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Uma análise de lacunas de conservação da vegetação da Amazônia

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1RESUMOOs tipos <strong>de</strong> <strong>vegetação</strong> que faltam proteção nas uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong><strong>conservação</strong> existentes dos nove estados na <strong>Amazônia</strong> Legal sãoi<strong>de</strong>ntificados, e os locais são notados on<strong>de</strong> exemplos <strong>de</strong>stestipos pu<strong>de</strong>ssem ser protegidos. Os mapas <strong>da</strong> <strong>vegetação</strong>, <strong>da</strong>suni<strong>da</strong><strong>de</strong>s protegi<strong>da</strong>s, e <strong>da</strong>s semiprotegi<strong>da</strong>s (tais como reservasindígenas e reservas florestais) são digitados e analisadosutilizando um sistema geográfico <strong>da</strong> informação (GIS). Na<strong>Amazônia</strong> Legal, existem 28 tipos <strong>de</strong> <strong>vegetação</strong> naturais nalegen<strong>da</strong> do mapa utilizado (escala: 1:5.000.000). Exemplos <strong>de</strong>áreas para a proteção adicional foram selecionados utilizandoum critério <strong>da</strong> proteção mínimo <strong>de</strong> pelo menos um exemplo <strong>de</strong>ca<strong>da</strong> tipo <strong>de</strong> <strong>vegetação</strong> em ca<strong>da</strong> estado (chamado aqui <strong>de</strong> "zonas<strong>de</strong> <strong>vegetação</strong>"). Há 111 zonas <strong>de</strong> <strong>vegetação</strong> na <strong>Amazônia</strong> Legal,dos quais apenas 37 (33%) têm pelo menos uma parcela <strong>da</strong> suaárea protegi<strong>da</strong>. Há poucas áreas protegi<strong>da</strong>s nos estados maispesa<strong>da</strong>mente <strong>de</strong>smatados ao longo <strong>da</strong> bor<strong>da</strong> su<strong>de</strong>ste <strong>da</strong> floresta.No Maranhão, on<strong>de</strong> 72,9% <strong>da</strong> floresta original tinha sidoperdi<strong>da</strong> até 2000, apenas 1 entre 10 tipos <strong>de</strong> <strong>vegetação</strong> estáprotegido. A negociação <strong>de</strong> acordos com tribos indígenas e comextrativistas que colhem produtos não-ma<strong>de</strong>ireiros <strong>da</strong> florestarepresenta uma possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> importante para aumentar a área erepresentativi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>conservação</strong>. Uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong><strong>conservação</strong> adicionais precisam ser estabeleci<strong>da</strong>s rapi<strong>da</strong>mente,antes que o aumento do <strong>de</strong>smatamento e dos preços <strong>da</strong> terratorne impossível esta possibili<strong>da</strong><strong>de</strong>. Caso contrário, tipos <strong>de</strong><strong>vegetação</strong> significativos po<strong>de</strong>rão <strong>de</strong>saparecer.INTRODUÇÃOAs resoluções sobre a proteção <strong>de</strong> ecossistemas naturaisexigem informações sobre a importância biológica <strong>da</strong>sdiferentes áreas, assim como sobre os fatores políticos esociais que afetam ca<strong>da</strong> local. É importante que sejamutiliza<strong>da</strong>s as melhores informações disponíveis parai<strong>de</strong>ntificar as áreas <strong>de</strong> priori<strong>da</strong><strong>de</strong> mais alta, <strong>de</strong> modo quereservas possam ser estabeleci<strong>da</strong>s que protegessem adiversi<strong>da</strong><strong>de</strong> biológica e ecológica.O estudo atual aplica um critério biológico à priori<strong>da</strong><strong>de</strong>para as terras: o tipo <strong>de</strong> <strong>vegetação</strong> tal como classificado nomapa produzido pelo Instituto Brasileiro <strong>de</strong> Geografia eEstatística (IBGE) e o antigo Instituto Brasileiro <strong>de</strong>Desenvolvimento Florestal (IBDF) (Brasil, IBGE & IBDF, 1988).Des<strong>de</strong> 1989 o IBDF foi incorporado ao Instituto Brasileiro doMeio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), e omapa é conhecido como o "mapa do IBAMA". Os tipos <strong>de</strong><strong>vegetação</strong> <strong>da</strong> <strong>Amazônia</strong> <strong>da</strong> legen<strong>da</strong> <strong>de</strong>ste mapa são <strong>de</strong>finidos naTabela 1. Isto não implica que outros critérios não <strong>de</strong>vam seraplicados também, nem significa que as áreas não i<strong>de</strong>ntifica<strong>da</strong>ssão sem importância. O atual estudo procura avaliar áreasadicionais ain<strong>da</strong> não protegi<strong>da</strong>s pelo governo brasileiro esupõe que as áreas já protegi<strong>da</strong>s continuarão assim no futuro.

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