strong> vista genérico.GT – Gêneros textuais jornalísticos em suportes diversos: análise e ensino.6

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