12.07.2015 Views

Eletromagnetismo I Aula 8 Exercícios: faça os problemas ... - IFSC

Eletromagnetismo I Aula 8 Exercícios: faça os problemas ... - IFSC

Eletromagnetismo I Aula 8 Exercícios: faça os problemas ... - IFSC

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

<strong>Eletromagnetismo</strong> I<strong>Aula</strong> 8Exercíci<strong>os</strong>: faça <strong>os</strong> <strong>problemas</strong> numerad<strong>os</strong> de 1 a 4 do Capítulo 3 do livro-texto.A Equação de Poisson∇ · E = 4πkρ∇ × E = 0∃φ (r) tal que E = −∇φ−∇ · (∇φ) = 4πkρ= 4π 14πε 0ρ= ρ ε 0∴ ∇ 2 φ = − ρ ε 0A Equação de LaplaceSe ρ = 0 em uma região V , então∇ 2 φ = 0em V .Teorema I:Se φ 1 , φ 2 , . . ., φ n são soluções da equação de Laplace, entãoφ = C 1 φ 1 + C 2 φ 2 + . . . + C n φ n ,onde <strong>os</strong> C’s são constantes arbitrárias, também é solução.Prova:∇ 2 φ = ∇ 2 (C 1 φ 1 + C 2 φ 2 + . . . + C n φ n )= C 1 ∇ 2 φ 1 + C 2 ∇ 2 φ 2 + . . . + C n ∇ 2 φ n= C 1 0 + C 2 0 + . . . + C n 0 = 0.1


Teorema II: O Teorema da Unicidade Dois potenciais eletr<strong>os</strong>tátic<strong>os</strong>, amb<strong>os</strong> soluçõesda equação de Laplace em uma região V , que satisfazem as mesmas condições decontorno na fronteira S de V , são iguais para a condição de Dirichlet e podemdiferir, no máximo, por uma constante aditiva para a condição de Neumann.Prova: Tomem<strong>os</strong> como hipótese a negação da tese do teorema e procurem<strong>os</strong> poruma contradição como conseqüência lógica. Assim, suponham<strong>os</strong> que∇φ 1 ≠ ∇φ 2em V , isto é, φ 1 e φ 2 não diferem apenas por uma constante aditiva. Além disso,também suponham<strong>os</strong> que φ 1 e φ 2 são soluções da equação de Laplace em V :∇ 2 φ 1 = ∇ 2 φ 2 = 0,com φ 1 e φ 2 satisfazendo as mesmas condições de contorno em S (V ), onde S (V )é a fronteira de V . Ou seja, mais especificamente, sejaS= S A ∪ S Bcomφ 1 = φ 2em S A eˆn · ∇φ 1 = ˆn · ∇φ 2em S B . Notem<strong>os</strong> que estam<strong>os</strong> também incluindo <strong>os</strong> cas<strong>os</strong> em queque é o problema de Dirichlet, e(S A , S B ) = (S, Ø) ,(S A , S B ) = (Ø, S) ,que é o problema de Neumann.Construam<strong>os</strong>, portanto, a função diferença:Evidentemente,em S A eU = φ 1 − φ 2 .U = 0ˆn · ∇U = 02


em S B . Também é claro que∇ 2 U = 0em V . Calculem<strong>os</strong>, portanto, usando o Teorema da Divergência de Gauss:ˆ˛d 3 r ∇ · (U∇U) = da U ˆn · ∇UVS(V )ˆ= da U ˆn · ∇U +Sˆ A+ da U ˆn · ∇U.Porém,porque U = 0 em S A eporqueem S B . Portanto,Comoem V , pois nessa regiã<strong>os</strong>egue queMasˆˆˆVS BS Ada U ˆn · ∇U = 0S Bda U ˆn · ∇U = 0ˆn · ∇U = 0d 3 r ∇ · (U∇U) = 0.∇ · (U∇U) = (∇U) · (∇U) + U∇ · ∇Uˆ0 =V= |∇U| 2 + U∇ 2 U= |∇U| 2∇ 2 U = 0,d 3 r ∇ · (U∇U) =|∇U| 2 0ˆVd 3 r |∇U| 2 .3


Neste curso tratarem<strong>os</strong> apenas <strong>problemas</strong> com simetria esférica azimutal, isto é,o potencial φ não depende da variável azimutal, ϕ:φ (r) = φ (r, θ) ,ou seja,∂φ∂ϕ = 0.Tem<strong>os</strong>, então, a equação diferencial parcial:[ ]1 ∂r2∂φ (r, θ)+ 1r 2 ∂r ∂r r 2 sin θ∂∂θ[sin θ]∂φ (r, θ)∂θ= 0.O Método da Separação de VariáveisEsse método consiste em supor que φ (r, θ) pode ser escrita como um produtode duas funções, uma somente dependente de r e outra dependente apenas de θ.Assim, escrevem<strong>os</strong>:φ (r, θ) = R (r) Θ (θ) .É claro que a solução para um problema específico pode não ter essa forma, maso método de separação de variáveis permite encontrar um conjunto completo defunções do tipo prop<strong>os</strong>to acima, que são individualmente soluções da equaçãode Laplace. Basta então fazerm<strong>os</strong> uma combinação linear adequada das funçõesbásicas e imporm<strong>os</strong> as condições de contorno do problema para determinar <strong>os</strong> coeficientesda combinação. Vam<strong>os</strong>, então, ilustrar o método na prática. Comecem<strong>os</strong>pela substituição do ansatz acima na equação de Laplace:1 ∂r 2 ∂r[rΘ (θ)r 2]2∂R (r) Θ (θ)∂r[ ]dr2dR (r)dr dr+1r 2 sin θ+ R (r)r 2 sin θ[]∂ ∂R (r) Θ (θ)sin θ =∂θ ∂θ[ ]d dΘ (θ)sin θ = 0.dθ dθPodem<strong>os</strong>, agora, dividir por R (r) Θ (θ) e multiplicar por r 2 essa equação paraobter:[ ][ ]1 dr2dR (r) 1 d dΘ (θ)+sin θ = 0.R (r) dr dr sin θΘ (θ) dθ dθO primeiro termo do membro esquerdo é uma função que só depende de r, enquantoque o segundo termo depende apenas de θ. Como r e θ são variáveis5


independentes, podendo assumir quaisquer valores, segue que a única forma determ<strong>os</strong> a soma dessas duas funções igual a zero é se ambas forem constantes:[ ][ ]1 dr2dR (r)1 d dΘ (θ)= −sin θ = α,R (r) dr dr sin θΘ (θ) dθ dθonde α é a chamada constante de separação. Assim, tem<strong>os</strong> agora duas equaçõesdiferenciais ordinárias para resolver:[ ]dr2dR (r)= αR (r) ,dr dr[ ]1 d dΘ (θ)sin θ = −αΘ (θ) .sin θ dθ dθConsiderem<strong>os</strong> a funçãoR l (r) = A l r l + B lr l+1,onde A l e B l são constantes arbitrárias. Essa função, se l for escolhido tal quel (l + 1) = α,é solução da primeira equação diferencial acima. Para verificarm<strong>os</strong> isso, calculem<strong>os</strong>:Logo,e, portanto,dR l (r)drr 2dR l (r)dr[dr 2dR ]l (r)dr dr= lA l r l−1 − (l + 1) B lr l+2.= lA l r l+1 − (l + 1) B lr l= l (l + 1) A l r l + l (l + 1) B l[= l (l + 1) A l r l + B ]lr l+1= l (l + 1) R l (r) = αR l (r) .Essa solução é a solução geral da equação diferencial de segunda ordem para R (r)acima, pois tem duas constantes arbitrárias. Resta agora encontrarm<strong>os</strong> a soluçãoda equação diferencial para Θ (θ). Para n<strong>os</strong>s<strong>os</strong> interesses neste curso, procuram<strong>os</strong>por soluções fisicamente válidas quando θ = 0 e θ = π. Logo, as soluções queprocuram<strong>os</strong> são <strong>os</strong> chamad<strong>os</strong> polinômi<strong>os</strong> de Legendre:Θ (θ) = P l (c<strong>os</strong> θ) , com l = 0, 1, 2, . . . .r l+16


Alguns exempl<strong>os</strong> são:P 0 (c<strong>os</strong> θ) = 1,P 1 (c<strong>os</strong> θ) = c<strong>os</strong> θ,P 2 (c<strong>os</strong> θ) = 1 (3 c<strong>os</strong> 2 θ − 1 ) ,2P 3 (c<strong>os</strong> θ) = 1 (5 c<strong>os</strong> 3 θ − 3 c<strong>os</strong> θ ) ,2.Assim, encontram<strong>os</strong> um conjunto completo de funções de (r, θ), cada uma satisfazendoa equação de Laplace:(φ l (r, θ) = A l r l + B )lPr l+1 l (c<strong>os</strong> θ) , para l = 0, 1, 2, . . . .A solução geral para a equação de Laplace em um problema com simetria azimutalé uma combinação linear das funções básicas acima:∞∑(φ (r, θ) = A l r l + B )lPr l+1 l (c<strong>os</strong> θ) .l=0A utilização das condições de contorno é que deve especificar <strong>os</strong> coeficientes A l eB l paral = 0, 1, 2, . . . .7

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!