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Diário do Congresso Nacional - Câmara dos Deputados

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REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASILDIÁRIOACIONALSEÇÃO IANO XXXIV - N? 135 CAPITAL FEDERAL SEXTA-FEIRA, 19 DE OUTUBRO DE 1979CÂMARA DOS DEPUTADOSRESOLUÇAO N9 41, DE 1979Autoriza o Senhor Deputa<strong>do</strong> Jorge Uequed a participar de missão cultural no extel1or.Faço saber que a Câmara <strong>do</strong>s Deputa<strong>do</strong>s aprovou e eu promulgo a seguinte Resolução:Art. 11' Fica autoriza<strong>do</strong> o Senhor Deputa<strong>do</strong> Jorge Uequed a participar de missão cultural na Líbia, a partir<strong>do</strong> dia 28 de setembro de 1979, sen<strong>do</strong> considera<strong>do</strong> esse perio<strong>do</strong> como de comparecimento efetivo.Art. 2 Esta Resolução entrará em vigor Ina data de sua publicação.Câmara <strong>do</strong>s Deputa<strong>do</strong>s, 16 de outubro de 1979. - Flávio Mareílío, Presidehte da Câmara <strong>do</strong>s Deputa<strong>do</strong>s.RESOLUÇÃO N9 42, DE 1979Dá nova redação ao art. 75 e parágrafo único <strong>do</strong> Regimento Interno da Câmara <strong>do</strong>s Deputa<strong>do</strong>s.Faço saber que a Câmara <strong>do</strong>s Deputa<strong>do</strong>s aprovou e eu promulgo a seguinte Resolução:Art. 1\' O art. 75 e parágrafo único <strong>do</strong> Regimento Interno da Câmara <strong>do</strong>s Deputa<strong>do</strong>s passam a vigorar coma seguinte redação:"Art. 75. Logo depois de constituidas, no inicio da primeira sessão legislativa da Legislatura, reunir-se-ãoas Comissões, sob a presidência <strong>do</strong> último Presidente, se reeleito Deputa<strong>do</strong>, e, na sua falta, sucessivamente,dentre os Deputa<strong>do</strong>s presentes, o que haja exerci<strong>do</strong> mais recentemente, e em caráter efetivo, a Presidência oua Vice-Presidência, e, na falta de to<strong>do</strong>s estes, pelo Deputa<strong>do</strong> mais i<strong>do</strong>so, por convocação <strong>do</strong> Presidente da Câmara,para eleger seus Presidentes e Vice-Presidentes.Parágrafo único. Será de um ano o mandato de Presidente e Vice-Presidente das Comissões, proibidaa reeleição."Câmara <strong>do</strong>s Deputa<strong>do</strong>s, 17 de outubro de 1979. - Flávio Mareílio, Presidente da Câmara <strong>do</strong>s Deputa<strong>do</strong>s.I -Il -1 - ATA DA 140. a SESSAO DA 1. a SESSAO LEGISLATIVADA 9.a LEGISLATURA, EM 18 DE OUTUBRO DE 1979Abertura da SessãolJeitura e assinatura da ata da sessão anteriorUI - Leitura <strong>do</strong> ExpedientePROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO- Da Sra. Júnia Marise e outros.PROJETOS A IMPRIMIRProjeto de Lei n. a 32-A, dl) 1979 !Do Sr. Cantídio Sampaio)- Altera a redação <strong>do</strong> art. 1. 0 da Lei n.O 5.958, de 10 de dezembrode 1973, que dispõe sobre a retroatividade da opção peloregime <strong>do</strong> Fun<strong>do</strong> de Garantia <strong>do</strong> Tempo de Serviço; ten<strong>do</strong>pareceres: da Comissão de Constituição e Justiça, pela constitucionalidade,jUlidicidad'e e técnica legislativa; da Comissão de------------SUMÁRIOTrabalho e Legislação Social, pela rejeição e aprovação <strong>do</strong> den. a 549179 a este anexa<strong>do</strong>; e, da Comissão. de Finanças, pelaaprovação.ProjetD de Lei n.o 337-A, de 1979 (Do Sr. Freitas Nobre) ­Acrescenta um parágrafo ao art. 791 da Consolidação das Leis<strong>do</strong> Trabalho; ten<strong>do</strong> pareceres: da Comissão de Constituição eJustiça, pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa,com emenda; e, da Comissão de Trabalho e LegislaçãoSocial, pela aprovação, com a<strong>do</strong>ção da emenda da Comissão deConstituição e Justiça, com voto em separa<strong>do</strong> <strong>do</strong> Sr. CarlosChiarelli.Projeto de Lei n.O 845-D, de 1972 - Substitutivo <strong>do</strong> Sena<strong>do</strong>ao Projeto de Lei n.a 845-B, de 1972, que "regula os contratospara a gravação e comercialização de discos musicais"; ten<strong>do</strong>pareceres: da Comissão de Constituição e Justiça, pela const.itucionalidade,iuridicidade e técnica legislativa; da Comissãode Educação e cultura, pela aprovação; e, da Comissão deFinanças, pela Incompetência para opinar sobre a matéria.


11514 Sexta-feira 19 DIA~IO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção II Outubro de 1911Projeto de Lei n.O 877-G, de 1975 - Substitutivo <strong>do</strong> Sena<strong>do</strong>ao Projeto de Lei n.O 877-E, de 1975, que' altera dispositivos daLei n.O 4.591, de 16 de dezembro de 1964"; ten<strong>do</strong> pareceres:da Comissão de Constituição e Justiça, pela constitucionalidade,juridicidade, técnica legislativa e, no mérito, pela aprovação;e, da Comissão de Economia, Indústria e Comércio, pela aprovação.Projeto de Lei n.O 1. D41-A, de 1979 (Do Sr. Gerson Camata)- Acrescenta § 3.° ao art. 43 da, Lei n.o 5.108, de 21 de setembrode 1966 - Código <strong>Nacional</strong> de Trânsito; ten<strong>do</strong> pareceres: daComissão de Constituição'e Justiça, pela constitucionalidade ejuridicidade, com Substitutivo; e, da Comissao de Transportes,pela rejeição, contra o voto em separa<strong>do</strong> <strong>do</strong> Sr. Tidei de Lima.Projeto de Lei n.O 1. 337-A, de 1979 (Do Sr. Octávio Torrecilla)- Fixa aumento C/e 10% no valor <strong>do</strong> IPI incidente sobrebebi:das alcoólicas; ten<strong>do</strong> parecer, da Comissão de constituiçãoe Justiça, pela inconstitucionalidade.PROJETOS APRESENTADOSProjeto de Resolução n.O 73, de 1979 (Do Sr. Albérico Cordeiro)- Dispõe sobre a criação da Comissão <strong>do</strong> Distrito Federal.Projeto de Resolução n.O 74, de 1979 (Do Sr. Sérgio Murilo)- Cria a Comissão <strong>do</strong>s Municípios WM) e altera disposítivos<strong>do</strong> Regimento Interno da Câmara <strong>do</strong>s 'Deputa<strong>do</strong>s.IV - Pequeno ExpedienteREZENDE MONTEIRO - Ligações ro<strong>do</strong>viárias para o nordestegoiano.HORACIO ORTIZ - Viagem <strong>do</strong> ex-Presidente ErnestoGeisel aos Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s. Visita oficial <strong>do</strong> ora<strong>do</strong>r à AlemanhaOcidental para inteirar-se <strong>do</strong> desenvolvimento da tecnologianudear. CPI da PETROBRÁS.BENJAMIM FARAH - Outorga <strong>do</strong> Prêmio Nobel da Paz àMissionária Madre Teresa de Calcutá.JOSÉ DE CASTRO COIMBRA - Atividades da AmericanMedicai International Inc. no Brasil.RUY CODO - Indústria farmacêutica transnacional.ANTONIO MORIMOTO - Construção da ponte sobre o rioParaná, na fronteira paulista-sul-mato-grossense.HÉLIO DUQUE - Pró'teção às multinacionais <strong>do</strong> setor deimplementos agrícolas.ALBERTO GOLDMAN - Reivindicações <strong>do</strong>s metalúrgicos deSão Paulo, Guarulhos e Osasco, Esta<strong>do</strong> de São Paulo. Greve <strong>do</strong>sfuncionários <strong>do</strong> Instituto de Pesquisas Energéticas e Nuclearesde São Paulo.MARIO HATO - Programas Especiais <strong>do</strong> Ministério daSaúde. Sistema hospitalar brasileiro. Indústria <strong>do</strong> câncer.TIDEI DE LIMA - Reformulação partidária.NIVALDO KRtí'GER - Conservação <strong>do</strong> solo brasileiro.MARCELO CERQUEIR./\. - Greve de trabalha<strong>do</strong>res da construçãocivil em Volta Re<strong>do</strong>nda, Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Rio de Janeiro..JOSl!: FREIRE - Crédito rural.JOEL FERREmA - Reconstrução <strong>do</strong> hospital de Barcelos,Amazonas.DARIO TAVARES - Dia <strong>do</strong> Médico.ALCm PIMENTA - Apoio da Câmara Municipal de Piracicaba,São Paulo, ao projeto de lei <strong>do</strong> ora<strong>do</strong>r que institui aOrdem <strong>do</strong>s Professores <strong>do</strong> Brasil.ANTôNIO ZACHARIAS - Agraciamento da Rede Globo deTelevisão. ' .BELMIRO TEIXEIRA - Manifesto de professores capixabasao Presidente João Figueire<strong>do</strong>.ADOLPHO FRANCO - Confisco cambial sobre o café.IGO LOSSO - Medicamentos impróprios para o uso humanofabrica<strong>do</strong>s por laboratórios estrangeiros no Brasil.ALBERTO HOFFMANN - Pronunciamento <strong>do</strong> Cardeal D.Vicente Scherer sobre li reformulação partidária.'WALTER DE PRÁ - Cafeicultura espírito-santense. Confiscocambial sobre o café.FLORIM COUTINHO - Construção de novo cemitério emSão João <strong>do</strong> Meriti, Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Rio de Janeiro. .Pl'MENTA DA VEIGA - Nota 'de Deputa<strong>do</strong>s emedebistas deMinas Gerais manifestan<strong>do</strong> propósito de permanência no MDB.MAJURíCIO FRUET - Falta de regulamentação da Lei deAnistia.HENRIQUE BRITOSilva Dias.LEOPOLDO BESSONEOlympio.RUBEN FIGUEIRó -Necrológio <strong>do</strong> Sr. vespas'ian-:--d~'- Administração da Editora José I!IExclusão de áreas de Mato GrossoProjeto de lei, de sua autoria, queI<strong>do</strong> Sul no Programa de Desenvolvimento <strong>do</strong>s Cerra<strong>do</strong>s.NOSSER ALMEIDA -institui o Dia <strong>Nacional</strong> <strong>do</strong> Médico.DASO COIMBRA - Dragagem <strong>do</strong>s rios que cortam Petrópolis,Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Rio de Janeiro.OCTACíLIO QUEIROZ - Conversão para o álcool <strong>do</strong>s veiculosautomotores <strong>do</strong> Governo da Paraíba.•FRANCISCO LIBARDONI - Aspectos econômico-financeiros<strong>do</strong> País.ALCIDES FRANCISCATO - Financiamento habitacionalpara o "bóia-fria".JOAO FAUSTINO - Gestão da Companhia Açucareira <strong>do</strong>Vale <strong>do</strong> Ceará-Mirim, Rio Grande á'o Norte.OSMAR LEITAO - Instalação de um posto <strong>do</strong> INAMPSem Itaboraí, Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Rio de Janeiro.LÁZARO DE CARVALHO - Reacões contra o filme "Massacreem Caxias". .ARTENm WERNER - Extensão aos conferentes portuários<strong>do</strong> direito à aposenta<strong>do</strong>ria especial aos vinte e cinco anos deserviço,ELOY LENZI - Lavoura triticultura sul-rio-grandense.SIQUEIRA CAMPOS - Reestruturação da Polícia Ro<strong>do</strong>viánaFederal.ANTôNIO RUSSO - Serviços assistenciais <strong>do</strong> INAMPS noABC paulista.JOSÉ FREJAT - ViolênCia policial contra pesca<strong>do</strong>res despeja<strong>do</strong>sno Município de Mancá, Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Rio de Janeiro.WALTER SILVA - Conservaçãn da ponte Rio-Niterói,Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Rio de Janeiro.NILSON GIBSON -'Visita dn Presidente João Figueire<strong>do</strong>a Recife, Pernambuco.CELSO PEÇANHA - Dia <strong>do</strong>s Médicos.JORGE ARBAGE - Viagem de Comissão parlamentar àRepública Federal da Alemanha.OSWALDO MELO - Visita <strong>do</strong> Presidente João Figueire<strong>do</strong>a Belém, Pará.ANTôNIO ANNIBELLI - Econnmia ervateira.NABOR JÚNIOR - IV Semana <strong>do</strong> Professor, Acre.JORGE GA,MA ..:.. Remun-eraçãn <strong>do</strong>s servi<strong>do</strong>res da Justiça<strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Rio de Janeiro.ALCEBíADES DE OLIVEIRA - Inauguração em São Borja,Rio Grande <strong>do</strong> Sul, de conjuntos de silos graneleiros.JOSÉ CARLOS VASCONCELOS - Unificação <strong>do</strong> saláriomínimo.FERNANDO COELHO - Retardamento das promoções eacessos <strong>do</strong>s ferroviáriós nordestinos.FEU ROSA - Retormulação partidária.DARCY POZZA - XVIII <strong>Congresso</strong> da Associação <strong>do</strong>s Jornais<strong>do</strong> Interior <strong>do</strong>.Rio Grande <strong>do</strong> Sul.CARDOSO DE ALMEIDA - Confisco cambial sobre o café.MILTON BRANDAo - Reunião <strong>do</strong> Conselho de DesenvolvimentoEconômico. Plano de Desenvolvimento <strong>do</strong> Nordeste.JERôNJlMO SANTANA - Zoneamento agrícola e pecuárioda Amazônia.PEIXOTO FILHO - Aposenta<strong>do</strong>ria voluntária com proventosproporcionais.ADALBERTO CAMARGO - Instituição, em São paulo, daSemana da Educação.IRANILDO PEREIRA - Eletrificação rural.JOSÉ RIBAMAR MACHADO - Dia cio Professor.ALEXANDRE MACHADO - Implantação de distrito industrialem Lomba Grande, MuniCÍpioGrande <strong>do</strong> Sul.de Novo Hamburgo, RioBENTO GONÇALVES - Necrológio <strong>do</strong> Médico mineiro AlaorRezende.DIOGO NOMURA - Cinqüentenário de fundação da CooperaçãoAgricola Sul-Brasil.


Outubro de 1979 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sexta-feira 19 11515I '---R-~;;BIA~-=-~riação,pelo Governo <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> de SãoPaulo, <strong>do</strong> Plano de Aprimoramento Médico - PAM.JORGE ARBAGE - Comunicação, como Líder, sobre respal<strong>do</strong>legal para expedição, pelo Ministério das Relações Exteriores,de passaporte diplomático para o ex-Presidente ErnestoGeisel.V -Grande ExpedienteROSEMBURGO ROMANO - Nota de Deputa<strong>do</strong>s emedebistasde Minas Gerais manifestan<strong>do</strong> o propósito de permanênciano MDB. Politica de assistência psiquiátrica.STOESSEL DOURADO Reformulação partidária,VI -Ordem <strong>do</strong> DiaRUY CODO, BENEDITO MARCtLIO, EDSON VIDIGAL, TI­DEI DE LIMA, JOSÉ DE CASTRO COIMBRA, JOAO ARRUDA,A1JBERTO HOFFMANN, VALTER PEREIRA, PEDRO SAMPAIO,SANTILLI SOBRINHO, HORÁCIO ORTIZ, JAYRO MALTONI,ÃIJVARO VALLE, SIMAO SESSIM, PEIXOTO FILHO, ERASMODIAS, LEOPOLDO BESSONE, CARLOS NELSON, AMADEU GEA­RA, FRANCISCO LmARDONI, SIQUEIRA CAMPOS, FERNANDOCUNHA, JOSÉ FREJAT, PACHECO CHAVES, HENRIQUEEDUARDO ALVES, LUtS CECHlNEL - Apresentação de proposições.ODACIR KLEIN - Comunicação, como Líder, sobre obsta,culização,pela ARENA, para funcionamento da CPI ­PETROBRAS.DJALMA BESSA - Comunicação, como Líder, sobre participaçãoda ARENA nos trabalhos da CPI - PETROBRÁS.PRESIDENTE - Apelo à.s Lideranças partidárias para quesó façam Comunicações de Li.deranças quan<strong>do</strong> se tratar dematéria urgente e inadiável.BRABO DE CARVALHO, JOSÉ CARLOS VASCONCELOS,HUGO MARDINI, JORGE PAULO - Encaminhamento de votação<strong>do</strong> Projeto de Lei Complementar n.O 20-C, de 1979.DJALMA BESSA - Questão de ordem sobre entendimentoentre ARENA e MDB para aprovação <strong>do</strong> Projeto de LeiComplementar n.O 20-C, de 197'5, e pedi<strong>do</strong> para votação damatéria pelo processo simbólico.ALCEU COLLAREB - Questão de ordem sobre concordância<strong>do</strong> MDB com o pedi<strong>do</strong> da Liderança da ARENA.PRESIDENTE - Respostas às questões de ordem <strong>do</strong>s Deputa<strong>do</strong>sDjalma Bessa e Alceu Collares. .CARNEIRO ARNAUD IComo Líder.1 - Dia.<strong>do</strong> Médico.ANTONIO DIAS IComo Líder. Retíra<strong>do</strong> pelo ora<strong>do</strong>r pararevisão.) - Problemática da área mineira <strong>do</strong> Polígono dasSecas.ODACIR KLEIN - Comunicação, como LideI', sobre posição<strong>do</strong> MDB em face <strong>do</strong> anuncia<strong>do</strong> projeto de reformulaçãopartidária.DJALMA BESSA - Comunicação, como Líder, sobre propósito<strong>do</strong> Governo de <strong>do</strong>tar o País de verdadeiros parti<strong>do</strong>s políticos.DJALMA BESSA - Encaminhamento de votação <strong>do</strong> Projetode Lei n.o 989-A, de 1975.Projeto de Lei Complementar n.O 20-C, de 1979, que modificaa redação de dispositivos da Lei Complementar n.O 25,de 2 de julho de 1975, que estabelece critérios e limite para afixação de remuneração <strong>do</strong>s Verea<strong>do</strong>res. (Do Sr. Cantidio Sampaio.)- Aprova<strong>do</strong>.'Projeto de Lei n,o n1-A, de 1975, que altera dispositivosda Lei n.O 6.179, de 11 de dezembro de 1974, que "institui amparoprevidenciário para maiores de setenta anos de idade e parainváli<strong>do</strong>s." (Do SI'. Francisco Amaral.) - Rejeita<strong>do</strong>.Projeto de Lei n.O 989-A, de 1975, que torna obriga:tório oSeguro Agrícola. (Do Sr. Herbert Levy.! - Rejeita<strong>do</strong>.Projeto de Lei TI.o 80B-B, de 1975, que dispõe sobre proibiçãode transportes de trabalha<strong>do</strong>res em veículos de cargas. (DaComissão de Constituição e Justiça.) - Rejeita<strong>do</strong>.Projeto de Lei n.O 81B-A, de 1975, que assegura aO guarda~noturno aposenta<strong>do</strong>ria especial aos 25 anos de servi.ço, IDo' Sr.Peixoto Filho.) - Rejeita<strong>do</strong>.VII - Comunicações ParlamentaresFLORIM COUTINHO - Amparo aos ex-combatentes.EVANDRO AYRES DE MOURA -mentos <strong>do</strong> PIS-PASEP.Distribuição '<strong>do</strong>s' rendi-VIII - Designação da. Ordem <strong>do</strong> Día.IX - Encerramento2 - MESA (Relação <strong>do</strong>s membros)3 - LíDERES E VICE-LíDERES DE PARTIDOIRelaçào<strong>do</strong>s membras)4 - COMISSõES (Relação <strong>do</strong>s membros das ComissõesPermanentes, Especiais, Mistas e de Inquérito)AvisosCAMARA DOS DEPUTADOSSECRETARIA GERAL DA MESARelação <strong>do</strong>s Deputa<strong>do</strong>s Inscritos no Grande ExpedienteOutubro/1979DATA DIA DA SEMANA NOME19 sexta-feira Osval<strong>do</strong> Melo - ARENAFrancisco Libar<strong>do</strong>ni - MDB22 Segunda-feira Carlos Alberto - MDBNilson Gibson - ARENA20 Terça-feira Carlos Sant'Anna.- ARENABenedito MarcHio - MDB24 Quarta-feira Marcelo Cordeiro - MDBEdilson Lamartine - ARlDNA25 Quinta-feira Nasser Almeida - ARENAEloy Lenzi - MDB26 Sexta-feira Nabor Júnior - MDBMilton Brandão - ARENA29 Segunda-feira Albérico Cordeiro - ARENAGeral<strong>do</strong> Fleming - MDB30 Terça-feira Mário Hato - MDBBrabo de Carvalho -ARENA31 Quarta-feira Cláudio Strassburger - ARENAAntõnio Zacharias - MDBI -ATA DA 140. a SESSÃOEM 18 DE OUTUBRO DE 1979PRESID:.e:NCIA DOS SRS.:FLÁVIO MARCíLIO, Presidente;EPITÁCIO CAFETEIRA, 2 Q -Secretário;ARI KFFURI, 39-Secretário;NOSSER ALMEIDA, Suplente de secretário.DASO COIMBRA, Suplente de Secretário; eNABOR JÚNIOR, Suplente de Secretário.Às 13:30 horas compareoem os Senhores:Flávio MarcílioHomero SantosRenato Azere<strong>do</strong>Wilson BragaEpitácio CafeteiraAri KffuriWalmor de LucaNosser AlmeidaDaso CoimbraJoel LimaNabor JúniorAcreAmilcar de Queiroz - ARENA; Wildy Vianna - ARENA.AmazonasJoel Ferreira - MDB; Josué de Souza - ARENA; Vival<strong>do</strong>Frota - ARENA.ParáAntõnio Amaral ARENA; Brabo de Carvalho - ARENA;Jorge Arbage - ARENA; Osval<strong>do</strong> Melo - ARE:NA,


11516 Sexta-feira 19 DIÁRIO DO CONGRESSO NACION.'\L


Outubro de 1979 nIMBO no CONGRESSO NACIONAL (Seção 1) Sexta-feira 19 11517E tal procedimento envolveu, sem dúvida, um <strong>do</strong>s mais gTaveserros <strong>do</strong> constituinte de 1967 e <strong>do</strong>s governos da Revolução no campoda educação, visto que a experiência até aqui obtida demonstratão-somente que continuamos um País com eleva<strong>do</strong>s contingentesde analfabetos, bem como que houve, a partir de então,uma queda vertiginosa na qualidade <strong>do</strong> ensino, sobretu<strong>do</strong> <strong>do</strong> ensinofundamental.INem se diga que a União, apesar de não obrigada à reserva dequalquer percentual de sua receita para aplicação em educação,estaria dan<strong>do</strong> ênfase ao setor. Ao contrário, conforme bem demonstrac quadro aqui junta<strong>do</strong>, sob n.O I, o volume de recursosfederais decresceu a niveis quase irrisórios.Ademais disto, considerada a despesa pública com o ensinoem relação aO PNB, nelS anos de 1970 e 1971, o que se constata éque o Brasil, com to<strong>do</strong>s os problemas de ensine que lhe são merentese que ninguém nega, OCupa posição constrange<strong>do</strong>ra, mesmodentre países de menor desenvolvimento (v. Quadro nP n, eXtraí<strong>do</strong><strong>do</strong> Anuário da UNESCOI.Os' quadres de n.O S lU e IV reafirmam to<strong>do</strong> o descaso com queos poderes públicos têm trata<strong>do</strong> o problema <strong>do</strong> ensino.Os resulta<strong>do</strong>s dessa pouca inversão de recursos na educaçãopodem ser assim sintetiza<strong>do</strong>s: em cada grupo de mil crianças queiniciam o curso primário, apenas 229 e concluem no Brasil (Qu~dron.o VI. Enquanto isto, segun<strong>do</strong> a UNESCO. a mêdia nos paísessubdesenvolvi<strong>do</strong>s, de crianças que terminam o curso primário,é de 500 em cada grupo de 1.000, o que aquele organismo daONU considera uma utástrofe. Estamos, portanto, abaixo da- metadeda média <strong>do</strong>s países subdesenvolvi<strong>do</strong>s e, no Nordeste, ela decrFseea 89 crianças concluintes, de mil qUe iniciam o curso primário.Segun<strong>do</strong> estatisticas <strong>do</strong> MEC, dOIS terços das escolas primáriaspossuem apenas uma sala; apenas 20'7r das professorassão normalistas e 200/, não têm sequer o curso primário completo,Baixíssima sua remuneração, quase sempre inferior ao saláriominimo regional, há lugares no Nordeste em que uma professoraprimária municipal ainda ganha de trinta a cmqlienta cruzeirospor mês.Quan<strong>do</strong> em <strong>do</strong>cumentos oficiais se, afirma que a taxa de escolarizaçãono ensino <strong>do</strong> 1.0 Grau, em nossos dias, é de 85,2%, deven<strong>do</strong>atingir, em 1979. 90%, tem-se a falsa impressão de que nãoestamos distantes <strong>do</strong> ideal da universalização <strong>do</strong>s primeiros oitoanos da escola fundamental. Entretanto, tais e outras esta-tísticastambém oficiais indicam a existência de um deplorável quadro emque surge um congestionamento na 1." série. com quase o triplode alunos que deveria ,comportar, enquanto nas séries seguintes oesvaziamento se agrava (v. Quadro n.o VI, - (Da<strong>do</strong>s coligi<strong>do</strong>s naProposta de Emenda Constitucional n.O 21, de 1976. de autoria <strong>do</strong>Sena<strong>do</strong>r João Calmon e outros, in História de uma Proposta deEmenda. à Constituição, Centro Gráfico <strong>do</strong> Sena<strong>do</strong>, 19771.Há, pois, presentemente, a necessidade de se investir mais naeducação. inclusive porque ai se encontra a verdadeiro alicerce <strong>do</strong>desenvGlvimento. Um pais com grande parte de sua populaçãoconstituida de analfabetos não pode pretender grande coisa emmatéria de desenvolvimento e este é o motivo por que pleiteamosa presente emenda à Constituição. Ela pode representa-r, ao la<strong>do</strong><strong>do</strong>s chama<strong>do</strong>s "pacotes" antiinflacionário e agricola, o primeiropasso para a a<strong>do</strong>ção de uma espécie de "pacote" da educação,QUADRO IPARTICIPAÇÃO DO me NO ORÇAMENTO DA UNIÃOAnoCr$UniãoCr$MEC1964 2.110.257 205.614 9,741965 3.774.963 417.968 11,071966 4.719.085 457.432 9,701967 6.943.198 604.644 8,71106a 11.097.643 859.428 7,741969 14.229.267 1.236.046 8,691970 17.650.984 1.293.189 7,331971 23.099.700 1:566,154 6,781972 32.176.800 1.811.400 5,641973 43.833.500 2.283.813 5,211974 58.556.000 2.901.332 4,951975 90.247.261 3.893.359 4,311976 139.325.000 6.492.951 4,66tJnldldc: Crs 1.000,00::Fonte: 1 - "A EducaçA.o ti o MllAgro Bra.!Uelro'-. 2.- edlc;C.o, Llvrarta JCle OlymplPxalto-ra. 19j5.::t - I.el n.o 4.187 - On;r.rnento pJLTR. 1975 e Propo"tQ. Orçamentl.rla pt.ra197(1. fornecidAS pela. 6u~cretarl.. de Orço,mcnto <strong>do</strong>o &n.o.c1o FeÚeraJ.%J)..... '... l', ;~J i" . i: I ::.. r'~:';"" 1,0 j'::~:I::O,1\.1 ~'J~ .....\) ,_!lT~ .:\I~; !'l:~.j, ;.C':.1)U\--- - ~---_.._-"._----_._- -._--------_..;,6 - r:ll!··,·.... 'il;1, •••••••••••••••••••••.••••GO _. f:w!'-,QUADRO n1 - C.. :.1,3:1. o •• • ;-... .2 __ ::-..hl:rl.1.n.::!s 0,0 , ..3 - c'. ,'i~ .4 -' ';lOUca , , .5 _ _-Xe~'; Gu:nc',1. ..6 _.: ,;:U , , ••..•7 --', ..i" ..e .."" c'. '.0. .9 ..- 1::: .': \-Jrr,:nia .10 - l,,'.r..IJlJ. : ..11 - F 1.\,11'"'- Ul1i~!()s • '" ...•. " .12 - 1\'1 t~) 1~it~o .13 -- l';:llllh'f.' .14 - ~';t:;' ;JPr,:1 •••.•••••••••••••••••••••••15 - V,"c')t, :,Tal,ísia ••.•.•..•.••....•..•••la - }'1l11'·tH.il.1. ••••••••••.••••••••••••••.17 - l'",;":~ " .18 -ll:l


11518 Sexta-feira 19 DlARIO no CONGRESSO NACIONAL (Seção 1) Outubro de 197!lQUADRO mBRASIL' RECURSOS PCDLJCQ'1 APLrC '\001 F\1 EDUCAçl,Q E\[ m:LAçAo AO rnODtn'OINTf.,!1~m IJntrro - l!)':0I1!)13QUADRO VIAnoJ)rsfltsns J!ublJc3.SRecurso'!' ~mTolal .m % cio. PIB:Est'::UlU:tlS ;\Iunltlp:1ISFedl!r:us190(l 195;1.D :31.!\:!5 4..246 55,3n 2155.'7001961 :.lB 517 504.53 S.8é!8 3! 853 4. 1l~2 1002,01,..,]!l.s2 ~: 0'73 ~7.252 '2.292 14ILOI7 acou:oo1953 78.1~2 122650 9.126 ~14,95B llni3EOO 1,i2195i lC7.5J5 111623 27248 i12 -tOG :l3055{iI)O 1791955 31181189 577 :m 6/).385 1.032.548 ;l6B17/iOO 2,eO19(6 55':!!':! 8;8030 Wi.ll& i 5~3.·UO SZ,7Z-!:lOQ 2,l!~1951 'l'O,of597 1336873 202.745 2 NL215 71-tB53IlD 3,1'11958 1116M2 1845.890 331061 3.293.053 99879 800 3,30111!9 1.347182 2 "nS282 4'3313 "!iS5371 1:l311/i9DQ 3,42,970 1.'l'lH ..I03 3420051 653000 S.MO IfiO 174.li2-t 100."1971 2.113.927 '1GB!U.SO '1SUiOO 7.61'1707 234.0D~ ;JQO 3,25Im 3321.521 5 ~ti7 61e 811J :mo 9 852 '137 302,:123.:00 .~,1m 3.397 G7!1 IIS!?B.SDO 5113.000 10.969579 372 i62 200 2,95QUADRO IV'"MATRtCULA ~A DO ENsmo DE 19 ORAU, POR SERIE.Ano 731,· sC:rlc ...•..•••••.••••••••••••••••..•..•••• , ..... , .•••..•...• ,~." série •.••.•.•••••••••••••••••••••.•...•.•.•••. o" •••••••••••3.- s6rle '" ....•••••••..~." série ".5." série .6." série \ .7." série •....•.............,' .8." série ..TOTAL .6.585.6171l.!()-\.P902.~7B.lll11.837 .~~1.G56.2691.150.128gB5.597795.gB!18.594.354:MATR!CULA EM ESC0LA DE UMA SALA. DE AULA, POR Sr:RIE.Ano 1973JmA.BIL: RECURSOS PCDLlCOS APL1CADOS EM RDUCAÇÃO E A CO!..{PARhÇÁO D.-\S SUAS ThXAS.....DE CJ1:ESm:MEll"TD cO,,"r A DD PIS - UGo/ln3 •Em cr$ 1 1lll:O OQ de 19'%3 (J)Dapt:las l'Jiblie2.SIod'« d. I T=.Tax:r. dI!'Total cresclmenlo anlJa.1 deertSClmtn'oFdef'lisl\luniclpaisl!GO=100 creSCimento<strong>do</strong> produto~~du:l1s ,.",1 (1,1.D~J 5~1 1.771 ';'6"5 I'" 231871 ;J.l031\iB 100 '.71*1 1.lf15 Bro 2 llli2 8711 2311 615 3.451.416 112 11,8 lO,1.403 SBS 2.31525S8 223.5!Joi 3 989617I'"m 1$,11003 1202,Q29, 1.855 i'l3 H02g: 3.Z!179i ••I" -UI,1 U19.. 1.:151961 1:156 ]51 2Ul,8ai 3. :123 002 101 3.1 ,,O19M :UIOO,S1n 2910275 M157i. 5312 a:u 171 59,6 ',7I'GO 2.0805 833 3.276.109 433.250 5796.202 187 '.1 '.11"7 :l.Di1711 3.8852-12 5811221 6522.174 210 12,5


Outubro de 1979 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL


11520 Sexta-feira 19 ,DIARIO 1)0 CONGRESSO NACIONAL (seção 1) Outubro de 1971A medida. consubstanciada neste diploma legal, justa e oportuna,estabeleceu contu<strong>do</strong> que li. opção somente se efetivaria se houvessea concordância por parte <strong>do</strong> emprega<strong>do</strong>r, fato que, p


Outubro de 1979 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sexta-feira 19 11521de Servico. não há nel1hum fundamento, seja d" natureza financeira,seja de natureza social para que a empresa part.icipe ouinterfira no processo de opção ret.roativa.Aliás, os mesmos argul111?ntos dispostos no panlgrafo ant('riorsâo váli<strong>do</strong>s para os dl?pósitos bancários <strong>do</strong>s emprega<strong>do</strong>s 11ão optantesí efetua<strong>do</strong>s em conta vmculudu, em nOl11e da empresa', eaos quais se oferece a oportunidade de optarem com efeitos retroativos:na verdade, os valores desconta<strong>do</strong>s e recolhi<strong>do</strong>s pelosemprega<strong>do</strong>res são absorvi<strong>do</strong>s pelos custos operacionais, portantopert,encem aOs emprega<strong>do</strong>s. em razão de terem como fato gera<strong>do</strong>ra prestação de serviço assalaria<strong>do</strong>.Desta forma, há que ser mOdificada a Lei sob exame, facultan<strong>do</strong>-seao trabalha<strong>do</strong>r o exercício <strong>do</strong> direito de opção com efeItosretroativos, sem qualquer condicionamento, pois o majs lógico seriaque o emprega<strong>do</strong>r, como ocorre com a Lei n.O 5.107. aplicassetambém quanto à Lei nO 5 958. o seu poder de império em fuv.orda opçilo,Urge. pois, que se conceda ao emprega<strong>do</strong> o direito ele optarpelo regime <strong>do</strong> FGTS com efeito retroativo, nos termos ora. propost.os.até porque o termo opção significa escolha.. livre escolha e,seja. no Caso da LE'i n." 5.107. seja. no caso da Lei n,O 5.958 que ora.propomos a alteração. deve o emprega<strong>do</strong> ter o elu'eito de escolherlivremente o regime que bem entenda ser o melhor para SI e suafamília,Sala das Spssões. 19 de abril de 1979. _. Alvaro Dias.LEGISLAÇAO CITADA, ANÉXADA PELA COORDENAÇAODAS COMISSÕES PERMANE.YTESLEI N." 5,958, DE 10 DE DEZEMBRO DE 1973Dispõe sobre a retroatividade da opção pelo regime <strong>do</strong>Fun<strong>do</strong> de Garantia <strong>do</strong> Tempo de Serviço cria<strong>do</strong> pela Lein." 5 107, de 13 de setembro de 1966.O Presidente da República..Faço saber que o <strong>Congresso</strong> <strong>Nacional</strong> decreta e eu sanciono aseguintl' Lei:Art. 1.0 .Aos atuais emprega<strong>do</strong>s que não jenham opta<strong>do</strong> peloreg-ime institui<strong>do</strong> pela Lei 11.° 5.107, de 13 de setembro de 1966, éassegura<strong>do</strong> o direito de fazê-lo com efeItos retroativos a I." dejaneiro de 1967 ou à data da admissão ao emprego se posterioràquela, desde que haja concordância por parte <strong>do</strong> emprega<strong>do</strong>l·.* 1.0 O disposto neste artigo se aplica tambêm "os emprega<strong>do</strong>sque tenham opta<strong>do</strong> em data posterior à <strong>do</strong> inicio da vigéneiada Lei n. O 5.107, retroagin<strong>do</strong> os efeitos da nova opção a essa.data ou à admissão.* 2.° Os efeitos da opção exercida por emprega<strong>do</strong> que contedez ou mais anos de serviço poderão retroagir à data em qUfi' omesmo completou o decênio na empresa.Art. 2.0 Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicacão.revog'adas as disposições em contni.lio.Brasília, 10 de dezembro de 1973; 152." da Independênch, e85,° da República. - EMíLIO G. MEDICI - Júlio Barata..PARECER DA COMISSãO DE CONSTITUIÇãO E JUSTIÇAI - RelatórioO projeto de lei em apreço é de autoria <strong>do</strong> nobre Deputa<strong>do</strong>Cantidio Sampaio e tem por objetivo alterar dispositivo da Lein.o 5.958, de 10 de dezembro de 1973, pretenden<strong>do</strong>-se, dessa forma,assegurar aos atuais emprega<strong>do</strong>s que não tenham opta<strong>do</strong> peloregime <strong>do</strong> FGTS, o direito de fazê-lo com os efeitos retroativosa 1.0 de Janeiro de 1967, ou à data da admissão ao emprego, seposterior àquela,2 A proposta assenta-se, como salienta<strong>do</strong> na justificação,em fundamentos de que excluir <strong>do</strong> corpo <strong>do</strong> art. 1° da Lei n.o 5.958,de 10 de dezembro de 1973. a sua expressão final "desde que hajaconcordãncia por parte <strong>do</strong> emprega<strong>do</strong>r" é objetivo primordial <strong>do</strong>projeto, eis que a condição por ela instituida, teve o condão defrustrar o benefício da opção retroativa ao regime <strong>do</strong> Fun<strong>do</strong> deGarantia <strong>do</strong> Tempo de Serviço a considerável número de trabalha<strong>do</strong>resque, às vésperas da aposenta<strong>do</strong>ria, estão ansiosos porexerce-la.3. Enfatiza ainda S. Ex. a que "estamos convenci<strong>do</strong>s de quenão pende qualquer dúvida ou· obstáculo à efetivação da medida.O dinheiro mensalmente deposita<strong>do</strong> em nome <strong>do</strong> emprega<strong>do</strong>, masna conta da empresa, pertence potencialmente àquele, bastan<strong>do</strong>perfazer-se a condição suspensiva de sua dIspensa sem justacausa H •4. Tais aspectos. entretanto, por dizerem respeito ao mérito,hão de merecer por parte da <strong>do</strong>uta Comissão de Trabalho eLegislação Social o exame aprofunda<strong>do</strong> da matéria, ocasião emque será ressaltada a conveniência ou não de sua a<strong>do</strong>ção.5 Nesta Comissão de Constituicão e Justiça, compete-nos,por força regimental. apreciar o profeto à luz da constitucIonalidade,Juridicidade 011 técnica legislativa.6. Sob o ponto de vista constitucional, não vislumbramos nenhumóbice à tramitação <strong>do</strong> projeto, uma vez que guarda perfeitarespeitabilidade aos ditames que encerra o art. 8.°, inciso X,VII,letra b, da Constituição, combina<strong>do</strong> com o art. 56 também da nossaLei Fundamental.Também não fere qualquer outro dispositivo da Carta Magnanacional.No tocante à Juridicidade, igualmente não vislumbramos obstáculosa opor-lhe, não ofenden<strong>do</strong> qualquer direito e conforman<strong>do</strong>-seà sistemática de nossas leis.Encontra-se, outrOSSIm, redigi<strong>do</strong> em perfeita técnica legislativa.E o reia tório.u - Voto <strong>do</strong> RelatorEm fac·e das razões expostas, manifestamo-nos favoravelmenteà aprovação <strong>do</strong> proJeto, por constitucional, Jurídico e em boatécnica legislativa.Sala da Comissão, 18 de abril de 1979. - Brabo de Carvalho,Relator.UI - Parecer da ComissãoA ComIssão de Constituição e Justiça, em reumao plenária,opinou, unanimemente, pela constitucionalidade, juridicidade eboa técnica legislativa <strong>do</strong> Projeto n.o 32179, nos termos <strong>do</strong> parecer<strong>do</strong> relator.E~tiveram presentes os Senhores Deputa<strong>do</strong>s: Djalma. Marinho,Presidente; Brabo de Carvalho, Relator; Afrisio Vieira Lima,Antônio Dias, Antônio Russo, Car<strong>do</strong>so Alves, Francisco Rossi,Gomes da Silva, Joaci! PereIra, José Frejat, Natal Gale, Osval<strong>do</strong>Mace<strong>do</strong>. Oswal<strong>do</strong> Melo., Roque Aras, Tarcísio Delga<strong>do</strong>, Walterde Prá.Sala da Comissão, 18 de abri! de 1979. - Djalma Marinho, Presidente- Brabo de Carvalho, Relator.PARECER DA COMISSãO DE TRABALHOE LEGISLAÇÃO SOCIALI - RelatórioA Lei n.O 5.958, de 10 de dezembro de 1973, admitiu. no art. 1. 0 ,que os então emprega<strong>do</strong>s, não participantes <strong>do</strong> Fun<strong>do</strong> de Garantia<strong>do</strong> Tempo de Sel"Viço pudessem optar por esse regime trabalhista,com efeitos retroativos a 1.0 de janeiro de 1967 ou à datade admissão no emprego, se posterior àquela, mas desde que houvesseconcordância <strong>do</strong> empregailor. Essa condição estabelecida pelolegisla<strong>do</strong>r impediu que muitos trabalha<strong>do</strong>res ficassem à margem<strong>do</strong> teneficio graç;ts à falta de concordância por parte de emprega<strong>do</strong>res,cuja mentalidade anacrônica estava inteiramente - etalvez ainda esteja - divorciada <strong>do</strong> altissimo interesse <strong>do</strong> desenvolvimentosócio-econômico <strong>do</strong> Pais.Pois bem, o intuito de ambas as proposições em epígrafe, orasubmetidas ao nosso exame, é justamente o de permitir que essestrabalha<strong>do</strong>res "possam, agora, valer-se <strong>do</strong> direito de opcão,com efeitos retroativos. Para isso, propõe 6 Projeto n.o 32, de 1979,de autoria <strong>do</strong> digno Deputa<strong>do</strong> Cantidio Sampaio, a simplesmentealterar a redação <strong>do</strong> art. 1.0 da Lei n.O 5.958, de liO de dezembrode 1979, ten<strong>do</strong> em vista, especificamente, escoimá-lo, por motivosóbvios, da expressão "desde que haja concordância <strong>do</strong> empr-ega<strong>do</strong>r".Já o nobre Deputa<strong>do</strong> Benedito Marcilio, no Projeton.o 549, de 1979, sugere, com o mesmo objetivo fundamental,'aedição de norma permissiva, com vigência autônoma, destinadaa revIgorar o prazo opcional; e, por outro la<strong>do</strong>, recomenda a alteração<strong>do</strong> § 3.0 <strong>do</strong> art. 1.0 da Lei n.o 5.107, de 13 de novembrode 1966, para consagrar o princípio da permanente possibilidadede opção pelo Fun<strong>do</strong>.A <strong>do</strong>uta COllÚssão de Constituição e Justiça deu pronunciamentofavorável ao Projeto n.o 32, de 1979, no tocante aos aspectosconstitucional, da' juridieidade e da adequação técnicolegislativa.Não consta, porém, <strong>do</strong> seu parecer, referência ao Projeton,o 549/79, porquanto, ao que parece, a anexação deste aoprimeiro somente ocorreu após a provocação da audiência destaComissão.É o relatório.II - Voto da RelatorOs argumentos <strong>do</strong>s autores de ambos os projetos impressionaram-nosvivamente, ao demonstrarem a finalidade social <strong>do</strong>produto <strong>do</strong>s depósitos feitos no Fun<strong>do</strong> de Garantia, voltada, a todaevidência, para a proteção <strong>do</strong> hipossuficiente.Por qU.e, então, admitir que a simples discordância <strong>do</strong> emprega<strong>do</strong>rpossa servir de empecilho à realização daquela finalidade?


11522 Sexta-feira 19 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Outubro de 1;"1'Disse bem o digno Deputa<strong>do</strong> Cantídio Sampaio, em sua justificação:"Estamos convenci<strong>do</strong>s de que não pende qualquer dúvidaou obstáculo à efetivação da medida. O dinheiro mensalmentedeposita<strong>do</strong> em nome <strong>do</strong> emprega<strong>do</strong>, mas na conta da empresa,pertence potencialmente àquele. bastan<strong>do</strong> perfazer-se a condiçãpsuspensiva de sua dispensa sem justa causa. Admitir como válidaa- presunção revessa é violentar a ordem lógica <strong>do</strong> problema, poiso fruto desse depósito, transferi<strong>do</strong> de direito ao obreiro, de mo<strong>do</strong>algum desfalca a empresa de seus lucros legítimos, uma vez queas parcelas depositadas a esse titulo foram, a seu tempo, incluidasno custo da produção e pagas pelos consumi<strong>do</strong>res. na aquisição<strong>do</strong> produto acaba<strong>do</strong>".A vista de razões tão convincentes não podemos deixar deacolher os projetos, sob pena de acoroçoarmos a permanência degrave injustiça social. No entanto, como apenas um deles poderáser aprova<strong>do</strong>, entendemos ser de bom alvitre o acolhimento daqueleapresenta<strong>do</strong> pelo nobre Deputa<strong>do</strong> Benedito Marcílio, porhaver a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong> a melhor fórmula técnico-legislativa.De fato, no caso, não basta eliminar <strong>do</strong> art. 1.0 da Lei n.o 5.958,de 10 de dezembro de 1973, a expressão "desde que haja concordânciapor parte <strong>do</strong> emprega<strong>do</strong>r". Lembre-se que aquele diplomalegal veio à luz em caráter de emergência, para atender a situaçõesexistentes à época de sua publicação. Dessa forma. amedida cabível, na espécie, consiste em se editar nova lei. comosugere o nobre Deputa<strong>do</strong> Benedito Marcílio, que acene com a possibilidadede revigoramento <strong>do</strong> direito de opção com efeitos retroativos.Pela aprovação <strong>do</strong> Projeto n.o 549/79 é, portanto, o nosso parecer,fican<strong>do</strong> assim prejudica<strong>do</strong> o de n.o 32/79.Sala da Comissão.lator.- Diogo Nomura, Re-111 - Parecer da ComissãoA Comissão de Trabalho e Legislação Social. em sua reumaoordinária. realizada em 13-9-79, opinou, unanimemente, pela rejeícão<strong>do</strong> Projeto de Lei n.o 32179, e pela aprovação <strong>do</strong> anexon.O 549/79, nos termos <strong>do</strong> parecer <strong>do</strong> Relator.Estiveram presentes os Senhores Deputa<strong>do</strong>s: Nilson Gibson:Vice-Presidente, no exercício da Presidência; Diogo Nomura, Relator;Túlio Barcelos, Carlos Chiarelli. Maluly Neto. Nelson Morro,Amadeu Geal'a. Audálio Dantas. Aurélio Peres, Benedito Marcílio,Del Bosco Amaral, Flávio Chaves, Júlio Costamilan, OctávioTorrecilla, Valter Garcia. Valter Pereira e Jayro Maltoni.Sala das Sessões, 13 de s-etembro de 1979. - Nilson Gibson,Vice-Presidente, no exercício da Presidência - Diogo Nomura,Relator.PARECER DA COMISSAO DE FINANÇASI -RelatórioO Deputa<strong>do</strong> Cantidio Sampaio objetiva, com a presente propositura,eliminar a necessidade <strong>do</strong>e concordância <strong>do</strong> emprega<strong>do</strong>rpara que o emprega<strong>do</strong> possa fazer sua opção com efeito retroativo,pelo regime <strong>do</strong> Fun<strong>do</strong> de Garantia <strong>do</strong> Tempo de Serviço.Anexa<strong>do</strong> ao menciona<strong>do</strong> proj-eto de lei, encontra-se outro. como mesmo objetivo, apresenta<strong>do</strong> pelo Deputa<strong>do</strong> BenedIto Marcilio,e que tomou o número 549179.Chega-nos, também, às mãos, agora, idêntica propositura <strong>do</strong>Deputa<strong>do</strong> Alvaro Dias, que vem tramitan<strong>do</strong> isoladamente e quetomou o número 563/79.A Comissão de Constituição e Justiça opinou. nos <strong>do</strong>is processosque tramitam. pela constitucionalidade, juridicidade e boatécnica legislativa, através da manifestação unânime de seus int·egrantes.O mesmo ocorreu na Comissão de Trabalho e Legíslação Social,encarregada de examinar o mérito.É o relatório.II ..- Voto <strong>do</strong> RélatorNo que se refere à competência específica da Comissão de Fi­\1anças não vemos óbices à aprovação 'da matéria.Entendemos, no entanto, que os projet


Outubro de 1979 DIAmo DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sexta-feira 19 11523CAPiTULO I!Do Processo em GeralSEÇAO IVDas partes e <strong>do</strong>s procura<strong>do</strong>resArt. 791. Os emprega<strong>do</strong>s e os emprega<strong>do</strong>res poderão reclamarpessoalmente perante a Justiça <strong>do</strong> Trabalho e acompanhar as suasreclamações até o final.§ 1.0 Nos dissídios individuais os emprega<strong>do</strong>s e emprega<strong>do</strong>respoderão fazer-se representar por intermédio <strong>do</strong> sindicato, advoga<strong>do</strong>,solicita<strong>do</strong>r, ou provisiona<strong>do</strong>, inscrito na Ordem <strong>do</strong>s Advoga<strong>do</strong>s<strong>do</strong> Brasil.'§ 2.0 Nos dissídios coletivos é facultada aos interessa<strong>do</strong>s aassistência por advoga<strong>do</strong>.'PARECER DA COMISSAO DE CONSTlTUrçAO E JUSTIÇAI -RelatórioPropõe o Senhor Deputa<strong>do</strong> Freitas Nobre, através deste projeto,acrescentar um parágrafo ao art. 791 da Consolidação dasLeis <strong>do</strong> Trabalho.Estrutura<strong>do</strong> em 2 (<strong>do</strong>is) artigos, 'determina, no 1.0, o acréscimode um parágrafo 3.0 ao art. 791 da CLT, com a seguinte redação:"Art. 791 .§ 3.0 O emprega<strong>do</strong> que apresentar reclamação trabalhistaassisti<strong>do</strong> por advoga<strong>do</strong>, somente poderá desistir da açãoou nela realizar acor<strong>do</strong> com a assistência de seu patrono."Na justificação, esclarece que o seu projeto visa a estabelecernormas 'tendentes a assegurar ao emprega<strong>do</strong>, no caso de desistênciaou acor<strong>do</strong> em reclamações trabalhistas, um melhor conhecimentode seus direitos, evitan<strong>do</strong> a aceitação de propostas lesivasaos seus direitos legítimos, aceitação para a qual é leva<strong>do</strong> pelainsuficiência econômica e pela morosidade de processo.A lei e a jurisprudência já têm estabeleci<strong>do</strong> medidas tutelaresaos direitos trabalhistas, ten<strong>do</strong> em vista que a reclamação peranteaJustiça <strong>do</strong> Trabalho prescinde, na forma <strong>do</strong> art. 791 ep8:rágrafos da CLT, da assistência de advoga<strong>do</strong>.E o que ocorre no caso de rescisão por acor<strong>do</strong> de contratode trabalho de emprega<strong>do</strong> estável na qual, de acor<strong>do</strong> com o art.17, § 3.° da Lei n.o 5.107, de 13 de setembro de 1966 (F1GI!'S) e Súmulan.o 54/TST, é assegura<strong>do</strong> um minimo de 60% <strong>do</strong>s direitoslegalmente devi<strong>do</strong>s ao trabalha<strong>do</strong>r.Esta tutela, como se vê, continua, restringe-se ao emprega<strong>do</strong>estável, parcela de trabalha<strong>do</strong>res hoje reduzida em conseqüênciada instituição <strong>do</strong> Fun<strong>do</strong> de Garantia <strong>do</strong> Tempo de Serviço.Arrematan<strong>do</strong>, considera que a proteção da lei tem enseja<strong>do</strong>expediente fraudulento que consiste na desistência da ação pelotrabalha<strong>do</strong>r, a mais das vezes quan<strong>do</strong> esta já se encontra emfase executória.Na forma regimental, cumpre-nos apreciar a constitucionali·dade, juridicidade e técnIca legislativa desta proposição (§ 4. 0 <strong>do</strong>art. 28 <strong>do</strong> Regimento Interno da Câmara <strong>do</strong>s Deputa<strong>do</strong>s).A competência da União para legislar sobre a matéria encontra-seinscrita na alínea b <strong>do</strong> incIso XVII e o poder de iniciativano art. 56 da Constituição vigente.O projeto é jurídico, deven<strong>do</strong> seu art. 2. 0ser des<strong>do</strong>bra<strong>do</strong> em<strong>do</strong>is, conforme emenda em separa<strong>do</strong>, atenden<strong>do</strong> à necessidade deseparação entre as cláusulas de vigência e revogatória.Está a matéría, também, distribuída à Comissão de Trabalhoe Legislação Social, que deverá apreciar o seu mérito.n - V~to <strong>do</strong> RelatorNa forma das precedentes razões apresentadas, manifestamonospela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa, comemenda, <strong>do</strong> Projeto ·de Lei n.o 337, de 1979.Sala da Comissão,Relator.lator; Antônio Mariz, Edgard Amorim, Fi:ancisco Benjamin, Gomesda Silva, José Frejat, Luiz Cechinel, Men<strong>do</strong>nça Neto, Oswal­. <strong>do</strong> Melo. Roque Aras, Sérgio Mutilo e Tarcísio Delga<strong>do</strong>.Sala da Comissão, 16 de maio de 1979. - Ernani Satyro, Presidenteem exerci<strong>do</strong> - Afrisio Vieira. Lima, Rielator.EMENDA ADOTADA PELA COMISSÃODes<strong>do</strong>bre-se o art. 2.° em <strong>do</strong>is, a saber:"Art.. 2,o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.Art. 3. 0 Revogam-se as disposições em contrário."Sala da Comissão, - Ernani Satyro, Presidenteem exercício - Afrisio Vieira. Lilma, Relator.PARECER DA COMISsAO DE TRABALHOE LEGISLAÇAO SOCIALParecer vence<strong>do</strong>r:I - RelatórioO projeto em exame, elabora<strong>do</strong> pelo ilustre Deputa<strong>do</strong> FreitasNobre, acrescentan<strong>do</strong> um parágrafo ao art. 791 da Consolidaçãodas Leis <strong>do</strong> Trabalho, estabelece que "o emprega<strong>do</strong> que apresentarreclamação trabalhista assisti<strong>do</strong> por advoga<strong>do</strong>, somente poderádesistir da ação ou nela realizar acor<strong>do</strong> com a assistênciade seu patrono".'2.• Justifican<strong>do</strong> a proposição, lembra seu ilustre autor quenão raro o trabalha<strong>do</strong>r realiza acor<strong>do</strong>s lesivos aos seus interesses,desistIn<strong>do</strong> de ação impetrada em virtude da morosidade <strong>do</strong> processoou por insuficiência econômica.3. Aprecia<strong>do</strong> na Comissão de Constituição e Justiça, recebeuparecer favorável, nos termos da emenda proposta por seuRelator, Deputa<strong>do</strong> Afrisio Vieira Lima, des<strong>do</strong>bran<strong>do</strong> seu art. 2.0em <strong>do</strong>is, conforme recomendam os bons autores de técnica legislatIva,uma vez que tratava de <strong>do</strong>is assuntos' distintos, ou seja, acláusula revogatória e vigência da lei.4. Nesta Comissão, foi-lhe designa<strong>do</strong> Relator o ilustre Deputa<strong>do</strong>.Carlos Chiarelli, que se manifestou favorável à sua aprovação,propon<strong>do</strong>, porém, substitutivo modifican<strong>do</strong> a redação oferecidaoriginariamente a.


11524 Sexta-feira 19 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Outubro de 1979duais. os emprega<strong>do</strong>s e emprega<strong>do</strong>res poderão fazer-se representarpor intermédio <strong>do</strong> sindicato, advoga<strong>do</strong>, solicita<strong>do</strong>r ou provisiona<strong>do</strong>,inscrito na Ordem <strong>do</strong>s Advoga<strong>do</strong>s <strong>do</strong> BrasiLA presente proposição sugere acréscimo de § 3.° ao art. 791.estatuin<strong>do</strong> que emprega<strong>do</strong> assisti<strong>do</strong> da forma acima comentadasomente poderá desistir da acão ou nela realizar acor<strong>do</strong> com aanuência de seu patrono.Em sua justificação, o autor <strong>do</strong> projeto, o ilustre Deputa<strong>do</strong>Freitas Nobre, alega que teve em vista estabelecer normas tendentesa assegurar ao emprega<strong>do</strong>, no caso de desistência ou acor<strong>do</strong>em reclamações trabalhistas. um melhor conhecimento de seusdireitos, evit1J.n<strong>do</strong> a aceitação de propostas lesivas aos seus direitoslegitimas.Na Comissão de Constituição e Justiça acatou-se o parecer <strong>do</strong>Relator, que opinou pela viabilidade da matéria e ofereceu emenda,objetivan<strong>do</strong> des<strong>do</strong>brar em <strong>do</strong>is o art. 2.°, ou seja, cuidan<strong>do</strong>, emdispositivos aparta<strong>do</strong>s, da cláusula de vigência e da revogatória.Nossa opinião é no senti<strong>do</strong> <strong>do</strong> aproveitamento desta proposiçãoque, a nosso ver. constituiria complementação necessária àsdisposições relativas à assistência <strong>do</strong> trabalha<strong>do</strong>r quan<strong>do</strong> em juizo.Com efeito. se se garante assistência ao trabalha<strong>do</strong>r no momentoda reclamação. com maior razão deve-se garanti-la nasocasiões dec.isivas como as de acor<strong>do</strong> ou desistênCia da açãoUm aspecto da proposição. porém, nos preocupa: sua redaçãoescraviza o emprega<strong>do</strong> litigante à figura de seu patrono. De fato,concretizada, perante o juiz. a assistência. a parte nada mais poderiadecidir sem a aquiescência <strong>do</strong> advoga<strong>do</strong> ou <strong>do</strong> representante<strong>do</strong> sindicato.II - Voto <strong>do</strong> RelatorAnte o exposto. opinamos pela aprovação <strong>do</strong> Projeto de Lein.O 337/79, nos termos, porém, <strong>do</strong> Substitutivo que oferecemos emanexo.Sala da Comissão. - Carlos Chiarelli, Relator.SUBSTITUTIVOAcrescenta !:i 3.0 ao art.. 791 da CLT, dispon<strong>do</strong> sobrea assistência <strong>do</strong> emprega<strong>do</strong> na Justiça <strong>do</strong> Trabalho.O <strong>Congresso</strong> <strong>Nacional</strong> decreta:Art. 1.0 O art. 791 da Consolidação das Leis <strong>do</strong> Trabaiho,aprovada pelo Decreto-lei n.o 5.452, de 1.0 de maio de 1943, passaa vigorar acresci<strong>do</strong> <strong>do</strong> séguinte § 3.°:"Art. 791. . .§ 3.° O emprega<strong>do</strong> assisti<strong>do</strong> na forma <strong>do</strong> § 1.0 somentepoderá desistir da ação ou neia realizar acor<strong>do</strong> com aanuência de seu patrono, a não ser que revogue o manda<strong>do</strong><strong>do</strong> advoga<strong>do</strong> ou se desligue <strong>do</strong> quadro social <strong>do</strong> sindicato."Art. 2.° Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.Art. 3.° Revogam-se as disposições em contrárió.Sala da Comissão, - Carlos Chiarelli, Relator.PROJETO DE LEI N.o 845-D, DE 1972SubstitutivO' <strong>do</strong> Sena<strong>do</strong> ao Projeto de Lei n.O 845-8,de 1972, que "regula os contratos para a gravação e comercializaçãode discos musicais"; ten<strong>do</strong> pareceres da Comissãode Constituição e Justiça, pela constitucionalidade,juridicidade e técnica legislativa; da Comissão de Educaçãoe Cultura, pela aprovação; e, da ComissàlY de Finanças,pela incompetência para opinar sobre a matéria.I Projeto de Lei n.O 845-C. de 1972, a que se rl'ferem ospareceres. IO <strong>Congresso</strong> <strong>Nacional</strong> decreta:Art. 1.0 Os contratos para a. gravação de discos musicais. oudispositivos com a mesma finalidade, destina<strong>do</strong>s a fin.s comerciais.estabelecerão, em cláusula especifica, a série (OU séries} e o númerode unidades (quantidade! que serão grava<strong>do</strong>s em cada sérieobjeto <strong>do</strong> contrato assina<strong>do</strong>.Parágrafo único. A série terá uma designação própria e osdiscos que a compõem serão numera<strong>do</strong>s seguidamente de 1 até oúltimo da série que terá como número de ordem o número final dasérie contratada.Art. 2.0 O número de ordem de cada disco. segui<strong>do</strong> da designaçãoda série a que pertence, será, Qbrigatoriament.


Outubro de 1979 DlARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sexta-feira 19 11525piratarIa <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> e, de outro, a impraticabilidade danumeração obrigatória, seguin<strong>do</strong> 'a ordem crescent,e denúmeros inteiros..."Desta forma, aO prolatar seu Pal'ecer, afinal aprova<strong>do</strong> peloSena<strong>do</strong>, o eminente Sena<strong>do</strong>r Jarbas Passarinho ao referir-se a"número de' controle'\,,sua intenção não foi a de instituir a numeraçãoseqüencial e progressiva mas, sim, ao código de identificaçãoàa gravação, institui<strong>do</strong> pelo Decreto n.o 78.965, de 16-12-76, segun<strong>do</strong>ajuízo.Em face <strong>do</strong> exposto e, apenas, com vistas a uma melhor clareza.é fidelidade àquilo que foi efetivamente aprova<strong>do</strong>, teria si<strong>do</strong> convenientea inserção da expressão "Decreto n.o 78.965, de 16-12-76,entre as palavras "controle" e "que será aposto", constante <strong>do</strong>item XI <strong>do</strong> art. 117 da Lei n.O 5.988/73.A. matéria aprovada no Sena<strong>do</strong> e trazida ao conhecimento daCâmara é constitucional e não atenta contra a juridicidade. Aboa técnica legislativa é resguardada com as observações .queacima referi.Sala das Sessões, 19 de setembro de 1979. - Djalma Marinho,Relator.111 - Parecer da ComissãoA Comissão de Constituição e Justiça, em reunião de suaTurma "A", opinou, unanimemente, pela constitucionalidade, juridicidadee boa técnica legislativa <strong>do</strong> Substitutivo <strong>do</strong> Sena<strong>do</strong> aoProjeto n.O M5-B/72. nos termos <strong>do</strong> parecer <strong>do</strong> Relator.Estiveram presentes os Senhofl;s Deputa<strong>do</strong>s: Brabo de Carvalho,Presidente em exercício I art. 76 <strong>do</strong> R.I.); Dj arma Marinho,Relator; Antõnio Dias, Claudino Sales, Gomes da Silva, Jorge Cu17,José Frejat, Marcelo Cerqueira, Nilson Gibson, Roque Aras. SérgioMurilo e Tarcisio Delga<strong>do</strong>,Sala da Comissão, 19 de setembro de 1979. - Brabo de Carvalho,Presidente em exercicio - Djalma Marinho, Relator.PARECER DA COMISSAO DE EpUCAÇAO E, CULTURAI - RelatórioVem de ser apreciao"o no Sena<strong>do</strong> Federal o Projeto de Lei daCâmara, n.O 345-B/72, na Casa de origem, e n,o 3, de 1974, noSena<strong>do</strong>. que "regula os contratos para a gravação e comercializaçãode discos musicais".O referi<strong>do</strong> projeto teve, no Sena<strong>do</strong> Federal, com fundamentonos termos regimentais, tramitação simultânea com o Projeton,o 53 daquela Casa, por versarem sobre matérias afins.Proceden<strong>do</strong> como Câmara revisora, resolv'eu o Senad'O Federaloferecer o presente substitutivo, que objetiva a fusão <strong>do</strong>s <strong>do</strong>isprojetos acima referi<strong>do</strong>s, modifican<strong>do</strong>-lhe contu<strong>do</strong> a forma deapresentação, que, ao invés (te uma proposição de lei esparsa, intf'ntaapellll;s a alteração da Lei n.o 5.988, de 14 de dezembro de1973, que "regula os direitos autorais, e dá outras providências".Assim. passa a ser a seguinte a ementa <strong>do</strong> substitutivo <strong>do</strong>Sena<strong>do</strong>:"Altera a Lei n.O 5.988, de 14 de dezembro de 1973, queregula os direitos autorais, e dá outras providências."De conformidade com o art, 1.0 da proposição, a Lei número5.988173, acima referida, passa a vigorar com as seguintes alterações:a) inclusão <strong>do</strong> art, 83, estabelecen<strong>do</strong> que "os cassetes, cartuchos,discos, videofonogramas e aparelhos semelhantes, conten<strong>do</strong>fitas de registro de som gravadas, não poderào ser vendi<strong>do</strong>s, ex:­postos à venda, adquiri<strong>do</strong>s ou manti<strong>do</strong>s em depósitos para fins devenda, sem que em seu corpo conste, em destaque e integran<strong>do</strong>-ode forma indissociável, o número de inscrição no Cadastro Geral deContribuintes (CGC),' <strong>do</strong> Ministério da Fazenda, da empresa responsávelpelo processo industrial de reprodução de gravação".bl acréscimo <strong>do</strong>s itens IX, X e XI, ao art. 117, incluin<strong>do</strong>, entreas atribuições <strong>do</strong> Conselho <strong>Nacional</strong> de Direito Autoral, as seguintesincumbências: fiscalizar o exato e fiel cumprimento das obrigações<strong>do</strong>s produtores de videofonogramas e fonogramas, editorese associações de direito <strong>do</strong> autor, para com os titulares de direitosautorais e artísticos; .c.... impor-lhes normas de contabiliOOlde, quepermitam verificação da quantidade de exemplares reproduzi<strong>do</strong>se vendi<strong>do</strong>s; - tornar obligatório que as etiquetas que distinguemas cópias de videofonogramas e fonogramas sejam autenticadas enumeradas através de uma marca e um número de controle, queserão apostos pelo próprio Conselho <strong>Nacional</strong> de Direito Autoral,na forma das instruções que venha a baixar.A proposição foi dístribuià'a simultaneamente às Comissões deConstituição e Justiça, Educação e Cultura e de Finanças.De acor<strong>do</strong> com norma inscrita no § 6.° art. 28 <strong>do</strong> RegimentoInterno, caberá a esta Comissão opinar quanto ao mérito <strong>do</strong>projeto.É o relatório.11 - Voto <strong>do</strong> Relator, O projeto parece-nos váli<strong>do</strong>, já que o seu objetivo primordial épropiciar maior resguar<strong>do</strong> e defesa <strong>do</strong>s dtreitos de nossos autores., Achamos de conveniência a forma apresentada pelo Substitutivo<strong>do</strong> Sena<strong>do</strong>, por ser sintética, abrangente e tentar inserir dispositivosno texto da lei geral que regula os direitos autoraisLei n.o 5.938/73 - evitan<strong>do</strong>-se, assim, o surgimento de uma leiesparsa.'Face ao exposto, reconhecemos o mérito <strong>do</strong> Projeto de Lein.O 845-C, de 1972, e manifestamo-nos pela sua aprovação, naforma <strong>do</strong> Substitutivo <strong>do</strong> Sena<strong>do</strong>.Sala da Comissão, 26 de setembro de 1979.- João Herculino,Relator.111 - Parecer dj1. ComissãoA Comissão de Educação e Oultura, em sua l'eumao Ol'dináriarealizada em 26 de setembro de 1979, opip.ou pela aprovação <strong>do</strong>Substitutivo <strong>do</strong> Sena<strong>do</strong> ao Projeto de Lei n.O 845-B, de 1972, <strong>do</strong>Sr. Florim Coutinho, que "regula os contratos para a gl'avação ecomercialização de discos musicais", nos term,os <strong>do</strong> parecer <strong>do</strong>Relator, Sr. João Rerculino. Absteve-se de votar o Sr. Braga Ramo's,Estiveram presentes os Senhores Deputa<strong>do</strong>s: Alvaro Vale, Presidente;Magno Bacelar e Hildérico Oliveira, Vice-Presidentes;Murillo Mendes, Raymun<strong>do</strong> Urbano, Darcílio Ayres, Salva<strong>do</strong>r Julianelli,Alcir Pimenta, Daniel Silva, 'Louremberg Nunes Rocha, Joséde Assis, Celso Peçanha, Jolio Herculino, Bezerra de Melo, BragaRamos e Rômulo Galvão.Sala da Comissáo, 26 de setembro de 1979. - ÃIvaro Valle,Presidente - João Herculino, Relator.PARECER DA COMISSAO DE FINANÇASI -RelatórioA matéria em exame regula O!;/ contratos para a gravação ecomercialização de 6'iscos musicais/e já foi apreciada e aprovadanesta Casa.Novamente, o assunto é objeto de exame da Câmara <strong>do</strong>s Deputa<strong>do</strong>s,ten<strong>do</strong> em vista o Substitutivo apresenta<strong>do</strong> pelo Sena<strong>do</strong>FederaLA proposi.ção inicial seria uma legislação autônoma enquanto oSubstitutivo <strong>do</strong> Sena<strong>do</strong> pretende alterar a lei que r,egula os direitosautorais o que - aliás - nos parece de melhol' técnica, Oimportante, no entanto, é que ambas as proposições têm comometa salvaguardar os interesses <strong>do</strong>s autores e intérpretes musicaistão espolia<strong>do</strong>s no nosso Pais até que tivemos oportunidade àelegislar para eles, através da Lei n.O 5.988173.Não obstante, procuran<strong>do</strong> enquadrar a proposição dentre oelenco que estabelece nossa competência regimental não conseguimosvislumbrar o enfoque que nos diz respeito, pois o projeto tratada comercialização de discos e fitas cassetes sem apresentar qualquermérito de caráter financeiro.Em assim sen<strong>do</strong>, deixamos de opinar sobre a proposição porentender ser esta Comissão incompetente regimentalmente paraexaminar os pontos aborda<strong>do</strong>s neste projeto, a exemplo <strong>do</strong> quejá ocorreu quan<strong>do</strong> da apreciação da proposição inicial em queeste órgão também já se manifestara incompetente.II -Voto <strong>do</strong> Relator,Opinamos pela incompetência desta Comissão para opinarsobre a proposição.Sala das Comissões, 2 de outubro de 1979. -gundes, Relator.José Carlos Fa.­111 - Parecer da ComissãoA Comissão de Financas: em reunião ordinária realizada nodia 4 de outubro de 1979: opinou, unanimemente, pela incompetênciada Comissão para opinar sobre o Substitutivo <strong>do</strong> Sena<strong>do</strong>ao Projeto de Lei n.o 345-B, de 1972, nos termos <strong>do</strong> parecer d'oRelator, Deputa<strong>do</strong> José Carlos Fagundes.Estiveram presentes os Senhores Deputa<strong>do</strong>s: Jader Barbalho,presidente; Olivir Gabar<strong>do</strong> e Milton Figueire<strong>do</strong>, Vice-Presidentes;Ruy 0000, José Carlos Fagundes, José Ribamar Macha<strong>do</strong>, RobertoCarvalho, Athiê CoUo', Luiz Baccarini, Angelo Magalhões, VieenteGuabiroba, Odacir Klein, Honorato Vianna, Nabor Júnior, JoséTorres, Christovam Chiaradia, José Men<strong>do</strong>nça Bezerra, AdrianoValente, Leorne Belém e Fernand0 Magalhães.Sala da Comissão, 4 de outubro de 1979. Jader Barbalho,Presidente - José Carlos Fagundes, Relator.


11526 Sexta-feira 19 mARIO DO CONGRESSO NACIONAL (S~ão I) Outubro de 19'79PROJETO DE LEI N.o 877-G, DE 1975Substitutivo <strong>do</strong> Sena<strong>do</strong> ao Projeto de Lei n. u 877-E, de1975, que "altera dispositivos ,da Lei n.o 4.591, ide 16 dedezembro de 1964"; ten<strong>do</strong> pareceres: da ComiS5áo de Constituiçãoe Justiça, pela constitucionalidade, juridicidade,técnica legislativa c, no tnérito, pela aprovação; e, da Comissãode Economia, Indústria e 'Comércio, pela aprovação.(Projeto de Lei n.O 877-F, de 1975, a que se referemos pareceres.)O <strong>Congresso</strong> <strong>Nacional</strong> decre,ta:Art. 1.0 O caput <strong>do</strong> art. 17 da Lei n.O 4.591, de 16 de dezembrode 1964, passa a vigorar com a seguinte redação:"Art. 17. Os condôminos que representem. mais de '<strong>do</strong>isterços das quotas ideais <strong>do</strong> r,espectivo imóvel poderão decidirsobre a demolição e reconstrução <strong>do</strong> prédio, ou suaalienação, por motivos urbanísticos ou arquitetônicos ouainda em. caso de condenação <strong>do</strong> edifício pela autoridadepública, em razão de sua insegurança ou insalubridade."Art. 2.° Acrescente-se ao art. 17 da Lei n.O 4.591 de 16 dedezembro de 1964, um § 2.°, com a redação que se segue, passan<strong>do</strong>o atual parágrafo único a § 1.0:"Art. 17.§ 1.0 , .§ 2.° Ocorren<strong>do</strong> desgaste, pela ação <strong>do</strong> tempo, das unidade.shabitacionais de uma edificação, que deprecie seuvalor unitário em relação ao valor global <strong>do</strong> terreno ondese acha edifLcada, seus condôminos, pelo quorum minimode votos que representem oito décimoo das frações ideaisrespectivas, poderão decidir pela alienação total da edificação,proceden<strong>do</strong>-se em relação à minoria da forma estabelecidano art. 15 e seus parágrafos da presente lei."Art. 3.0 Acrescente-se um § 3.0 ao art. 17 da Lei n.O 4.591, ele16 de dezembro de 1964, com a seguinte redação:"Art. 17. . .§ 1.0 .........................................••......•.§ 2.0 .§ 3.° Decidida por maioria a alienação <strong>do</strong> prédio o valoratribuí<strong>do</strong> à quota <strong>do</strong>s condôminos venci<strong>do</strong>s será cortespondenteao preço efetivo e, no mínimo, à avaliação previstano § 2. 0 , ou, a critério desses, a imóvel localiza<strong>do</strong> emárea próxima ou adjacente com a mesma área útil de construção."Art. 4.0 Esta Lei entrará em vigor na data aa sua publicação.Art. 5. 0 Revogam-se as disposições em contrário.Câmara <strong>do</strong>s Deputa<strong>do</strong>s, 29 de setembro de 1977. - Marco AntonioMaciel.SUBSTITUTIVO DO SENAiDOAO' Projeto de Lei da Câmara D.O 86, de 19'7'7 (n.o 877175,na Casa. de origem), que "altera dispositivos da Lei n.o4.591, de 16 de dezembro de 1964".Substitua-se o presente Projeto pelo seguinte:Altera a redação <strong>do</strong> art. 17 da Lei D.O 4.591, de 16 dedezembro de 1964.O <strong>Congresso</strong> <strong>Nacional</strong> decreta:Mt. 1.0 O art. 17 da Lei n. O 4.591, de 16 de dezembro de íOO4,passa a vigora.r com a seguinte redação:"Art. 17. Os condôminos que representem, pelo meDOS,2/3 (<strong>do</strong>is terçoo) <strong>do</strong> total c?e unidades isoladas e fraçõesideais correspondentes a 80% (oitenta por cento) <strong>do</strong> terrenoe coisas comuns poderão decidir sobre a demoliçãoe reconstrução <strong>do</strong> prédio, ou sua alienação, poI' motivosurbanísticos ou arquitetônicos, ou, ainda, no caso de


Outubro de Hl79 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção l) Sexta-feira 19 115272.0 Exigência. além desses <strong>do</strong>is terços. de que os condôminosrepresentem frações ideais correspondentes a 80~~ (oitenta pOrcento) "<strong>do</strong> terreno e coisas comUJ1s".A Comissão de Constituição e Justiça <strong>do</strong> Sena<strong>do</strong> omitiu-se daapreciação da constitucionalidade e juridicidade da matéria, porter a mesma Comissão, da Câmara <strong>do</strong>s Deputa<strong>do</strong>s, Se pronuncia<strong>do</strong>sobre ela. Mas. nos termos <strong>do</strong> art. 100, 6, <strong>do</strong> Regimento Interno daquelaCasa <strong>do</strong> <strong>Congresso</strong>, apreciou-lhe o mérito. concluin<strong>do</strong> porrejeitar, unanimemente, o Projeto da Câmara. de acor<strong>do</strong> com opaI'ecer <strong>do</strong> Relator, sena<strong>do</strong>r otto Lehmann.A Comissão de Economia <strong>do</strong> Sena<strong>do</strong>, porém. teve orientaçãodiferente, aprovaI1<strong>do</strong>, também por unanimidade. o Projeto da Cãmara.Nota-se. assim, que ambas as Comissões entraram na apreciação<strong>do</strong> mérito da matéria.No Plenário. foi ofereci<strong>do</strong> o Substitutivo que ora estamos aprecian<strong>do</strong>.Desse substitutivo constam as alterações já por nós mencionadas.Diante dele, a Comissão de Constituição e Justiça <strong>do</strong> Sena<strong>do</strong>limitou-se a aprecial"-lhe a constitucionalidade e juridicidade, concluin<strong>do</strong>.unanimemente. pela sua aprovação. 'nos t€rmos <strong>do</strong> parecer<strong>do</strong> Sena<strong>do</strong>r Moacyr Dalla.A Comissão de Economia, por sua vez. voltou a apreciar a proposição.ou seja. já agora, a emenda substitutiva, aprovan<strong>do</strong>. porUllanÍlnidade, pareceI' <strong>do</strong> mesmo Relator, Sena<strong>do</strong>r Milton Cabral.a ela favorável.Finalmente, o PlenáIio aprovou o Substitutivo. de autoria <strong>do</strong>Sena<strong>do</strong>r Saldanha Derzi.Il -Voto <strong>do</strong> RelatorA rigor. são muito restritos os linútes deste PaI·ccer. O ProjetoJa foi aprova<strong>do</strong> pela Câmaw, Recebeu, é verdade. um Substitutivo,como se viu <strong>do</strong> Relatório. no Sena<strong>do</strong> Federal. Somente as alteraçõespropostas é que nos cabe apreciar. Pode a Câmara, é certo,rejeitar o Substitutivo e maJ1t€r a sua proposição original. Masacontece que o Substitutivo, inegavelmente. melhora o projeto, cercan<strong>do</strong>de maiores €xigências e cautelas a decisão da maioria <strong>do</strong>con<strong>do</strong>mínio. Conseqüentemente, ficam mais bem ampara<strong>do</strong>s os direitosda minoIia. que porventura não queíra concordar com a demoliçãoe reconstrução ou com a alienação <strong>do</strong> imóvel.Não há dúvida de quc tanto o Projeto quanto o Substitutivocontêm restrições e limitações ao direito de propriedade. Mas essasr,estrições e limitações já s€ encontram na lei. que ora se pretendealterar. E a propriedade, de r€sto, desde muito já perd€u a suamajestade. ten<strong>do</strong> necessariament€ que render-se e acomodar-se àssolicitações mais altas <strong>do</strong> interesse social e até mesmo econômico.É o geral contl"a o particular.Em conseqüênéia, somos pela aprovação <strong>do</strong> Substitutivo <strong>do</strong> Sena<strong>do</strong>,porque obedec,e às exigências constitucionais e jurídicas eestá redigi<strong>do</strong> dentro da técnica legislativa.Quanto ao mérito, que também é d€ nossa competência. porse tratar de matéria de direito civil. embora o seja, concomitantemente.da Comissão de Economia, Indústria e Comércio, opinamosigualmente pela sua aprovação, por s€ tratar de alteraçõespara melhor. como já foi salienta<strong>do</strong>.Sala da Comissão. 17 de outubro de 1979. - Ernani Satyro,Relator. .UI - Parecer da ComissãoA Comissão de Constituição e Justiça, em reunião de sua Turma"B". opinou. unanimemente, pela constitucionalidade, jurídicidade.boa técnica legislativa e, no mérito, pela aprovação <strong>do</strong> Projeton,o 877-F/75, nos t€rmos <strong>do</strong> par·ecer <strong>do</strong> Relator.Estiveram presentes os Senhor·es Deputa<strong>do</strong>s: Djalma Marinho,Presidente; Ernani Satyro, Relator; Brabo de Carvalho, Feu Rosa,Francisco Benjamim, Gomes da Silva, Joaci] Pereira, Nilson Gibson.Osval<strong>do</strong> Melo. Paulo Pim€ntel e Walter De Prá.Sala da Comissão, 17 de outubro de 1979. - Djalma Marinho,Presidente - Ernaní Satyro, Relator.PARECER DA COMISSÃO DE ECONOMIA. INDúSTRIAE COMÉRCIOI - RelatórioVem de ser aprecia<strong>do</strong> no Sena<strong>do</strong> Federal o Projeto de Lei daCâmara, n.O 877-F/75. na Casa de origem, e n.O 86, de 1977, no Sena<strong>do</strong>,que "altera dispositivos da Lei n.O 4.591, de 16 de dezembrode 1964, que "dispõe sobre o con<strong>do</strong>mínio em edíficações e as in


11528 Sexta-feira 19 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção 1) Outubro de 1979.111 - Parecer da ('omissão CAPiTULO VIA Comissão De Economia. Indústria e Comercio. em reUOlaoDos Veículosordinária realizada em 18 de outubro de 1979. aprovou. por llrt,mimidade.o Parecer <strong>do</strong> Relator. Deputa<strong>do</strong> Rubcm Medina. favorávelao Projeto de Lei n. U 877-F. de 1975. "Substitutivo <strong>do</strong> Sella<strong>do</strong> aoProjeto de Lei n." 877-F. de 1975. que "altera dispositivos d~l. Ll"i n."4.591. de 16 de dezembro de 1964".Art. 43. Os veículos de aluguel para transporte coletivo dependerão.para transitar, de autorização. concessão ou permissãoCompareceram os Senhores Deputa<strong>do</strong>s Harry SaU{'l" Presidente:Henriqu(' Eduar<strong>do</strong> Alves, Vice-Presidente da Turma "A"; Ru­da autoridade competente.bem Medina. Relator; Igo Losso. Herbert Levy. Sílvio 'Abreu Júnior. § 1,0 Os veÍCulos de que trata este artigo deverão satísfazerLéo SimÕ€s. Hélio Duque. Eval<strong>do</strong> Amaral. Evandro Ayres de às condições técnicas e os requisitos de higiene, seguran«a e conforto<strong>do</strong> público. exigi<strong>do</strong>s em lei. regulamento ou <strong>do</strong>cumento deMoura. Cesário Barreto. Al<strong>do</strong> Fagundes, A<strong>do</strong>lpho Franco. ClimdioStrassburger, João Arruda. Pedro Sampaio e Santilli Soblinbo, autorização.~ 2.u Quan<strong>do</strong> no municipio ou região não existirem linhas8ala da Comissão, 18 de outubro de 1979. - Harry Sauer, Presidente- Rubem Medina, Relator.regulares de ônibus, é faculta<strong>do</strong> à autoridade competente autorizar,a titulo precário, que veiculo. não enquadra<strong>do</strong> nas exigéncias <strong>do</strong>§PROJETO DE LEI N.o 1.041-A, DE 19791.0 deste artigo, transporte passageiros. desde que submeti<strong>do</strong> à,prévía vistoria.(Do Sr. Gerson Camata)Acrescenta $i 3. 0 ao art. 43 da Lei n.o 5.108, de 21 desetembro de 1966 - Código <strong>Nacional</strong> de Trânsito; ten<strong>do</strong>pareceres da Comissão de Constituição e Justiça, pelaconstitucionalidade e juridicidade, com Substitutivo; e,da Comissão de Transportes, pela rejeição, contra o votoem separa<strong>do</strong> <strong>do</strong> Sr. Tidei de Lima.(Projeto de Lei nO 1.041, de 1979, a que se referemos pareceres.)O <strong>Congresso</strong> <strong>Nacional</strong> decreta:Art, 1.0 Acrescente-se ao art. 43 da Lei n.O 5.108, de 21 desetembro de 1966. o seguinte § 3,":"Art. 43. . , .. , , ,.,~ 3,0 O transporte de passageiros somente poderá ser feitoem ônibus e similares. sen<strong>do</strong> vedada. para esse fim. a utilizaçãode veículos de transporte de carga, ainda que adapta<strong>do</strong>s,sujeitan<strong>do</strong>-se os infratores às penalidades previstasnos artigos 96 e 99 desta lei."Art. 2. 0 O Poder Executivo, ouvi<strong>do</strong> o CONTRAN. regulamentaráesta lei no prazo de 60 I sessenta I dias.Art. 3.°Art. 4 oEsta Lei entra em vigor na data de sua publicação.Revogam-se as disposições em contrario.JustificaçãoLamentavelmente. e usual. em nosso Pais, o transporte de trabalha<strong>do</strong>resurbanos ou rurais na carroceria de caminhões. comose fossem ga<strong>do</strong>. e não seres humanos.Além de humilhante e desconfortável. esse tipo de transporteé extremamente perigoso, pois são freqüentes os acidentes envolven<strong>do</strong>os caminhões transporta<strong>do</strong>res de trabalhad'ores. que causamgraves ferimentos ou a morte destes.Recentemente, aliás. no interior <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> de São Paulo, houveum acidente com caminhão que transportava dezenas de "bóiasfrias".vitiman<strong>do</strong> vinte trabalha<strong>do</strong>res. que vieram a falecerToma-se inadiável. portanto. proibir-se esse tipo de transportede trabalha<strong>do</strong>res - objetivo preqípuo desta proposição. queacrescenta, para esse efeito, dispositiVo ao Código <strong>Nacional</strong> deTrãnsito,Preconiza o projeta<strong>do</strong> que o transporte de passageiros deveráser efetua<strong>do</strong> em ônibus ou similares e em nenhuma hipótese emcaminhões, ainda que adapta<strong>do</strong>s, cominan<strong>do</strong> penalidades aos infratores,Assinala-se. a esta altura, que a medIda alvitrada é rigorosamentede natureza jurídico-constitucional, eis que cuida de matériaconcol'rente. cuja iniciatíva pode partir tanto <strong>do</strong> Poder Executivo,como <strong>do</strong> <strong>Congresso</strong> <strong>Nacional</strong>. .Sala das Sessões,- Gerson Camata.LEGISLAÇAO CITADA, ANEXADA PELA COORDENAÇAODAS COMISSõES PERMANENTESLEI N.o 5.108, DE 21 DE SETEMBRO DE 1966Institui o Código <strong>Nacional</strong> de Trânsito............. : .PARECER DA COMISSAO DE CONSTITUIÇAO E JUSTIÇA§ 2.° Quan<strong>do</strong>, no município ou região, não existirem linhasregulares de ônibus, a autoridade competente poderáautorizar. a titulo precário, que veiculos de carga,<strong>do</strong>ta<strong>do</strong>s de cobertura. bancos fixos com encosto. guardasaltas de madeira ou corda na earro«aria, após vistoria.transportem passageiros."A matéria, portanto. é complexa, razão por que resolvemosdilatar um pouco mais o prazo para regulamentação.II -I -RelatórioCompete a esta Comissão examinar a proposlçao <strong>do</strong> ponto devista constitucional, jurídico e de técnica legislativa.Sob o prisma constituclOnal. esse exame impõe a verificacãoda competência legislativa da União. o poder de iniciativa <strong>do</strong> autore a constitucionalldade propriamente dita, isto é. a conformidade<strong>do</strong> texto com os princípios constitucionais vigentes,A proposição contemp~a matéria de competência da União,nos termos <strong>do</strong> disposto no art. 8. 0 • XVII, alínea n, da ConstituiçãoFederal.Por outro la<strong>do</strong>, a medida atende ao preceitua<strong>do</strong> no art. 56,estan<strong>do</strong> excluída das restricões consubstanciadas nos arts. 57, 65e 81 de nossa Carta politiéa.Realmente, trata-se, in casu, de matéria de competência concorrente.cuja iniciativa pode partir tanto <strong>do</strong> Poder. Executivo,através de proposta <strong>do</strong> Conselho <strong>Nacional</strong> de Trãnsito, como demembro <strong>do</strong> <strong>Congresso</strong> NaclOnal.A medída também não esbarra em nenhum princípio de nossoDireito Positivo.Ao apreciar-se a técnica legislativa empregada na elaboração<strong>do</strong> projeto. ela merece reparos.O que este projeto objetiva é trata<strong>do</strong> de forma oposta pelo:; 2.0 da Lei n.O 5 108/66. Assim, torna-se desnecessário acrescentar§ 3. 0 ; basta dar nova redacão ao § 2. 0 , em questão, nostermos <strong>do</strong> proposto neste projeto I § 3.°,.O Decreto no 62.127. de 16 de janeiro de 1968 ("Aprova oRegulamento <strong>do</strong> Código <strong>Nacional</strong> de Trânsito"), em seu art. 87.§ 2. 0 , determina que:"Art. 87. ......Voto <strong>do</strong> RelatorIsto posto, com nosso voto pela constitucionalidade e jurídícidade.oferecemos o Substitutivo anexo,Sala da Comissão, 27 de junho de 1979. - Brabo de Carvalho,Relator.lU - ParecE'r da ComissãoA Comissão de Constituição e Justiça, em reunião de sua Turma"B". opinou. unanimemente, pela constitUCIOnalidade, jurídicidade<strong>do</strong> Proieto n,O 1. 041/79, nos termos <strong>do</strong> Substitutívo apresenta<strong>do</strong>pelo Relator.Estiveram presentes os Senhores Deputa<strong>do</strong>s Ernani Satyro ­Presidente, em exercicio (art. 76 <strong>do</strong> RI I, Brabo de Carvalho ­Relator; Antônio Dias. Antônío Mariz, Djalma Bessa, Feu Rosa,Francisco Benjamin, Gomes da Silva, Nilson Gibson, Osval<strong>do</strong> Meloe Roque Aras.Sala da Comissão. 27 de junho de 1979. - Ernani Satyro,Presidente, em exercício - Brabo de Carvalho, Relator.


Outubro de 1979 DIÁRIO DO CONGRE~SO NACIONAL (Seção I) Sexta-feira 19 11529SUBSTITUTIVO ADOTADO PELA COMISSAODá nova redação ao !:\ 2." <strong>do</strong> art. 43 da Lei n." 5.108,de 21 de setembro de 1966 - Código <strong>Nacional</strong> de Trânsito.O <strong>Congresso</strong> <strong>Nacional</strong> decreta:Art. l." O § 2." <strong>do</strong> art. 43 da Lei n." 5.108, de 21 de setembrode 1966, que instituiu o Código <strong>Nacional</strong> de Trânsito, passaa vigorar com a seguinte redação:"Art. 43. . " ".... . .§ 2.° O transporte de passageiros somente poderá ser,feito em ônibus e similares, sen<strong>do</strong> vedada, para esse fim, autilização de veiculas de transporte de carga, ainda queadapta<strong>do</strong>s, sujeitan<strong>do</strong>-se os infratores às penalidades previstasnos artigos 96 e 99 desta lei."Art. 2.° Outros aspectos indispensáveis à execução da presentelei serão disciplina<strong>do</strong>s por reguiamento baixa<strong>do</strong> pelo PoderExecutivo, ouvi<strong>do</strong> o Conselho <strong>Nacional</strong> de Trânsito, no prazo de90 I noventa) dias de sua publicação,Art. 3." Esta Lei eJ;ltra em vigor na data de sua publicação.Art. 4." Revogam-se as disposições em cont{ário,Sala da Comissão, 27 de junho de 1979. - Deputa<strong>do</strong> ErnaniFlatyro, Presidente, em exercício - Brabo de Carvalho, Relator.PARECER DA COMISSÃO DE TRANSPORTESParecer vence<strong>do</strong>r1 - RelatórioO Projeto de Lei n.o 1. 041/79, <strong>do</strong> Deputa<strong>do</strong> Gerson Camata,recebeu na Comissão de CDnstítuição e Justiça parecer pela constitucionalidade,juridicidade e um Substitutivo que veio corrigirfalhas na técnica legislativa.Nesta Comissão foi indica<strong>do</strong> seu Relator o Deputa<strong>do</strong> JayroMaltoni, que opinou pela aprovação com eme~da.Submeti<strong>do</strong> à votação em plenário, seu parecer foi rejeita<strong>do</strong>.Em cumprimento a disposições regimentais, fui designa<strong>do</strong>novo Relator para redação <strong>do</strong> Parecer da Comissão, como conseqüênciada votação ocorrida.. Enten<strong>do</strong> que o projeto, se aprova<strong>do</strong>, virá facilitar, mais ain­(la, o deslocamento <strong>do</strong> homem <strong>do</strong> campo para os grandes centros,já que não seria possivel conduzir to<strong>do</strong>s os trabalha<strong>do</strong>resem õnibus. É claro que o objetivo principal é dar conforto aotrabalha<strong>do</strong>r, mas esse conforto deverá atingir não apenas a maneira<strong>do</strong> trabalha<strong>do</strong>r se locomover e sim casa, comida, assistênciamédica etc.Por outro la<strong>do</strong>, a agricultura, em grande parte empirica, nãotem condição de atender uma exigência desse porte, principalmenteos Esta<strong>do</strong>s menos favoreci<strong>do</strong>s economicamente.II - Voto <strong>do</strong> RelatorPelo exp.osto acima somos contrários à aprovação <strong>do</strong> Projetoem tela, apesar de louvar a intenção (lo autor. que é a de minimizaro sacrificio que o homem <strong>do</strong> campo tem em chegar ao localde trabalho.Sala da Comissão, 17 de outubro de 1979. - Ruy Bacelar,Presidente - Tidei de Lima, Relator.IH - Parecer da ComissãoA Comissão de Transportes, em reunião ordinária realizadaem 17 de outubro de 1979, opinou pela rejeição <strong>do</strong> Projeto de Lein.o 1. 041, de 1979. <strong>do</strong> Senhor Gerson Camata, que "acrescenta! 3. 0 ao art. 43 da Lei n.o 5.108, de 21 de setembro de 1966 ­Códig"o <strong>Nacional</strong> de Trânsito", nos termos <strong>do</strong> parecer <strong>do</strong> Relator,Senhor Deputa<strong>do</strong> Tidei de Lima, designa<strong>do</strong> nos termos <strong>do</strong> § 12,<strong>do</strong> art. 49, <strong>do</strong> Regimento Interno. O parecer <strong>do</strong> Senhor Depu:"ta<strong>do</strong> Jayro Maltoni passou a constituir-se voto em separa<strong>do</strong>.Estiveram presentes os Senhores Deputa<strong>do</strong>s Ruy Bacelar, OctacilioQueiroz, Alair Ferreira, Alcides Franciscato, Bento Gonçalves,Darcy Pozza, Joel Ribeiro; Manoel Ribeiro, Simão Sessim,Mário Stamm, Francisco Leão, Fued Dib, Gilson de Barros, JayroMaltoni, Octacílio de Almeida, Rezende Monteiro, Tidei de Limae Horácio Ortiz.Sala da ComIssão, 17 de outubro de 1979. - Ruy Bacelar,Presidente - Tidei de Lima, Relator.Voto em separa<strong>do</strong> <strong>do</strong> Sr. Jayro MaltoniI - RelatórioImpossivel a aprovação <strong>do</strong> presente Projeto, quan<strong>do</strong> o mesmopela sua redação original, impede o uso de outros veiculasque não sejam ônibus ou similares, estabelecen<strong>do</strong>-se um monopóliopara ônibus, proibin<strong>do</strong> o uso de automóveis, peruas, bicicletasou outro meio de transporte até aviões, navios, embora entendemosque o obj etivo é com referência aos "bóias frias" ou trabalha<strong>do</strong>resrurais.Nestas condições, o nosso parecer é contrário ao projeto, salvo,se o § 3. 0 sofrer a alteração que estamos apresentan<strong>do</strong>, como:Emenda n." 1"§ 3.0 Não será permiti<strong>do</strong> o uso de veiculos de transportede carga (caminhões ou caminhonetas) para O'transportede passag'eiros, salvo em caso de emergência."Fican<strong>do</strong> prejudica<strong>do</strong> também o substitutivo da <strong>do</strong>uta Comissãode Justiça.·Isto posto, o 1'10SS0 voto é pela alteração sugerida com aEmenda n." l.Sala das Sessões, 17 de setembro de 1979. - Jayro Maltoni.PROJETO DE LEI N." 1. 337-A, DE 1979(Do Sr. Octávio Torrecilla)Fixa.aumento de 10% no valor <strong>do</strong> IPI incidente sobrebebidas alcoólicas; ten<strong>do</strong> parecer, da Comissão de Constituiçãoe Justiça, pela inconstitucionalidade.(Projeto de Lei n.O 1.337, de 1979, a qUe se refereo parecer.)O <strong>Congresso</strong> .<strong>Nacional</strong> decreta:Art. l.0 Ê acresci<strong>do</strong> de 10% Idez por cento I o valor <strong>do</strong> Impostosobre Produtos Industrializa<strong>do</strong>s - IPI, incidente sobre bebidasalcoólicas.Art. 2." O valor correspondente ao acréscimo de que trata oartigo anterior será destina<strong>do</strong> ao Instituto <strong>Nacional</strong> de AssistênciaMédica da Previdência Social - INAMPS.Art. 3. 0 O Poder Executivo regulamentará a presente lei no.prazo de s.essenta dias a contar de sua publicação.Art. 4." Esta lei entra em vigor na data da sua publicação.Art. 5. 0 Revogam-se as disposições em contrário.JustificaçãoInegavelmente, o alcoolismo se inclui dentre os maiores flagelosda humanidade.Além <strong>do</strong>s males físicos que o álcool provoca não devemos nosesquecer de suas conseqüências negativas em relação à família<strong>do</strong>s alcoólatras:O hábito de beber inicia-se, sempré, inocentemente e vai, aospoucos, toman<strong>do</strong> conta da pessoa. Logo em seguida transforma-seem vicio, crian<strong>do</strong> uma dependência cada vez maior. até chegar aoalcoolismo propriamellte dito.Isso significa que, no simples e ingênuo ato de um jovem bebericar,encontra-se o germe <strong>do</strong> alcoolismo, que, como se sabe.conduz, diariamente, incontáveis lares à ruina totaLA bebida alcoólica, contu<strong>do</strong>, não é indispensável ao organismo,o qual retira de alguns alimentos a quantidade de álcool deque necessita. Por essa razoo, é ela considerada artigo suplérfluoe, como tal, deve ser taxada muito mais que os alimentos necessáriosà nossa própria subsistência.Por essa razão, elaboramos o presente projeto de lei que pretendeaumentar em dez por cento o valor <strong>do</strong>- Imposto sobre ProdutosIndustrializa<strong>do</strong>s incidente sobre as bebidas alcoólicas, paradestinar o valor correspondente a esse acréscimo ao Instituto <strong>Nacional</strong>de Assistência Médica da Previdência Social.Sala das Sessões, . - Octávio Torrecilla.PARECER DA COMISSAO DE CONSTITUIÇAOE JUSTIÇAI - RelatórioO ilustre Deputa<strong>do</strong> Octávio Torrecilla propõe à aprovação <strong>do</strong><strong>Congresso</strong> <strong>Nacional</strong> o projeto acima identifica<strong>do</strong>., cujo objetivo éaumentar em 10%. (dez por cento) o valor <strong>do</strong> Imposto sobre Produtõs.Industrializa<strong>do</strong>s - IPI incidente sobre bebidas alcoóhcas,destinan<strong>do</strong>-se ao Institut'l <strong>Nacional</strong> de ASSistência Médira daPrevidência Social - INAMPS, o produto de sua arrecadação.Justifícan<strong>do</strong> a medida que aivitra, diz o autor:"Inegavelmente, o alcoolismo se inclui dentre os maioresflagelos da humanidade.Além <strong>do</strong>s males físicos que o álcool provoca não devemosnos esquecer de suas conseqüências negativas em relaçãoà famílià <strong>do</strong>s alcoólatras."Ressalta que:"A bebida alcoólica. contu<strong>do</strong>, não é indispensável ao organismo,o qual retira'de alguns alimentos a quantidade


11530 Sexta-feira 19 DlARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção 11 Outubro de 1979"de álcool de que necessita. Por 'essa razão, é ela consideradaartigo supérfluo e, como tal, deve ser taxada muitomais que os alimentos necessários à nossa própria subsistência."E conclui:"Por essa razão, leaboramos o presente projeto de lei quepretendc aumentar em dez por cento o valor <strong>do</strong> Impostosobre Produtos Industrializa<strong>do</strong>s incidente sobre as bebidasalcoólicas, para destinar o valor correspondente aesse acréscm10 ao InstItuto <strong>Nacional</strong> de Assistência Médicada Prcvidência SociaL"Está o projeto justifica<strong>do</strong>.Nos termos <strong>do</strong> art, 28, ~ 4.°, <strong>do</strong> Regimento Interno cabe aesta Comissão analisar a matéria sob os aspectos da constitucionalidade,juridicidade e técnica legislativa da proposição, eis queo exame <strong>do</strong> mérito caberá às <strong>do</strong>utas Comissões de Economia, Indústriae Comércio e a de Finanças.2. Sob o aspecto da constitucionalidade a propOSição não éviável. uma vez que, não atenta para determina<strong>do</strong>s dispositivosconstitucionais, tais como o art. 57, item I, e o art, 62, ~ 2.0, osquai$ vedam de forma expressa e taxativa, a iniciativa de lei,por parlamentar. em matéria desta natureza, No primeiro, aConstituição estabelece competência exclusiva <strong>do</strong> Presidente daRepública para a iniciativa de leis que disponham sobre matériafinanceira. No .segun<strong>do</strong>, a Constituição veda a vinculação <strong>do</strong> produtoda arrecadação de qualquer tributo a determina<strong>do</strong> órgão,fun<strong>do</strong> ou despesa.Não temos, pois, como salvar o proJeto, uma vez que, o que sepretende é aumentar o valor de um tributo o IPI - vinculan<strong>do</strong> oproduto desta arrecadação ao INAMPS, configuran<strong>do</strong>-se, assim,as hipóteses supramencionadas pelos dispositivos constitucionais.O projeto é, pois, inconstitucionaLÉ o nosso parecer.li - Voto <strong>do</strong> RelatorEm face <strong>do</strong> exposto, manifestamo-nos pela inconstitucionalidade<strong>do</strong> Projeto de Lei n.O 1 :336, de 1979, de autoria <strong>do</strong> ilustreDeputa<strong>do</strong> Octavio Torrecílla.Sala da Comissão, de de 1979. - AntônioDias, Relator.111 - Parecer da ComissãoA Comissão de Constituição e Justiça, em reumao de suaTurma "A", opinou, unanimemente, pela inconstitucionalidade <strong>do</strong>projeto n,O 1. 337179, nos termos <strong>do</strong> parecer <strong>do</strong> Relator.Estiveram presentes os Senhores Deputa<strong>do</strong>s Djalma Marinho,Presidente; Antônio Dias, Relator; Brabo de Carvalho, ClaudinoSales, Gomes da Silva, Jorge Cury, José Frejat, Marcelo CerqueIra,Nilson Gibson, Roque Aras, Sérgio Murilo e Tarcisio Delga<strong>do</strong>.Sala da Comissão, 19 de setembro de 1979. - Djalma Marinho,Fresídente - Antônio Dias, RelatorPROJETO DE RESOLUÇAO N.o 73" DE 1979(Do Sr. Albérico Cordeiro)Dispõe sobre a criação da Comissão <strong>do</strong> Distrito Federal.lÁ Mesa.)A Câmara <strong>do</strong>s Deputa<strong>do</strong>s resolve:Art, 1.0 Inclua-se, entre os itens <strong>do</strong> art. 23 da Resoluçãon. O 3D, de 31 de outubro de 1972, que aprova o Regimento Internoda Câmara <strong>do</strong>s Deputa1ios, um item de número V, com a seguinteredação, e renumeran<strong>do</strong> os que se seguem:"V - Comissão <strong>do</strong> Distlito Federal;"Art, 2.° Acrescente-se aos parágrafos <strong>do</strong> art. 28 da mesmaResolução o seguinte, com o numero 5°, remuneran<strong>do</strong> os demais:"s 5,° A Comissão <strong>do</strong> Distrito Federal compete opinar sobrematérias <strong>do</strong> interesse desta Unidade da Federacão, cspecifica­. mente aquelas que não sej am da competência exclusiva <strong>do</strong> Sena<strong>do</strong>Federal, nos termos <strong>do</strong> ~ 1.0 <strong>do</strong> art. 17 da Constituição FederaL"2. A Câmara <strong>do</strong>s Deputa<strong>do</strong>s não possui tal órgão técnico, oque se justIfica em função da competência especifica <strong>do</strong> Sena<strong>do</strong>Federal. Acreditamos que tal omissão da Câmara em posicionar-secomo organização em múltiplos aspectos da realidade econômica esocial da cidade onde está instala<strong>do</strong> o Poder LegislatIVO não devemanter-se. Muitos são os argumentos para que a Câmara possua.nos termos <strong>do</strong> Projeto que ora encaminhamos à análIse de nossospares, uma Comissão Permanente <strong>do</strong> Distrito FederaL Procuraremosanalisá-los a seguir3. Em primeiro lugar, o próprio texto constitucional designaos Deputa<strong>do</strong>s como "representantes <strong>do</strong> povo", enquanto os Sena<strong>do</strong>resrecebem a designação de "representantes <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s",isto nos arts. 39 e 41. Não resta dúvida de que a atividade <strong>do</strong>Poder Legislativo face ao Governo <strong>do</strong> Distrito Federal é a derepresentante <strong>do</strong> povo, na medida em que, pelo próprio méto<strong>do</strong> desua escolha, o Senhor Governa<strong>do</strong>r <strong>do</strong> Distrito Federal se assemelhaa um Ministro de Esta<strong>do</strong>, ou melhor comparan<strong>do</strong>, a um titularde Embaixada, submeti<strong>do</strong> que é tão somente a um processo deaprovacão <strong>do</strong> nome proposto pelo Senhor Presidente da Repúblicaà consideracão <strong>do</strong> Sena<strong>do</strong> Federal, confOrme dispõe o art. 42, itemIV da Constituição. Trata-se de processo meramente homologatóriodlstmto, por sua natureza <strong>do</strong> processo eletivo, rr..esmo indireto.4. Não representa o Senhor Governa<strong>do</strong>r, em que pesem asqualidades pessoais e a competência técnica que disponham osocupantes <strong>do</strong> alto cargo, o povo que habita a Capital da RepÚblica,mas um representante, em essência, <strong>do</strong> Poder Executivo Federal,que o designou. Necessário, pois, à população de Brasilia, que osSenhores Deputa<strong>do</strong>s, como "representantes <strong>do</strong> povo", estejam efetivamenteenvolvi<strong>do</strong>s no processo de controle legislativo das ações<strong>do</strong> Governo <strong>do</strong> Distrito Federal, de comum acor<strong>do</strong> com os SenhoresSena<strong>do</strong>res.5. Á interpretação <strong>do</strong> estatui<strong>do</strong> pelo ~ Lo<strong>do</strong> art, 17 da Constituição,por outro la<strong>do</strong>, deve-se dar uma interpretação restrita,e não demasia<strong>do</strong> abrangente. O fato de caber ao Sena<strong>do</strong> Federala competência de "discutir e votar projetos de lei sobre matériatributária e orçamentália, serviços públicos e pessoal da administração<strong>do</strong> Distrito Federal", conforme preceitua o cita<strong>do</strong> parágrafo,não ellmina a necessidade da outra Casa <strong>do</strong> <strong>Congresso</strong> <strong>Nacional</strong>possmr Comissão Permanente que lhe permita, após a competenteanâlise técnica, discutir e votar projetos, de lei sobre oL'istrito Federal, mas que não se refiram especificamente às matériasreferidas no texto constitucional e, por outro la<strong>do</strong>, realizarestu<strong>do</strong>s, análises, propostas, levantamentos, sobre os assuntos referi<strong>do</strong>sno texto da Carta Magna, e outros mais, mesmo quan<strong>do</strong>tais atividades não geram ação iegislativa específica, em termosde projetos de lei6. Vale ai a observação, apresentada por grande número deestudiosos de Ciência Politica e de Direito Público, de que a grandemIssão <strong>do</strong> Poder Legislativo na sociedade contemporânea é justamentea de serVIr de forum para o debate das grandes questõespolíticas e administrativas da comunidade. Ver o papel <strong>do</strong> PoderLeglBlativo apenas em termos de sua atividade legiferante representanão ievar em consideração tal perspectiva,7. A presente proposicão é a mais recente de uma série detentatIvas encetadas por Ilustres parlamentares que procuraramsanar a inaceitável omissão da Câmara <strong>do</strong>s Deputa<strong>do</strong>s no quetoca aos problemas <strong>do</strong> Distrito FederaL Assim, o Deputa<strong>do</strong> JuarezBernardes em 1971, José Camargo em 1973, Siqueira Campos em1974 e novamente em 1975, tentaram to<strong>do</strong>s constituir a Comissãoque ora intentamos implantar. O fato destas tentativas não teremalcança<strong>do</strong> êxito, não nos preocupa, porquanto acreditamos quese trata de uma idéia cuja hora afinal chegou, face à preocupaçãogeneralizada que sentimos entre nossos pares para com 05problemas da Capital F.ederal,8. Temos consciênc,ia, nós, da Cãmara <strong>do</strong>s Deputa<strong>do</strong>s, dagrande validade da Idéia, e <strong>do</strong>s relevantes serviços que tal Comissãoirá prestar à Casa, permitin<strong>do</strong> que os parlamentares tenhamoportunidade de participar da discussão <strong>do</strong>s assuntos relativos aBrasilia, <strong>do</strong>s quais não pode, de forma alguma, estar ausente anossa Casa ,'<strong>do</strong> <strong>Congresso</strong> <strong>Nacional</strong>.Certos de que o presente Projeto de Resolução terá a análiseArt. 3° Esta Resolução entrará em vigor na data de suapublicação.objetiva necessária para seu aperfeiçoamento, temos também ,ª'certeza de que encontrará, finalmente, condições para realizar'Art. 4.° Revogam-se as disposições em contrário.esta adição tão necessária ao Regimento Interno que disciplinaJustificaçãoas ações desta Casa.Estabeleceu-se, na Constituição de W67, o preceito de que determinadasquestões de administração <strong>do</strong> Governo <strong>do</strong> Distrito Aprova<strong>do</strong> o Projeto, teremos, paralelamente a uma maiorFederal deveriam ser examinadas, com exclusividade, pelo Sena<strong>do</strong> agilização da Câmara relativa ao Distrito Federal, uma real melhoriada qualidade da administração publica em Brasília, comoFederal, Tem si<strong>do</strong> justamente em função desta competência exclusiva,definida pelo que preceitua o § 1.0 <strong>do</strong> art. 17 <strong>do</strong> texto resulta<strong>do</strong> da ação fiscaliza<strong>do</strong>ra <strong>do</strong>s membros desta Casa.constitucional, que o Sena<strong>do</strong> Federal possui, atualmente, no seuelenco de Comissões Permanentes, a Comissão <strong>do</strong> Distrito Federal. Sala das Sessões, de de 1979. - Albérico Cordeiro.


Outubro de 19"1'9 DlARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seçâo l) Sexta-feira 19 11531LEGISLAÇÃO CITADA, ANEXADA PELA COORDENAÇÃODAS COMISS6ES PERMANENTESRESOLUÇAO N.o 30, DE 31 DE OUTUBRO DE 1972Dispõe sobre o Regimento Interno da Câmara <strong>do</strong>sDeputa<strong>do</strong>s. -TiTULO IIDos órgãos da CâmaraCAPiTULO IIDas ComissõesSEÇÃO IDisposições GeraisArt. 23. As Comissões Permanentes são:I - Comissão de Agricultura e Política Rural;II - Comissão de Ciência e Tecnologia;III - Comissão de Comunicação;IV - Comissão de Constituição e Justiça;V :- Comissão de Economia, Indústria e Comércio;VI - Comissão de Educação e Cultura;VII - Comissão de Finanças;VIII - Comissão de Fiscalização Fmanceira e Tomada deContas;IX - Comissão <strong>do</strong> Interior;X - Comissão de Minas e Energia;XI - Comissão de Redação;XII - Comissão de Relações Extenores;XIII - Comissão de Saúde;XIV - Comissão de Segurança <strong>Nacional</strong>;XV - Comissão de Serviço Público:XVI - Comissão de Trabalho e Leglslàção Social;eXVII - Comissão de Transportes.•••••• •••• 0' ••••••••••••• ,., ••••••••••••• , .••••••••• ' •••••••••••.CONSTITUIÇAO DA REPúBLICA FEDERATIVA DO BRASILEMENDA CONSTITUCIONAL N." 1, DE 17 DE OUTUBRO DE 1969TiTULO I..... '." "Da Organização <strong>Nacional</strong>, .CAPÍTULO IVDo oistríto Federal e <strong>do</strong>s TerritóriosArt. 17. A lei disporá sobre li. orgamzação adnlInistrativa ejudiciária <strong>do</strong> Distrito Federal e <strong>do</strong>s Terrltórjos.~ 1.0 Calíerá ao Sen~<strong>do</strong> Federal discutir e votar projetos de:lei sobre matéria tributária e orçamentária, serviços públicospessoal da administração <strong>do</strong> Distrito Federal.••••••••••••••••••••.•••••••.• j.l,'ROJETO DE RESOLUÇAO N.o 74, DE 1979I Do Sr. SérgIO MurIlo)Cria a Comisslio <strong>do</strong>s Municí1Jios (CM) e altera dispOl'litivos<strong>do</strong> Regimento Interno da Câmara <strong>do</strong>s Deputa<strong>do</strong>s.là Mesa.)A Câmara <strong>do</strong>s Deputa<strong>do</strong>s resolve:Al·t. 1.0 A Comissão <strong>do</strong>s Munlclpios I CMI é o órgão técnico daCâmara <strong>do</strong>s Deputa<strong>do</strong>s. destina<strong>do</strong> â investigação. análise, entrowmentoe permanente cooperação <strong>do</strong> Poder Legislativo com asPrefeitu'ras Municipais e Câmaras de Verea<strong>do</strong>res.Art. 2." Constituem atrlbuiçõe,;; primordiais da Comissão <strong>do</strong>sMunicípios 10M):I - Promover estu<strong>do</strong>s, pesquisas, análises, iniciativas e providênciasespecificas sobre a situação. necessidades e problemasbásicos <strong>do</strong>s Municiplos Brasíleiros.II - Examinar levantamento. projetos e Iniciativas em andamentono âmbito da Câmara <strong>do</strong>s Deputa<strong>do</strong>s, <strong>do</strong> Sena<strong>do</strong> Federal,e <strong>do</strong> Poder Executivo da União. de Interesse para os Municípios.III ~ Selecionar. estabelecer prioridades e acionar pesquisa,estu<strong>do</strong>s, simpósios. cursos, congressos. projetos, iniciativas. suge:stõese providências concretas no que se refere à regulamentaçaode dispositivos constitucionais. elaboração legislativa. aprimora-••mento e consolidação, da leglslacão. de interesse <strong>do</strong>s Munlciplos.colaboração Intergovernamentai. política tributária. descentralizaçãoadministrativo e aperfeiçoamento <strong>do</strong> Sistema Federativo.Art. 3.° A Comissão <strong>do</strong>s Municípios ICM, disporá de umaAssessoria Técnica e.specializada incumbida de assegurar o seuperfeito funcionamento. rendimento e eficiência.Art. 4.0 A Me.sa da câmara proporcionará à Comissão <strong>do</strong>sMunicípios ICMI a infra-estrutura técnico-admlnistmtivo de pessoal,Instalação e recursos necessárlo.~ ao desempenho de suas atribuições.Art. 5.° Acrescente-se ao art. 23 <strong>do</strong> Regimento Interno da Câmara<strong>do</strong>s Deputa<strong>do</strong>s, que dispõe sobre as Comissões Permanentes:':XVIII - Comissão <strong>do</strong>s Municipios ICMI."Art. 6.° O número de membros da Comissão <strong>do</strong>s Municípios(CM) será fixa<strong>do</strong> em ato da Mesa, assegura<strong>do</strong>s a representaçãoproporcional <strong>do</strong>s parti<strong>do</strong>s, e levan<strong>do</strong>-se em consideração. igualmente,a participação equItatíva <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s e Territórios.JustificaçãoO, problemas <strong>do</strong>s municípios já não se confinam dentro <strong>do</strong>slimites das suas áreas, mas, expandem-se de uns para outros, adquirin<strong>do</strong>dimensão estadual e nacional,A tendência à centralização vertical tem feito a União assumira posição de responsável pela prestação direta <strong>do</strong>s mais dIverso,serviços públicos, inclusive daqueles que, ao longo <strong>do</strong> tempo,eram reserva<strong>do</strong>s às autoridades municipais cujos administra<strong>do</strong>res,em muitos casos, passaram a ser meros agentes <strong>do</strong> poderfederal.O Executivo central avocou a quase totalidade <strong>do</strong>s poderes e<strong>do</strong>s recursos financeiros.Os problemas urbancs, os programas de habitação, de saneamento,de assistência hospitalar, os investimentos no setor deenergia elétrica, de telecomunicações. de transporte urbano, osque concernem à educação, à ahmentação. já poluição ambiental,ao trãnsito e os de segurança e policiamento figuram no elencodas atividades que dependem. fundamentalmente. <strong>do</strong> GovernoFederal que administra. 110íe. direta ou Indiretamente. cerca de70':, da poupança nacional.Da arrecadação tnbutána nos munIclpios. a eles cabem. apenas.7.2~;.Esta ê a realidade que vem provocan<strong>do</strong> as dlstorcões <strong>do</strong> sistemafederativo, resultan<strong>do</strong> no crescente enlra(wecimento da autonomiamunicipal.No Sena<strong>do</strong>, o eminente lIder municlpalista Lomanto Júnior,atravês <strong>do</strong> Proíeto de Resolução n." 28/79. propôs a criação daC01111ssão de Municípios.A louvável e oportuna iniciativa, mereceu longo e brilhanteparecer <strong>do</strong> Sena<strong>do</strong>r Murilo Badaró, que contou com. a aprovação<strong>do</strong>s representantes de ambos Parti<strong>do</strong>s.Cabe à Cámara. sem dúvida. acompanhar o exemplo,Plenário da Câmara <strong>do</strong>s Deputa<strong>do</strong>s. 10 de outubro de 1979.Sérgio Murílo.LEGISLAÇAO CITADA. ANEXADA PELA COORDENACAODAS COMISSOES PERMANENTES .RESOLUÇÃO N.o 30, DE 31 DE OUTUBRO DE 1972Dispõe sobre o Regimento Intel'no da Câmara d.ogDeputa<strong>do</strong>s. "TíTULO II. .Dos Órgãos da Câmara,.. . .CAPÍTULO IIDas ComissõesSEÇÃO IDisposições GeraisArt. 23 As Comissões Permanentes são:I - Comissão de Agricultura e Politica Rural;II - Comissão de Ciência e TecnologIa;III - Comissão de Comunicação;IV -- Comissão de ConStituição e Justiça;V - Comissão de Economia, Indústria e Comércio;VI - Comissão de Educação e Cultura;


11532 Sexta-feira 19 DIARIO DO CONGRESSQ NACIONAL (Seção Il Outubro de 19'iiVII - Comissão de Fi.nanças;VIII -Contas;Comissão de Fiscalização Financeira e Tomada deIX - Comissão <strong>do</strong> Interior;X - Comissão de Minas e Energia;XI - Comissão de Redação;XII - Comissão de Relações Exteriores:XIII - Comissão de Saúde;XIV - Comis.são de Segurança <strong>Nacional</strong>;XV - Comissão de Serviço Público;XVI - Comissão de Trabalho e Legislação Social; eXVII - Comissão de Transportes.ERRATARepublica-se em virtude de novo despacho <strong>do</strong> Sr. presidente,ten<strong>do</strong> em vista requerimento de desanexação.PROJETO DE LEI N.o 846, DE 1979


Ou.tubro de 1979 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seçiio I) Sexta-feira 19 11533área lindeiro. com a Bahiá, Piauí e Maranhão, constitui-se numaregião probíéma para o Esta<strong>do</strong> de Goiás. Áree; muito aban<strong>do</strong>nada,pobre, precísa realmente ser vista com interesse pelo Gov,ernoEsta\iual - que tem à sua frente nosso colega Ary Valadão ­e pelo Governo Federal.Conta no traça<strong>do</strong> <strong>do</strong> Plano Ro<strong>do</strong>viário Qüinqüenal <strong>do</strong> DNERa BR-242, estrada que parte de Salva<strong>do</strong>r e alcança Ibotirama,Feira de Santana, na Bahia, e Taguatinga, já em Goiás, corta aBelém-Brasília entre Alvorada e Gurupi, com destino a. São Félix,já nas proximidades de Mato Grosso e Pará. Essa estrada vemrealmente ajudar a solucionar o problema 'ro<strong>do</strong>viário <strong>do</strong> aban<strong>do</strong>na<strong>do</strong>nordeste goiano.Assim, Sr. Presidente, de,Sta tribuna apelo ao Sr. MinistroEliseu Resende, ao Diretor-Geral <strong>do</strong> DNER e ao Diretor <strong>do</strong> 12,0Distrito Ro<strong>do</strong>viário, com sede em Goiânia, no senti<strong>do</strong> de que, nosestu<strong>do</strong>s finaís <strong>do</strong> projeto de engenharia da BR-242, seja incluí<strong>do</strong>o trecho qUEycontinua depois de Ibotirama e Barreiras, vin<strong>do</strong> deSalva<strong>do</strong>r, que já se encontra asfalta<strong>do</strong>, até Gurupí, São Félix.Mesmo que seja estrada de terra para mais tarde ser asfaltada,já resolve em grande parte o problema <strong>do</strong> nordeste goiano.Sr. Presidente, registramos o nosso apelo ao Sr. MinistroEliseu Resende eao Diretor-Geral <strong>do</strong> DNER para que determinemos c~ta<strong>do</strong>s estu<strong>do</strong>s a fim de que o nordeste goiano saia desse isolamentoem que até hoje se encontra por falta de uma ro<strong>do</strong>viafederal cortan<strong>do</strong> o Nordeste brasileiro até São Félix, no Esta<strong>do</strong> deMato Grosso.O SR. HORACIO ORTIZ (MDB - SP. Pronuncia o seguintedisCUl"SO.1 ~ Sr. Presidente, Srs. Deputa<strong>do</strong>s, as manobras diversionistasda ARENA, quan<strong>do</strong> coloca<strong>do</strong>s contra a parede seus membrosou &eus antigos chefes, não convencem nem os seus própnosperta-vozes, pois pretendem não apenas "tapar e sol com umapeneira", ante acusações irrespondíveis, mas passaor ao ataque.para distrair menos a atenção <strong>do</strong> antagonismo <strong>do</strong> que a opiniãopública.Tal foi a tática empreg'ada, nesta tribuna. pelo Vice-LíderJorge Arbage, o mais solícito no atendimento a essas missões,cuja. imaginação cna<strong>do</strong>ra poderia. perfeitamente. preencher osclaros de toda a equipe governamental.Pretenden<strong>do</strong> responder a uma acusação <strong>do</strong> nosso colega JoãoCunha, o ilustre representante arenista. paraense produziu, aqui,uma l'erdadeira pororoca verbal, não apenas para inocentar oPresidente Geisel, par te,r visita<strong>do</strong> o estrangeiro a convite de empresasmultinacionatsEm lugar de demonstrar que o convite partira de um Governo,ou que a viagem fora intei,ramente custeada pelo ilustre viajante.Sua Excelência preferiu acusar-l!Ios, ao Deputa<strong>do</strong> João Cunha ea mim próprio, de ter i<strong>do</strong> à Alemanha, com outros membros daComissão de Minas e Energia, sob estIpêndio da KWU, aquela empresaque realízou, com o Governo brasileiro, os contratos para ofornecimento de gera<strong>do</strong>res de energia atômica em nosso litoraLA analogia, inventada para exculpar o ex-Presidente Geisel,não tem o mínimo cabimento,Sua Exceléncia foi muito mal informa<strong>do</strong> a respeito da nossa:missão e talvez não se tenha da<strong>do</strong> ao trabalho de ler os nossos insistentespronunciamentos contra aquele contrato, mostran<strong>do</strong>, porisso mesmo, a nossa independência. Também não há tolos nas multinacionais,para estipendiar viag'ens de seus adversários, daquelesque criticam os seus negócios,- combaten<strong>do</strong>, principalmente, oslesivos aos nossos interesses nacionais. Leiam-se meus discursosde 1-6-79, antes da viagem, e de 17-9-79 e 14-9-79, to<strong>do</strong>s contráriosaos termos leoninos <strong>do</strong> contrato da NUCLEBRÁS com a KWU,Fomos à Alemanha a conVIte <strong>do</strong> Embaixa<strong>do</strong>r daquele país noBrasil, portanto, como convida<strong>do</strong>s oficiais, dispensan<strong>do</strong>, evidentemente,essa qualidade, qualquer providência de empresas privadasgermi'micas, paora a nossa hospedagem ou acolhida.Temos em mãos a carta-convite que nos foi enviada, naquelaoportunidade, para exibi-la à vista <strong>do</strong> Vice-Lider da Maioria oude qualquer colega que deseje tomar conheCImento dela, cujacópia integra este pronunciamento.Na qualidade de convida<strong>do</strong>s oficiais, pudemos visitar aquelePais, não nos sen<strong>do</strong> sonegada qualquer informação, por isso mesmofacilitada a ,missão crítica que desempenhamos, em referência aoacor<strong>do</strong> nuciear germano-brasileiro, logo que aqui chegamos.Decerto a nossa posição como membro da ComissãQ Parlamentarde ''Inquérito que faz investigações a respeito <strong>do</strong> desempenhoda PETROBRÁS, está incomodan<strong>do</strong> o Governo, a ponto defornecer inJ:prmações infundadas ao seu Lider, Difícil é responderàquelas cent.o e cinco indagações que fu:, na CPI, à F11lTROBRÁS,como suspeita a 'atuação <strong>do</strong> Presidente <strong>do</strong> órgão, protelan<strong>do</strong> suasreunIoes, enquanto a Liderança arenista se diverte trazen<strong>do</strong> àtribuna informações capciosas e ilações descabidas, porque nãoencontra uma explicação aceitável para as acusações procedentes,v,eiculadas nesta tribuna.O Governo está em dificuldade para responder ao nosso questionário.que põe em dúvida a legalidade e mesmo a moralidadede vários atos pratica<strong>do</strong>s naquela empresa estatal, que procuratornar inviolável, qua:n<strong>do</strong> a involabilldade <strong>do</strong> monopólio estatalfoi esquecida, com os contratos de risco, justamente pelo ex-PresidenteGeisel.A carta-convite a que aludi tem o seguinte teor:"Senhor Deputa<strong>do</strong>,Tenho a honm de convidar Vossa Exceléncia, em nome <strong>do</strong>Governo da República Federal da Alemanha, representa<strong>do</strong>pelo Senhor Ministro Federal de Pesquisa e Tecnologia,para uma visita à República Federal da Alemanha, a qualdeverá dar-lhe 0politunidade para informar-se diretamentesobre o mais recente desenvolvimento da tecnologia energética,particularmente no campo da energia nuclear.O programa de visita terá inicio no dia 9 de julho de1979, em Frankfurt e Karlsruhe, encerran<strong>do</strong>-se com aviagem de Munique a Viena. A data da viagem de regressode Viena a Brasília fica em aberto. Estão previstas visitasao Centro de Pesquisa Nuclear em Karlsruhe, ao Governoe ao Parlamento em Bonn, à Rheinischen BraunkohlenAG em Wesseling, ao Centro de Pesquisa Nuclear ,emJÜlich. às instalações de energia solar na região de Colônia/Bonn,à Kraftwerkunion em ErlangenNürnberg e àsusinas nuc}ea:res em Biblis e/ou Grafenrheinfeld, bemcomo um fim de semana em M'únique. O programa da visitaIr-ais detalha<strong>do</strong> Vossa Excelência receberá quan<strong>do</strong> chegara Frankfurt.A Embaixada da República Federal da Alemanha lamentaprofundamente não tcr si<strong>do</strong> possível. em vista das atuaisdificuldades técnicas existentes no táfego aéreo internacionale <strong>do</strong>s problemas decorrentes da temporada, reservara Vossa Excelência, para esse programa feito a curto prazo,vôos de primeira classe. Peço compreender que a viagem,de acor<strong>do</strong> com o cronograma apresenta<strong>do</strong>. só poderáser realizada na "Economy Class". esperan<strong>do</strong> que VossaExcelência esteja disposto a aceitar essa solução.Supon<strong>do</strong> que alguns <strong>do</strong>s Excelentíssimos Senhores Sena<strong>do</strong>rese Deputa<strong>do</strong>s queiram levar suas esposas, foram reserva<strong>do</strong>s,como medida de precaução, 13 lu'gares no vôo daLufthansa que sai <strong>do</strong> Rio no dia 7 de julho de 1979 e mais8 lugares no vêo da Lufthansa que sai no dia 8 de julho.Ten<strong>do</strong> em vista que falta muito pouco tempo até o início<strong>do</strong> programa de visita acima menciona<strong>do</strong>, muito lhe agradeceriaa gentileza de confirmar. o mais breve possível,a sua participação.Aprov,eito a oportunidade para apresentar a Vossa Exceiênciaos protestos de minha elevada estima e distintaconsideração. - Heinz F. Lewalter, Encarrega<strong>do</strong> de Negóciosa.i."o SR. BENJAMIM FARAH (MOB - RJ. Sem revisão <strong>do</strong> ora<strong>do</strong>r.)- Sr. Presidente, Srs. Deputa<strong>do</strong>s, o que me traz a esta tribunaé um fato extraordinário, que ocorreu ontem·: a missionáriaMadre Teresa, de Calcutá, foi agraciada com o Prêmio Nobel daPaz.Sr. Presidente, essa irmã é famosa no mun<strong>do</strong> pelas obras decaridade aos leprosos, velhos e crianças aban<strong>do</strong>nadas. Ela fun<strong>do</strong>u,em 1950, a Congregação das Missionárias da Caridade.Isolada no seu retiro religioso, devotada ao seu trabalho calitativo,sem a proteção <strong>do</strong>s poderosos, ela conquista essa grandeláurea, concorren<strong>do</strong> com 37 personalidades - entre as quais seencontrava o Presidente da República <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s e 19 01'­gamzações. Ora, a Comissão Nobel <strong>do</strong> Parlamento noruegués, responsávelpor esses prêm:os, em outTaS tempos sofreu pressão eagiu em conseqüência de influências poderosas. Não faz tempo,por ocasião da concessão anterior <strong>do</strong> Prêmio Nobel da Paz, foramcontempla<strong>do</strong>s


11534 Sexta·feira 19 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (S~ão I) Outubro de 1979que ,aí vem levasse o homem de retorno à caverna, ante a conces·são <strong>do</strong> Prêmio Nobel a uma irmã que tem espíríto de solidariedadecrístã, sobretu<strong>do</strong> àqueles que sofrem e necessitam de um poucode calor humano, louvamos esse ato de justiça, que faz acreditarnos dias <strong>do</strong> futuro.Sr. Presidente, expresso o meu entusiasmo pela outorga àMadre Teresa <strong>do</strong> Prêmio Nobel da Paz. Esta irmã católica já fora,certa vez, agraciada pelo Papa Paulo VI, e su.a congregação estáleva.n<strong>do</strong> a mensagem <strong>do</strong> Nazareno, mensagem de solidariedade,para que os homens possam entender·se não apenas no campodas grandes conquistas, da ciência, da tecnologia e <strong>do</strong> desenvolvimento,ma:s, também, acima de tu<strong>do</strong>, no seu rela-cíonamento embusca <strong>do</strong>s fracos, <strong>do</strong>s humildes, <strong>do</strong>s que sofrem e <strong>do</strong>s que nãopodem lutar. As missionárias da Caridade, lideradas pela MadreTeresa, têm por certo uma bandeira que é impulsionada: pelo coração,vale di2ietr, pelo amor.O SR. JOSiF; DE CASTRO COIMBRA (MDB - SP. Pronunciao seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputa<strong>do</strong>s, inicialmentea crise hospitalar atingiu os Hospitais particulares que mantinhamconvênio com a Previdência Social. Esta crise se estendeu aosHospitais de Misericórdia e agora chega ao Hospital das Clinicas,por absoluta falta de sensibilidade <strong>do</strong>s dirigentes. As manchetesjá anunciam "Em breve só meio Hospital das Clínicas funcio·nan<strong>do</strong>".O descaso pela saúde fica evidente em to<strong>do</strong>s os niveis.O Ministério da Previdência Social acusa os hospita:is de desonestos,principalmente no chama<strong>do</strong> pronto atendimento, mostran<strong>do</strong>estatísticas que, apa:rentemente, comprometem alguns hospitaispor abusos.A Federação Brasileira de Hospitais tem uma visão diferente<strong>do</strong> problema e mostra que, após a entrega <strong>do</strong> pronto atendimentoà rede hospitalar privada:, índices importantes de morbidade diminuíram,entre eles o da mortalidade infantil.Esta seria uma briga <strong>do</strong>méstica entre rede hospitalar e Mi·nistério da Previdência Social, que enxergam o problema sob óticasdiferentes. Coincidência ou não, o cento é que a American Medi,calInternacional Inc., neste ex;ato momento está estenden<strong>do</strong>-sepelo Brasil, em busca de lucros, que é a sua filosofia principal,conforme poderão os Srs. Deputa<strong>do</strong>s constatar pelo relatório anualÕ'essa companhia, que coloca à disposição de to<strong>do</strong>s, É uma multinacionalda saúde que, com to<strong>do</strong> o seu inegável poder econômico,vem ocupar um espaço, tiran<strong>do</strong> <strong>do</strong> Brasil no campo da sa:úde aúnica iniciativa que ainda era nacional, já que a nossa indústriafarmacêutica e de equipamentos médico-hospitalares está todaela sob direção de empresas multinacionais. .A iniciativ.a privada 'e mesmo a governamental estão profundamenteameaçadas com a instalação no Brasil de um escritórioda American MedicaI Internacional, que em pouquíssimo ,tempojá asst."'1lliu a assistência médica da AÇQMINAS e agora os hospitaisd~ Taubaté. E assume prometen<strong>do</strong> lucros, embora a Irmandadede Taubaté seja 'entid(!lde filantrópica sem fins lucraticos.O contrato entre a AMI e a Irmandade de Taubaté é a maioraberração que se possa imaginar, principfr1mente porqué um hospitalque foi construí<strong>do</strong> com 11 participação da coletividade estásen<strong>do</strong> entregue de mão beijada a uma empresa multinacional poruma mesa rege<strong>do</strong>ra que, por incapacidade, na melhor das hipóteses,levou aqueles hospitais a uma s~tuação insustentável.Quero consignar to<strong>do</strong> o nosso repúdio a essa manobra altamentedanosa aos interesses da classe médica, <strong>do</strong>s usuários e <strong>do</strong>País. O Ministério da Educação precisa manifestar-se já que aFaculdade de Medicina de Taubaté depende. <strong>do</strong>s hospitais. O Ministérioda Previdência Social precisa ,er o relatório da AmericanMedicaI Internacional, para certificar-se de que o lucro, as açõesna bolsa, o aumento de internações, o crescimento <strong>do</strong> movimentoambulatorial são seus objetivos principais.Certamente as verbas que faltam para os hospitais públicose priva<strong>do</strong>s não faltarão para a American MedicaI Internacional,qp.e se mostra muito confiante na sua "capacidade de administrar".Era o que tinha a dizer..O SR. RUY CODO (MDB - SP. Sem revisão <strong>do</strong> ora<strong>do</strong>r.) - Sr.Presidente, Srs. Deputa<strong>do</strong>s, na semana passada, participan<strong>do</strong> dainauguração ,<strong>do</strong> Conselho Regional de Farmácia, em São Paulo,o ilustre Professor da Faculdade de Fai"mácia da Universidadede São Paulo, Dr. Bruno Carlos de Almeida Cunha divulgou algunselementos a mais relaciona<strong>do</strong>s como os produtos farmaéêuticos,naturalmente se basean<strong>do</strong> naquelas declíi\rações que fiz destatribuna na semana passada.Sr. Presidente, quero dizer que tantas vezes quantas forem necessáriasabordarei este assunto desta tribuna em beneficio <strong>do</strong>consumi<strong>do</strong>r brasileiro, que não pode ser espolia<strong>do</strong>, conforme estásen<strong>do</strong>, pelas multinacionais.S. s.a me enviou uma carta v·azada nos seguinte termos:"São Paulo, 16 de outubro de 1979.Ex.mo Sr..Deputa<strong>do</strong> Ruy Cô<strong>do</strong>CPI <strong>do</strong>s MedicamentosCâmara <strong>do</strong>s Deputa<strong>do</strong>sBrasília - DF'Senhor -Deputa<strong>do</strong>:CUmprimentan<strong>do</strong>-o, em primeiro lugar, pela sua brilhanteatuação na Câmara <strong>do</strong>s Deputa<strong>do</strong>s e, em particular, pelasua denodada luta em prol <strong>do</strong>s interesses maiores dasaúde pública brasileira:, gostaria de submeter a VossaExcelência algumas considerações no que diz respeito àindústria farmacéutica transnacional atuante no Brasil.A indústria farmacêutica, pela própria natureza de suasatividades, se orgulha de investir, com certa liberalidade,em pesquisa, na procura constante de novos farmacos emodificaçôes de medicamentos existentes, tornan<strong>do</strong>-osmais eficientes. Prova disto é que, de 194D a 1975, o arsenalterapêutico foi aumenta<strong>do</strong>, no merca<strong>do</strong> norte-americano,de 971 novos farmacos. Em 1975, o custo médio de introduçãode um novo farmaco, oscilou entre 3 e 10 milhõesde dólares.Cláudio Moura Castro, presidente da CAPES, declarou recentementeem São Paulo, que 90% da pesquisa feita noBrasil são desenvolvidas na universidades.É lamentável, portanto, que, sen<strong>do</strong> as empresas farmacêuticastidas e havidas como ávidas por pesquisas e sen<strong>do</strong>,no Brasil, a Universidade o centro de pesquisa por excelência,não haja interesse da indústria em subvencionarpesquisa tecnológica, na área de medicamentos. pela Uni­Versidade.Permita-me, Senhor Deputa<strong>do</strong>, lembrá-lo de que o merca<strong>do</strong>de medicamentos no Brasil, entre 73/77, totalizouUS$ 5,392,217,721 com lucros superiores a US$ 58 milhões.A Indústria FarmacêutiCa importou, em 1974, mais de 200milhões de dólares em matéria-prima e não investiu nemum só centavo em pesquisa tecnológica na UniversidadeBrasileira.Aliás, é interessante como, em algumas instâncias, empresastransnacionais estão envolvidas na perda de knowhowbrasileiro, de mo<strong>do</strong> que posteriormente o Brasil sejaforça<strong>do</strong> a adquiri-lo no exterior. Caso tipico é o da insulina,produzida pela Laborterápica até 1954. Sua produçãofoi descontinuaàa depois que a Bristol adquiriu o controlefinanceiro daquela empresa.Presentemente, uma empresa brasileira, com o apoio <strong>do</strong>Governo, está inician<strong>do</strong> uma joint-venture com 05 LaboratóriosLilly para a produção de insulina. O que aconteceucom o know-how que tinhamos?~xportamos 400 toneladas anuais de pâncreas, de onde seextrai a insulina, para ficarmos na dependência de fornecimentoexterno de insulina, pela qual pagamos 11. 000 dólareso quilo!Qual o critério utiliza<strong>do</strong> pelas transnacionais para o lançamentode novos produtos no merca<strong>do</strong> brasileiro? O Brasiltem 80 milhões de verminóticos (a venda de vermifugoscorresponde apenas cerca de 1,3% <strong>do</strong> total das vendas demedicamentos no Brasil) 12 milhões de chagásicos e 10milhões de esquistossomóticos. Apesar <strong>do</strong> apregoa<strong>do</strong> valorterapêutico <strong>do</strong>s 1.700 antibióticos, sob diferentes apresentações,as <strong>do</strong>enças infecciosas ainda representam 50% da:causa mortis de menores de 1 ano no Brasil. Poliavitaminoses,como tais, são raras. No entanto, mais de 7% <strong>do</strong>valor das vendas de medicamentos no Brasil são devi<strong>do</strong>saos polivitamínicos Para isto o País importou, em 1978,Cr$ 357.000.000,00 em vitaminas, <strong>do</strong>s quais Cr$ 152.000.000,00apenas em vitamina C. Serão os nossos cítricos desprovi<strong>do</strong>sde vitamina C?Senhor Deputa<strong>do</strong> Ruy Cô<strong>do</strong>, vários seriam os exemplos quepoderiam ser cita<strong>do</strong>s, mostran<strong>do</strong> a inadequação <strong>do</strong> arsenalterapêutico disponível ao quadro nosológico brasileiro; adesnecessária importação de insumos básicos farmacêuticos;o "esquecimento" de know-how brasileiro; a promoçãoda "utilização de medicamentos em casos desvincula<strong>do</strong>sda sua utilidade ou necessidade real"; e o descaso com·pleto, absoluto e total demonstra<strong>do</strong> pela inci'ústria farmacêuticaem subsidiar, promover ou apoiar o desenvolvimentode projetos em Faculdades de Farmácia visan<strong>do</strong> ao


Outubro de 1979 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL


11536 Sexta-feira 19 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (seçáo I) Outubro de 19'71ties, mas se desenvolve tecnologia com recursos próprios, internamente.Ao invés de ajudar, contu<strong>do</strong>, o MIe prefere ser porta-voz<strong>do</strong>s intereSlles multinacionais, formulan<strong>do</strong> e submeten<strong>do</strong> ao Legislativoo incestuoso anteprojeto de lei, contan<strong>do</strong> já com o lo·bbyda recém-crIada ANAGRI - Associação <strong>Nacional</strong> de Difusão daMecani2lação Agrícola - patrocinada pela Ford, Caterpíllar, Valmete Massey-Ferguson, que é também interlocutora privilegiada noseio <strong>do</strong>s tecnocratas oficiais e atua a pleno vapor lutan<strong>do</strong> para- aimediata aproV'ação da lei antinacional, ora em trll.mitação.Se aprova<strong>do</strong> aquele anteprojeto, teremos a consagração e aceitede prática de monopólio, abuso de poder econômico, impedimentope prática da livre iniciativa na comercialização de máquinas eimplementos agrícolas. Levará à insolvência os fabricantes nacionais,eis que não possuem poderio econômico para manter umarede de revende<strong>do</strong>res no Pais. Nessa hora, as multinacionals darãoo bote final: assumirão o controle e monopolizarão o setor. "Aexemplo <strong>do</strong> que já ocorreu com a "Fábrica Jumil", de Batatais ­SP, já controlada pela "Flat-Allys-Chalmers"; e com a "Fábricade Colhedeira Ideal", <strong>do</strong> Rio Grande <strong>do</strong> Sul, adquirida pela "InternationalHerwester". É oportuno o grito <strong>do</strong> industrial LineuTomaz, presidente da Associação para Defesa da Pequena e MédiaEmpresa Brasileira: "Nossas empresas não têm condições de terum revende<strong>do</strong>r exclusivo e suas marcas acabarão desaparecen<strong>do</strong>,absorvidas pelas grandes".Os Srs. Deputa<strong>do</strong>s e Sena<strong>do</strong>res integrantes daquela ComissãoMista não podem admitir a aprovação <strong>do</strong> anteprojeto como estáelabora<strong>do</strong>. Sob pena de contribuírem na co-autoria de um crimecontra os interesses nacionais, em favor 'das multinacionais.O SR. ALBERTO GOLDMAN (MDB - Sr. Pronuncia o seguintediscurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputaaos, a ganância patronale a falsidade <strong>do</strong>s índices de reajustes salariais determina~ospelo Goyerno ameaçam le1iar a maior categoria profissional destePaís - os metalúrgicos de São Paulo. Guarulhos e Osasco - a umagreve em defesa de melhores salários e melhores condições detrabalho.Na discussão que se vem travan<strong>do</strong> entre patrões e trabalha<strong>do</strong>resmetalúrgicos, aqueles não escondem a disposição de, se possivel,conceder o mínimo reajuste salatial à categoria, a partir de1. 0 de novembrO'. A proposta de um aumento escalona<strong>do</strong> a partir <strong>do</strong>índice governamental até o máximo de 56% comprova que ospatrões se preocupam, tão-somente, em manter e ampliar as suastaxas de lucros às custas da miséria e da opressão da classe trabalha<strong>do</strong>ra.To<strong>do</strong>s sabemos que, já hoje, o índice de aumento de preçosno perío<strong>do</strong> <strong>do</strong>s últimos 12 meses alcançou 50% e que a previsãopara o total <strong>do</strong> ano de 1979 é de cerca de 70%. Além disso, a perspectivapara os próximos meses é de aumento <strong>do</strong> custo de vida,mensalmente, de 6 a 8 por cento. Ainda, o índice agora divulga<strong>do</strong>pelo Governo, para os reajustes salariais, é de 50%, abaixo, pois,<strong>do</strong> aumento real <strong>do</strong> custo de vida e, ainda mais, sem levar em contaos índices de produtividade.Dessa forma, o reajuste proposto pelos patrões, de 5Ô% até56%, situa-se bem abai&o <strong>do</strong> aumento <strong>do</strong> custo de vida e <strong>do</strong>s aumentosde produtividade, o que levaria a uma perda <strong>do</strong> poderaquisitivo <strong>do</strong> sa:lário <strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res e a 'um aumento brutal<strong>do</strong>s lucros das empresas.Essa propo~ta patronal é uma agressão à inteligência <strong>do</strong>strabalha<strong>do</strong>res e um desrespeito aos seus direitos, e subestimaa sua disposição de luta. Sem dúvida, nesses termos, o resulta<strong>do</strong>será a paralisação <strong>do</strong> trabalho por parte <strong>do</strong>s metalúrgicos,única arma que têm para obrigar os patrões a agirem com maisrespeito e decência.Os trabalha<strong>do</strong>res não fícam, no entanto. nas reivindicaçõeseconômicas. São também suas reivindicações a garantia de empregoaos delega<strong>do</strong>s sindicais e às comissões de fábrica, a estabilidadeno emprego, '8. unificação das datas-bases para fins de reajustamentosalarial, o congelamento <strong>do</strong>s preços <strong>do</strong>s gêneros deprimeira necessidade, a fiscalização da assistência médica prestadapelas empresas etc.Em torno disso se vem fazen<strong>do</strong> a mobilização <strong>do</strong>s metalúrgicos,e para isso devem contar com o apoio e a solidariedade de toda aCâmara <strong>do</strong>s Deputa<strong>do</strong>s. É preciso, de uma vez por todas, mostraraos governantes e ao empresaria<strong>do</strong> que os trabalha<strong>do</strong>res não estãomais dispostos 11 continuar na miséria enquanto servem de instrumentoao enríquecimento de algumas poucas e grandes empresasnacionais e estrangeíras.A mobilização e 'a organização <strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res, feitas comfirmeza e serenidade, irão levá-los à vitória. Esta poderá dar-se nanegociação apenas, ou pelo uso <strong>do</strong> instrumento da greve. Semdúvida, os trabalha<strong>do</strong>res preferem o primeiro caminho, mas, sefor preciso, saberão usar o segun<strong>do</strong>. Depende muito mais <strong>do</strong>s patrões<strong>do</strong> que deles próprios.Sr. Presidente, recebemos também <strong>do</strong>s funcionários <strong>do</strong> Institutode Pesquisas Energéticas e Nucleares - IPEN - antigoInstituto de Energia Atômica de São Paulo, o seguinte comunica<strong>do</strong>:"Como é <strong>do</strong> consenso geral, a energia nuclear no Brasile no mun<strong>do</strong> é um fato real, concreto e irreversivel. Emvista dísso, ressaltamos os seguintes aspectos inerentes aoInstituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN):- Esta instituição é pioneira na formação de pessoaltécnico-cientifico altamente especializa<strong>do</strong> e abrange atualmenteo maior contingente ativo no campo - mais de500 especialistas - e desenvolve pesquisas de relevanteimportância na área nuclear, que resultam em publicações·a nivel nacional e internacional.- A maior parte <strong>do</strong> quadro de especialistas em energianuclear no Brasl.l foi e continua sen<strong>do</strong> formada emlarga escala por esta instituição por meio de seus cursosde especialização e pós-graduação, sen<strong>do</strong> estes especialistasos mais aptos a levar avante a tarefa de assimilaçãode tecnologia inerente ao acor<strong>do</strong> n,uclear.- Destaca-se ainda a importância destlil instituição naárea relacionada com a produção de energia, haj a vistaos trabalhos e estu<strong>do</strong>s realiza<strong>do</strong>s sobre os diferentes tiposde reatores, bem como a produção de radioisótopos, quepossui larga aplicação na medicina, indústria e engenharia,também na área de proteção radiológica, instrumentaçãoe eletrônica, processamento de da<strong>do</strong>s etc.Em vista <strong>do</strong> exposto, levanta-se a questão de que se ,outrosórgãos, tais como CNEN e NUCLEBRAS, possuemuma política salarial bem diversa da nossa instituição,por que não sermos equipara<strong>do</strong>s a estes órgãos? E porque nossa marginalização? Mediante os fatos apreBenta<strong>do</strong>s,temos consciência de nossa grande responsabilidadeem termos de pesquisa na área nuclear brasileira e emmomento algum quisemos nos omitir dessa responsabilidade.Solicitamos apenas as condições mínimas paraque possamos efetívamente cumprir as tarefas que noscabem no contexto geral da nação.Os funcionários técnicos <strong>do</strong> IPEN sentem-se no dever deesclarecer sua tomada de posição diante da atual Situaçãosalarial em que se encontram."Assim sen<strong>do</strong>, esses funcionários receberam uma proposta, depoisde um ano e meio - sem alteração salarial, desde marÇOde 1978 - de alteração salarial de 30%, a partir de novembro de1979, o que, sem dúvida é um absur<strong>do</strong> da direção daquele institutoe <strong>do</strong> Governo <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> de São Paulo. Os emprega<strong>do</strong>s entraramem greve, paralisaram seus trabalhos, sem dúvida comjusta razão. Eles merecem 'a nossa solidariedade e a de toda aCasa, bem como a quantos conhecem a responsabilidade que recaisobr·e esses técnicos no avanço da tecnologia, principalmente naárea nuclear no Esta<strong>do</strong> de São Paulo e em to<strong>do</strong> o País.O SR. MARIO BATO (MDB - SP. Pronuncia o seguinte discurso.)- Sr. Presidente, Srs. Deputa<strong>do</strong>s, ocupo a tribuna parafazer algumas denúncias a esta Casa e à Nação, as quais exigemenérgicas providências <strong>do</strong> Governo para que sejam urgentementes~adas, antes que se tornem problemas sociais insuportáveis,POlS o valor humano e o brio <strong>do</strong> povo brasileiro estão em jogo. .Denunciamos à Nação a existência de um complô entre órgãos<strong>do</strong> Ministério da Saúde e entidades part,jculares com fins lucrativos,em relação ao câncer no Brasil. Várias bombas de cobalton,! val.o~ superi0:r: a 10 milhões de dólares foram <strong>do</strong>adas peloMinisteno a particulares, duas das quais ao Instituto Brasileirode Controle e à Fundação Centro de Pesquisas de Oncologia, depropriedade <strong>do</strong> médico Sampaio GÓis, enquanto o Instituto Arnal<strong>do</strong>Vieira. de Carvalho, de São Paulo, a primeira entidadeespecializatla em câncer da América Latina, está praticamentec?m ~ portas fechadas por falta de apoio oficial. O mais gravemnda e que algumas das bombas de cobalto oferecidas pelo Ministéríoda Saúde aos seus apadrinha<strong>do</strong>s estão totalmente paradashá al!?o'uns anos, sem nenhuma aplicação, enquanto o câncer devo~ra milhares de brasileiros.~enunci~m?s à Nação os primeiros passos de gigante que, comapetite economlCO devora<strong>do</strong>r, quer entrar na i:ndústria <strong>do</strong> câncerque se implantou no País: referimo-nos ao Sr. Daniel Ludwig,<strong>do</strong> Proj·eto .Jari. Exigimos que as autoridades brasileiras não dêemapoio e lhe neguem privilégios, pois suas pretensões são as deapertar e sugar o corpo de milhares de brasileiros atingi<strong>do</strong>s poresse triste mal que dilacera milhares de famílias.Denunciamos à Nação a monstruosa ação <strong>do</strong> multinacionalLaboratório Laborterápica Bristol, que, sem autorização e con·trole oficial nenhum, faz aplicações de seu produto tóXico "Císplatinum"em brasileiros atingi<strong>do</strong>s pelo câncer, enquanto o mesmoproduto, em· seu pais de origem, os Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s, ainda estáem fase de experiências em ratos e cobaias. Atentem bem para


Outubro de 1979 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sexta-feira 19 11537este gravissimo detalhe, Sr.s. Deputa<strong>do</strong>s: no Brasil aplica-se "Cisplatínum"em reres humanos vivos, transforman<strong>do</strong>, destarte, oscancerosos em animais de experiência.Denunciamos à Nação que o atual Secretário <strong>Nacional</strong> deProgramas Especiais <strong>do</strong> Ministério da Saúde, Paulo Rios - conheci<strong>do</strong>por sua incómpetência e corrupção quan<strong>do</strong> dirigia a FundaçãoHospitalar <strong>do</strong> Pistrito Federal - está bloquean<strong>do</strong> o funcionamentodas Divisões que estão sob sua administração, principalmenteo Programa <strong>Nacional</strong> de Controle <strong>do</strong> Câncer, que está para<strong>do</strong>há quase <strong>do</strong>is anos, enquanto essa triste <strong>do</strong>ença devoramilhões de brasileiros. A incompetência administrativa é a caracteristicamais marcante e comprovada <strong>do</strong> Sr. Paulo Rios, reconheci<strong>do</strong>pela sua habilidade em desmantelar, e impor decadênciana F.undação Hospitalar Federal e agora na Secretaria <strong>Nacional</strong>de Programas Especiais <strong>do</strong> Ministério da Saúde. Na Fundação'Hospitalar <strong>do</strong> Distrito Federal, gestão Paulo Rios, ocorreu o desmantelamentoadministrativo e o <strong>do</strong> clinico e hospitalar, que chegouaos niveis mais críticos. Médicos residentes protestaramcontra o deficiente e desqualifica<strong>do</strong> oorviço presta<strong>do</strong>, os mlj,ustratos dispensa<strong>do</strong>s aos pacientes, a falta de apoio <strong>do</strong>s médicos,.transferência da quase totalidade <strong>do</strong> atendimento <strong>do</strong>s pacientes..Deles se exigia excesso de horas de trabalho com pagamento irrisória,tratamento pouco condigno e excessiva responsabilidade.O serviÇJJ de enfermagem, entregue praticam,ente aos atendentes,era da pior qualidade. Mas o Dr. Paulo Rios continuouintocável e com cartas brancas para praticar os atos de irresponsab1l1dadeadministrativa, sem que nada lhe tenha si<strong>do</strong> cobra<strong>do</strong>até agora.Por isso, Sr. Presidente, Srs. Deputa<strong>do</strong>s, já iniciamos a coletade assinaturas para a constituição de uma Oomissão Parlamentar .de Inquérito destinada a investigar essas irregularidades e outras :existentes no Ministério da Saúde, no sistema hospitalar oficial,no priva<strong>do</strong> e nas indústrias farmacêuticas em funcionamento noPais, que to<strong>do</strong>s sabemos se interessam em procurar os melhoresmeios e equipamentos para combater o câncer, mas simplesmentepam fazer parte de uma degradante, rica e próspera Indústria <strong>do</strong>Câncer que está implantada no Brasil visan<strong>do</strong> somente a exploraros milhares de brasileiros que são atingi<strong>do</strong>s por esse triste mal.O que é mais triste, nobres colegas, é que o Governo temconhecimento de todas essas irregularidades e abusos, mas nadafaz para CÇlibi-los, não por falta de conhecimento, mas por omis~são, pois tem consciência de que ,os interesses <strong>do</strong>s grupos podero~sos que exploram a indústria <strong>do</strong> câncer no Brasil estão acima <strong>do</strong>espirito de solidariedade humana que sempre existiu entre nossopovo. -O 88. TliDEI DE LIMA CMDB - SP. Sem revisão <strong>do</strong> oradltl".)- Sr. Presidente, Srs. Deputa<strong>do</strong>s, pelo menos através das informaçõesque temos pelos jornais, chegará a esta Casa, hoje, oprojeto da tão decantada reformulação partidária, que o Governoml:!,is uma vez, quer impor de cima para baixo. Foi também publi~ca<strong>do</strong> um esboço <strong>do</strong> projeto, que, sem dúvida, deve ser 1eva<strong>do</strong>muito a .sério, porque traz detalhes importantes. Analisan<strong>do</strong> esteesboço, Sr. Presidente, Srs. Deputa<strong>do</strong>s, realmente nos sentimosconfu.sos, porque, segun<strong>do</strong> a publicação <strong>do</strong> jornal, as exigênciasque o projeto faz para a criação de novos parti<strong>do</strong>s são um desincentivoao pluripartidarismo, procuran<strong>do</strong> reforçar a posiçáo governamentalnesta Casa e nos Esta<strong>do</strong>s, dan<strong>do</strong> condições a queapenas os Governa<strong>do</strong>res, através das máquinas administrativasestaduais, possam criar parti<strong>do</strong>s. Mas como os Governaelores jáse comprometeram a participar <strong>do</strong> Parti<strong>do</strong> <strong>do</strong> João então nãoexistirá o tal parti<strong>do</strong> alternativo da ARENA, chamad~ PIo Diantede toda essa celeuma criada em ·torno da reforma partidária,chegamos a três conclusões: a primeira, que o projeto hoje public~<strong>do</strong>pelo O GlObo seria totalmente falho, coisa em que não acreditamos,porque este periódico tem si<strong>do</strong> o órgáo Oficioso <strong>do</strong> Governona imprensa. Segunda: o Governo realmente recuou temen<strong>do</strong>ficar com minoria parlamentair nesta Casa ten<strong>do</strong> e~tãoque fazer coligações, negociar a sua maioria, ceden<strong>do</strong> em' muito~pontos que o Sistema não quer que ceda. Exemplo: as eleicõesdiretas para Presidente, Governa<strong>do</strong>res e Prefeitos das Capitais.E terceira: o que realmente pi!'etllndia o Governo era exterminara OpOSição, mas, em vista das convenções regionais realizadaspelo MDB, no último dia '14, que resultaram em um protestocontra a exti~ção <strong>do</strong> parti<strong>do</strong> e numa verdadeira apoteose a favore;ta ma~utençao da sua legenda, o Governo viu frustradas as suaslI~tençoe~ de p!11verizar. o Movimento De~ocrático Brasileiro, que,dIa a dIa, vaI assumm<strong>do</strong> o poder polItico nos mais diversosEsta<strong>do</strong>s brasileiros.. Sr. Presidente, a permanecer esse projeto...de lei publica<strong>do</strong> pelaImprensa, sem dúvida vamos discutir e emendar a matéria e continuar'no tão condena<strong>do</strong> bipartidarismo.O 88. NIVALDO 1tRUGE8 '(MDB l- ~. (Sem revisão <strong>do</strong>ora<strong>do</strong>r.) - Sr. Presidente, Srs. Deputa<strong>do</strong>s, realiza-se, na Capital<strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Paraná, 0.;xI <strong>Congresso</strong> de Engenheiros Agrônomos<strong>do</strong> Pais. Neste congresso, que levantará as grandes teres da agro~nomia e da agricultura brasileiras, a Câmara <strong>do</strong>s Deputa<strong>do</strong>s farse-árepresentar através de uma comíssão designada pela suaMesa Diretora. Lá estaremos, SX. Presidente, e, nesta oportunidadeem que re quer dar ênfase à agricultura e se procura, atravésdela, resolver os problBmas da balança de pagamentos, <strong>do</strong> desenvolvimentoe da criação de empregos e os prol:ilemas relaciona<strong>do</strong>scom a inflação, é necessário que voltemos nossa atenção paraum <strong>do</strong>s mais graves problemas da agricultura brasileira, que é aausência de uma adequada política conserva.çionista <strong>do</strong> solo brasileiro..O solo brasileiro, Sr. Presidente, Srs. Deputa<strong>do</strong>s, está ren<strong>do</strong>destrui<strong>do</strong>. O uso inadequa<strong>do</strong> <strong>do</strong> solo está acarretan<strong>do</strong> à economiaum prejuizo, sorr.ateiramente - por acontecer silenciosamente,na ocasfão das enxurradas -. de bilhões de cruzeiros, que, numfuturo bem próximo, acarretará a esta geração ainda, e muitomaIS às gerações vin<strong>do</strong>uras, problemas gravíssimos, sob algunsaspectos insolúveis. No Paraná já re apres-entam situações relacionadascom a aridez e o prenúncio de deoorto. No Rio Grande<strong>do</strong> Sul, em Santa Catarina e em to<strong>do</strong>s os Esta<strong>do</strong>s onde a mecanizaçãoagrícola iniciou há mais tempo as suas atividades, oprocesso de destruição <strong>do</strong> solo acentua-se de maneira escandalosa.Um centímetro de solo, Sr. Presidente, leva de 450 a 1000 anospara se formar e, numa enxurrada apenas, lá se vão de 1 a 5centímetros de solo. Um milhão de toneladas de solo são carreadas'para, a J;>acia <strong>do</strong> Prata em apenas um ano, e o Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong>Paraná contribui com 35% desse volume incalculável de terrafértil que é conduzida para os rios da Prata, Iguaçu, Paraná eoutros da região.É necessário, Sr. Presidente, que, com a maior urgência, assumao País uma politica conservacionísta de solo, de forma aque as gerações futuras não recebam um lega<strong>do</strong> triste. Engana-sea economia nacional em pensar que; através <strong>do</strong> imediatismo naagricultura, está fazen<strong>do</strong> a riqueza <strong>do</strong> Pais; está, na verdade,proceden<strong>do</strong> ao empobrectmento da Nação. O minimo tol,erávelde desgaste <strong>do</strong> solo é de 0,3 toneladas por hectare. Pois bem, hoje,em levantamento feito no Sul <strong>do</strong> Brasil, estão sen<strong>do</strong> carreadaspara o leito <strong>do</strong>s rios e para o Mar da Prata 34 toneladas de solopor hectare. Dentro de pouco tempo ~ prooutividade nacional cairáa níveis insustentáveis. Tínhamos uma produtividade de 150 sacasde soja, e hoje, por falta de medidas e política conservacionista,a média de produção, no Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Paraná, caiu para 85 sacaspor hectaire. Além disso, o qil·e se carl'eia para o oceano emfertilizantes, numa contabilidade ,bem feita, é capaz de equilibrarcom os recursos re"ais auferi<strong>do</strong>s pela exportação <strong>do</strong>s produtosagrícolas. O prejuízo causa<strong>do</strong> pela erosã.o é incalculável. Dai porque, Sr. Presidente, qualificávamos a erosão <strong>do</strong> solo como o câncerda terra. A erosão <strong>do</strong> solo fabricará desertos no Brasil. O RioGrande <strong>do</strong> Sul já t,em as primeiras manifestações concretas eo Paraná também. Aqui no Brasil Central o uso indiscrimina<strong>do</strong>da mecanização acarretará incontestavelmente prejuizos que podemser evita<strong>do</strong>s pela a<strong>do</strong>ção de uma política conservacionistaad·equada.Para tal fim, nós, da Oomissão de Agricultura, elaboramosum projeto de lei que será encaminha<strong>do</strong> agora ao <strong>Congresso</strong> <strong>do</strong>sEngenheiros Agrônomos <strong>do</strong> Brasil, a reI' realiza<strong>do</strong> em Ouritiba,para que sofra a apreciação da classe especializada, e retornea esta Oasa, para ser aprecia<strong>do</strong> com urgência, de forma que possamoslegar às gerações futuras o solo brasileiro conserva<strong>do</strong> efértil.Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente.O 8lt. MARCELLO CERQUEIRA (MDB - RJ. Sem revisão <strong>do</strong>ora<strong>do</strong>r.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputa<strong>do</strong>s, na terça-feiraeclodiram, em Volta Re<strong>do</strong>nda, movimentos ~spontâneos de emprega<strong>do</strong>sno canteiro de obras da Construtora Norberto Odebrecht,revolta<strong>do</strong>s com as condições salariais e de vida impostas poraquela empresa. No mesmo dia, após denúncia da Deputada HeloneidaStudart, eu já denunciava, em horário .cedi<strong>do</strong> pela Liderança,as arbitrariedades cometidas contra os 3.000 operários deVolta Re<strong>do</strong>nda. Ontem os jornais já noticiavam ao País a rebelião<strong>do</strong>s peões, dizen<strong>do</strong> que a greve que se iniciara na madrugadade anteontem, por 3.300 operários, e que deveria ampliar-se- como de fato se ampliou - revelava as condições subumanasde quase 9,000 emprega<strong>do</strong>s contrata<strong>do</strong>s pela empreiteira. O queeles reivindicavam era um aumento de Or$ 1~,20 para Cr$ 17,80por hora, isto é, um aumento de pouco mais que Or$ 1,00 apenas.Os guardas de segurança da Companhia Siderúrgica <strong>Nacional</strong>,arbitrariamente, agrediram e pr·enderam trabalha<strong>do</strong>res. Ontemmesmo, desta trilJuna, Ó Deputa<strong>do</strong> Walter Silva, em nome da nossabancada, já denunciava as arbitrariedades contra os peões deVolta Re<strong>do</strong>nda. Posteriormente, os Deputa<strong>do</strong>s Jorge Gama e CelsoP,eçanha apo:\ltavam graves fatos ali ocorri<strong>do</strong>s. Hoje, ten<strong>do</strong> àfrente os Deputa<strong>do</strong>s, <strong>do</strong> MOB, Modesto da Silveira, Edson Khair,José Maurício, Heloneida Studart e Raimun<strong>do</strong> de Oliveira, os operáriose O, povo de Volta Reqpnda realizaram, pela maphã, umapacífica passeata, já reprerentan<strong>do</strong> não apenas os 3 mil operários


11538 Sexta-feira 19 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Outubro de 19'7'da greve inicial, mas cerca de 12 mil trabalha<strong>do</strong>res, que, comaquele movimento, denunciavam ao Município, ao Esta<strong>do</strong> e àNação as condições subumanas de vida a que estão submeti<strong>do</strong>spela relação de emprego terrível e predatória que essas construtoraslhes impõe nesses cativeiros que são os canteiros de obra.A manifestação é pacífica e o dever das autoridades é garanti-Ia.O dever de to<strong>do</strong>s nós é lutar para que as condiçõessalariais <strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res de Volta Re<strong>do</strong>nda, <strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>resdaquelas firmas empreiteiras tenham pelo menos um minimo dedignidade.•Nossa posição é de absoluta solidariedade aos trabalha<strong>do</strong>resque se revoltaram. Essa é apenas uma manifestação de inconformidadee de rebeldia daqueles trabalha<strong>do</strong>res, é a manifestação derebeldia de to<strong>do</strong>s os trabalha<strong>do</strong>res contra esse modelo impostopelo autoritarismo, imposto pela ditadura, pelas grandes empresasmultinacionais.A luta <strong>do</strong> povo brasileiro pela democracia e melhores condiçõesde vida está acampada hoje em Volta Re<strong>do</strong>nda. A posição<strong>do</strong> MDB e a posição daqueles que combat·em pela liberdade é deampla solidariedade ao movimento daqueles trabalha<strong>do</strong>res, responsabilizan<strong>do</strong>as autoridades por qualquer coisa que possa acontecerna manifestação pacifica <strong>do</strong>s operários <strong>do</strong> meu Esta<strong>do</strong>.(Palmas.)O SR. JOSÉ FREIRE (MDB - GO. Pronuncia o seguinte discurso.)- Sr. Presidente, Srs. Deputa<strong>do</strong>s, esferas autorizadas <strong>do</strong>Governo Federal afirmaram que, em face de medidas racionaislogo postas em execução, não ficaria mais vazia a panela <strong>do</strong> povo.Ocorre, porém, que esta mesma panela <strong>do</strong> povo está cheia de ilusces,diante da demagógica política de envolvimento popular detonadapelo Poder Central, quan<strong>do</strong> seus mais altos responsáveisoptam pela condição de mágicos da República. Mas não se apercebemS. Ex.as de que o grau de civillzação em que vive o País nãopermite - da parte de nossa paisagem humana - o surgimentoou a simples presença de ilusionistas políticos.Desenvolven<strong>do</strong> este aspecto, cumpre-me lamentar que o Governo<strong>do</strong> Presidente Figueire<strong>do</strong> comprometa-se num quadro dasmais estranhas controvérsias, situação que acabará por eliminaras razões que; dizem justificar a crescente popularidade presi"dencial.O slogan "plante que o João garante" está sen<strong>do</strong> abertamentecontesta<strong>do</strong> em Goiás e em extensas áreas geoeconômicas brasileiras,pelo fracasso absoluto desta eufórica recomendação palaciana.Este slogan vem expressar que a massificante propagandaoficial está sen<strong>do</strong> tomada como um gesto de grosseira Ironia, dirigi<strong>do</strong>àqueles rurícolas que acreditaram nessa <strong>do</strong>c!, promessa, jáque, segun<strong>do</strong> fontes devidamente credenciadas <strong>do</strong> Banco <strong>do</strong> Brasil,não há verbas para o incremento agropecuáTio, circunstânciaque logo evidencia um lastimável contraste das freqüentes afirmações<strong>do</strong> Ministro Delfim Netto, que defende e sustenta de formaquixotesca a tese de que o Brasil vai ficar submerso nummar de fartura:s.Causou impacto junto à opinião pública, na área especificamenteeconômica, a súbita modificação a<strong>do</strong>tada pelo Ministérioda Agricultura, por ter altera<strong>do</strong> os critérios da política creditíciarural, geran<strong>do</strong>, em conseqüéncia, uma série de fatores danosos àeconomia <strong>do</strong> campo, na grande área onde os processos de técnicasde exploração da terra ainda não são devidamente avançadas.Note-se, a esse respeito, que em alguns Esta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Sul, como sãoPaulo, onde as faixas de plantio já são destocadas, não houve ­virtualmente - incidência de prejuÍzos financeiros. Já em Goiás,em Mato Grosso, no Pará, no Maranhão e em outros Esta<strong>do</strong>s oexercício da agricultura subordina-se diretamente ao destacamentode matas, para que possa efetivar-se a lavra da terra, depoisde uma série de providências exigidas pela atividade rural,até que se chegue à fase <strong>do</strong> plantio. E'o erro clamoroso <strong>do</strong> Banco<strong>do</strong> Brasil, com ·a natural omissão <strong>do</strong> Ministério da Agricultura, éo da cessação da concessão de crédito a inúmeras Unidades da Federacãoonde as faixas de cultivo ainda não estão destacadas nempreparadas para a semeadura, como se verifica em Esta<strong>do</strong>s avança<strong>do</strong>s,como São Paulo, por exemplo.A situação <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> de Goiás - cujo povo tenho a honra derepresentar nesta Casa, como integrante das hostes da oposição ­é de indignação e desespero, porque, como Unidade Federativafundamentalmente agropastoril, o ato <strong>do</strong> Governo Federal veioatingir-lhe a economia com um golpe mortal.Já tomei, ao la<strong>do</strong> de colegas da bancada emedebista goiana,várias gestões, visan<strong>do</strong> à correção deste absur<strong>do</strong> equÍvoco, queimplica inacreditável ato de irresponsabilidade <strong>do</strong> Governo Federal,ao jogar nas sombras de uma crise possível e de proporçõesindimensionáveis a própria sorte <strong>do</strong>s produtores agropecuários deGoiás e <strong>do</strong> Brasil.Causa certa curiosidade, por outro la<strong>do</strong>, o ócio palaciano <strong>do</strong>Sr. Ary Valadão, de quem - até este momento - não se conhecequalquer providência efetlva capaz de sustar o curso de um desastrerural em Goiás.Vale assinalar que há enorme indice de ruralistas goianos quecontraíram dívidas para o preparo da terra e aquisição de equipamentosagrícolas, pois os seus projetos já estavam aprova<strong>do</strong>spelas autoridades competentes <strong>do</strong> Banco <strong>do</strong> Brasil.A exemplo <strong>do</strong> que fízemos ontem, pela manhã, na Comissão deAgricultura e Política Rural da Câmara <strong>do</strong>s Deputa<strong>do</strong>s - quan<strong>do</strong>interpelamos um <strong>do</strong>s dirigentes <strong>do</strong> Banco <strong>do</strong> Brasil - não recuaremosem nossa luta, de mo<strong>do</strong> a que possamos, em tempo hábil,resolver uma situação de grave anomalia, criada por figuras governamentaiscegas, incapazes e inteiramente dissociadas da dramáticarealidade que possamos viver, tanto em Goiás como emMato Grosso.Estou cer~o de que a veemência de meu protesto encontrarárepercussão.Ê o que tenho a dizer.O SR. JOEL FERREIRA (MDB - AM. Pronuncia o seguintedÍscurso.) - Sr. Presidente. Srs. Deputa<strong>do</strong>s, Barcelos é um Municipio<strong>do</strong> 4mazonas. às margens' <strong>do</strong> grande rio Negro, um <strong>do</strong>s&.fluentes <strong>do</strong> rio Amazonas, com uma área de 122 mil quilômetrosquadra<strong>do</strong>s e uma população que não chega a 20 mil habitantes.A densidade demográfica de Barcelos não chega a 0,2 habitantepor quilômetro quadra<strong>do</strong>. Ê, pois, um Municipio grande com poucagente para povoá-lo. Fica distante de Manaus alguns dias de viagempor barco e, afora alguns aviões da FAB, não há outro meiode transporte. Até mesmo par via fluvial, quan<strong>do</strong> o rio Negro estãseco, isto é, na época da vazante, o tráfego fica deveras difícil epor vezes até impossivel.Quase a totalidade <strong>do</strong>s habitantes de Barcelos é constituídade primitívos, isto é, homens que ali nasceram de gerações sucessivase que até o presente garantem a posse da vasta área decento e vinte e <strong>do</strong>is mil qui1ômetros quadra<strong>do</strong>s. Não é necessárioOlssertar sobre os muitos e <strong>do</strong>lorosos sacrifícios enfrenta<strong>do</strong>s pelaheróica população de Barcelos. Muito distante de Manaus, ali tu<strong>do</strong>falta, desde a alimentação até à escola e assítência médica parato<strong>do</strong>s.Em Barcelos havia um regular hospital <strong>do</strong> FUNRURAL. Essehospital foi desativa<strong>do</strong> pelo seu precaríssimo esta<strong>do</strong> de funcionamento.Muito deteriora<strong>do</strong>, o hospital <strong>do</strong> FUNRURAL não ofereciamais condições de funcionamento. Hoje o povo está entregue àsua própria sorte, curtin<strong>do</strong> miséria maior <strong>do</strong> que·a que Já curtlaDe ninguém deve ser ignora<strong>do</strong> que, em um lugar assim distante eisola,<strong>do</strong> de transporte e comunicação. toda a população fica intranqüila,quan<strong>do</strong> não há pelo menos relativa segurança quantoà saúde. Muitas vidas têm pereci<strong>do</strong> em lugares assim distantes daAmazônia, por absoluta falta de assistência. Em Barcelos essesatos se repetem com frequêncía, e poucas ou quase nenhuma sãoas providências tomadas pelos Poderes Públicos.Tenho recebi<strong>do</strong> constantes apelos <strong>do</strong>s mora<strong>do</strong>res de J3araelosno senti<strong>do</strong> de fazer sensibilizar as autoridades governitmentaispara a reformulação <strong>do</strong> hospital <strong>do</strong> FUNRURAL em Barcelos. Poristo, dirijo desta Tribuna um dramático apelo ao Ministro da PrevidênciaSocial, Sr. Deputa<strong>do</strong> Jair Soares, na esperança de queS. Ex." determine as mais urgentes providências com vistas à reconstrução<strong>do</strong> hospital de Barcelos.O SR. DARIO TAVARES (ARENA - MG. Pronuncia o seguintediscurso.) - Sr, Presidente, Srs. Deputa<strong>do</strong>s, São Lucas foi omédico da alma e <strong>do</strong> corpo, e o seu dia, 18 de outubro, é tambémo dia <strong>do</strong> médico, o qual queremos homenagear nesta data, médicoque não se afastou da substância humanística de sua missão,aquela que, na calada da noite- nos ínvios camínhos <strong>do</strong> sertão ounas péssimas condições de trabalho, que incluem desde a sub-remuneraçãoà precariedade de instalações e à injustiça de avaliaçãonumérica de seus serviços em desprezo da qualidade, se empenhaem curar as <strong>do</strong>enças e aliviar as <strong>do</strong>res. Não vamos desceràs nuanças mais detalhadas em que se des<strong>do</strong>bra o exercício damedicina - na expectativa de uma sala de parto, na ansiedadede um bloco cirúrgico, na aflição de um CTr ou na esperança juntoà cabeceira <strong>do</strong>s <strong>do</strong>entes, porque nã.P há quem não as conheçaou não as tenha senti<strong>do</strong>. Do nascer ao morrer estamos to


Outubro de 1979 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAl. (Seção 1) Sexta-feira. 19 11539não é uma régua de cálculo, a receita não é uma fórmula matemática.o homem não é um saco de cimento, e o médico não éuma balança, Os <strong>do</strong>is têm vida, sentem, amam e se impõem confiançamútua. 11: nesse nivel de sentimentos que médico e <strong>do</strong>entese integra,m, se irmanam para a solução <strong>do</strong> problema comum aos<strong>do</strong>is: curar e ser cura<strong>do</strong>, allviar e ser alivia<strong>do</strong>. É, pois, com estasconsiderações, Sr. Presidente e Srs. Deputa<strong>do</strong>s, e ao reconhecer quea saúde é a expressão mais elevada da 'qualidade de vida, é querepetimos: se a meta é o homem, honra ao médico <strong>do</strong> Brasil.O SR. ALCIR PIMENTA (MDB _ .R!. ,sem revisão <strong>do</strong> ora<strong>do</strong>r.)- Sr. Presidente, Srs. Deputa<strong>do</strong>s, leio o ofício que me foi envia<strong>do</strong>pela Câmara Municipal de Piracicaba. com uma moção de aplau.sopel-a apl'esentação <strong>do</strong> projeto que cria a Ordem <strong>do</strong>s Professores <strong>do</strong>Brasil:"11: com satiSfação que estamos e!1caminhan<strong>do</strong> a Vossa Excelênciacópia da Moção n.o 13/79, <strong>do</strong> verea<strong>do</strong>r. João CláudioAngeli e outros, através da qual se registra aplaUBopela apresentação <strong>do</strong> projeto de lei que cria a Ordem <strong>do</strong>sProfessores <strong>do</strong> Brasil.Atenciosamente. - Hel1y de Campos Melges, Presidente.""MOÇAO 13/79(De aplauso ao Deputa<strong>do</strong> Alcir Pimenta, pela apresentaçãode projeto de lei que cria'a Ordem <strong>do</strong>s Professores <strong>do</strong>Brasil,Propomos, ouvi<strong>do</strong> o Plenário, a presente Moção de aplausoà feliz ap)'esentação, pelo deputa<strong>do</strong> Aleir Pimenta, naCâmara ·Federal. <strong>do</strong> projeto de lei que cria a Ordem <strong>do</strong>sProfessores <strong>do</strong> Brasil, como instituição oficial e públicaque terá como grandiosa incumbência a defesa <strong>do</strong>s interesses,Çla abnegada classe <strong>do</strong> professora<strong>do</strong> brasileiro, e,como justifica a autor da proposição, "elevar o nível daprofessor atravês de definiçôes adequadas ao exercicioqualifica<strong>do</strong> desta missão apostólica, não só resguarctan<strong>do</strong>lhesdireitos e impon<strong>do</strong>-lhes deveres, mas também alçan<strong>do</strong>-aao nível de outras profissões liberais".Desnecessário fiquemos aqui a ressaltar o alto mérito <strong>do</strong>projeto de lei <strong>do</strong> nobre parlamentar Alcir Pimenta, entretantosolicitamos a manifestação preciosa e favorável denossos pares junto à Comissão de Educação e da Comissãode Justiça' dl1. Câmara Federal e assim também junto àPresidência <strong>do</strong> Legislativa Federal e à Presidência da República,no senti<strong>do</strong> de que hipotequem também to<strong>do</strong> oapoi.o àquela brilhante inil:iativa, aprovan<strong>do</strong> ou sancl.onan<strong>do</strong>o projeto, requeren<strong>do</strong> ainda o envio de cópía igualmenteao deputa<strong>do</strong> Alcir Pimenta, pelo brilhantismo eoportunídade de sua proposáção.D.a união de to<strong>do</strong>s os esforços, <strong>do</strong> trabalho de to<strong>do</strong>s, é certoque chegaremos a alcançar os il-Itos objetivos visa<strong>do</strong>spelo projeta de lei <strong>do</strong> eminente párlamentar."O SR. ANTôNIO ZACHARIAS (WB - ·8P. Pronuncia o seguintediscurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputadas, durante muitotempo se disse que a unidade brasileira era um verdadeiro milagre,ten<strong>do</strong> em vista as dificuldades de comunicações e a vastidãode nosso território. Hoje, viven<strong>do</strong> a era da comunicação, um <strong>do</strong>sveiculas que mai5 decididamente tem contribuí<strong>do</strong> para o fortalecimentodesta unidade nacional é a televisão. 'Introduzida no início da década de 50, apesar desse curta esp.açode tempo, podemo-nos orgulhar de possuir, dentre as diversasemi&Sol1as e redes espalhadas pelo Pais, 'uma que pela excelênciade seUB programas e pelo seu eleva<strong>do</strong> padrão técnicomereceu no primeiro semestre deste ano, nos Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s daAmérica <strong>do</strong> Norte, o mai5 cQbiça<strong>do</strong> prêmio pelas estações de TV:o SaJut to Brazi!.Fala, Sr. Presidente e 8rs. Deputadas, da Rede Globo de Televisão,que foi a escolhida, mundialmente, para receber aquelahonraria por sua programação e pela qualidade de to<strong>do</strong>s os quecompôem os seus q:u:adros: artistas, ~ocu.tO'l'eSl, apresen,ta<strong>do</strong>res,jornalistas, diretores, pessoal' técnico e administrativa, enfim, portoda a consteLação de pessoas que participa daquela emissora.O que nos aleg:ra e nos enche de satisfação é verificar que,sen<strong>do</strong> a estacão de televisão uma empresa mercantil, não são,contu<strong>do</strong>, os interes.ses econômicas o seu fim, mas. sim, o interessepúblico. Daí o sucesso da ltede Glob.o de Televisão, uma empresaque se preocup.a com os reais interesses da comunidade e que procuraprestar-lhe serviços atravéls <strong>do</strong> jornalismo, da teleducação,<strong>do</strong>s programas de entretenimento, da telenovela, da cobertura dasdiversa!> práticas desportivas, de programaçõ,es culturais, tais coma"Concertos Internacionais" e "Projeto Aquarius", levan<strong>do</strong> amúsica erudita a to<strong>do</strong>s os rincões <strong>do</strong> País e atrain<strong>do</strong> multidões àpraça pública, como tem oconi<strong>do</strong> na Quinta da Boa Vista, noRio de Janeiro, e, recentemente, por ocasião das comemoraçõesda Semana da 'Pátria, em Brasília, precisamente aqui, nos jardins<strong>do</strong> <strong>Congresso</strong> <strong>Nacional</strong>.Seria desnecessário continuar falan<strong>do</strong> sabre a importância esignificação <strong>do</strong>s programas da Rede Globo, pois toda ·a Naçãoconh.ece e reconhece ao sintonizar seus aparelhos em uma amplae incontestável preferência nacional. T.anto é assim que o "Jornalda Brasil" <strong>do</strong> dia 7 deste mês assinala que o programa "Fantástitico''.há seis anos em cartaz nas noites de <strong>do</strong>mingo, tem umamédia de pessoas que o assistem de 21 milhões e 253 mil, correspondentes'a 7 milhões, 84 mil e 500 aparelhos liga<strong>do</strong>s na TVGlobo. Isto representa, em aparelhos e especta<strong>do</strong>res, três vezesmais que a segunda coloca<strong>do</strong> em audiência no mesmo horário.Pelos serviços que presta; 'pela trabalho que desenvolve evitan<strong>do</strong>descaracterizar os hábitos e costumes regionais de nossopovo, mas, ao contrário, universalizan<strong>do</strong> todas os perfis e caracteresde nossa gente, preservan<strong>do</strong> o traço peculiar de cada região.sem impor os modelos <strong>do</strong>s grandes centros culturais <strong>do</strong> País; parusar ,a TV como o elo de união da nacionalidade; por usar essenotável meio de comunicação como instrumento de i.nformação.àe debate, de diálogo, colabora eficazmente para a concretizaçãoda abertuDa democrática; pelos muitos outros inúmeros e inegáveisméritos da Rede Globo, faço um apelo ao Ministério da.-Educação.e Cultura 'e ao Ministério das Comunicações que instituame agradem a Rede Globo de Televisão com um troféu semelhant.eao que ela própria criou para consagrar os artistas da músicapopular brasileira: o "Globo de Ouro".O ,sR.BELMIRO TEIXEIRA (ARENA - E8. Pronuncia o seguintediscurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputa<strong>do</strong>s, impõe-se-me odever de consignar, para registro nos Anais da Casa, os termos<strong>do</strong> memorial dirigi<strong>do</strong> pelas professores capixabas ao PresidenteJoão Figueire<strong>do</strong>, quan<strong>do</strong> de sua recente visita ao Espirito Santo.O <strong>do</strong>cumenta é vigoroso e prescinde de maiores comentários.Reflete, numa linguagem franca. toda a angústia de uma classe,que não consegue esconder seu pessimismo diante de governantesainda insensíveis à importãncia da educação como fator de reduçãodas injustiças sociais em nosso Pais.Eis o manifesto <strong>do</strong>s professores capixabas:Vitória, 13 de, outubro de 1979.Ex.mo Sr. Presidente da RepublicaDD. General João Figueire<strong>do</strong>NestaEx.mo Sr. Presidente:A União <strong>do</strong>s Professores <strong>do</strong> Espirito Santo IUPES.), emnome das professores <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Espírito Santa e daConfederação <strong>do</strong>s Professores <strong>do</strong> Brasil (CPB), preocupadacom o triste quadra da Educação na País, encarece aV. Ex. a esforços na senti<strong>do</strong> de prover o setor de mais recursosindispensáveis à formacão da consciência nacionalda futuro, principalmente e em primeiro plana, apoian<strong>do</strong>irrestritamente a Plano <strong>Nacional</strong> de Valorização <strong>do</strong> Magistério,<strong>do</strong> Ministério da Educação e Cultura,As verbas destinadas à Educação são insuficientes. A máaplicação é g'litante. Enquanto o Magistério não tem a contraprestaçãopecuniária digna <strong>do</strong> mister que exerce, milhõesde cruzeiros são aplica<strong>do</strong>s na construcão de escalasobsoletas e em locais de dificil acesso, visan<strong>do</strong> inequivocamenteinteresses políticas-eleitorais.•11: necessário, Ex.a, uma "economia de guerra" neste pais,como definiu há meses a forma e o comportamento dasfinanças brasileiras. ABsim raciocinamos. Entretanto, osGovernos Estaduais não vêm a<strong>do</strong>tan<strong>do</strong> esta política financeira,como, PO)' exemplo, o Estap.o <strong>do</strong> Espirito Santo, que, .em vez de saldar os salários <strong>do</strong>s prOfessores em atraso,afixa O1It<strong>do</strong>ors com retratos de V. Ex. a , povoan<strong>do</strong> to<strong>do</strong>s asespaços nobre da Capital, enquanto emissoras de rádio etelevisão, jornais e outros veiculas anunciam entusiasticamentea sua estada hoje em nosso Esta<strong>do</strong>.O comércio estampa cartazes, não com o sorriso de V. Ex.a,mas rejeitan<strong>do</strong> a venda a crédito aos funcionários públicosdeste Estada. E a categoria Magistério representa 60%desse funcionalismo. Os juros estão cáusticos; as empresasligadas aos sistemas TELEBRÁS, ELETROBRÁS e outras,além <strong>do</strong> comércio e instituições <strong>do</strong> própria Esta<strong>do</strong>, não"per<strong>do</strong>am" as multas e os juras pelo atraso de 4 (quatro)meses, provocada pela inadimplência da Governo. E o comércionão poderia tomar outra posição, uma vez que oPoder Pública quase sempre .não releva as atrasos <strong>do</strong> comércioe <strong>do</strong> cidadão. .Em junho deste ano, a Governo <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> só concedeu 23%de reajuste (?). Assim mesmo, dividiu em duas parcelas,para os professores de nível superior. E prometeu uma gratificaçãopor regência de classe - também chamada de"produtividade" - de 407


11540 Sexta-feira 19 DIARIO DO CONGRESSO NAClONAL (Seção 1) Outubro de 1979'No Brasil, ao to<strong>do</strong>, são cerca de 3'50 mil professores "monitores"ou "precários" (forma<strong>do</strong>res da consciência 11acional,sem qualquer vínculo com o Esta<strong>do</strong>, sem direito à Previdência,enfim, sem a participação l1as leis sociais', Ora, oPoder Público edita as normas para a manutenção <strong>do</strong> equilíbriosocial. E é o próprio Poder Público quem as descumpre,causan<strong>do</strong> intranqüilidade. ferin<strong>do</strong> a CLT e a ConstituiçãoFederal. ReivindIca-se a edIção de uma EmendaConstitucional, com a seguinte redação:"São estáveis os servi<strong>do</strong>res públicos federais, estaduais emunicipais que, na data da promulgação desta EmendaConstitucional, contarem 5 anos de serviço público, a qualquertitulo, assegura<strong>do</strong>s os mesmos direitos <strong>do</strong>s funcÍDnáriosefetivos".Justifica-se a Emenda à Constituição pelo fato de existirem"monitores" e "precários" com mais de duas décadase quase em época de aposenta<strong>do</strong>ria ligadas ao Esta<strong>do</strong>, somenteporque recebem <strong>do</strong>s cofres públicos, mas completamentedesampara<strong>do</strong>s pelo regime juridico de trabalho.Além disso, Sr, Presidente, centenas desses profissionaisconseguiram no Espirito Santo e em to<strong>do</strong> a País o reconhecimento<strong>do</strong> vinculo empregatício através da Justiça <strong>do</strong>Trabalho, em todas as instâncias. Urge uma providênciaconcreta para ° saneamento da triste intranqüilidade.E os Governos, apesar disso, insistem em não reconheceremeste direito.O desgaste <strong>do</strong> mister <strong>do</strong> professor é tão intenso, que sejustifica mais esta sofrida e espoIlada categoria profissionalcontinuar sen<strong>do</strong> aposentada com 35 anos de serviçopara o homem e 30 para a mulher. Reivindica-se: aposenta<strong>do</strong>ria<strong>do</strong> professor aos 25 anos de serviços. independentementede sexo.Quan<strong>do</strong> a classe trabalha<strong>do</strong>ra chega ao ponta de paralisaras suas atividades. faleceu a tolerânci.a. pelos baixas salários,pela indignidade profissional, pela falta efetiva dealimentos em sua casa. E. quan<strong>do</strong> o Governo pune entídad'esque simplesmente canalizam as aspirações das categoriasque representam, mostra que inexiste espírito decompreensão para a questão mais importante de nossaexistência: o direito de viver. Reivindica-se: reaberturade todas as entidades fechadas pela Governo por participaremde movimentos paredistas tRio de Janeiro e Brasílialrevogação das punições impostas aos seus lideres e companheiras.Apesar das acaloradas discussões entre a relação capitaltl'abalho, o funcionário público brasileiro também. necessita questionar os índices de reajustes concedi<strong>do</strong>spelos Governos Estaduais. que quase sempre não representama real perda <strong>do</strong> poder aquisitivo <strong>do</strong> povo. O funcionáriopúblico não se diferencia das demais trabalha<strong>do</strong>res dasempresas privadas. A eles estão vinculadas a variação cambial,a inflação, os preços <strong>do</strong>s produtos alimenticios etc. Opoder de impérIo <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> deve ser restringi<strong>do</strong> para quehaja o verdadeiro equilíbrio soelal. principalmente. comosabe V. Ex.", porque o Poder Público é o maior emprega<strong>do</strong>rdeste Pais. Reivindica-se:a) concessâo de Carta Sindical a entidades que congregamservi<strong>do</strong>res e funcionários públicos.b) 13. 0 salário aos funcionários p~blicos,A verdade, Sr. Presidente. é que a cada dia estamos maispobres, sem condições de aperfeiçoar nosso méto<strong>do</strong> pedagógicopara preparar o Brasil democrático que V. Ex.a almeja.Teremos lideres e dirigentes no futuro, quan<strong>do</strong> umaeducação é ministrada por quem tem fome? Quan<strong>do</strong> o receptorda Educação (? J está com fame?Queremos caminhar juntos. mas com Justiça!M,yrthes Bevilacqua Corradi, Presidente <strong>do</strong> CA/UPES."Era o que tinha a dizer. 81'. ·Presidente.O SR. ADOLPHO FRANCO (AR'ENA - PRo Pronuncia o seguintediscurso.) -: SI', Presidente, 81'S. Deputa<strong>do</strong>s, estou regressan<strong>do</strong>da região cafeeira <strong>do</strong> meu Esta<strong>do</strong>, onde recebi a contribuiçãopolítica de milhares de votos e também a obrigação de trazera esta Casa e às autoridades Federais o esta<strong>do</strong> de abatimento,desencanto e desesperança <strong>do</strong>s produtores de café, que, ao términoda safra em curso, estão sentin<strong>do</strong> hoje como nunca, a espo~iaçãoque sofrem com a denominada cota de contribuição que não deixade ser a famigera<strong>do</strong> El tão debati<strong>do</strong> confisco cambiaL Este confisco,a cada alteração <strong>do</strong> dólar, sabre a sua elevação, deixan<strong>do</strong>-nasestupefa<strong>do</strong>s, mensalmente, ao lermos o comunicada da IBC - esseórgão entregue aos tecnocratas e turistas da café - elevan<strong>do</strong> acota de contribuição,Muito poderiamos dizer da história dQ café neste Pais, Osbenefícios que trouxe ao seu desenvolvimento e das mudanças quevem sofren<strong>do</strong> o setor de sua produção, Não existem mais os "Barões<strong>do</strong> café". os potenta<strong>do</strong>s que gritavam fazen<strong>do</strong> com que oGoverno corresse a atendê-las. Hoje, a cultura, ameaçada de desaparecer,quan<strong>do</strong> o Pais sofre a angústia cambial. e ainda dela recebe20% <strong>do</strong>s recursos da sua balança comercial, merecia maior atenção.Os pequenos proprietários e parceiros que suportam as dificuldadese o descalabro das intempéries - mas nenhuma é maior,mais agressiva e mais daninha da que a ação <strong>do</strong> Governo, com ateimosia em confiscar ao produtor mais <strong>do</strong> que 500; <strong>do</strong>' seu valor,sem levar em conta os demais impostos e despesas que se avolumamcom o aceleramento inflacionária - necessitam de compreensãopara seus sofrimentos.A comercialização <strong>do</strong> produto está sen<strong>do</strong> concluida. no interior,à razão de quarenta e nove cruzeiros o quilo de café, o que deixa.ao produt{)r um liqui<strong>do</strong> em torno de <strong>do</strong>is mil e setecentos cruzeirospor saca de café beneficia<strong>do</strong>. Entretanto - pasmem os homens deQom senso - só o Governo, no ata da exportação, retira <strong>do</strong> produtoro absur<strong>do</strong> confisco de cento e quarenta e quatro dóiares,que representam, na taxa cambial atual, quase que o <strong>do</strong>bro <strong>do</strong>que o produtor recebe.Sr. Presidente, 81'S. Deputa<strong>do</strong>s, qual o produto que em qualquerpais deste mun<strong>do</strong> tão conturba<strong>do</strong>, suporta tal taxação. tal usurpação?li: lamentável e melancólico o contato com o cafeicultor. Suaespoliação é de to<strong>do</strong>s os la<strong>do</strong>s. 8ão impostos permanentemente majora<strong>do</strong>s,os defensivos vendi<strong>do</strong>s a preços de ouro pelas multinacionais.que enfeixam a produção, e a impossibilidade de aquisiçãode adubos para. ao menos, estatízar sua produção. Adubos estestambém vendi<strong>do</strong>s sem controle, com o merca<strong>do</strong> <strong>do</strong>mina<strong>do</strong> pelasmesmas multinacionais. Não é possivel que' o esforço <strong>do</strong> Governoseja orienta<strong>do</strong> na erradicação da café. Não somas ricos para deixarmosao aban<strong>do</strong>no a cafeicultura brasileira, que, apesar <strong>do</strong>spesares, apesar <strong>do</strong>s erros passadas acumula<strong>do</strong>s. ainda oferece aoPais 20% de sua receita cambial. Devemos dizer um "basta" atanta indiferença, a tanta irresponsabilidade.O ilustre Ministl'o Delfim Netto conhece melhor <strong>do</strong> que 11l.nguémo drama cafeeiro. Ele mesmo já declarou. em tempos passa<strong>do</strong>s.como seu objetivo, a eliminação <strong>do</strong> confisco cambial. PorQue não fazê-lo. agora. quan<strong>do</strong> a produção cafeeira está a beira <strong>do</strong>débâ,cle, da erradição? Por que não fazê-lo agora, quan<strong>do</strong> a agriculturafoi eleita prioridade máxima e a produção de café é a atividadeagrícola que. sabidamente, maior número de empregos oferece?Nós temos um dever para com o nosso parti<strong>do</strong>, mas temos umdever maior para com o eleitora<strong>do</strong> que nos aju<strong>do</strong>u e contdbuiupara que chegássemos a esta honrada Casa, e não podemos deixarde registrar nosso protesto, nosso reclamo e nosso apelo para queo Governo volte suas vistas para o drama da cafeicultura nacionaLO SR. IGO LOSSO (ARENA - PRo Pronuncia o seguinte discurso.)- 81', Presidente, 81'S. Deputa<strong>do</strong>s, não é de agora que apopulação brasileiro é agredida, villpendia~~, usada c~m


Outubro de 1979 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sexta-feira 19 11541aos obti<strong>do</strong>s na análise por cromatografia Para cada drágea que.segun<strong>do</strong> a: bula, deveria conter 7.500 unidades de Vitamina A.encontraram-se 100 unidades daquela substância; para 60 mg deáci<strong>do</strong> ascórbico, a realjdade foi de 0,1 mg, o mesmo ocorren<strong>do</strong> comto<strong>do</strong>s os outros componentes. Comparan<strong>do</strong>-se os resultads como que diz a embalagem, as substâncias ativas de cada drágeaacusavam a perda de mais de 90% de seu peso e quantidade. Foiencontrada, também, gigantesca discrepância quanto ao excipientedeclara<strong>do</strong> para cada drágea <strong>do</strong> Gero H-3. O excipiente é omeio que retém ou liga as substâncias ativas componentes de ummedicamento e pode apresentar-se sob forma de pó, pasta, liqui<strong>do</strong>etc. Nas drágeas <strong>do</strong> Gero H-3, o excipiente é de ami<strong>do</strong>, meropó de farinha branca e insipida, que, além disso, pesa uma grama,duas vezes mais <strong>do</strong> que o peso indica<strong>do</strong> na embalagem. Aopassar pelo cromatógrafo, as drágeas apresentaram aumento de50% no peso <strong>do</strong> ami<strong>do</strong> e redução superior a 90% no peso e naquantidade das substâncias ativas examinadas. Escusa<strong>do</strong> dizer,Srs. Deputa<strong>do</strong>s, que o Gero H-3, indica<strong>do</strong> para tratamento geriátricoe vendi<strong>do</strong> ao preço de Cr$ 950,00, não passa de pura farinha.O mesmo ocorre com o Geron H-3, produzi<strong>do</strong> pelo laboratórioCosmofar.Vários outros medicamentos foram denuncia<strong>do</strong>s à CPI, comoo Glipan, o Neosedan e o Tetecilín, fabrica<strong>do</strong>s peTas laboratóriosEiffel <strong>do</strong> Brasil, e Neovita, respectivamente.O Tetecilin, que deveria conter, conforme anuncia, 250 mgde cloridrato de tetraciclina, contém apenas 25 mg daquele antibiótico,o que significa que, para surtir os propala<strong>do</strong>s efeitos, teriamde ser consumidas 10 drágeas de cada vez, corren<strong>do</strong> o pacienteo risco de efeitos colaterais por acúmulo de outras substânciasque participam da composição <strong>do</strong> Tetecilin.No que se refere ao Geipan, recomenda<strong>do</strong> como "antigripal,analgésico e antitérmico", não passa de um grande logro, pois,em vez de 650 mg, só contém 467 mg de áci<strong>do</strong> aceti1salicílico; as200 mg de vitamina C anunciadas simplesmente inexistem; e oexcipiente, que deveria ser de 1.300 mg, é, na verdade, 580 mg <strong>do</strong>peso total.Quanto ao Neosedan. apresenta<strong>do</strong> como "analgésico, antiespasmódicoe ansiolitico". afirma-se conter, entre outras drogas,um grama de dipirona e 1,3 gr <strong>do</strong> peso total <strong>do</strong> excipiente A análiseprovou, no entanto, que, ao invés, o comprimi<strong>do</strong> de Neosedantem apenas 90.7 mg de dipirona, o que representa 9,07 c !c <strong>do</strong> pesoindica<strong>do</strong> na bula, O excipiente pesa apenas 152,1 mg. equivalenteB. 11,7 <strong>do</strong> peso anuncia<strong>do</strong>.To<strong>do</strong>s esses medicamentos tiveram sua comercialização aprovadapor certifica<strong>do</strong>s emiti<strong>do</strong>s em diferentes ocasiões pelo Ministérioda Saúde, o que comprova deficiência ou mesmo omissão,no controle constante da qualidade <strong>do</strong>s medicamentos vendi<strong>do</strong>sá população,É preciso que urgen~es e sérias medidas sejam tomadas nosenti<strong>do</strong> de se coibir sérios e criminosos abusos, proibin<strong>do</strong>-se definitivamenteo lançamento aqui. no Brasil, de remédios proibi<strong>do</strong>sem outros países.Fazemos, pois, desta tribuna, veemente apelo ao Ministro daSaúde, no senti<strong>do</strong> de mandar re<strong>do</strong>brar os cuida<strong>do</strong>s e as exigénciasna fiscalização de medicamentos, e de fazer enquadrar naspenas da lei, com a maior severidade, os laboratórios farmacêuticosresponsáveis por fraudes nos medicamentos que produzem,uma vez que são autores de <strong>do</strong>is hedion<strong>do</strong>s crimes, eis que atentamcontra a saúde pública e contra a economia popular.Era o que tinha a dizer,O SR. ALBERTO HOFFMANN (ARENA '- RS. Pronuncia oseguinte discurso,) - 'Sr. Presidente, colho a oportunídade para,oesta tribuna, expressll,r as minhas congratulações ao eminenteCardeal D. Vicente Scherer pelo oportuno pronunciamento noprograma "A Voz <strong>do</strong> Pastor", sobre a reformulação partidária,alertan<strong>do</strong>, especialmente, contra as tentativas de legalização <strong>do</strong>parti<strong>do</strong> comunista..Passo a ler os termos <strong>do</strong> oportuno alerta <strong>do</strong> ArcebispG de PortoAlegre:"Vivemos uma fase de reorganização da vida política epartidária. O conflíto de posições divergentes e contraditóriastem contínua e forte repercussão nas tribunas <strong>do</strong>sparlamentos e em extensos noticiários <strong>do</strong>s meios de comunicaçãosocial. Também as correntes declaradamentemarxistás ou comunistas tentam reorganizar-se e ínfluirna nova estrutura económíca e política que se vaí implantarno País. Sua linguagem é a mesma de sempre enão escondem a fidelidade às idéias fundamentais <strong>do</strong>comunismo como ele está estabeleci<strong>do</strong> em numerosos países.O que existe de novo é a insistência com que se apresentamgrupos, maiores e menores, que se declaram socialistase procuram arregimentar-se em parti<strong>do</strong>.s comesta bandeira de luta e de conquista <strong>do</strong> poder. As mesmastendências também se percebem na movimentação<strong>do</strong>s estudantes universitários interessa<strong>do</strong>s na organizaçãode sua classe.A Igreja se sente identificada com o povo nas aspiraçõespor um mun<strong>do</strong> novo e diferente, em que de fato se suprimamas condições de existência subumana de grandesmultidões e haja para to<strong>do</strong>s possibilidade e garantiasde subsistência e respeito aos direitos fundamentais,em clima de liberdade e com senso de responsabilidadeindividual e coletiva. Não é tarefa e missão nossa fornecermodelos concretos de ação neste terreno, em assuntosde na/tureza essencialmente temporal. Mas oS cidadãosqUe se orientam pelas diretrizes e as promessas <strong>do</strong> Evangelhonele encontrarão inspiraçâo e estimulo nos seusestu<strong>do</strong>s e nos generosos esforços pelo bem da coletividadee o progresso <strong>do</strong> Pais.AntiteseEntende-se por si mesmo que nossa poslçao será ostensivamentecontrária aos interesse e à <strong>do</strong>utrina <strong>do</strong> comunismo.Está excluida toda tolerância e transigênciasilenciosa no campo teórico e ideológico com o crassomaterialismo histórico e dialético <strong>do</strong> sistema. A mesmaoposição irreconciliável mantêm os próprios adeptos <strong>do</strong>coletivismo marxista. Nisto e~es Se manifestam perfeitamentecoerentes, porque o próprío alicerce <strong>do</strong> seu edifício<strong>do</strong>utrinário, apoia<strong>do</strong> em Marx, Engels e Lenin, estaráameaça<strong>do</strong> e continuamente sacudi<strong>do</strong> enquanto existireme atuarem organizações com <strong>do</strong>utrina e ação orientadaspor principios diversos e opostos,Coerentes também de nossa parte, nos declaramos, comono passa<strong>do</strong>, desfavoráveis à legalização <strong>do</strong> Parti<strong>do</strong> Comunista,Se ele não esconde felizmente seus propósitosde hostilizar a causa e os ideais que consideramos irrenunciáveis,como lhe colocariamos nas mãos as armaspara nos combater e lutar pelo desaparecimento das luzesque nos iluminam a estrada?Um <strong>do</strong>s <strong>do</strong>utrina<strong>do</strong>res comunistas italiano de maior autoridadee influéncia, Gramasci (faleci<strong>do</strong> em 1937), nosseus escritos mostra certa compreensão e interesse pelascoisas católicas, mas também reafirma a oposição radicalentre a visão <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> cristão e a marxista. definin<strong>do</strong>-acomo "uma antitese insanável de idéias". Esua reação contra os que pensam em tornar o socialismocristão é claríSsima: "Isto seria o mesmo que dizer:o quadra<strong>do</strong> deverá transformar-se em triângulo" (Sottola Mole p. 148>' Não aceitamos, por isso, "a política damão estendida". Mesmo nos paises em que o Parti<strong>do</strong> Comunistatem existência legal, continua ele, sua atividadeoculta e subterrânea de espionagem e sua politicaardilosa de infiltração e articulação.É preciso repetir e inculcar que nos opomos ás idéiasmarxistas não somente por motivos de fé e de convicçõesreligiosas. Como desconhece e nega abertamente a existênciade Deus e de realidade transcendentes, tambémsua ideologia não admite direitos humanos invioláveis,nega a liberdade de organização politica e profissional,rejeita a livre inicíativa em qualquer terreno, alimenta oódio aos adversários e tu<strong>do</strong> submete, inclusive a consciência,ao arbítrio ilimita<strong>do</strong> e soberano <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>. Não secompreende que, principalmente em nosso Pais, em quedurante 15 anos de processo revolucionário continuamentese reivindicava o restabelecimento <strong>do</strong> regime de plenademocracia, agora se pleiteie o reconhecimento <strong>do</strong> Parti<strong>do</strong>Comunista que, de acor<strong>do</strong> com sua <strong>do</strong>utrina. fixa eInvariável, nos países que o a<strong>do</strong>taram porque foi imposto,exerce uma ditadura de terror universal sem defesa,sem disfarce, sem apelação.ConfusãoTambém alguns autores católicos, lamentavelmente, admitemem suas publicações globalmente os postula<strong>do</strong>s marxistasda análise e da interpretação marxista da históriae <strong>do</strong>s fenômenos da evolucão econômica e social.Comprometem, estes autores, aspectos substanciais da fêque professam. Paulo VI chama tal colocação de "ilusóriae perigosa". É que os "diversos aspectos <strong>do</strong> marxismotém, entre si. intima vinculação. A análise marxistaestá unida indissoluvelmente à sua fí!osofia atéia e materialistae conduz a um tipo de sociedade totalitária eviolenta". E João Paulo II em Puebla insiste: "A Igrejanão necessita recorrer a sistemas ou ideologias para amare defendei' o homem e colaborar na sua libertação; nocentro da mensagem da qual é depositária e pregoeiraela encontra inspiração para atuar em favor da fraternidade,da justiça, da paz, contra todas as <strong>do</strong>minações, escravidões,discriIr.inações, violências, atenta<strong>do</strong>s à liberda-


11542 Sexta-feira 19 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Outubro de li'J'de religiosa, agressões contra o homem e contra tu<strong>do</strong>quanto atenta à ,ida" (Puebla, Ceiam n.o 621.Entre os autores sérios e respeitáveis de sociologia Jahoje não se encontra quem não rejeite o apriorismo e aunilateralidade de tal análise.Com a palavra e o apelo ao socialismo, dada a variadasignificação deste termo vago e ambíguo, Se promove umasutil infiltração de idéias marxistas. Os promotores <strong>do</strong>sparti<strong>do</strong>s socialistas, para terem apoio e inspirarem confiança,devem definir em palavras claras até que pontopleiteiam a interferência <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> no, campq econômico,no exercício da liberdade de consciência e na organizaçãopolítica e profissional, concilian<strong>do</strong> o progresso materialcom a justiça e a liberdade da pessoa humana.Requer-se-nos vigilância e precaução face, à pregaçâo eao proselitismo palavroso em favor <strong>do</strong> socialismo. A palavratem validade se entendida como sinônimo de umasociedade que assegura maior igualdade e participação.com uma limitada intervenção <strong>do</strong> poder público na esferadas atividades particulares. Deverá ficar claro comoe até onde os adeptos <strong>do</strong> socialismo preconizam aintervenção estatal, como entendem a liberdade de ensinoe da organização de classes, a estrutura da família,em outras palavras, qual a atitude programática relativamenteaos pontos fundamentais em que o marxismo seafasta <strong>do</strong>s postula<strong>do</strong>s da democracia e da genuina liberdadecristã.Convém ficar bem explícito que condenamos intransigentementea <strong>do</strong>utrina marxista no que tem de específico eesencial e sua aplicação corajosa, iniciativas, promoçõese mudanças para suprimir as injustiças e a situação insustentávelda miséria de grandes multidões,. que o rigi<strong>do</strong>capitalismo liberal não impediu de se formarem.Reconhecemos também que a origem e a difusão <strong>do</strong> socialismose devem em parte a uma inspiração de justiçae de solidariedade, a um desejo de melhorar a situação<strong>do</strong>s pobres, a: uma tentativa de _frear o poder absoluto<strong>do</strong> dinheiro e da, riqueza e a um justo anseio de igualdade.Estes sentimentos e valores têm a maior exaltação e fundamentaçãono Evangelho. O comunismo, ao menos verbale formalmente, os aceita como slogans eflcientes depwpaganda e conquista de simpatias. Mas, não obstante,seu regime nega aos adversários qualquer direito enão impediu a criação de uma nova classe privilegiadaigual às que atualmente existem.Respeitamos também os marxistas como pessoas porta<strong>do</strong>rasde direitos. Não deixaremos de aceitar, caso o desejarem,um diá:ogo ou uma visita para pessoalmente fazê-loscompreender que não estão no caminho certo. ComoCristo visitou os peca<strong>do</strong>res e os fez mudar de idéiase de vida.Acusação IInjustaFavoreceria o marxismo, sem dúvida sem querê-lo. quemacusasse de marxista qualquer pessoa que luta pela justiçae pela dignidade <strong>do</strong> homem e pela causa <strong>do</strong>s marginaliza<strong>do</strong>se vítima de injustica. Acusan<strong>do</strong> de comunistasos promotores <strong>do</strong> bem-estar' p


Olltubro de 1979 DIARIO DO CONGRESSO NÁCIONAL (Seção I) Sexta-feira 19 11543pobres. E, quantas vezes os paises pobres têm apela<strong>do</strong> para osricos, no senti<strong>do</strong> de que abram mão de seus excedentes econômicos,de que tenham um minimo de solidariedade internElcional emrelação às nações fraCas ou às nações em desenvolvimento? Porisso mesmo. chegou até a se formar o bloco das nações não-alinhadas,isto é, as nações que não se vinculam ao primário ao ao segun<strong>do</strong>mun<strong>do</strong>. Não queria aplicar, em termos brasileiros, um modelominiatura <strong>do</strong> esquema intEirnacional, mas o mesmo vem ocorren<strong>do</strong>_entre o Espirito Santo e São Paulo porque, enquanto o Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong>Espirito Santo mobiliza todas as suas.forças e procura instalar aprópria indústria sem chaminés, que é a indústria <strong>do</strong> turismo, nabusca incontida da ampliação de suas magnas divisas, vemos queSão Pau~o não tem a minima parcimônia na construção de suasobras suntuárias, corno o metrô, a sofisticação <strong>do</strong>s seus hotéis litorâneos,ou a própria mudança da Capital para outra área <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>.Não estou, Sr. Presidente e Srs. Deputa<strong>do</strong>s, da tribuna da CâmaraFederal pregan<strong>do</strong> a desunião entre as Unidades da Federação.O povo paulista, os meus irmãos de São Paulo, nãopodem arcar com O ônus dessa culpa, pois que é uma comunidadetão laboriosa quanto a capixaba. Refiro-me aos erros, aos equivocoos,às lastimáveis curvas observadas no mapa da administraçãobrasileira, quan<strong>do</strong> setores públicos <strong>do</strong> Pais não escondem a condiçãode serem porta<strong>do</strong>res de males estrábicos e el!lxergam malo próprio painel da realidade sócio-econômica nacional.Não é desta maneira que os Esta<strong>do</strong>s se aproximam economicamente.Ao contrário, é desta forma que os Esta<strong>do</strong>s maig sedistanciam, e são imensas as diferenças sócio-econômicas queseparam os ricos <strong>do</strong>s pobres. Já se chegou, há pouco tempo, acomentar que apenas os impostos arrecada<strong>do</strong>s pe~a União, emuma das menores ruas de São Paulo, montaria soma superiaraos impostos pagos por um <strong>do</strong>s mais modestos Esta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Polígonodas Secas. E estou certo de que, reven<strong>do</strong> compêndi03 deHistória, na parte especifica da economia cafeeira, concluimosque a preciosa rubiácea, antes que chegasse a São Paulo, atingiraa faixa equatorial, e o próprio Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Maranhã.o, no séculoXVIII, foi produtor cafeeiro superior a São Paulo. Depois é que,com o aperfeiçoamento das técnicas de plantio e colheita e coma conseqüente implantação de um kow-how no Sul, São Pauloganhou a dianteira e passou a ser não apenas um finalista, masum campeão da cafeicultura brasileira.Evidentemente, o fator migratório influiu decisivamente, porquea europeização de São Paulo não deixou de trazer elementosponderáveis, senão deliberatórios, para que se desatasse o processode veracidade <strong>do</strong> desenvolvimentô de São Paulo.Congratulamo-nos com o povo de São Paulo, mas censuramoso comportamento, em determina<strong>do</strong>s aspectos, da União, não apenasem preconizar, mas praticar uma política discriminatória,tornan<strong>do</strong> mais fracos os Esta<strong>do</strong>s pobres e màis- fortes os Esta<strong>do</strong>s.ricos.O privilégio não deve ser a primazia ou o direito de um únicoEsta<strong>do</strong> ou de alguns Esta<strong>do</strong>s poderosos, mas, sim, da prosperidadeequânime, e dev-e atingir a to<strong>do</strong>s os Esta<strong>do</strong>s, até os mais paupérrimos,porque eles compõem a vida brasileüa, e não seria possivelque admitíssemos em termos quaisquer a prática de umamutilação civica, moral, territorial ou política da própria estruturabrasileira, porque isto seria admitir a 'fratura da unidadenacional.Ainda no Governo de Getúlio Vargas, isto é, na sua primeirafase, economistas levantaram a idéia de que o pla;ntio de cana-devia ser privativo <strong>do</strong> Nordeste. Vargas.aceitou a premissa, jáque o Polígono das Secas não dispünha de um leque de opçõesou de um Blenco de alternativas para sua diversificação Industrial.Então, o Nordeste ficaria com a indústria açucareira e os Esta<strong>do</strong>s<strong>do</strong> Sul optariam por outros ramos de riqueza, principalmenteo siderúrgico. A teS€, à época, segurou, embora por poucotempo, porque logo a prática da indústria <strong>do</strong> açúcar desceu parao Sul e, ho;le, em linguagem corrente, é de afirmar-se que apenaso Esta<strong>do</strong> de São Paulo, com equipamentos industriais sofistica<strong>do</strong>s,produz mais que os Esta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Nordeste.Em principio, admite-se que to<strong>do</strong>s os Esta<strong>do</strong>s da Federagãopossam plantar cana, café, cacau, caju, mandioca, arroz etc. Somoscontra as discriminações territoriais; defendemos apenas oprincípio da conveniência climatobotânica de cada região. Nessecaso, se São Paulo planta o café, se o Espirito Santo planta café,se o Ceará - se bem que discretamente - há anos vem pratican<strong>do</strong>a agricultura cafeeira, se o próprio Acre já inicia seu piantio,defen<strong>do</strong> a tese de que o IBC deve reformular sua pol.l,ticade assistência, cessan<strong>do</strong>, de uma vez por todas, sua conduta visivelmentepareial, se não facciosa, prestigiandÇl diretamente o Esta<strong>do</strong>de São Paulo, colocan<strong>do</strong> o Espirito Santo e outros Esta<strong>do</strong>s areboque <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> to<strong>do</strong>-poderoso, por cujas falhas e erros nãodeve, repito, ser responsabiliza<strong>do</strong> o ban<strong>do</strong>S{) e laborioso povo paulista.Sr. Presidente e Srs. Deputa<strong>do</strong>s, o que defen<strong>do</strong> é a aplioaçãoequânime <strong>do</strong> direito, é a democratização das franquias agrícolas,é a concessão justa e igual a to<strong>do</strong>s os Esta<strong>do</strong>s produtores de café,estudadas e pesquisadas as necessidades de cada um, de mo<strong>do</strong>que haja um critério de proporcionalidade, que se instale uminstituto de ética para que não haja, dentro <strong>do</strong> Brasil, Esta<strong>do</strong>sricos e Esta<strong>do</strong>s sacrifica<strong>do</strong>s que não nec.essitem estender os braçosà caridade pública ou aos Esta<strong>do</strong>s milionários. Este tipo de comportamento,creio, o da revisão <strong>do</strong>s erros e até das violências deplanejamento, serviria para fortalec.er e devolver o verdadeirosenti<strong>do</strong> de dignidade civica ao espirito da Nação, à República eà Revolução de 64.Sr. Presidente e Srs. Deputa<strong>do</strong>s, tu<strong>do</strong> o que disse até agoradeve servir como um preâmbulo ao tema pivô deste nosso pronunciamentoem favor da cafeicultura capixaba que se vê dia-adiaviolentada no seu esforço, pelo desrespeito de outros produtorese pela vista grossa <strong>do</strong> órgão competente, o Instituto Brasileiro<strong>do</strong> Café, numa ocorrência gritante, de to<strong>do</strong>s conhecida, poisfoi, inclusiv.s, largamente veicula<strong>do</strong> pela imprensa à época. .Não sei se boicote seria o termo exato a ser emprega<strong>do</strong>, maso fato é que, da tribuna desta Casa, desejo denunciar ao PresidenteJoão Figueire<strong>do</strong>, ao Ministro Camilo Penna, aos círculoseconômic-os e à própria opinião pública <strong>do</strong> Pais, a violência praticadacontra o Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Espírito Santo, relativamente à suaprodução cafeeira, em detrimento da qualidade <strong>do</strong> seu produto eem beneficio de Esta<strong>do</strong>s to<strong>do</strong>-poderosos. O café <strong>do</strong> Espírito Santonão recebe a classificação que merece e, quan<strong>do</strong> alcança cotaçãode produto de alta qualidade, tem troca<strong>do</strong>, nos pontos de embarquepara os merca<strong>do</strong>s internacionais, a sua origem, acoberta<strong>do</strong>pela surdez estranha das autoridades federais.Não podem ser assim trata<strong>do</strong>s os cafeicultores capixabas, queapresentam ao merca<strong>do</strong> um produto da melhor qualidade, concorren<strong>do</strong>,mesmo, de forma igualitária, com os melhores produtos<strong>do</strong> pais da agricultura cafeeira, ven<strong>do</strong>-se prejudica<strong>do</strong>s e violenta<strong>do</strong>snos seus esfórços. As próprias estatisticas <strong>do</strong> IBC, relativamenteao plantio e revigoramento de cafezais, no perio<strong>do</strong>77/78, mostram que, proporcionalmente, o índice <strong>do</strong> Espirito Sa:rtoé <strong>do</strong>s mais altos, verifica<strong>do</strong>s o montante de pés de café <strong>do</strong>spianos elabora<strong>do</strong>s e <strong>do</strong>s planos contrata<strong>do</strong>s para a finalidadesupramencionada.Acredito, seria inverossimil que o IBC viesse a investir recursos,alocar subsídios numa agricultura de &egunda ou de maisbaixa categoria. Não creio que o IBC, que utiliza dinheiro público,usasse tais recursos com riscos não-controláveis. Por isto maisuma vez reclamo, em nome <strong>do</strong>s cafeicultores <strong>do</strong> meu Esta<strong>do</strong>, àsautoridades, aos organismos especificas, para que apurem a brutalidadepraticada contra o café <strong>do</strong> Espirito Santo, discriminaçãoesta que não pode continuar, pois, como já disse,. atenta contraa própria unidade naciona1.Sr. Presidente e .8rs. Deputa<strong>do</strong>s, como se não bastasse, queroaproveitar esta oportunidade para, em nome da cafeicultura brasileira,levar um apelo ao Presidente João Figueire<strong>do</strong> e aos órgõescompetentes, para que reestudem a problemática <strong>do</strong> confiscocambial aplicadg. ao comércio cafeeiro. Quero acreditar - e tenhocerteza de que toda a classe produtora da rubiácea tambémassim espera - que o Presidente Figueire<strong>do</strong>, que já por tantasvezes afirmou da carência de lima prioridade à agricultura brasileira,busque gestões de forma a não mais permitir a prática <strong>do</strong>confisco cambial, pois ela sufoca, ela sangra a cafeicultura <strong>do</strong>nosso Pais. Em termos nacionais, os cafeicultores sentem-se suga<strong>do</strong>spor tão pesa<strong>do</strong> encargo, que os asfixia dentro de sua própriamãe-pátrià. Não consigo visualizar em tal prática incentivo.ou estimulo de qualquer natureza ao produtor; ao contrário. elao desencoraja e o oprime. Tal medida não pode ter mais vida,porque ela aniquila; não pode ter estendida a sua validade, poisé nociva; não .deve ser mais utilizada, porquanto é altamenteprejudicial. .Gostaria de chamar à luz da realidade a sensibilidade <strong>do</strong>shomens públicos com poder de decisão sobre o tema para o caráterpernicioso de tal prática. Que to<strong>do</strong>s se conscientizassem deque é nociva ao produtor, que, por si só, já é alvo, fácil e indefeso,das adversidades de uma natureza, ora tão g-enerQsa, ora excessivamentemadrasta.Sr. Presroente, Srs. Deputa<strong>do</strong>s, sabi<strong>do</strong> é por to<strong>do</strong>s que a agriculturacafeeira constituiu-se - e, acredito, continuará sen<strong>do</strong>. ainda por muito tempo - um <strong>do</strong>s mais fortes baluartes da economiabrasíleira. :Él inadmissível que homens que tanto auxiliamo Pais sejam assim sacrifica<strong>do</strong>s.E, confian<strong>do</strong> plenamente nos homens, dignos mandatários destaNação, é que creio piamente que justiça será feita a quemmuito já fez por merecê-la.É o que tenho a dizer.O SR. FLORIM COUTINHO (MDB - RJ. Pronuncia, o seguintediscurso,) - Sr. Presidente, Srs. Deputa<strong>do</strong>s, trago hoje ao conhe'­cimento da opinião pública um fato que, não sei como estarei maiscerto - se classifican<strong>do</strong>-o de pitoresco ou de fúnebre. Isto' porque,


11544 Sexta-feira 19 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Outubro de 19'1'como primeira condição. conto com o capricho e a vaidade melodramáticae exibicionista de uma autoridade executiva, o Sr.Celestino <strong>do</strong>s 8antos Cabral. Prefeito <strong>do</strong> Município de São Joãode Meriti no Rio de Janeiro; e para a segunda, com um cemitérioa ser con;truí<strong>do</strong> na cidade desse mesmo neme, por esse mau administra<strong>do</strong>r,em local inconvenientissimo, contra a vontade <strong>do</strong> povo,verdadeiramente o <strong>do</strong>no <strong>do</strong> município, mas cujo prefeito se supõeo <strong>do</strong>no da bola, embora não passe de efêmere e acidenal mandatário.A cídade a que acabo de me referir tem, como qualquer núcleopopulacional <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>, um cemitério, em lugar conveniente, epode ser amplia<strong>do</strong> ou construí<strong>do</strong> outro, se necessário, em localizaçãoidêntica. Mas acontece que o cita<strong>do</strong> mandatário, contrarian<strong>do</strong>todas as expectativas, depositadas pelo povo <strong>do</strong> municípiomeritiense na sua inteligência e capacidade para administrar,resolveu construir outra necrópc1e, em área contigua a <strong>do</strong>is bairrosresidenciai.s da cidade - Venda Velha e Vila Cagi, cujo terrenoda construção, sen<strong>do</strong> mais eleva<strong>do</strong>, não ten<strong>do</strong> drenagem eestan<strong>do</strong> separa<strong>do</strong> das residências vizinhas apenas por uma muralha,que impossibilita o escoamento das águas que atingem ocemitério. fatalmente levará essas não só a se infiltrarem, poluídas,nessas moradias, mas - e criminosamente - a contaminarem,também, as itguas <strong>do</strong>s poços da imediações, que abastecemparte da população local, como acaba de acontecer com um colégioem Niterói, cujas crianças foram atingidas por águas igualmentepoluidas, vindas de focos ainda não identificadas.A teimosia e o capricho <strong>do</strong> chefe <strong>do</strong> Executivo municipal deSão João de Meriti são tão desmedi<strong>do</strong>s. incabiveis e revoltantesque, apesar das manifestações e <strong>do</strong>s protestos diversos. feítos publicamentepor representantes de todas as camadas sociais, emnada alteraram esse seu ridículo e aberrante propósito megalomaníaco,conseqüência natural de uma personalidade psicótica. cujadesiealdade para com os seu munícipes e correligionáríos, enfrentan<strong>do</strong>todas as pressões sociaIs contrárias, levou-o a formular,no senti<strong>do</strong> em causa, Mensagem aos edis <strong>do</strong> município. Visan<strong>do</strong>mais, quem sabe, a ver uma dia o seu nome desenha<strong>do</strong> nas paredesde um cemitério, apesar de um "abaixo-assina<strong>do</strong>" dirigid:J avárias autoridades; de uma "ação popular" na Justiça; de numerososprotestos na Câmara Municipal; de opiniões contrárias detécnicos categoriza<strong>do</strong>s e da revolta <strong>do</strong> povo expressada por to<strong>do</strong>sos meíos ao seu alcance, inclusive junto à Prímeira Dama <strong>do</strong> Pais,ten<strong>do</strong> eu mesmo recebi<strong>do</strong>, <strong>do</strong> Centro Pró-Melhoramentos <strong>do</strong> Bairrode Venda Velha", de Meriti, uma carta acompanhada de to<strong>do</strong>s os<strong>do</strong>cumentos, os quais acabo de mencionar, sen<strong>do</strong> que o "abaíxoassina<strong>do</strong>" de que falei está assína<strong>do</strong> por. cerca de 400 pessoas.Eis por qne estou nesta tribuna defenden<strong>do</strong> o povo de SãoJoão de Meriti contra a sanha desumana e criminosa <strong>do</strong> PrefeitoCelestino <strong>do</strong>s Santos Cabral, protestan<strong>do</strong>, veementemente, contrao arbítrio desse homem que, train<strong>do</strong> os compromissos assumi<strong>do</strong>scom o povo. aliás o mesmo que o elegeu para defendê-lo, parecepretender matá-lo de uma só vez, num ato de genocídio lento esádico, que bem ilustra sua ingratidão, seu caráter estranhamenteinconseqüente, inspira<strong>do</strong>. ao que tu<strong>do</strong> indica, no delírio insano deO<strong>do</strong>rico Paraguaçu, da novela "O Bem-Ama<strong>do</strong>".Ficam, pois, aqui. o meu protesto e o meu pedi<strong>do</strong> de intervençãodas competentes autoridades sanitárias, no caso. E todaa minha aberta e incondicional solidariedade ao povo de SãoJoão de Meriti. que pode contar comigo, desde já, na grande batalhaem que está ele empenha<strong>do</strong>. Sustentar o fogo. que a vitóriaserá nossa, pois a .luta está travada entre UUl povo realmente <strong>do</strong>node sua terra e um simples e passageiro chefe de serviço, por sinaldelega<strong>do</strong> daqueles a que hoje trai. Traição que se estende, também.ao significa<strong>do</strong> <strong>do</strong> seu próprio nome, que quer dizer: o 1.0 - aqueleque tem as cores <strong>do</strong> céu e que traduz; por certo, bondade e amor;o 2. 0 - pureza e justiça; e o 3. 0 - lealdade e acerto.Resta, porém, lembrar a 8. Ex.a o Prefeíto, que na obra deDias Gomes é O<strong>do</strong>rico Paraguaçu quem acaba inauguran<strong>do</strong> o cemitério..,Por hoje é só o que eu tinha a dizer sobre o assunto.O SR. PIMENTA DA VEIGA (MDB - MG. Pronuncia o seguintediscurso.) -Sr. Presidente, Srs. Deputa<strong>do</strong>s. desejo dar conhecímentaa Casa de manifesto lança<strong>do</strong> wr <strong>do</strong>ze .Deputa<strong>do</strong>s <strong>do</strong> MDBde Mínas Gerais, vazada nos seguintes termos termos:"O grave quadro brasileiro, em que o fundamental é orestabelecimento de melhores condições de vida para opovo, impõe uma luta constante em busca de uma maisjusta -ordem econômico-social.Diante desta conjuntura, e das medidas diversionistasanunciadas pelo Governo, que visam tão-somente a perpetuação<strong>do</strong> poder contra os verdadeiros anseios nacionais,os Deputa<strong>do</strong>s'Federais, infra-assina<strong>do</strong>s, eleitos pelo MovímentoDemocrático Brasileiro, Secção de Minas Gerais,manifestam sua inarredável posição em defesa da permanência<strong>do</strong> MDB, como o mais váli<strong>do</strong> instrumento para arealização da plena democracia.Este bloco, representan<strong>do</strong> a opinião de centenas.de companheirosde Minas Gerais, que detêm expressIva liderançapolitica, deseja expressar seu propósito firme de.se consumada a despropositada extinção <strong>do</strong> MDB, pelavontade arbitrária e casuística <strong>do</strong> Governo. manter-se deforma monolítica, em nova agremíação que disponha exerceroposição clara e irretorquível ao atual sistema de governo,o qual combate há quinze anos e em defesa intransigentede eleições diretas em to<strong>do</strong>s os níveis - verea<strong>do</strong>res,prefeítos, sena<strong>do</strong>res, governa<strong>do</strong>res, Presidente da Repúbllca.Desta forma, os parlamentares signatários deste <strong>do</strong>cumentodecidirão sempre uni<strong>do</strong>s as opções que surgirem, dentroda nova realidade politica nacional, sem relegar o passa<strong>do</strong>.mas com as vistas postas no futuro.Brasília, 18 de outubro de 1979.a) Sílvio Abreu Júnior, Luiz Baccarini. Carlos cotta, LuizLeal, Leopol<strong>do</strong> Bessone, Newton Car<strong>do</strong>so. Júnia Maríse,Sérgio Ferrara, Rosemburgo Romano, Juarez Batista. Pimentada Veiga e João Herculino."O SR. MAURíCIO FRUET (lUDB - PRo Pronuncia o segum'tediscurso.) - Sr. Presidene, o assunto que abordarei, embora pãoconstitua novidade, não pode passar despercebi<strong>do</strong>, sob pena decair na vala comum <strong>do</strong> esquecimento, pela singularidade de quese reveste.Refiro-me ao descase, à falta de interesse e à desconsideração<strong>do</strong> Poder Executivo para com a grande maioria <strong>do</strong>s beneficiários<strong>do</strong> Projeto de Leí da Anistia, vota<strong>do</strong> pelo <strong>Congresso</strong> e sanciona<strong>do</strong>pelo Presidente da República.É que aquele diploma legal, em seu art. 13, estabelece textualmente:"O poder Executivo, dentro de 30 dias, baixará decretoregulamentan<strong>do</strong> esta Lei."Antes, no art. 2. 0 , estabelece que:"Os servi<strong>do</strong>res civis e militares demiti<strong>do</strong>s, postos em disponibilidade,aposenta<strong>do</strong>s, transferi<strong>do</strong>s para a reserva oureforma<strong>do</strong>s, poderão, nos cento e vinte dias seguintes àpublicação desta Lei, requerer o seu retorno ou reversãoao serviço ativo".Acontece que a leí foi sancionada no dia 27 de agosto <strong>do</strong> correnteano, há quas.e <strong>do</strong>is meses, portanto, e, ainda não foi regulamentada.E esses servi<strong>do</strong>res já perderam, praticamente, metade<strong>do</strong> prazo para pleitear o benefício.Não se pede admítir por anistia apenas o perdão aos banidOSe o retorno <strong>do</strong>s cassa<strong>do</strong>s ao País. Mais <strong>do</strong> que isto, os resíduosdanosos de medidas arbitrárias ainda persistem entre a grandemaioría <strong>do</strong>s que por elas foram atingi<strong>do</strong>s. E, agora, agrava<strong>do</strong>spelo descaso <strong>do</strong> Palácio <strong>do</strong> Planalto que, pelo que se deduz, nãotem pressa em soluciona:r o problema.Enquanto isso, persiste o drama de milhares de atingi<strong>do</strong>s, que,mesmo anistia<strong>do</strong>s, continuam arcan<strong>do</strong> com a condenação da burocraciaoficial. Registro o fato e o meu protesto contra essa situação,que não pede e não deve continuar.O SR. HENRIQUE BRITO (ARENA - BA. Pronuncia o seguintediscurso.) - Sr. presidente, 81'S. Deputa<strong>do</strong>s, ·assomo à tribunadesta Casa, para, lamentavelmente, informar o falecimento<strong>do</strong> 81'. Vespasiano da Silva Dias, político influente em Itapetingae ex-deputa<strong>do</strong> Estadual da Bahia em duas Legislaturas. Vespasiano,juntamente com o 81'. Juvino Oliveira fun<strong>do</strong>u a ETMISA, primeíraEmpresa de ônibus da cidade e, posteriormente, em 1954, elegeu-severea<strong>do</strong>r e foi escolhi<strong>do</strong> como Presidente da Câmara Municipallocal. Em 1956, aju<strong>do</strong>u a fundar a Associação Rural de Itapetinga,hoje 8inica<strong>do</strong> Rural, e foi eleito seu primeiro Presidente, ocasiãoem que se realizou a primeira Exposição Agropecuária de Itapetinga.Em 1967, após não mais se candidatar a Deputa<strong>do</strong>, foi nomea<strong>do</strong>Díretor Comercial da COELBA. cargo que ocupou por 4 anos.Voltan<strong>do</strong> a residir em Itapetinga, cuidan<strong>do</strong> apenas de seusnegócios particulares. participou ativamente das campanhas políticasque levaram o Pe. Altamiran<strong>do</strong> Ribeiro <strong>do</strong>s Santos, em 1970,e Evandro Andrade, em 1972, à Prefeítura de Itapetlnga.Deixa es filhos, Laudelina, Magna e Vespasiano, além de cinconetos.A Prefeitura de Itapetinga decretou três días de luto oficial,em homenagem póstuma ao ex-Verea<strong>do</strong>r e ex-Deputa<strong>do</strong> Estadualdesaparecí<strong>do</strong>,


OIlf;ubN de 1979 mARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seváu I) Sexta-feira 19 11545o SR. LEOPOWO BESSONE (MDR - MG. Pronuncia () segUínte.discurso.) - Sr. Presidente, 8rs. Deputa<strong>do</strong>s, não raras vezeso parlamentar, no cumprimento de suas funções, esgota-se, noque diz respeito à sua paciência, ao se aprofundar no estu<strong>do</strong> dedeterminadas e enfa<strong>do</strong>nhas histórias, pelas quais passa a saberde injustificáveis ingerências.No caso, o BNDE, à margem <strong>do</strong> cumprimento de suas atividadesespecificas, tornou-se o cancro que gerou o esgotamento dapaciência deste parlamentar que, com elevada honra, dirige-se aV. Ex.""Já a vitima <strong>do</strong>s desatinos que passarei a narrar, lamentavelmente,não é outra senão a José Olympio, editora que, para orgulhonosso, está enraizada e entrelaçada com boa parte de nossaprópria história cultural.Os erros, acumula<strong>do</strong>s ao longo de vários anos. por via de conseqüênciasapresentam, a longetividade de desatinos e despropósitospe~tra<strong>do</strong>s contra o que poderia ser chama<strong>do</strong> de interessereal da emj'Jresa.Assim, nobres Deputa<strong>do</strong>s, encareço-lhes parte de suas atençõespara o que l!;les direi a partir deste momento, porquanto, em setratan<strong>do</strong> de Banco Nacionai de Desenvolvimento, o Poder Legislativonão poderá dar as suas costas a uma sucessão de problemasque, já.soma<strong>do</strong>s, refletem bem uma verdadeira bola de neve.Passemos, então, aos fatos.É bem provável, meus 8enhores, que poucas ou nenhuma editoratenha tràzl<strong>do</strong> aos seus leitores um aCervo de literatura nacionaltão amplo como o que a José Olympio entregou ao povoem seus 47 anos de existência. E só isso - vejam bem - já seconstituiria em sólida razão para que nossas aut-Oridades dispensassemàquela casa o apoio que, de certa forma, lhe foi da<strong>do</strong>,embora erroneamente.Eis que, desde a sua fundação, em 1932, até 1970. a José Olympioapresentou um crescimento marcante e progressivo, firman<strong>do</strong>se,comercial e profissionalmente, como um empreendimento vitorioso.A habilidade de José Oly'mpio em superar preconceito~e transformarhipóteses em realidades o credencia como verdadeiro pioneiromerece<strong>do</strong>r <strong>do</strong> maior respeito e admiração <strong>do</strong> nosso mun<strong>do</strong>intelectual.Por isso mesmo, até 1970, a editora já havia edita<strong>do</strong> cerca de2.800 titulo.s, quan<strong>do</strong> ini"iou -o trabalho de ampliação de sua linhade crediário, atenden<strong>do</strong> às contigências merca<strong>do</strong>lógicas. Aliás, valedizer, a experiência foi coroada de pleno sucesso, uma, vez que,pelo balanço daqueie ano, foi deixa<strong>do</strong> à disposição da AssembléiaGeral a apl'eciável cifra de 2.861.618,29, ou cerca de 10% <strong>do</strong> volumede vendas <strong>do</strong> perío<strong>do</strong>, o que, sem dúvida. representa razoávelmargem de lucratividade.Contu<strong>do</strong>, a expansão exigida de seus negócios pelas circunstânciaslevou-a a abrir seu capital, ampliar as operações de crediáriono interior, lançar novas linhas de coleções e, numa vísãocorreta <strong>do</strong> crescimento <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> cultural, criar as subsidiáriasDídacta 8istemas Educacionais e Ensino Audiovisual 8/A. Mas,afinal, to<strong>do</strong>s conhecem o que aquele perío<strong>do</strong> representou para aeconomia nacional. Assim, enquanto no ano cita<strong>do</strong> de 1970 e JoséOiympio já fora obrigada a aplicar 5,8 milhões de cruzeiros comjuros e despesas financeiras, o que representou 26,6o/~ de sua receitade vendas, entre 1972 e 1975, essa rubrica atingiu a cifra de152,3 milhões de cruzeiros, ou seja, o equivalente a 5 vezes o seucapital realiza<strong>do</strong>, que era de 33.760.000.00.E par'a que isso fique definitivamente comprova<strong>do</strong>, nada melhorque levarmos em consideração a evolução da receita e dadespesa da José Olympio no perio<strong>do</strong> compreendi<strong>do</strong> entre 1969 e1978, sen<strong>do</strong> que no biênio 1976177 a empresa já se encontrava soba gestão <strong>do</strong> BNDE, através da eia. Incentiva<strong>do</strong>ra de AtividadesAgrícolas e Industriais.Ano1969197019711972197319741975~97619771973Receita de Vendas17.96928.38746.55679.12398.59766.024.-36.99062.45583.593·30.000Despesas Financeiras3.2805.8499.33210.14922.90855.54163.77348.29274.55078,000--_.-_._----,-_._~--~--------_.Obs.: em milhões de cruzeiros.18.220,620,012,323,284,1172,477,389.297,5Dessa forma. pode ser ·visto que de 1972 a 1978 cerca de 360milhões de cruzeiros foram absOL·vi<strong>do</strong>.s somente COm obrigaçõesfinanceiras como juros, despesas bancárias e amortizações deencargos, o que explica, claramente, a crise que a empresa enfrentouda qual somente os bancos foram beneficia<strong>do</strong>s.Pois bem, 8rs. Deputa<strong>do</strong>s.Diante da situação. não cabia outra atitude ao Governo Federal,senão amparar a José Olympio, o que, de fato, foi feito.Aliás, disso resultou que sua situação fianceira está quase saneada,embora não seja esse o ponto fundamental a ser atendi<strong>do</strong>.Na verdade, meus nobres pares, o que tem que se transformarem alvo de to<strong>do</strong>s os cuida<strong>do</strong>s é a continuidade da empresa. E essacontinuidade depende basicamente da retomada de seu crescimento,da ampliação <strong>do</strong> volume de seus negócios, em bases lucrativas,para que possa, a longo, prazo, devolver os investimentos realiza<strong>do</strong>spelo Governo Federal.Com efeito, está ainda definitivamente comprova<strong>do</strong> que entreos anos de 1977178 - e há indicações de que em 1878 as vendasatingiram apenas 80 milhões de cruzeiros - houve claramente umretrocesso na recuperação de editora. E tanto assim o foi que, paraque alcançasse o mesmo índice de vendas de 1977, teria que investir40% de inflação sobre os 83 milhões fatura<strong>do</strong>.s naquele ano.Dessa forma, venden<strong>do</strong> em 1978 os 117 milhõe.s de cruzeiros,estaria apenas igualan<strong>do</strong> a produção de vendas à <strong>do</strong> ano anterior.E como faturou apenas 80 milhões em 1978, teve um retrocesso de31 milhões sobre as vendas de 1977.Tal situação, ilustres Parlamentares, é espeihada por somenteum único exemplo prático da ingerência atual da José Olympio. Evamos a ele: em 1977, as vendas para o FENAME, com três titulas.totalizaram 409.252 exemplares, mas em 1978 nada se vendeu.Nesse mesmo ano, a Secretaria de Educação <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> de MinasGerais, cuja preferência pelas edições de livros avulsos da JoséOlympio se materializava a cada ano, continuou a posição de adquirirquantidade mínimas, principalmente pela desatenção aosprazos de entrega <strong>do</strong>s volumes previamente solicita<strong>do</strong>s para oscursos supletivos.Então, diante de tantos fatos insofismáveis, é o caso de seperguntar: o que é que está erra<strong>do</strong>? Estará, por acaso, o BNDEadministran<strong>do</strong> mal? Manda a justiça que se diga que não. O Bancotem agi<strong>do</strong> dentro <strong>do</strong>s melhores propósitos quanto à orientaçãogovernamental.Conclui-se, pois, que o problema maior reside exatamentenos elementos que são escolhi<strong>do</strong>s para a gestão da empresa.Eles têm si<strong>do</strong> escolhi<strong>do</strong>s entre aposenta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> próprio BNDEe Banco <strong>do</strong> Brasil, sen<strong>do</strong> que Q resulta<strong>do</strong> dessa escolha não poderiamesmo ser <strong>do</strong>s menos desastrosos. Ocorre que, em que ,Jese asuas qualificações profissipnais <strong>do</strong> passa<strong>do</strong>, nenhum deles apresentouo menor lmow-how administrativo de uma editora, queexige percepção acurada às sutilezas de um merca<strong>do</strong> altamentesensível e especializa<strong>do</strong>. que nos últimos anos tem si<strong>do</strong> agrava<strong>do</strong>e comprometi<strong>do</strong> com uma inflação que desestimula o consumi<strong>do</strong>ra investir em livros como merca<strong>do</strong>ria essencial.Fato é que o BNDE, mesmo que involuntariamente, arregimentan<strong>do</strong>administra<strong>do</strong>res inteiramente estranhos ao merca<strong>do</strong> <strong>do</strong> livro,passa também a fazer parte <strong>do</strong> rol daqueles que querem verJosé Olympio desaparecida. O órgão, desatento ao probiema, nãopercebe que o desatino de sua falta de propópitos com reiação àindicação de seus prepostos na direção da editora está negan<strong>do</strong>a um suporte da cultura brasileira o direito de sobrevivência, odireito de recuperação econômico-financeira.Não entende ainda o BNDE que, quan<strong>do</strong> pouco, elementos daprópria empresa ou acostuma<strong>do</strong>s à lida <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> deveriam serchama<strong>do</strong>s a compor uma assessoria especializada, sob pena <strong>do</strong>continuísmo de devaneios e divagações, que só conseguem mesmotrazer um desgaste ainda bem maior à José Olympio.Em conclusão, temos de informar que to<strong>do</strong> esse descalabroadministrativo começou quan<strong>do</strong> da designação peio BNDE parasuperintendente da José Olympio <strong>do</strong> Sr. Hênio RodrlguesJie Souza,pessoa totalmente despreparada para as funções essencialmenteespecializadas de dirigir uma editora.Aliás, essa incompetência tem-se refleti<strong>do</strong> nos resulta<strong>do</strong>s práticos.na escolha de auxiliares imediatos, como é'o caso mais <strong>do</strong>que flagrante da filial de Minas Gerais. E o que é mais estranhávelem tu<strong>do</strong> isso é que o BNDE, a par de tantas orgias administrativas,continua, num exemplo bem marcante de malversação <strong>do</strong>dinheiro público, oferecen<strong>do</strong> novas injeções de crédito à JoséOlympio, mesmo saben<strong>do</strong> que eles serão aplica<strong>do</strong>s de forma muitoaqu~!X' da. deSIll~el.Contu<strong>do</strong>, reconhecen<strong>do</strong>, como não poderia deixar de ser, aimpQrtân~/l. desse apoio. temos de aceitar como verdadeiro o fatode que ele não é tu<strong>do</strong>. Sem uma direção acertada. objetiva, ade-


11546 Sexta-feira 19 mARIO DO CONGRESSQ NACIONAL (Seçiio 1) outubro dee 19'7'quada. será muito difícil alcançar-se o resulta<strong>do</strong> ideal. Sem umaremodlficaçào total na política de vendas, de lançamentos. da dinamização<strong>do</strong> crediário c sua cobrança. pouco será obti<strong>do</strong>. Sobretu<strong>do</strong>quan<strong>do</strong> a tendência é o crescimento <strong>do</strong>s custos. devoran<strong>do</strong>quaisquer administração impróprias.Mas a solução é visiveLO merca<strong>do</strong> está presente. receptivo a uma empresa com a tradiçãoda José OJympio. cujo acervo -editorial dispensa maiores comentários.Não será impossível a uma administração inteligentedinamizar a política de novos lançamentos e relançamento <strong>do</strong>sgrandes sucessos editorials <strong>do</strong> passa<strong>do</strong>. la<strong>do</strong> a la<strong>do</strong> com a atualização<strong>do</strong>s livros didá'ticos. que tanto podem representar no volumede vendas e prestigio.Finalmente, posso assegurar-lhes que há algo erra<strong>do</strong>. visivelmenteerra<strong>do</strong>, no to<strong>do</strong>. Mas consertáve1. Administração é ciência.mas arte. também. Os modernos conceitos empresariais aceitam<strong>do</strong>gmaticamente o fato de que um regime autocrático. vertical,está condena,<strong>do</strong> desde o nasce<strong>do</strong>uro. Administrar é saber ouvir,aceitan<strong>do</strong> participações. experiências. vivências. O contrário.to<strong>do</strong> esforço, por mais bem intenciona<strong>do</strong> que seja, está irremediavelmentecondena<strong>do</strong> ao fracasso. Que elementos. dentro e fora<strong>do</strong>s quadros da empresa, sejam absorvi<strong>do</strong>s para a execução da tarefa.para a consecução das metas comuns. que são <strong>do</strong> interessede to<strong>do</strong>s. <strong>do</strong> Pais, de seu futuro.Era só. 81'S. Deputa<strong>do</strong>s.O SR. RUBEN IFIGUEIRó


Outubro de 1979 DIARIO DO OONGRESSO NAOIONAL (Seção j) Sexta-feira 19 11547Mesmo assim, houve um credenciamento à empresa Jonil<strong>do</strong> Brito,de Campina Grande, para utilização interna de mil litros de álcool.Além disso, as adaptações requeridas e processadas, na Para!ba,conforme o CNP, foram altamente irregulares, com motoressuperan<strong>do</strong> a faixa-limite de álcool de 50% e até cem por cento.Ultrapassaram a flexibilidade mantida pelo CNP.Tornar-se-ia, assim, prejudicial o credenciamento.Estranhamente, a secção técnica <strong>do</strong> DNOCS, em CampinaGrande, exigin<strong>do</strong> um mínimo de pagamento, evidentemente maisbarato, nada fez até o presente no mesmo senti<strong>do</strong>. Nem o DNOCSnem o Governo <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>' se movímentou quanto ao mesmo problemade alta. significação para a economia de combustíveis numaárea pobre e das mais carentes.Por vía de conseqüência, é ínteiramente incabivel e estranhoque o Governo da Paraíba, nesse igual senti<strong>do</strong>, ao afirmar-se queem João Pessoa se instalara bomba para abastecer carros a álcool,adiantasse que não havia ainda veículos oficiai,s adapta<strong>do</strong>s. Noentanto, de forma exclusiva e parcial, ocorre que os mesmos usuários,particulares e profissionais, estão obriga<strong>do</strong>s ao abastecimentoem um único posto de álcool carburante que, para isso, exigecertifica<strong>do</strong> <strong>do</strong> proprietário dlj. já citada Retifica Campinense, oque parece em inteiro desacor<strong>do</strong> com o CNP e da limitação de millitros de álcool para uso interno.Contu<strong>do</strong>, na Assembléia Legislativa da Paraíba foi denuncia<strong>do</strong>que para adaptação de carros a gasolina para o álcool exigea Retífica Campinense a importância de dez mil e quinhentoscrureiros. Sabem to<strong>do</strong>s ali, no entanto, que existem mecânicosem João Pessoa cobran<strong>do</strong> para tanto apenas pequena Importância- se houvesse permissão oficial - e o SENAI de CampinaGrande executa o mesmo trabalho por três mil cruzeiros. Possoadiantar que o próprio proprietário da Retífica Campinense jádeclarou, através da imprensa, ser favorável a que outros estabelecimentostambém tenham oportunidade de executar o mesmotrlíbalho.Por outra, Sr. Presidente, o jornal oficial <strong>do</strong> Governo da Paraiba,em nota divulgada a dezenove de setembro próximo passa<strong>do</strong>,anuncian<strong>do</strong> a conversão de seiscentos veiculas <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> parao álcool, assinalava que o mesmo processo para a frota de carrosgovernamentais !ló poderá ser executa<strong>do</strong> por firma especializadae licenciada pelo Centro Técnico Aeroespacial - CTA - de SãoJosé <strong>do</strong>s Campos - SP - onde seria feito o treinamento de técnicosespecializa<strong>do</strong>/!, a despeito '<strong>do</strong> DNOCS, já referi<strong>do</strong>, e <strong>do</strong> Centrode Apoio Tecnológico (CAT) da Universidade Federal da Paralba.E, adiantava mais, que o programa na Paraíba, deverá serrealiza<strong>do</strong> por firmas locais em, condições técnicas compatíveis ecom atendimento prévio daquelas exigências. Até quan<strong>do</strong> e como,não o sabemos.Mas acontece que, em to<strong>do</strong>s os maiores e médios centros urbanos<strong>do</strong> Pais, notadamente São Paulo, qualquer pequena e competenteoficina, sem privilégio algum oficial, a preços módicos,opera aquela modificação técnica referida de veiculos a gasolinapelo álcool.Verifica-se, assim, em meu Esta<strong>do</strong>, que não só está persistin<strong>do</strong>,para os carros particulares, no monopólio da Retifica Campinense,como é de justificar-se ou de indagar-se, de, logo, se oGoverno da Paraiba estaria, calculada, mas obviamente, interessa<strong>do</strong>em não favorecei" todas as oficinas, aptas e habilitadas apmcederem àquela troca de combustíveis, o que ocorre em to<strong>do</strong>sos quadrantes <strong>do</strong> Brasil. Pelo contrário, pretende casuisticamenteadiar a solução das providências reclamadas em favor de firmasou de uma só firma, com fundadas suspeitas de premedita<strong>do</strong>interesse político, no tocante à venda <strong>do</strong> álcool combustivel paraos veiculos <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> e, igualmente, retardan<strong>do</strong> a sua decisãopara instituir privilégios de v€Úda e no caso da adptação técnica<strong>do</strong>s mesmos veículos.Apelamos, portanto, para o Sr. Governa<strong>do</strong>r da Paraíba e oSr. Mínistro da Indústria e <strong>do</strong> Comércio no senti<strong>do</strong> da eliminaçãode ~o<strong>do</strong>s esses óbices desfavoráveis ao povo, notadamente aos motoristasprofissionais da Paraíba, às pequenas e médias oficinasde automóveis dali, em beneficio também <strong>do</strong>s milhares de usuáriosparticulares de combustíyeis, fixan<strong>do</strong>-se, o quanto antes, odireito que a to<strong>do</strong>s cabe e deve pertencer, evitan<strong>do</strong>-se que interessesdas pessoas bem favorecidas politicamente dali venhama prejudicar a população e o próprio e combali<strong>do</strong> Erário PúblicoEstadual. 'O SR. FRANCISOO LIBARDONI (MDB - se. Pronuncia o seguintediscurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputa<strong>do</strong>s, enquanto oGoverno ,comanda. um ~ogo político para as arquibancadas, e o<strong>Congresso</strong> aguarda sua Mensagem reformulan<strong>do</strong> a vida partidátiano Pais, a sItuação econômico-financeira piora a cada dia.manti<strong>do</strong>, pelo Sl'. Delfim Netto aquele modelo econômico monétalistaque S. Ex. a instituiu no Governo Costa e Stlva e se tornoupraticamente intocável até os nossos dias.Essa intocabilidade decorre <strong>do</strong>s seguintes fatos: primeiroos tecnoburocratas estão satisfeitos, porque a maior soma de recursos<strong>do</strong> T,esouro é para financiar o DAS e as mor<strong>do</strong>mias; segun<strong>do</strong>:os banqueiros e as multinacionais trabalham de mãos livres,aqueles com os juros libera<strong>do</strong>s e estas poden<strong>do</strong> mandar à vontadelucros, para o exterior e participan<strong>do</strong>, com avulta<strong>do</strong> percentual,na nossa dívida externa; ter,ceiro: os agropecuaristas, a classemais prejudicada, não tem força nem prestígio, nem representaçãono Exeoutivo para fazer valer suas reivindicações, contra oconfisco cambial e em prol <strong>do</strong> financiamento de matrizes leiteirase de corte, ou no senti<strong>do</strong> de justos preços minimos.Esses três fatos resumem, de certo mo<strong>do</strong>, o drama <strong>do</strong>s produtoresprimários <strong>do</strong> País, que se vai refletir no aumento <strong>do</strong>custo de produção <strong>do</strong>s alimentos, com os insumos cada vez maiscaros, o preço da terra quase duplican<strong>do</strong> a cada ano, a paga <strong>do</strong>trabalha<strong>do</strong>r <strong>do</strong> campo ,superior ao salário mínimo.Mas não se deve culpar a alta <strong>do</strong>s alimentos pela distensãoda espiral inflacionária. A Gasolina aumenta três vezes, os automóveistambém e os remédios - simbolizan<strong>do</strong> a ganância <strong>do</strong>sindustriais - são remarca<strong>do</strong>s mensalmente. Além disso, vendemse,escancaradamente, &em controle médico, produtos farmacêuticosde consumo proibi<strong>do</strong> em outros países, não haven<strong>do</strong> mais ocontrole anuncia<strong>do</strong> pela Divísão de Medicamentos <strong>do</strong> Ministérioda Saúde, muito menos a fiscalização <strong>do</strong> Conselho Ministerial dePreços, que consente na permanente lesão da economia popular.O preço <strong>do</strong> ensino <strong>do</strong> segun<strong>do</strong> grau se vem tornan<strong>do</strong> proibitivo;cada vez mais difícil o acesso às uníversidades, porque os famososcursinhos cobram mensalidades superiores a mil cruzeiros,Ludibria<strong>do</strong> o povo pelo MOBRAL, de duvi<strong>do</strong>sa eficiência, apesarda curiosidade internacional que desperta, cresce, em númerosabsolutos, o analfabetismo no Brasil.A assistência sanitária é um fracasso, deven<strong>do</strong>-se incentivara estatização <strong>do</strong> setor, quan<strong>do</strong> as consultas médicas custam maisde mil cruzeiros e qualquer cirurgia, por mais simples, ultrapassaos vinte mil, enquanto' os serviços o<strong>do</strong>ntológicos não custam apenasos dentes, mas "os olhos da cara". O homem <strong>do</strong> campo, desajuda<strong>do</strong>,esqueci<strong>do</strong>, aban<strong>do</strong>na<strong>do</strong>, é a maior vítima desse modelo,enquanto importamos carne, leite, arroz, óleo, queijo e até o mílho,pagan<strong>do</strong> ° café mais de metade <strong>do</strong> que vale ao Governo, peloconfisco cambial.Voltaremos ao assunto, oportunamente, para detalhar 'os váriosaspectos da miséria brasileira, cuja simples citação não cabenum pequeno expediente.Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente.O SR. ALOIDES FRANCISOATO (ARENA - SP. Pronuncia oseguinte discurso.> ~ Sr. Presidente, Srs. Deputa<strong>do</strong>s, o "bóia-fria"se apl'esenta hoje como um problema relevantemente crucial nocontexto brasileiro e um tanto esqueci<strong>do</strong> pelas administrações,voltadas para as questões mais genéticas.O aliciamento desses seres humanos através <strong>do</strong>s "gatos" éuma verdadeifa escravatura branca, onde o mais forte se vale damiséria <strong>do</strong>s mais fracos para açambarcar-lhes uma grande partede seus salários, sem lhes dar qualquer proteção, seja empregatí-,cia, social ou habitacional.Comumente, nós, <strong>do</strong> interior <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> de São Paulo, deparamoscom o triSte espetáculo de caminhões trafegan<strong>do</strong> nas cidadese estradas canavieiras, carrega<strong>do</strong>s de homens, mulheres ecrianças, como animais desprovi<strong>do</strong>s de quaisquer <strong>do</strong>s direitos humanos.Esse espetáculo se torna ainda mais deprimente ao noslembramos <strong>do</strong> grande número de desastres que diariamente ceifama vida desses brasíleiros, força<strong>do</strong>s, pelas circunstâncias. aexpor-se ao perigo diário.Também consterna<strong>do</strong>r é o fato de esses seres, homens, mulherese principalmente crianças, em virtude de se levantarem demadrugada, muitas vezes sem uma refeição decente, terem suasforças enfraquecidas e, por volta das 11 horas, desmaiarem, emface da alimentação fraca e gelada.De outro la<strong>do</strong>, urge ao Governo, como detentor <strong>do</strong> monopóliosocial, que tome as providências necessárias a fim de evitar amigração constante <strong>do</strong> homem às cidades, à procura de melhorescaminhos e condições de vida atualmente nega<strong>do</strong>s ao homem <strong>do</strong>campo.Em caráter experimental, estão atuan<strong>do</strong> no Esta<strong>do</strong> de SãoPaulo diversas cooperativas, cuja finalidade é a colocação de turmasde mão-de-obra nas usInas. Entretanto, essas cooperativasnão conseguem atingir sua finalidade porque ao "bóia-fria" interessanão a participação nos lucros, mas as proteções legais, sociaise econômic~.Acreditamos que, se muito não podemos propiciar ao "bóiafria",devemos possibilitar-lhe ao menos a habitação, meio deminimizar o problema social e forma eficaz de combate à migração.


11548 Sexta-feira 19 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (seção I) Outubro de 11l'7l1À primeira vista, este nosso pedi<strong>do</strong> parecerá exdrúxulo àqueleque não tem maiores conhecimentos <strong>do</strong> problema habitacional,uma vez que a meta governamental se subsume em dar maior númerode habitações àqueles qUe mais necessitam delas. Porém oproblema existe - é impossivel o atendimento ao "bóia-fria" pelofato deste não ter 'comprovação' de ren1ia, uma questão exclusivamenteburocrática e técnica.Exige o Banco <strong>Nacional</strong> da Habitação que o adquirente deunidade habitacional apresente comprovação de rendimentos. Deoutro la<strong>do</strong>, o seguro habitacional não dá qualquer cobertura aomutuário, se o imóvel foi adquiri<strong>do</strong> sem renda comprovada, caben<strong>do</strong>às COHABs assumir o ônus relativo ao sinistro.A fixação <strong>do</strong> homem ao solo se constitui hoje, com o crescente.aban<strong>do</strong>no <strong>do</strong> setor rural, uma necessidade tanto social quantopolítica, e dar um teto ao trabalha<strong>do</strong>r ainda é uma das mais eficazesmaneiras de se obter eSSe resulta<strong>do</strong>.Eni nosso trabalho no setor habitacional, comumente verificamosque'o fator segurança, alia<strong>do</strong> ao fator propriedade, podemelhorar sensivelmente o nivel sócio-cultural <strong>do</strong> cidadão. E àsCOHABs aliada à responsabilidade de construir casas, competemanter um serviço social à altura de atender to<strong>do</strong>s os seus Il1/.ltuários,através de um trabalho elabora<strong>do</strong> no senti<strong>do</strong> de promovera elevação social <strong>do</strong>s mesmos.-O que nos propomos fazer será um lenitivo àquele que estátotalmente ao desamparo social. porém, para obtenção desse objetivo,encarecemos ao insigne Ministro Mário Andreazza. e ao ilustrePresidente <strong>do</strong> BNH José Lopes de Oliveira que providenciemuma solução que venha a suprir a exigência da comprovação darenda familiar.A solução que se nos apresenta seria a comprovação de rendimeJ;l.tosatravés de comprovantes de despesas, como locação ealil1!entação. Entretanto, qualquer solução a ser a<strong>do</strong>tada deverá,obrigatoriamente ser aceita também pelo seguro habitacional,para que não ooorra dar-se o beneficio da casa própria a umafamília e retirá-lo posteriormente em vista <strong>do</strong> falecimento ou invalidezde seu chefe.Temos plena ~eza de que as mãos estendidas <strong>do</strong> ilustrePresidente João Baptista Figueire<strong>do</strong> serão recebidas e seguras pelascalejadas mãos <strong>do</strong> "bóia-fria", desejoso de um teto e impedi<strong>do</strong> deobtê-lo pela própria conjuntura burocrática <strong>do</strong> Sistema Financeiroda Habitação.Temos plena certeza de que os nossos dirigentes atentarãopara a problemática <strong>do</strong> "bóia-fria", que clama por uma justiçasocial que virá em parte não se lhe negan<strong>do</strong> pelo menos o beneficiohabitacional.Obstan<strong>do</strong>-'se-lhe até a aquisição de um lar para si e seusfamiliares, estaremos, até certo ponto, in<strong>do</strong> contra to<strong>do</strong>s aqueles,com o suor diário, contribuem para a grandeza da Pátria, apesarde não compensa<strong>do</strong>s por qualquer estabilidade e segurança, direitoreconheci<strong>do</strong> a outros trabalha<strong>do</strong>res brasileiros. 'O SR. JOAO FAUSTINO (ARENA - &N. Pronuncia o seguín~discurso.) Sr. Presidente, Srs. Deputa<strong>do</strong>s, o Deputa<strong>do</strong> ElquissonSoares, Líder <strong>do</strong>- MDB, usou desta tribuna na sessão de ontempara tecer comentários sobre a política salarial vigente nas usinas<strong>do</strong> Rio Grande <strong>do</strong> Norte. Na ocasião, o eminente parlametar cometeuuma grande injustiça contra um homem público no meuEsta<strong>do</strong>, quan<strong>do</strong>, acusan<strong>do</strong>-o de atos que nunca cometera e injurian<strong>do</strong>-o,procurou denegrir a vida de um empresário e de umpoliticõ que tem demonstra<strong>do</strong> suficientemente ser um cidadãodigno dd cargo que exrece de Vice-Govema<strong>do</strong>r, respeita<strong>do</strong> pelacomunidade norte-rio-grandense e pelos emprega<strong>do</strong>s da empresaque dirige, sobretu<strong>do</strong> pela: sua honradez e pelo seu senso dejustiça.Talvez o limita<strong>do</strong> conhecimento que o Deputa<strong>do</strong> ElquissonSoares 'possui <strong>do</strong> Rio Grande <strong>do</strong> Norte tenha feikJ· com que aqueleparlamentar proferisse palavras que não expressam a verdade comrelação à vida da empresa a que aludiu.To<strong>do</strong> o povo <strong>do</strong> Rio Grande <strong>do</strong> Norte conhece a capacidadede trabalho dQ Sr. Geral<strong>do</strong> José de Melo. O seu esforço e a suainteligência fizeram com que as vitórias que conquistou no campoempresarial e po.lítico servissem como exemplo de que podemosobter posições com honestidade e lealdade e sobretu<strong>do</strong> com osméritos pessOlais.Ao assumir a empresa que hoje dirige, Geral<strong>do</strong> José de Melose deparou caI!). um <strong>do</strong>s- mais graves problemas sociais ocorri<strong>do</strong>sna vida <strong>do</strong> setor açucareiro <strong>do</strong> Rio Grande dO' Norte e nunca nemsequer aborda<strong>do</strong>s nesta Casa. Há três anos não se pagava o 13.0salário aos trabalha<strong>do</strong>res da usina; em nenhum momenkJ haviasi<strong>do</strong> pago o salário família; quatrocentos e cinqüenta ações trabalhistasestavam julgadas e ajuizadas há mais de <strong>do</strong>ze meses.Aos poucos a empresa foi normalizan<strong>do</strong> as suas atividades,fortalecen<strong>do</strong> a sua produção, valorizan<strong>do</strong> o seu emprega<strong>do</strong>, assistin<strong>do</strong>-ocom onze escolas, um posto médico, clube de mães, clubede lazer, além de promover um perfeito relacionameno entre emprega<strong>do</strong>e emprega<strong>do</strong>r.As afirmações <strong>do</strong> Líder <strong>do</strong> MDB vão frontalmente de encontroà recente decisão <strong>do</strong> sindicato <strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res rurais de Ceará­Mirim, que, em assembléia realizada há poucooS dias, aprovou porunanimidade um voto de louvor e congratulações pela maneiracorreta e justa a<strong>do</strong>tada pela empresa no momento em que se atribuiaaos emprega<strong>do</strong>s um novo reajustamento salarial.Sabemos que o trabalha<strong>do</strong>r rural brasileiro, sobretu<strong>do</strong> <strong>do</strong> Nordeste,vive momentos difíceis e angustiantes, que a sua vida élimitada e sofrida. Sabemos também ser o nosso dever defendê-loe ajudá-lo a se promover como cidadão e como pessoa humana;isto temos feito constantemente através desta tribuna.Todavia não podemos admitir que, em nome desse sofrimento,se venha a assacar injúrias contra pessoas ou instituições queprocuram acima <strong>do</strong>s limites da lei cumprir com as suas obrigaçõessociais.Afirmar que a companhia açucareira <strong>do</strong> vale <strong>do</strong> Ceará-Mirime os seus dirigentes desrespeitam a lei, não pagam os saláriosdevi<strong>do</strong>s aos seus emprega<strong>do</strong>s; que se promove naquela empresaa escravidão e a marginalização <strong>do</strong> trabalha<strong>do</strong>r; que o saláriominimo e demais direitos previskJs na legislação trabalhista esocial não são atribuí<strong>do</strong>s aos seus servi<strong>do</strong>res, é uma leviandade.A nota distribuida hoje à imprensa natalense esclarece osfatos que motiVaram a paralisação de oitenta e seis dOI! mil ecem emprega<strong>do</strong>s da companhia e que deram margem à interpretaçõesdistorcidas e facciosas.O SR. OSMAR LEITAO (ARENA - RI. Pronuncia o seguintediscurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputa<strong>do</strong>s, uma das grandes aspiraçõese das mais urgentes necessidade <strong>do</strong> Municipio de Itaborai,no Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Rio Janeiro" é a instalação de um posto de assistênciamédica e farmácia <strong>do</strong> INAMPS.Dadas as suas dimensões e não obstante a vocação pre<strong>do</strong>minanteagrícola, a cidade possui um significativo contingente deas.'lalaria<strong>do</strong>s, vincula<strong>do</strong>s às numerosas cerâmicas da região, à EstaçãoRastreadOlra da EMBRATEL, à Auto Viação 1.001, à CmRANe muitas outras empresas, os quais necessitam, como contribuintes,da justa cobertura <strong>do</strong> Instituto às suas minímas necessidadesde assistência médico-farmacêutica.Além da população fixada em sua área, Itaboraí recebe grandequantidade de beneficiários da Previdência e Assisténcia Socialvin<strong>do</strong>s de Municípios vizinhos, tais como São Gonçalo, Cachoeiras<strong>do</strong> Macacu e Maricá, que ali aportam em busca de alívio parasuas <strong>do</strong>enças.Mesmo assim, até hoje não foi lá instalaria um Posto <strong>do</strong>INAMPS, a despeito da demanda desses serviços ser superior à deoutras localidades que já possuem um centro de atendimento médico-previdenciário.:.Para ilustrar, citamos o exemplo <strong>do</strong> Município de Rio Bonito,próximo a Itaborai, onde a demanda de atendimento médico ·ébem inferior, mas que possui um Posto em sua jurisdição. EnquantoItaboraí tem 4~ médicos, Rio Bonito possui 26, sen<strong>do</strong> maiorainda a diferença em relação aos o<strong>do</strong>ntólogos, que, no primeIro,são 14 e, no segun<strong>do</strong>, apenas 4. Além disso, o total meIJllffi.I de con!­sultas médicas em Itaboraí é quase três vezes maior que o deRio Bonito é calcula<strong>do</strong> pela soma de consultas <strong>do</strong>s médicos <strong>do</strong> Postose dá com as consultas o<strong>do</strong>ntológicas, da ordem de 2.700 por mêsna primeira para 640 na segunda.Importante ainda é observar que o total de atendimenkJs emRio Bonito é calcula<strong>do</strong> pela soma de consltas <strong>do</strong>s médicos <strong>do</strong> Postode Assistência Médica com os credencia<strong>do</strong>s, o que não se dá emItaboraí.Bem sabemos <strong>do</strong> esforço <strong>do</strong> Ministro da Previdência e AssistênciaSocial Jalr Soares para a -melhoria <strong>do</strong>s serviços presta<strong>do</strong>spelo INAMPS. Sabemos também que uma das metas prioritáriasde sua Pasta consiste na implantação de um sist-ema regionaliza<strong>do</strong>e hierarquiza<strong>do</strong> de saúde de boa qu~lidade, que possa ser alcança<strong>do</strong>com 'facilidade e cubra as necessidades básicas de saúde dapopulaçiio protegida pelo seguro- social.Entendemos, porém, que Itaborai não pode ser esquecida. Acimade tu<strong>do</strong>, a cidade abriga milhares de trabalha<strong>do</strong>res que pagama Previdência Social e de cuja assistência médica muito necessitam.A esperança deles é que as,áutoridades competentes, comoOi Superintendente <strong>do</strong> INAMPS no Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Rio, Dr. YassushiYoneshigue, se sensibilizem e providenciem o mais rápi<strong>do</strong> atendímentoa essa tão justa reivindicação.Era o que tinha a dizer.O SR. LAZARO D'E CARVALHO (MDB - RI. Pronuncia. oseguinte discurso.) - Sr. Presidente, Brs. Deputa<strong>do</strong>s, há certas


Outubro de 197& DIARIO, DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sexta-feira 19 11549coisas que, se não são fáceis de explicar, são mais dificeis deentender.Volta e meia surge no noticiário da Imprensa algum fato quevem envolver o meu municipio, Duque de Caxias, no Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong>Rio de Janeiro no senti<strong>do</strong> de desaboná-lo, e sempre provoca<strong>do</strong>por quem não tem nada a ver com a nossa vWa política, administrativae social. r''ll: O caso agora <strong>do</strong> diretor e ator Tomassini, que ro<strong>do</strong>u umfilme sob o titulo "Massacre em Caxias", que, na melhor das hipóteses,insinua um aspecto psicológico altamente negativo sobre anossa terra.Justamente no momento em que o Sr. Presidente da Repúblicanos assegura que Duque de Caxias será ainda este ano excluí<strong>do</strong>como Municipio de interesse da área de segurança nacional éque surge um oportunista para tentar denegrir-lhe o nome.A propósito, o brilhante e conceitua<strong>do</strong> matutino "O Fluminense",de ontem, publicou um artigo da excelente jornalista Verade Vives. Como julgamos oportuno registrá-lo nos Anais desta Casa,pal'lSaremos a lê-lo; antes, pqrém, solicitamos ao Sr. Ministro daJustiça que impeça a exibição <strong>do</strong> cita<strong>do</strong> filme, pelo menos sob onome ácintoso com que se apresenta para nós, caxienses."O MASSACRE DE OAXIÁSDe. repente, uma população se enche de brios e repudiavalentemente o filme que coloca sua cidade em má posição,- na berlinda e acusada de violenta. Isso daria um filme,um livro, um estu<strong>do</strong>, uma tese. Quan<strong>do</strong> menos, dá umacrõnica, isso eu pOSBO garantir. Porque me comoveu bastantea manifestação <strong>do</strong> povo de Duque de Caxias contrao filme de Tomassini, "Massacre em Caxias". Com faixase cartazes de repúdio o povo foi à Praça <strong>do</strong> Pacifica<strong>do</strong>r,no Centro da cidade, para pedir que seja altera<strong>do</strong> o título<strong>do</strong> filme. Assim como está, o "Massacre em Caxias" é omaSBacre de Caxias, consuma<strong>do</strong>, perante a opinião nacional,de maneira injusta e imerecida.Estou com quem reagiu: a violência não é privilégio dacidade <strong>do</strong> Pacifica<strong>do</strong>r, é um fato de toda a área metropolitana.Caxias está apenas purgan<strong>do</strong> a má sorte de terservi<strong>do</strong> de "habitat" a Tenório Caval(!anti, alagoano quetransplantou para a região os costumes <strong>do</strong>s jagunços. :Há30 anos que padece da má 'fama que os pistoleiros ganharampara ela. Hoje, entretanto, é uma cidade que crescee se organiza, que pensa em plantar mais árvores, e aceitabem a campanha de seu Prefeito no senti<strong>do</strong> de desenvolverum bairrismo sadio, para fazer crescer o apego àterra <strong>do</strong> nascimento. Ê: sentir sem o qual cidade nenhumase salva. Vê-lo, de repente, forte e franco em Oaxias, ê,eu creio, uma excelente notícia para toda a Baixada.As informações em torno <strong>do</strong> fato dizem que as ruas estãopichadas com frases que mostram a inconformação <strong>do</strong>povo para com as intenções <strong>do</strong> diretor e ator Tomassinide ferretear' a cidade como lugar de massacres. A horaé boa para tirar conclusões: essa mesma população queno filme é tranqüilamente apontada como desordeira envergonha-'setanto <strong>do</strong> conceito que mostra consenso, e searticula como um to<strong>do</strong> para protestar. Só essa circul'rStânciajá mostraria que o caxiense mu<strong>do</strong>u, se é que algumdia foi, coletivamente, um povo violento. O fato deque a reação tenha à frente um verea<strong>do</strong>r em nada a desmerece.Afinal, os eleitas <strong>do</strong> povo· são escolhi<strong>do</strong>s parainterpretar o sentimento coletivo e tentar vigorosamentefazê-lo prevalecer. Se o caxiense de hoje não se reconhececomo o cidadão anti-social <strong>do</strong> tempQ. de Tenório mais <strong>do</strong>que licito é que um de seus representantes lidere movimentopara tornar a posição muito clara, à face de to<strong>do</strong>o Pais. Ainda mais que, hoje, aos omissos cabem as batatas,o desemprego, e o desprestigio.Como sempre gostei de quem ama seu lugar de nascer,de viver e de trabalhar, só posso mandar um reca<strong>do</strong> aopovo de Caxias: vocês estão certos. Não se pode deixar otitulo <strong>do</strong> filme permanecer. Massacres acontecem em todaparte, nessa nossa Era de horror, e, portanto, por que omassacre <strong>do</strong> filme seria em Caxias? O que andam queren<strong>do</strong>é faturar a má fama da cidade, embarcan<strong>do</strong> para apopularidade à custa de vocês. Que se exiba o filme, massem que Caxias seja massacrada."Era o que tinha a dizer.O SR. ARTENm WERNER (ARENA - se. Pronuncia o seguintediscurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputa<strong>do</strong>s, a aposenta<strong>do</strong>riaespecial para OB segura<strong>do</strong>s da Previdência Social que exercematividades penosas, insalubres ou perigosas é, sem dúvida,uma conquista que deve ser estendida a to<strong>do</strong>s quanto efetivamentetrabalham nas circunstâncias adversas prev.istas na legislaçãoespecífica.O Quadro TI anexo ao Regulamento aprova<strong>do</strong> pelo Decreton.o 72.771 de 6 de setembro de 1973, incluiu o transporte manualde carga' na área portuária como atividade que dá direito àaposenta<strong>do</strong>ria especial depois de vinte e cinco anos de trabalho,estenden<strong>do</strong>-a aos estiva<strong>do</strong>res, arruma<strong>do</strong>res, ,msaca<strong>do</strong>res e opera<strong>do</strong>reSde carga e descarga nos portos.Constitui evidente injustiça e flagrante discriminação o fatode a categoria profissional <strong>do</strong>s conferentes portuários não haversi<strong>do</strong> considerada entre aquelas que dão direito ao referi<strong>do</strong> beneficio,já que seus integrantes labutam nas mesmas condições deinsalubridade e periculosidade, em idêntico ambiente que as outrasclasses contempladas.Para reparar essa injustificável diversidade de tratamentoe atenden<strong>do</strong> lidima e antiga reivindicação <strong>do</strong> Sindicato <strong>do</strong>s Conferentesde Cargas e Descargas nos Portos de Itajaí e Florianópolis,o nobr.e Deputa<strong>do</strong> Adhemar Ghisi apresentou o Projeto deLei n.O 1.716, de 1979, que estende à laboriosa classe o direito àaposenta<strong>do</strong>ria especial' aos vinte e cinco anos de serviço, independentementeda idade <strong>do</strong> trabalha<strong>do</strong>r que a requerer.Por encampar totalmente as razões invocadas na justificação<strong>do</strong> projeto, queremos manifestar nosso incondicional apoio à proposiçãoem apreço, que nada mais significa que fazer jus1:;tçáaos milhares de anônimos conferentes de carga e descarga <strong>do</strong>sportos <strong>do</strong> Brasil.Ten<strong>do</strong> em vista a oportunidade e conveniência da iniciativa,seu alto significa<strong>do</strong> social e, principalmente, seu senti<strong>do</strong> de eqüanimidade,temos certeza de que merecerâ a aprovação de to<strong>do</strong>sos legítimos representantes <strong>do</strong> povo nesta Casa.Era o que tínhamos a dizer.O SR. ELOY LENZI ü\IDB - RS. Pronuncia o seguinte discurso,)- Sr. Presid.ente, Srs. Deputa<strong>do</strong>s, em setembro, duas grandesgeadas caíram no Rio Grande <strong>do</strong> Sul. Frio que veio fora deépoca. Depois, vi.eram as chuvas, ocasionan<strong>do</strong>, inclusive, grandescheias no rio Uruguai e seus afluentes. A umidade relativa <strong>do</strong> araumentou excessivamente.Nessa época, a maioria das lavouras de trigo no Esta<strong>do</strong> passavampelo perío<strong>do</strong> mais crítico, que é o da afloração.Os danos Gausa<strong>do</strong>s à lavoura por esses fatores climáticosadversos somente serão conheci<strong>do</strong>s, com exatidão, na colheita.No entanto, o Governo estima o prejuízo em 30% na produção.Todavia, tal estimativa somente poderá corresponder à realidade,se levarmos em consideração o total da safra, incluin<strong>do</strong>-seno cõmputo a produção verificada em áreas não atingidas poresses fenômenos climáticos. Mas, a nível de Rio Grande, depoisde girarmos pela região produtora, na semana passada, visitan<strong>do</strong>lavouras atingidas, podemos afirmar, sem o mínimo exagero, quea queda na produção será superior á 60%. Além disso, os grãosa serem colhi<strong>do</strong>s serão de péssima qualidade, talvez inferior a65 hectolitos, peso especifico que classifica o produto de péssimaqualidade.O Rio Grande <strong>do</strong> Sul sempr·e produziu mais da metade <strong>do</strong>trigo nacional, cuja safra. era estimada em 4 milhões e quinhentasmil toneladas.'Portanto, no âmbito da economia nacional, esses prejuízossão de grande monta: fala-se de trinta bilhões de cruzeiros, somenteno Esta<strong>do</strong>.Mas o lavra<strong>do</strong>r como é que fica? Esse moureja<strong>do</strong>r anônimoé o eterno sacrifica<strong>do</strong>: por ocasião desses flagelos o Governo temo hábito de referir-se sobre os prejuízos verifica<strong>do</strong>s na economia<strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> brasileiro,. não se re1erin<strong>do</strong>- aos prejuizos <strong>do</strong> produtor,seja ele pequeno, seJa grande.Para o pequeno lavra<strong>do</strong>r a situação ainda é pior <strong>do</strong> que ocorreao titular da chamada lavoura capitalista "o grande produtor",porquanto a força <strong>do</strong> seu trabalho é composta da própria familia.Moureja na lavoura, COm esposa, filhos e, muitas vezes, criançasde oito a quinze anos de idade, durante meses a fio, para, depois,nada ou pouco colher.Por pequenos que sejam os prejuízos causa<strong>do</strong>s pelas intempériesrepresentam danos irreparáveis, a ponto de levá-lo aod·esespero.Se o banco financiou a safra, tanto pior, pois, em virtudede eventuais facilidades crediticias, poderá ter ampliada sua lavourae, por isso, os prejuizos são maiores. Como pagar ao banco?Virá a moratória, dirão, e os prazos de resgate serão prorroga<strong>do</strong>s.Lembremos, no entanto, que a divida permanece, e um dia teráque ser pága; mas com que recursos se nas safras futuras aprodutividade continuará baixa e, talvez, os prejuizos aumentem.Evidentemente, não somos contrários ã concessão de empréstimosao J.avra<strong>do</strong>r, que, na expressão <strong>do</strong> Ministro Delfim Netto,continua de "tanga". Por isso mesmo, ele necessita de proteção


11550 Sexta-feira 19 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (S""ão I) Outubro de U'7.<strong>do</strong> Governo contra a espoliação a que é submeti<strong>do</strong> pelas empresasmultinacionais que controlam o preço <strong>do</strong>s fatores de produção,extorquin<strong>do</strong> tu<strong>do</strong> o que podem <strong>do</strong> sofri<strong>do</strong> lavra<strong>do</strong>r brasileiro, circunstânciaque vem refletir-se no baixo indice de produtividade.Além disso, o PROAGRO não funciona e o aglicultor não t"mrecebi<strong>do</strong>, até agora, o ressarcimento <strong>do</strong>s prejuizos sofri<strong>do</strong>s emacidentalidades anteriores.outro fator negativo, que precisa s·er corrigi<strong>do</strong>, é o da máqualidade das sementes. Há nove anos vimos chaman<strong>do</strong> a atenção<strong>do</strong> Governo para este detalhe. Por incrivel que pareça, não temosainda uma semente de trigo verdadeiramente brasileira. As variedadesque cultivamos nas lavouras destinadas à indústria sãode procedência estrangeira'- apenas melhoradas pela nossa genética.E o cuida<strong>do</strong> deste detalhe compete ao Gov.erno, pois pr·ecisamosproduzir variedades, que se ajustem às condições de climaonde forem cultivadas, principalmente mais resistentes à umidadee às pragas.Sem tais providências será inútil continuar plantan<strong>do</strong> trigono Brasil, especialmente em terras rio-grandenses. O Governo precisadecidir-se a respeito: ou elabora de vez uma politica triticolaadequada, cuidan<strong>do</strong> de proteger ° agricultor quanto aos itensanteriormente menciona<strong>do</strong>s e passaremos à auto-suficiêncIa no.setor, ou, então, deveremos desistir da cultura de trigo, dan<strong>do</strong>-seàs terras outra destinação econômica. O que não pode é continuaro ~gricultor andar de "tangas", segun<strong>do</strong> palavras <strong>do</strong> Ministr"Delfim Netto.O SR. SIQUEIRA CAMPOS


Outubro de 19711 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL \Seção I) Sexta-feira. 19 11551Santos se beneficia <strong>do</strong> trabalho de 19 assistentes sociais liga<strong>do</strong>sao INAMPS. Campinãs conta com 10 assistentes sociais. SantoAndré dispõe de zero a:ssistentes sociais.To.<strong>do</strong> o serviço de assistência médica <strong>do</strong> INAMPS, em Santos,é executa<strong>do</strong> por 468 funcionários; em Campinas. por 391 servi<strong>do</strong>res,Em Santo André, onde a população assistida representa mais<strong>do</strong> que as duas anteriores cidades som'lldas, somente 190 funcionárioscuidam <strong>do</strong> atendimento.Recentemente, quan<strong>do</strong> o servente de pedreiro Aézio morreunuma prisão <strong>do</strong> Rio de Janeiro, para onde foi leva<strong>do</strong> irregularmente,o Presidente da República se emocionou e anunciou providênciascontra a violência policial.O inquérito foi inst'aura<strong>do</strong>, e os.policiais estão sen<strong>do</strong> judicialmenteresRonsabiliza<strong>do</strong>s pela perda daquela vida.Quan<strong>do</strong> as autoridades superiores da Previdência obrigam umcardiaco a sair <strong>do</strong> leito na madrugada, colocan<strong>do</strong>-se em fila semproteção contra. as intempéries, durante 5, 6 ou mais horas e,depois, o fazem 5 meses pela consulta. médica, estão cometen<strong>do</strong>homicídío culposo contra os que, não resistin<strong>do</strong> tanto tempo, perdema vida sem tratamento. Estão cometen<strong>do</strong>, no minimo, crimede omissão de socorros contra aqueles cujo esta<strong>do</strong> de saúde seagrava no tempo decorri<strong>do</strong> desde a eclosão da moléstia até a datada consulta médica.Ribeirão Pires, com mais de 60.000 habitantes, não tem ambulatóriomédico da Previdência, nem mesmo agência pal:a arrecadarcontribuições ou pagar beneficios, Situação idêntica se verificaem Rio Grande da Serra.Esse quadro não se altera muito em Diadema, São Bernar<strong>do</strong><strong>do</strong> Campo e São Oaetano <strong>do</strong> Sul. Nas duas últimas cidades, graçasàs maciças inversões das Prefeituras Municipais em programas desaúde, é que a população recebe atendimento razoável deixan<strong>do</strong>de la<strong>do</strong>, em muitos casos, a assistência <strong>do</strong> INAMP8.A Fundação Municipal de Saúde, em São Cae,tano <strong>do</strong> Sul,mantém um hospital pediátrico de 150 leitos e uma completa redede postos de puericultura, evitan<strong>do</strong> que a criança seja tambémvitima <strong>do</strong>, criminoso descaso revela<strong>do</strong> pelas instituições da Previdênciaem relação aos seus assisti<strong>do</strong>s.São Bernar<strong>do</strong> <strong>do</strong> Campo responde pelo custeio da manutenção<strong>do</strong> Hospitai Anchieta. onde uma parte da população é atendida.Santo André investe na Fundação de Assistência à Infância(FAISAI; mantém um hospital municipal de atendimento gratuitoe se lança à poética aventura da construção de um hospital declinicas que poderá funcionar com i.OOO leitos.Além disso, todas as prefeituras investem somas enormes namanutenção <strong>do</strong>s postos de pronto-socorro, assumin<strong>do</strong> encargostípicos <strong>do</strong> INPS,Tantas são as falhas, as negligências, as injustiças e os crimescometi<strong>do</strong>s pela Previdência Social em Santo André e no ABC, quea inexistência <strong>do</strong>s serviços assistenciais seria menos prejudicial <strong>do</strong>que sua existência nas condições atuais.Recebemos um boletim de informação edita<strong>do</strong> pela RepúblicaFederal da Alemanha, revelan<strong>do</strong> que, naquele pais, a previdênciaSocial mantém 200 médicos para cada 100.000 segura<strong>do</strong>s da Previdênciae 118 leitos hospitalares para cada 10.000 previdenciários.Esses números revelam que no ABC a assistência proporcionadapela Previdência Social equivale a 3,6% da assistência proporcionadaao previdenciário da Alemanha Federal.Em relação aos leitos hospitalares, não se alcança nem 0,5%,Essl). a calamitosa situação Vivida pelas populações operáliasda região, apontada como mais rica e desenvolvida <strong>do</strong> Pais.Ê urgente, inadiável, a melhora nas condições de atendimentoda população previdenciária.A desatenção, o relaxamento, a omissão criminosa,das instituiçõesda Prevklência são responsáveis por milhares de mortesprematul·as.Evitar o sacrifício inútil de vidas humanas, muito mais <strong>do</strong>que uma questão econômica, muito mais <strong>do</strong> que uma questão so­Cial, muito mais <strong>do</strong> que uma questão de consciência já começa aser "uma questão de brios, de vergonha na cara. .O SR. J08'11: FREJAT (MDB - RJ. Pronuncia o seguinte discurso.)- Sr. Presidente e Srs. Deputa<strong>do</strong>s, pesca<strong>do</strong>res de Maricáestão sen<strong>do</strong> despeja<strong>do</strong>s e espanca<strong>do</strong>s pela Policia <strong>do</strong> Governa<strong>do</strong>r, Chagas Freitas.Cerca de 50 fammas de pesca<strong>do</strong>res construíram suas modestascasas em Zacal'ias, uma bela praia situada no Município de Maricá,Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Rio de Janeiro. Esses pesca<strong>do</strong>res ocupam essesterrenos há mais de meio séculO'. " - .Recentemente, surgiu, na especulação imobiliária, a COmpanhiaExpansão Agroindustrial, de que e Presidente o Sr. Lúcio ToméFeteira, dizen<strong>do</strong>-se proprietário de extensa área de terreno à beirada lagoa de Maricá.Mencionam os mora<strong>do</strong>res,' humildes pesca<strong>do</strong>res, que o Esta<strong>do</strong>forneceu certidão comprobatória de que o terreno não foi afora<strong>do</strong>à Cia. Expansão Agroindustrial. .Há uma Ação Popular promovida por pesca<strong>do</strong>res contra a Prefeiturade Maricá, que, ilegalmente, permitiu o loteamento predatóriode terras situadas à beira da praia, consideradas legalmentede uso comum de to<strong>do</strong>s.Culminan<strong>do</strong> suas arbitJ:ariedades, a Cia. Expansão Agroindustrialobteve uma decisão liminar para reintegrar-se na posse <strong>do</strong>imóvel ocupa<strong>do</strong> por D. Cenira, que ali nasceu e mora com seu mari<strong>do</strong>e os filhos menores.'Espancada pelo Polícia, D. Cenira foi arrancada de seu lar eteve de ser hospitalizada em decorrência <strong>do</strong>s ferimentos que recebeuda brutalidade. policial.,Para impedir 'll justiça de rever a decisão que propiciou a liminar,imediatamente os prepostos <strong>do</strong> Sr. Lúcio Tomé Feteira10g0 surgiram com um possante trator.Com o pesa<strong>do</strong> trator, derruoaram a caSa de D. Cenira e revolverama terra e o entulho de tal forma que, depois de tu<strong>do</strong>aplaina<strong>do</strong> com o trator, não restou mais sinal da existência da antigacasa de moradia da família de pesca<strong>do</strong>res.Os policiais que espancaram D. Cenira, arma<strong>do</strong>s de fUzis, metralha<strong>do</strong>rase bombas, não se contentaram com as violências praticadascontra D. Cenira, no interesse da companhia de especulaçãoimobiliária. Lançaram bomba de gás lacrimogênio e prenderam ocunha<strong>do</strong> de D. Cenira, quan<strong>do</strong> procurava ele interceder no senti<strong>do</strong>de encaminhar uma solução pacifica.O trabalha<strong>do</strong>r marginaliza<strong>do</strong>, Sr. Presidente, vem suportan<strong>do</strong>o peso da violência das condições impostas à grande maioria <strong>do</strong>povo brasileiro. Entre estas condições está a rotina da violênciapolíeial contra homens, mulheres e crianças.O povo brasileiro está sen<strong>do</strong> ultraja<strong>do</strong> diariamente pela violênciaimpune e pela corrupção. A insegurança é geral, porqueninguém está tranqüilo num País onde fatos como esse podem.ocorrer a cada minuto.O SR: WALTER SILVA' (MOB - RJ. Pronuncia o seguinte,discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputa<strong>do</strong>s, lavro, desta tribuna,o mais veemente protesto contra as más condições de conservaçãoda ponte Rio-Niterói, apesar <strong>do</strong> pesa<strong>do</strong> pedágio cobra<strong>do</strong>.O pedágio em apreço, além de ser de legalidade duvi<strong>do</strong>sa, faceà indiscutível bitributação, em virtude de os usuários já pagarema Taxa Ro<strong>do</strong>viária Única, é fator de inflação, essa mesma inflaçãoque o Governo diz combater mas qUe a alimenta com medidas detal jaez.A ponte está em péssimo esta<strong>do</strong>, ocasionan<strong>do</strong> riscos seriíssimosaos que por ei'll transitam. Além disso, os que dão azar deparar nela por defeito, ficam horas sem socorro, como já aconteceu,em concreto, conosco e com o Deputa<strong>do</strong> José Maurício, darepresentação <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Rio.O custo da obra, cuja legitimidade foi posta em dúvida pelaOposição nesta Casa, em memorável pronunciamento <strong>do</strong> entãoDeputa<strong>do</strong> Hamilton Xavier, hoje Vice-Governa<strong>do</strong>r <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong>Rio de Janeiro, teria da<strong>do</strong> para se fazer uma reforma agrária noPais, mesmo a desenhada no Estatuto da Terra e que, em 30 denovembro próximo, completa 15 anos de edita<strong>do</strong>, sem que <strong>do</strong> papelsaísse a distribuição da terra nela preconizada.A ponte Rio-Niterói não pode cobrar pedágio. A Constituiçãoproibe; a legislação tributária proíbe. A <strong>do</strong>utrina e a jurisprudênciatributária nacional negam a legalidade da dupla incidêndatributária. Como viemos e ainda estamos em um Esta<strong>do</strong> deexceção, de arbítrio e de violência, além de cobrada, ela tem si<strong>do</strong>sucessivamente aumentada.:É um absu~o que não deixaremos de combater.O SR. NILSON GmSON (ARENA - PE. Pronuncia o seguintedisclU'So.) - Sr. Presidente, Srs. Deputa<strong>do</strong>s, com -a presença <strong>do</strong>Presidente João Figueire<strong>do</strong> e 11 Ministros, hoje, no Recife, foramassina<strong>do</strong>s convênios e protocolos de intenção entre o Governo dePernambuco e o Banco <strong>Nacional</strong> <strong>do</strong> Desenvolvimento Econômico- BNDE, envolven<strong>do</strong> recursos estima<strong>do</strong>s em Cr$ 10 bilhões, visan<strong>do</strong>à melhoria de transporte e infra-estrutura básica da RegiãoMetropolitana, apoio ao programa agrícola para aumento de pro·,dução, armazenagem e estradas vicinais e capitalização das pequenase médias empresas <strong>do</strong> setor de bens de capital.Os acor<strong>do</strong>s fOl'aIll assina<strong>do</strong>s pelo Governa<strong>do</strong>r Marco Maciel,pelo Presidente <strong>do</strong> BNDE, 8l". Luís Sande, e pelo Ministro da Indústriae <strong>do</strong> Comércio, Sr. Camilo Penna. Os protocolos de )ntençãojá se el'lOOJ:ltram com recursos delinea<strong>do</strong>s, e os projetos ~rioritários<strong>do</strong> Governo <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, que serão apoia<strong>do</strong>s financeiramente,


11552 Sexta-feira 19 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) OutuDro d~ 1919foram debati<strong>do</strong>s recentemente por uma equipe <strong>do</strong> BNDE e técnicosda Administração estadual. De acor<strong>do</strong> com o protocolo assina<strong>do</strong>entre o Esta<strong>do</strong> e o BNDE, haverá concessão de prioridade ao programada Região Metropolitana <strong>do</strong> Recife, que prevê investimentosda ordem de Cr$ 14 bilhões e 819 milhões, sen<strong>do</strong> a participaçãoprevista <strong>do</strong> BNDE de até Cr$ 5 bilhões e 45 milhões. visan<strong>do</strong> aoapoio a transportes, aquisição de equipamentos para saneamentoe outras atividades de infra-estrutura básica, E, ainda, uma operaçãosob a forma "stand-by", no valor de CrS 860 milhões parao saneamento ambiental.Também foi assina<strong>do</strong> um acor<strong>do</strong> de concessão de prioridade<strong>do</strong> BNDE ao Esta<strong>do</strong> de Pernambuco, para o programa agricola daRegião <strong>do</strong> Agreste, com investimentos da ordem de Cr$ 1.431 milhões.sen<strong>do</strong> a participação prevista <strong>do</strong> banco no valor de Cr$559.561 mil. O programa objetiva o'aumento da produção de mi-,lho, feijão com ampliação da capacidade de armazenagem daRegião e implantação de ro<strong>do</strong>vias vicinais destinadas ao escoamento<strong>do</strong>s produtos.O programa da bacia leiteira terá recurSos de Cr$ 258 milhões.sen<strong>do</strong> Cr$ 88 milhões para o Esta<strong>do</strong> integralizar o aument.o decapital da CILPE e Cr$ 170 milhões para projetos de postos derecepção, fábricas de rações e fábrica de queijo.O financiamento para o programa de mllho, feijão, envolven<strong>do</strong>a Companhia de Armazéns Gerais de Pernambuco IC.AGEP , ea Empresa de Sementes e Mudas Selecionadas iSEMEMPEJ. seráem torno de Cr$ 44.240 mil: e de Cr$ 257.321 mil, para ro<strong>do</strong>viasvicinais.No setor de transportes. o Governo estadual vai esquematizaralternativas para os investimentos nas áreas de propriedade daRede FerroviárIa Federal, mas cuja colaboração financeira é estimadaem quase Cr$ 2 bilhões. Por outro la<strong>do</strong>, o convênio ""EMBRAMEC I Mecãnica Brasileira SIA I - BANDEPE, com a interveniência<strong>do</strong> Governo Estadual, envolve recursos de Cr$ 730milhões - Cr$ 500 milhões' da EMBRAMEC e Cr$ 230 milhões <strong>do</strong>BANDEPE - para apoio às empresas <strong>do</strong> setor de bens de capital.No meu próximo pronunciamento. Sr. Presidente, Srs. Deputa<strong>do</strong>s,trarei à consideração desta Casa os resulta<strong>do</strong>s da visita queo Presidente João Figueire<strong>do</strong> fez à SUDENE. participan<strong>do</strong> da reuniãoextraordinária. ten<strong>do</strong> como primeiro assunto os aspectosrelaciona<strong>do</strong>s com a recuperação da Região Nordestina e a intensificação<strong>do</strong> .seu ritmo de crescimento. Foi a terceira vez que oPresidente João Figueire<strong>do</strong>, em menos de 14 meses, foi à SUDENE,Como das vezes anteriores, n.ào foi uma visita de cortesia, mas, sim.di' verificação <strong>do</strong> cumprimento de diretrizes.Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente.O SR. CELSO PEÇANHA (MDB _ RJ. Sem revisão dó ora<strong>do</strong>r,)Sr. Presidente, comemora-se hoje o Dia <strong>do</strong> Médico. Passo. então,a ler o artigo "Salário de Médico". de minha autoria. em queexalto a obra desses abnega<strong>do</strong>s profissionais, ao mesmo tempoem que pleiteio justiça para a classe, advogan<strong>do</strong> o aumento <strong>do</strong>salário minimo <strong>do</strong>s médicos para dez vezes o minimo regional."Na ânsia por sensacionalismo, a Imprensa não se cansade divulgar casos envolven<strong>do</strong> médicos, onde eles são sempreacusa<strong>do</strong>s de inépcia, Incúria ou omissão. Nunca se comenta,porém, os atos de heroísmo. dedicação e desprendimentoque tão freqüentemente são leva<strong>do</strong>s a praticar,extrapolan<strong>do</strong> seus deveres e transforman<strong>do</strong>-os em verdadeirossacer<strong>do</strong>tes, tais as renúncias que têm de' fazer, sacrifican<strong>do</strong>seu repouso, seu fazer, suas familías e até aprópria sobrevivência.Na verdade, ao se analisar a atuação <strong>do</strong> médico brasileiro.mister se faz conhecer melhor as terríveis distorcées daestrutura previdenciária e. sobretu<strong>do</strong>. os vis salárioS pagosà classe responsável pelo bem mais precioso que nos é concedi<strong>do</strong>:a própria vida.No passa<strong>do</strong>, a figura <strong>do</strong> médico era legendária e quase quemágica, respeitada como a de uma autoridade máxima.e a clínica particular lhe dava condições de manter umpadrão de vida decente, compatível com a ·profissão.Hoje, com a socialiazção da medicina, a tendência ê viverde emprego. Na verdade, o risco <strong>do</strong>s altos custos de instalaçãode consultórios particulal'es não compensam a incertezade vinda de clientes. O brasileiro médio não temmais condições de procurar clínicas particulares, que setornaram um· luxo inconciliável com o achatamento salarialvigente no País e a escandalosa inflação que oraenfrentamos, cada vez mais acentua<strong>do</strong>s por nossa malogradapolítica econômica.Para ir a um <strong>Congresso</strong> médico, dentro <strong>do</strong> país, é necessáriopag;a,r <strong>do</strong>is mil cruzeiros ou mais. só 'a. titulo de inscnção.Isso sem falar das despesas com lOc.olllOçãü, alojamentoe refeições.Um livro de MedIcina, <strong>do</strong>s menores, em um só volume.também não custa menos de <strong>do</strong>is mil cruzeiros. A alternativade usar bibliotecas esta fora de cogitações - onde otempo para isso?Os hospitais públicos fazem convênias com Inúmeras instituições.aumentan<strong>do</strong> enormemente a sua renda, mas nãosobem proporcionalmente os salários <strong>do</strong>s médicos, quetêm de se des<strong>do</strong>brar para atender a um número muitomaior de pacientes, pelo mesmo ordena<strong>do</strong>.As próprias clinica.s particulares que fazem contratosglobais de assistência médica: com empresas pagam, a seuscontrata<strong>do</strong>s médicos, o vil salario estabeleci<strong>do</strong> em lei, detrês vezes o salário-minimo. Isto significa, nobres colegas,pagar-se a um médico o mesmo salário que percebem osmetalúrgicos em São Paulo, ou os 'motoristas de ônibusde Brasília.A conseqüência lógica é que o médico tenha <strong>do</strong>is ou trêsempregos para complementar sua renda. O tempo fica escasso,a acuidade e percepção sofrem acentua<strong>do</strong> declínio,pon<strong>do</strong> em lisco a saúde <strong>do</strong>s que são atendi<strong>do</strong>s às pressas,humilhan<strong>do</strong> e desestimulan<strong>do</strong> o médico, Impedimos queele pense no que faz e destruin<strong>do</strong>, de vez, qualquer possibilidadede aprimoramento profissional.Para compl.etar o quadro, aos médicos <strong>do</strong> Serviço Públiconão é Pllgo o adicional por insalubridade, previsto no art.209 da CLT. Usan<strong>do</strong> <strong>do</strong> arbitrio que o caracterizou, o Sr,Darci Siqueira, quan<strong>do</strong> na gestão <strong>do</strong> DASP, responden<strong>do</strong> aconsulta <strong>do</strong> INPS sobre o pagamento daquele adicional aseus servi<strong>do</strong>res médICOS, achou por bem estabelecer, emparecer publica<strong>do</strong> no Boletim Trabalhista e Previdenciário,de 30 de outubro de 77, que "a lei trabalhista dirigeseespecificamente ao Setor Priva<strong>do</strong>. aplican<strong>do</strong>-se ao ServiçoPúblico apenas no que couber", E determinou que BÓos radiologistas teriam direIto a perceber o adicional porinsalubridade.Que lei é esta? Será que a opinião de uma simples autoridadepode prevalecer sobre uma lei? Isso significa, então,que o nosso funcionalismo, regi<strong>do</strong> por aquela legislação,tem de cumprir as obrigações legais, fican<strong>do</strong>, porém, a·svantagens a depender da boa vontade, <strong>do</strong> humor e <strong>do</strong> arbítriodas autoridades.Ora, se há uma profissão que envolva atividades e operaçõesinsalubres, sem .dúvida, a <strong>do</strong>s médicos é das que maisse destacam, exposto que são, diariamente, ao contato comagentes físicos, quimicos e biológicos nocivos, conformedescreve a própria lei.Os médicos <strong>do</strong> Rio de Janeiro reuniram-se há pouco, emseu Sindicato, para pleitear Justiça para a classe, atravésda fixação de dez salarios mínimos. plantão de <strong>do</strong>ze horas,e outras medidas de igual importância. Na tentativa decorrigir e cruel distorção salanal <strong>do</strong>s nossos médicos, apresentamosprojeto de lei alteran<strong>do</strong> o art. 5.0 da Lei n,o3.999, de 15 de dezembro de 1961, aumentan<strong>do</strong> os saláriosminimos <strong>do</strong>s médicos para dez vezes o minimo regional, eos de seus auxiliares para cinco vezes, ao invés da ridiculaquantia de três e duas vezes, como está disposto. Com essaproposição merecen<strong>do</strong> a atenção, urgência e justiça queo assunto exige, estaremos também ajudan<strong>do</strong> a sanar alguns<strong>do</strong>s gravissimos problemas de saúde que afligem onosso pais,"O SR. JORGE ARBAGE (ARENA - 'PA. Pronuncia o seguintediscurso.) - Sr. Presidente, a propósito <strong>do</strong> pronunciamento emque mencionamos a viagem de uma Comissão Parlamentar à RepúblicaFederal da Alemanha. constituida de Sena<strong>do</strong>res e Deputa<strong>do</strong>sda ARENA e <strong>do</strong> MDB, dan<strong>do</strong>-a como ten<strong>do</strong> si<strong>do</strong> financiadapela Empresa "KVU", responsável pela execução <strong>do</strong> Projeto. deAcor<strong>do</strong> Nuclear firma<strong>do</strong> entre o Brasil e a Alemanha, cabe-nosaduzir que O convite foi formula<strong>do</strong> através da Embaixada daquelePais amigo. em nome <strong>do</strong> Governo alemão, conforme oficio quetenho em rnãos, cujo teor transcrevo para registro nos anais destaAugusta Casa.Diz o expediente subscrito pelo Sr. Heinz F. Lewalter, Encarrega<strong>do</strong>de ~egócios a.i., o seguinte:"Senhor Deputa<strong>do</strong>.Tenho a honra de convidar Vossa Excelência, em nome<strong>do</strong> Governo da República Federal da Alemanha, representa<strong>do</strong>pelo Senhor Ministro Federal de Pesquisa e Tecnologia,para uma visita à República Federal da Alemanha,a qual deverá dar-lhes oportunidade para informar-se diretamentesobre o mais recente desenvolvimento da tecnologiaenergética, particularmente no campo da en'ergianuclear.


Oulubro (te 1979 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sexta-feira 19 11553o programa de visita terá início no dia 9 de julho de 1979,em Frankfurt e Karlsruhe, encerran<strong>do</strong>-se com a viagemde ,Munique a Viena. A data da viagem ,de regresso deViena a Brasília fica em aberto. Estão pI'evistas visitas aoCentro de Pesquisa Nuclear em Karlsruhe, ao Governo eao Parlamento em Bonn, à Rheinischen Braunkohlen AGem Wesseling, ao Centro de Pesquisa Nuclear em Jülich,à·s instalações de energia solar na J;egião de Colônia/Bonn,à Kraftwerkunion em Erlangen/Nürnberg ,e às usinas nucleal'esem Biblis e/ou Grafenrheinfeld, bem como um fimde semana em Munique. O programa da visita mais detalha<strong>do</strong>Vossa Excelência receberá quan<strong>do</strong> chegar aFrankfurt.A Embaixada da República Federal da Alema:nha lamentaprofundamente não ter si<strong>do</strong> possível, em vista dasatuais dificuldades técnicas existentes no tráfego aéreointernacional e <strong>do</strong>s problemas decorrentes da temporada,reservar a Vossa Excelência, para esse programa feito acurto prazo, vàos de primeira classe. Peço compreenderque a viagem, de acor<strong>do</strong> com o cronograma apresenta<strong>do</strong>,só poderá ser realizada na "Economy Class", esperan<strong>do</strong>que Vossa Excelência esteja dISposto a aceitaressa solução.Suponho que alguns <strong>do</strong>s Excelentíssimos Senhores Sena<strong>do</strong>rese Deputa<strong>do</strong>s queiram levar suas esposas, foram reserva<strong>do</strong>s,como medida de precaução, 13 lugares no vôoda Lufthansa que sai <strong>do</strong> Rio no dia 7 de julho de 1979e mais 8 lugares, no vôo da Lufthansa que saí no dia 8de julho.Ten<strong>do</strong> em vist!l- que falta muito pouco tempo até o inicio<strong>do</strong> programa de visita acima menciona<strong>do</strong>, muito lheagradeceria a gentileza de confirmar, o mais breve possível,a sua participação.Aproveito a oportunidade para apresentar a Vossa Excelênciaos protestos de minha elevada estima e distintaconsideração."O presente esclarecimento, Sr. Presidente, obriga-me a declinaro nome <strong>do</strong> ilustre Deputa<strong>do</strong> Cantídio Sampaio, um <strong>do</strong>sParlamentares que integrou a viagem até a 'República Federal daAlemanha, como informante de haver essa excursão parlamentarsi<strong>do</strong> paga pela Empresa "KVU", ainda que o· convite fosse de responsabilidade<strong>do</strong> governo alemão. .ll: possível que o nobre representante<strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> de São Paulo tenha.incorri<strong>do</strong> em equívoco nãointencional, ao fazer tal observação. Todavia - segun<strong>do</strong> nosreafirma - não apenas S. Ex. a , como alguns <strong>do</strong>s membros daDelegação Parlamentar, presenciaram quan<strong>do</strong> <strong>do</strong>is repre:>,e.gtàntesda .Empresa KVU saldavam todas as despesas relacionadascom hospedagem, alimentação, transporte e outras pertinentesao perío<strong>do</strong> de estada nos locais visita<strong>do</strong>s.Faço o registro, Sr. Presidente, sem acréscimos ou distorções,para me tornar, uma vez mais, escravo da verdade e tranqüilocom minha consciência. Citamos o fato cpmo uma rotina dentro<strong>do</strong> processo legíslativo. Não pretendemos ferir melindres, e ratificamos,com absoluta tranqüilidade, o ponto de vista segun<strong>do</strong> oqual procedimentos dessa natureza em nada comprometem a instituição,ou mesmo a integridade <strong>do</strong>s seus ilustres membros.Esta, Sr. Presidente, a verdade que sabemos a respeito daida da Comissão Parlamentar à Alemanha, e nada nos indica denbsur<strong>do</strong> que possa colocar em dúvida o porte moral de quantosa integravam como representantes <strong>do</strong> <strong>Congresso</strong> <strong>Nacional</strong> brasileiro.O mesmo entendimento, Sr. Presidente, nos parece váli<strong>do</strong> seaplica<strong>do</strong> ao caso <strong>do</strong> ex-Presidente Geisel, cuja viagem está sen<strong>do</strong>objeto de exploração supinamente maliciosa pur parte de alguns<strong>do</strong>s seus adversários.Era o que tínhamos a dizer.O SR. OSVALDO MELO (ARENA ;-iPA. :pronuncia o seguintediscurso.) -Sr. Presidente, coroada <strong>do</strong> mais completo êxito foi avisita <strong>do</strong> Presidente Figueire<strong>do</strong> a Belém <strong>do</strong> Pará, com a finalidadede participar da: maior festa religiosa' <strong>do</strong> Brasil, o Cirio de NossaSenhora de Nazaré, uma tradição de quase <strong>do</strong>is séculos <strong>do</strong> povoparaense.Foi o primeiro Presidente da República a tomar parte naquelaromaria, percorren<strong>do</strong> to<strong>do</strong> o longo trajeto de aproximadamentecinco quilômetros, em quatro horas de duração. Antes, somenteo Presidente Médici havia toma<strong>do</strong> parte em um terço <strong>do</strong>trajeto.O povo de meu Esta<strong>do</strong> ficou profundamente agradeci<strong>do</strong> aogesto <strong>do</strong> Presidente Figueire<strong>do</strong> em associar-se ao espírito de féf; religiosidade da nossa gente <strong>do</strong> culto à Padroeíra <strong>do</strong> nosso Esta<strong>do</strong>.Durante a visita <strong>do</strong> Presidente da República houve tambémuma manifestação prestada ao Chefe da Nação por parte de 62Prefeitos Municipais: os quais entregaram um memorial de apoioe solidariedade à orientação politica <strong>do</strong> Güverno FederaLFaremos a inserção desse <strong>do</strong>cumento nos Anais da Casa, assimcomo da mensagem que o Presidente Figueire<strong>do</strong> endereçou aoGoverna<strong>do</strong>r Alacid Nunes, agradecen<strong>do</strong> a maneira carinhosa comofoi recebi<strong>do</strong> pelo Governo <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> e por to<strong>do</strong> o povo paraense,declaran<strong>do</strong>-se admira<strong>do</strong> com a fé que esse povo deposita emNossa Senhora, demonstrada principalmente durante a procissão<strong>do</strong> Cirio de Nazaré. O Presidente também confessou-se um devotoda Virgem de Nazaré, o que nos comove sinceramente.O nosso intuito é incluir esses <strong>do</strong>is <strong>do</strong>cumentos nos Anais destaCâmara FederaLEi-los:"Senhor Presidente João Figueire<strong>do</strong>:O Brasil vive, sob a patriótica inspiraçáo de Vossa Excelência,dias <strong>do</strong>s mais importantes de sua história. Odestíno reservou-lhe a tarefa árdua, espinhosa e às vezesincompreendida, de dirigir este País no exato momentoem que supera a dura mas necessária hora excepcional,abrem-se, à nossa frente, os dias reserva<strong>do</strong>s àconstrução daquela sociedade democrática com que sonharamontem e sonham hoje os brasileiros de boa fé ed'e boa vontade.Tem Vossa Excelência permaneci<strong>do</strong> à altura dessa missão,To<strong>do</strong>s nós, quan<strong>do</strong> lhe acompanhamos os passos,sentimos que possui a estatura necessária à grandeza datarefa. Sob a sua liderança, temos certeza de alcançaras condições de tranqüilidade e de justiça indispensáveisà democracia social que im~lantaremos nesta Nação, comoum exemplo de harmoma entre o progresso e a ordema liberdade sem turbulência e o bem estar semprivilégios.Temos consciência das respons~bilidades que pesam, nestahora, sobre todas as esferas <strong>do</strong> Poder Público, Mastambém a temos de que sob a orientacão de Vossa Excelência,haveremos de dar ao Brasil, nÓs governantes deto<strong>do</strong>s os niveis o melhor de nossa coragem, de nOSsa lucideze de nossa determinação.Senhor Presidente.Aqui nos reunimos, no extremo Norte, para reafirmarque estamos ao seu la<strong>do</strong> e para assumir, perante o Paísinteiro, o compromisso de seguir a orientação políticaque Vossa Excelência estabelecer. Confie em nós, PresidenteJoão Figueire<strong>do</strong>. Não lhe falta:remos, sejam quaisforem os obstáculos a vencer. Do seu la<strong>do</strong>, mal'charemossem temor ao ,encontro <strong>do</strong> futuro. E demonstraremos, emquantas oportunidades se oferecerem, que a grande maio·ria <strong>do</strong> povo paraense permanecerá fiel a este compromisso,porque está convencida de garantir para a suaterra através dele, um futuro de paz, de progresso e debem estar".Os prefeitos que assinaram o <strong>do</strong>cumento foram os seguintes:Belém, Felipe Macha<strong>do</strong> Sa:nt'Anna; A'baetetuba,Ronald Reis Ferreira; Acará, José Maria de Oliveira Mota:Afuá. Emilson <strong>do</strong>s Santos Goncalves: AJmeirim, JoséAlfre<strong>do</strong> Hage; Anajás, Alcides da Nobrega Pinheiro; AugustoCorreia Alberto Seixas; Baião. Francisco NogueiraRamos: Benevides, Osmar França <strong>do</strong> Nascimento; Bonito,Jamil Assad Neto; Braganca, Emílio Dias Ramos; Breves,Carlos Estácio; Bujaru, Raimun<strong>do</strong> de Campos Lopes: Cametá,Alberto Moia Mocbel; Capanema. Herbert MatosVeríssimo; Capitão Poço, Antonio Feliz Pereira; Chaves,Augusto Brito Figueire<strong>do</strong>; Colares, Alfre<strong>do</strong> Ribeíro BastosFilho: Conceição <strong>do</strong> Araguaia, Giovaní Queiroz; Curralinho,Francisco Chagas da Silva: Curuçá. Manoel PauloFerreira <strong>do</strong>s Santos; Gurupá. José Vicente Melo: Igara:pé­Açu, Rai~ún<strong>do</strong> Saturnino da Silva; Igarapé-Mirim. Raimun<strong>do</strong>J.:,lIDa da Costa; Itupiranga, João Brasil Monteiro;lrituia, José Faustino de Carvalho; Itaituba, AltamiroRaimun<strong>do</strong> da Silva; Jacundá, Bianor da Paixão' MarabáBenedito Orlan<strong>do</strong> Aguiar: Marapanim Euva1<strong>do</strong> Gama:Mocajuba, Hildebran<strong>do</strong> Sabbá Guimarães; Monte Alegre',Antonio Carlos Nunes de Lima; Moju, Oton Gomes deLima; Muaná, Hermógenes Ferreira Guimarães; NovaTimboteua, José Fernandes de Lima; óbi<strong>do</strong>s, Raimu1;l<strong>do</strong>Nonato Barbosa: Oeiras <strong>do</strong> Pará. Oseas Pereira Magalhães;Oriximiná, Raimun<strong>do</strong> José de Oliveira; Ourém,Harol<strong>do</strong> Alencar de Souza; Paragominas, Fausto Fernandes;Peixe-Boi, Raimun<strong>do</strong> Maia Pereira; Ponta de Pedras,Antonio Malato Ribeiro; PorteI. Felizar<strong>do</strong> JustinoDiniz; Porto de Moz. Diogenes José Verejão; PrainhaAt'lel'son Pinho Serqueira; Primavera, Antonio Car<strong>do</strong>so déOliveira; Salinópolis, Urubatan Nazareno Reis' Salvaterra,Raimun<strong>do</strong> José <strong>do</strong>s Santos; Santa Cruz <strong>do</strong>' Aran, Os-


11554 Sexta-feira 19 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Outubro de 197'marino Carvalho; Santa Maria <strong>do</strong> Pará, Raimun<strong>do</strong> MacielBraga; Santarém, Antonio Guerreiro Guimarães;Santarém Novo, Wilson Luís de Oliveira; Santo Antônio<strong>do</strong> Tauá, Manoel da Costa Silva, São Caetano de odivelas,Teo<strong>do</strong>ro Gurjão; São Domingos <strong>do</strong> Capim, Cândi<strong>do</strong>de Oliveira; São Miguel <strong>do</strong> Guamá, José Veríssimo Fonteles;São Sebastião da Boa Vista, Juarez Guimarães;Santana <strong>do</strong> Araguaia, José Ribamar Moraes; Tomé-Açu,Benigno Goes Filho; Tucuruí, Pedro Paulo Mileo; e Vigia,José Il<strong>do</strong>neo Favacho Soeiro."Senhor Presidente:Regressan<strong>do</strong> de Belém. quero manifestar a Vossa Excelênciae ao povo paraense a minha mais viva admiraçãopelo grande ato de fé coletiva e devoção a N. S. de Nazaré,cujo Círio pude acompanhar mais uma vez. esteano.Um povo que cultiva suas tradições cristãs, como os paraenseschegan<strong>do</strong> centenas de milhares de pessoas. como único' objetivo de demonstrar veneração à Virgem Nazarena,possui exuberantemente as virtudes mais essenciaisao momento presente: a fé que pode mover montanhasé a esperança fortalecida na certeza da proteçãodivina à Nossa Pátria. Agradeço comovi<strong>do</strong>, tli'-mbém. oinexcedível carinho <strong>do</strong>s paraenses a este humIlde peregrino,que, como tantos outros, sô desejav.a ::,gradecer aDeus as inúmeras graças recebidas e pedir a padroeiraparaense que continue a abençoar a nossa gente e nossaterra. Trago de Belém a lembrança imperecivel <strong>do</strong> afeto<strong>do</strong> povo e de sua extraordinária generosidade para CDmigo.Cordialmente, João Figueire<strong>do</strong>."O SR. ANToNIO ANNIBELLI (MDR - PRo Pronuncia o seguintediscurso.) - Sr. Presidente, S1's. Deputa<strong>do</strong>s, a crescentedemanda interna e a insuficiência da produção de erva~mate noano em curso coloca em crise as indústrias produtoras da segundabebida na preférência <strong>do</strong>s brasileiros, logo depois <strong>do</strong> café.Falan<strong>do</strong> a respeito <strong>do</strong> problema, o Sr. Luiz Carlos Pereira Leão,Diretor-Presidente da maior indústria <strong>do</strong> setor no Pais, advertiuque ela passa por momentos decisivos, ante o crescimento da procuranos merca<strong>do</strong>s interno e internacional, talvez por seu baixopreço, muito inferior ao <strong>do</strong> café, <strong>do</strong> chá e <strong>do</strong> chocolate.A tal ponto se v'elifica a escaSSez da erva-mate, q?e o se.upreço se elevou, em oito meses, em 150 o/c, passan<strong>do</strong> de selS cruzeirosem Janeiro para 15 cruzeiros em setembro.A indústria precisa de garantia da matéria-prima, para o seunormal funcionamento e o atendimento. à demanda interna, tantomais quanto há a mesma escassez na 'Argentina e no Paraguai,não ten<strong>do</strong> os nossos tradicionais compra<strong>do</strong>res onde se abastecer.Um colapso no fornecimento prejudicará a indústJ;ia, paralisan<strong>do</strong>atividades produtivas., geran<strong>do</strong> o desemprego, alem da perdade merca<strong>do</strong> que nos custou muito conquistar.Mostran<strong>do</strong> seu otimismo e confiança nas autoridades, dedurouaquele industrial:"Elas estão cientes <strong>do</strong>s problemas, tanto em sua amplitudecomo no que tange à necessidade imediata de resolvê-los.Temos confiante certeza,de que elas logo tomarão as medidasque se fazem necessárias, garantin<strong>do</strong> não apenasa sobrevivência, mas também o fortalecimento da indústriabrasileira de erva-mate, para manutenção <strong>do</strong>s nossosmerca<strong>do</strong>s."Há excelentes perspectivas de comercialização, diante <strong>do</strong> crescimentoda demanda, mas, para que os merca<strong>do</strong>s sejam atendi<strong>do</strong>ssem solucão de continuidade. é necessária uma garantia de suprimento'de matéria-prima às indústrias nacionais, com medidaspráticas <strong>do</strong>s ôrgãos c6mpetentes.Entretanto, a solução final <strong>do</strong> problema, em caráter perma·nente, consiste em transformar a economia ervateira de indústriaextrativa em cultura pel111anente, como ocorre com o cacau, o café,o chá preto e as frutas em geral.Além disso, no que tange aos incentivos fiscais para o reflorestamentocom erva-mate, impõem-se duas providências:a) a redução da área minima para cinqüenta hectares, comoas demais frutíferas;b) a obrigatoriedade de um plantio minimo de dez por centode erva-mate nos projetos de reflorestamento que se executem naregião ecológica propicia ao seu desenvolvimento, já definida peloIBDF.Esperamos que o Governo atenda a essa sugestão, salvan<strong>do</strong> aindústria da erva-mate <strong>do</strong> colapso e obten<strong>do</strong> uma nova e amplafonte de divisas.Era o que tínhamos a dizer, Sr. Presidente.O SR. NABOR J'ÚNIOR (MDR - AC. Pronuncia o seguintediscurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputa<strong>do</strong>s, a classe <strong>do</strong>s professoresé um ex-emplo de estoicismo, renúncia e dedicação ao progressode nossa gente. Receben<strong>do</strong> salários irrisôrios, desestimula<strong>do</strong>spela falta de recursos técnicos, impossibilita<strong>do</strong>s de fazer cursos ereciclagens profissionais, os mestres superam tais agruras com aconsciência <strong>do</strong> sacerdócio implícito na missão a que se propuseram.O quadro geral acima descrito encontra suas dificuldadesagravadas no Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Acre, como sempre, pois é inegável o fatode que to<strong>do</strong>s os problemas nacionais lá se refletem grandementeamplia<strong>do</strong>s.O professora<strong>do</strong> acreano, todavia, não esmorece - e as comemoraçõespelo Dia <strong>do</strong> Professor, iniciadas. em 15 de outubro, maisuma vez refletem o dinamismo invencivel da brava classe.A festa, este ano, vai se prolongar por 6 dias, com a participaçãode autoridades locais e <strong>do</strong> Presidente da Confederação <strong>do</strong>sProfessores <strong>do</strong> Brasil, que atende a convite formula<strong>do</strong> pelà Associação<strong>do</strong>s Professores <strong>do</strong> Acre. a valorosa ASPAC.Ao promover a IV Semana <strong>do</strong> Professor, a ASPAC enfatizouos objetivos básicos de sua luta:- valorizar o professor como profissional e como pessoa;- solidarizar-se com os professores de outras Unidades Federadas,que estão sofren<strong>do</strong> medidas de repressão sobre suas entidadesde classe e pessoas, por reivindicar-em seus direitos;- oportunizar aos professores <strong>do</strong> Acre um contato direto como presidente nacional das associações de professores;- reivindicar junto aos prefeitos <strong>do</strong> interior ]llelhor remuneraçãoe mais segurança para o professor municipal;- prestigiar a obra <strong>do</strong> escritor acreano Edilson Martins, oobrea defesa <strong>do</strong> homem e <strong>do</strong>s recursos naturais da Amazônia; e- divulgar a participação da Confedera~ão <strong>do</strong>s Professores <strong>do</strong>Brasil - CPB, na defesa da melhoria salarial <strong>do</strong> professor e daqualidade <strong>do</strong> ensino.Tais objetivos refletem, à perfeicão, o desprendimento e opatriótico esforço <strong>do</strong>s professores <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Acre. Até mesmoquan<strong>do</strong> postulam melhores condicões pessoais, fazem-no com o intuitode melhor poder transmitir ensinamentos, cultura e bonsprincípios aos jovens alunos.O Programa da IV Semana <strong>do</strong> Professor, ao longo desses dias,visa acima de tu<strong>do</strong> a conscientização da classe. de forma ordeirae segura.Assim, foram projeta<strong>do</strong>s encontros, palestras e entrevistascom autoridades e com o cita<strong>do</strong> Presidente da CPB. ProfessorHermes Zanetti. Hoje está sen<strong>do</strong> lida, nas emissoras de rádio deto<strong>do</strong> o Esta<strong>do</strong>, a mensagem da Associação <strong>do</strong>s Professores <strong>do</strong> Acre,dirigida aos prefeitos <strong>do</strong>s municípios interioranos.Amanhã. pela TV Acre, o Presidente da ASPAC, Professor Joãode Almeida Lima, falará aos seus colegas de to<strong>do</strong> o Esta<strong>do</strong> e, nodia seguinte haverá missa católica e cultos protestantes em homenagemao professora<strong>do</strong> acreano.Ao parabenizar a Associação <strong>do</strong>s Professores <strong>do</strong> Acre, na dignapessoa <strong>do</strong> Si'lU Presidente. João de Almeida LÍma, e <strong>do</strong>s demais dirigentes,quero dirigir minha palavra amiga e sincera a to<strong>do</strong>s osfilia<strong>do</strong>s e profiSsionais <strong>do</strong> ensino.Vocês fazem muito mais <strong>do</strong> que simplesmente transmitir cultura,fatos e datas a seus alunos.. Sua missão é um verdadeiro apostola<strong>do</strong>, em que até mesmo omartírio das dificuldades materiais e pessoais está presente., Mas, como sempre, quem está ao Ja<strong>do</strong> da Verdade e da Humanidadevai lograr o sucesso em seus objetivos - e nenhum objetivoé mais nobre <strong>do</strong> que o de ensinar â. juventude o l1espeito peloBrasil, pelas nossas tradições e pela dignidade de quem enfrentatu<strong>do</strong> para cumprir sua tarefa divina.Esta a saudação que dirijo, neste momento, aos professoresbrasileiros, particularmente aos <strong>do</strong> meu Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Acre.O SR. JORGE GAMA (MOR - RJ. Pronuncia o seguinte dis,curso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputa<strong>do</strong>s, a situação salarial <strong>do</strong>sservi<strong>do</strong>res da Justiça <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Rio é realmente preocupante.Os Oficiais de Justiça e os Escreventes de Justiça das diversasvaras e oficializadas se encontram, pelos insignificantes sa­!ários que percebem, praticamente impedi<strong>do</strong>s de trabalhar.Os Oficiais de Justiça, bem como os Escreventes das diversasvaras de Família, Menores e Criminal <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Rio de Janeiropercebem mensalmente Cr$ 3.000.00, e são obriga<strong>do</strong>s a procederdiligências de notificação e até de prisão que necessariamente envolvemdespesas de passagens e em muitos casos até de táxís, queacabam comprometen<strong>do</strong> inteiramente os insignificantes saláriosrecebi<strong>do</strong>s.


Outubro de 1979 mARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sexta-feira 19 11555Não apenas as distâncias a serem percorridas nas comarcas <strong>do</strong>interior <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> são fatores <strong>do</strong> comprometimento salarial daclasse, mas o volume de manda<strong>do</strong>s judiciais, fato que se verificano interior e na Capital, ao la<strong>do</strong> da necessidade <strong>do</strong> uso <strong>do</strong> ternoe da gravata para o exercícío da função.Felizmente a classe Já se organiza na luta pela valorização desua atividade.Na qualidade de servi<strong>do</strong>r da Justiça <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Rio conheçoo drama <strong>do</strong>s Auxiliares, Escreventes e Oficiais de Justiça <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>.Trata-se de antiga aspiração da classe e equiparação aos servi<strong>do</strong>resda Justiça Federal nas diversas categorias, que juntamentecom os da Justiça <strong>do</strong> Trabalho percebem salários bem mais eleva.<strong>do</strong>s em relação aos mesmos cargos da Justiça <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Rio. Oprincipio constitucional consagra. para igualdade de trabalho aigualdade de remuneração.Com Oficiais de Justiça <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Rio. que depois de esgotadasdiversas formas de reivindicações passam à greve, me solidarizoneste momento certo de que através de sua entidade declasse. a Associação <strong>do</strong>s Oficiais de Justiça, que ora encaminhasuas reivindicações, estas haverão de sensibilizar S. Ex. a o Presidente<strong>do</strong> Tribunal 'de Justiça no senti<strong>do</strong> de ver atendidas peloGoverno <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, com a máxima urgência, no interesse <strong>do</strong> bomandamento da Justiça, as justas reivindicações da classe. pelaequipamção com a Justiça Federal.O SR. ALCEBíADE8 DE OLIVEIRA (ARENA - RS. Pronunciao seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputa<strong>do</strong>s, a regiãomissioneira <strong>do</strong> Rio Grande <strong>do</strong> Sul, potencialmente rica, pela suapecuária e pela sua produção de gêneros alimenticios, entre osquais se destacam o trigo, a soja e o arroz, estará em festas, neste2p de outubro corrente, com a inauguração, num <strong>do</strong>s Sete Povosdas Missões, na cidade de São Borja, de mais um conjunto de 51­los graneleiros, destina<strong>do</strong> ao armazenamento de arroz, em solenidadeque deverá contar com a presença <strong>do</strong> Sr. Governa<strong>do</strong>r <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>,Dr. Amaral de Souza. e destacadas personalidades ligadas àprodução agricola <strong>do</strong> Sul <strong>do</strong> Pais.Antes, porém, o Governa<strong>do</strong>r Amaral de Souza inaugurará trêsredes de eletrificação rural naquele município, que servirão àsregiões de JardIm Primavera, Rincão de Santana e Mato Grande,bem como dará início à construção da Rede Elétrica de Inhuporão,também naquele município, obra esta da integração comunitáriasão-borgense, da sua Administração Municipal e <strong>do</strong> Governo<strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, graças às figuras de Romeo Ramos e José Pereira Alvarez.E logo depois teremos a esperada inauguração <strong>do</strong> silo.Trata-se de mais uma iniciativa de vulto da Cooperativa AgrícolaImembuy Ltda., cuja direção está permanentemente voltadapara os altos interesses <strong>do</strong> Rio Grande <strong>do</strong> Sul e <strong>do</strong> Pais, e de mo<strong>do</strong>especial ao seu quadro social, com 136 sócios, compreenden<strong>do</strong> maisde 50,* da produção de arroz de São Borja.A obra a ser inaugurada compreende uma bateria de 30 silosem concreto pré-molda<strong>do</strong>, com 12 metros de diâmetro por 12 emeio metros de altura, com capacidade para 1.200 toneladas cadaum. Sua capacidade de recebimento será da ordem de 4.050 toneladaspara um perio<strong>do</strong> de 12 horas de descatga, e o investimentofoi da ordem de 38 milhões de cruzeiros.No momento ém que o País se mobiliza em busca da autosuficiênciana produção de gêneros alimentícios, São Borja dá oexemplo. construin<strong>do</strong> moderno conjunto !de silos que assegura aoprodutor l'ural a garantia de que sua lavoura merecerá um tratàmentaadequa<strong>do</strong>, ao la<strong>do</strong> de uma política de preços justos.Como representante da região missioneira, sinto-me duplamentehonra<strong>do</strong> por acompanhar de perto o progresso da regiãoonde nasci e por ter a certeza de que o Rio Grande <strong>do</strong> Sul não seomitiu um só instante, diante <strong>do</strong> apelo <strong>do</strong> Governo para que oPaís possa pl'oduzir gêneros alimenticios em grande escala, superan<strong>do</strong>a crise interna e voltan<strong>do</strong> a exportar cereais para to<strong>do</strong>o mun<strong>do</strong> e pelo convite que recebo daquela cooperativa.São Borja estará em festas, e lá estaremos, levan<strong>do</strong> a nossapalavra de confraternização a to<strong>do</strong>s quantos acreditaram e acreditamna agricultura como fonte de fortalecimento da economianacional, juntamente com os colegas que também representamSão Borja no Parlamento <strong>Nacional</strong> e Assembléia Legislativa.Ao fazer este registro, Sr. Presidente, congratulo-me com aadministração da Cooperativa Agricola Imembuy Ltda., de SãoBorja, nas pessoas de Arno Poersch, Nadir Teixeira, bem como <strong>do</strong>Sr. Prefeito Bacharel Salva<strong>do</strong>r Pereira Alvarez, por mais esseavanço rumo à consolidação da economia <strong>do</strong> meu Esta<strong>do</strong>.Formulo votos para que outras iniciativas dessa natureza sesucedam, dentro <strong>do</strong> espírito de progresso e desenvolvimento quenorteia a ação <strong>do</strong> homem dlL região missioneira <strong>do</strong> Rio Grande <strong>do</strong>Sul.Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente.O SR. JOSÉ CARLOS VASCONCELOS (MOB - PE. Pronunciao seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputa<strong>do</strong>s, o GovernoFederal não trata com seriedade os problemas das maioriaspopulares. Instituí<strong>do</strong> e manti<strong>do</strong> pelas minorias a quem serve, prefereo jogo da sua agência promocional à superação de injustiçascontra os que são o sentimento da Nação brasileira.Na chamada nova política salarial mostra-se o senti<strong>do</strong> elitistae de submissão <strong>do</strong> Governo às classes explora<strong>do</strong>ras.Hoje, queremos analisar um ponto especifico não <strong>do</strong> projeto<strong>do</strong> Governo, que não o contemplou, mas <strong>do</strong> substitutivo da ComissãoMista.Trata-se <strong>do</strong> art. 19, aprova<strong>do</strong> com apoio <strong>do</strong>s <strong>do</strong>is parti<strong>do</strong>s.assÍm redigi<strong>do</strong>:•.Art. 19. A partir de 1.0 de maio de 1980, dar-se-á agradativa redução das regiões em que se subdivide o territórionacional, a fim de que seja alcançada, no exercicioseguinte, a unificação <strong>do</strong> salário mínimo no País."Divulga<strong>do</strong> o substitutivo, o Sr. Ministro <strong>do</strong> Trabalho, banqueiro,'de l'ico grupo, amostragem válida <strong>do</strong>s diminutos bolsões deríqueza de um País de pobres, deitou falação contra o art. 19 ­atesta<strong>do</strong> de insensibilidade <strong>do</strong> Executivo.Cabe-nos repudiar o Ministro <strong>do</strong>s banqueiros. o executivoque volta as costas aos trabalha<strong>do</strong>res.Sr. Presidente, Srs. Deputa<strong>do</strong>s, para evitar a opção anti-humana<strong>do</strong> Executivo, estamo-nos dirigin<strong>do</strong> aos Srs. Deputa<strong>do</strong>s eSena<strong>do</strong>res <strong>do</strong> Norte e <strong>do</strong> Nordeste. conclaman<strong>do</strong> a união <strong>do</strong>s querepresentam os trabalha<strong>do</strong>res a guem o art. 19 pretende fazerjustiça.Ei~ a carta que dingimos aos Srs. Sena<strong>do</strong>res e Deputa<strong>do</strong>s:"Brasília, 18 de outubro de 1979.Referência: União <strong>do</strong>s Sena<strong>do</strong>res e Deputa<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Nortee Nordeste, em favor da unificação <strong>do</strong> salário mínimono P,aís.Senhor Parlamentar,Pronunciamentos de Parlamentares, CPI - SUDENE.Simpósio SUDENE, este realiza<strong>do</strong> no corrente ano, atestama defasagem econômica e social entre homens e regiõese o crescente empobrecimento <strong>do</strong> Nordeste.No Simpósio da SUDENE foi apura<strong>do</strong> que no perio<strong>do</strong> de1968 a 1979 foram desvia<strong>do</strong>s da Região Cr$ 130.117.300,00,de Recursos Orçamentários Constitucionais e .Cr$ 201. 430.000,00, de Incentivos Fiscais.Provou-se, igualmente, que há zonas onde a fome transformaa população nordestina em anões e deficientes mentais.É imperativa a união, no <strong>Congresso</strong>, de to<strong>do</strong>s os Deputa<strong>do</strong>se Sena<strong>do</strong>res <strong>do</strong> Norte e Nordeste, para defesa das medidasque protejam sua sofrida gente.Chamo atenção <strong>do</strong> companheiro para a votação <strong>do</strong> Substitutivoda Lei n.O 25 INova Política de Salário).Sen<strong>do</strong> grande, no meu entender, os erros <strong>do</strong>· Substitutivo,e maiores os <strong>do</strong> próprio Projeto <strong>do</strong> Governo, é necessário,entretanto, a defesa comum <strong>do</strong> art. 19 <strong>do</strong> referi<strong>do</strong> Substitutivo,que a<strong>do</strong>ta a unificação <strong>do</strong> salário minimo noPaisO prevalecimento de sttlário menor, para trabalha<strong>do</strong>resde regiões onde o custo de vida é mais eleva<strong>do</strong>, é umadas causas da fome que gel'a anões e deficientes mentais.Aprovada a unificação salarial, na Comissão Mista. o SenhorMinistro <strong>do</strong> Trabalho, homem que viveu longe dapobreza de regiões e seres humanos, apressou-se em condená-Ia.("Correio Braziliense", 18-10-79, pág. 9).Na Comissão Mista a unificação teve o apoio <strong>do</strong> MDB eARENA.A Liderança <strong>do</strong> MDB já ratificou seu apoio quan<strong>do</strong> seprocessar 'a votação em Plenário.Não é de se duvidar seja diferente o procedímento <strong>do</strong>Parti<strong>do</strong> <strong>do</strong> Governo.Entretanto, diante <strong>do</strong> pronunciamento <strong>do</strong> Ministro <strong>do</strong>Trabalho, cabe a mobilização <strong>do</strong>s que são <strong>do</strong> Norte e Nordeste.Atenciosamente, - José Carlos Vasconcelos."Era o que tinha a dizer.O SR. FERNANDO COELHO (MOB - PE. Pronuncia o seguintediscurso.) - Sr. Presidente, 8rs. Deputa<strong>do</strong>s, voltamos aesta tribuna para abOl'dar, mais uma vez, problema liga<strong>do</strong> à classeferroviária nordestina.


11556 Sexta-feira 19 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Outubro de 197'Em 31 de janeiro de 1978, foram instituídas na SuperintendênciaRegional <strong>do</strong> Nordeste, da Rede Ferroviária Federal, comissõesespecíficas para aplicação das promoções e acessos <strong>do</strong>sservi<strong>do</strong>res pertencentes ao Quadro Extinto - Parte XV, relativamenteao perío<strong>do</strong> de junho de 1972 a junho de 1975.No día 12 de dezembro de 1978, o Sr. Delega<strong>do</strong> <strong>do</strong> Ministério<strong>do</strong>s Transportes junto à Superintendência Regional <strong>do</strong> Recife daRFN assinou as portarias referentes às aludidas promoções eacessos, publicadas no Diário Oficial de '30 dé junho de 1979. Emagosto último, foram atualiza<strong>do</strong>s os vencimentos <strong>do</strong>s servi<strong>do</strong>resbeneficia<strong>do</strong>s, e neste mês deverá ser efetiva<strong>do</strong> o pagamento <strong>do</strong>scorrespondente atrasa<strong>do</strong>s.Ocorre, Sr. Presidente, que as promoções em calasa foramatualizadas até 30 de junho de 1975 - estan<strong>do</strong>, atualmente, commais de quatro anos de atraso. Aproximadamente 1.400 ferroviáriosnão-optantes encontram-se à disposição <strong>do</strong> Ministério <strong>do</strong>sTransportes, <strong>do</strong>s quais cerca de novecentos são ocupantes de cargosde carreira, concorren<strong>do</strong> às quase quatrocentas vagas exIstentesnas diversas classes.O retardamento das promoções e acessos acarreta sérios prejuízosàs centenas de ferroviários que atendem aos requisitos paraesses atos, sobretu<strong>do</strong> ten<strong>do</strong> em vista a corrosão <strong>do</strong>s seus vencimentose salários, em virtude da inflação e da própria defasagemda remuneração que continuam perceben<strong>do</strong>.Diante dessa situação, formulamos o mais veemente apeloao Sr. Diretor-Geral <strong>do</strong> Pessoal <strong>do</strong> Ministério <strong>do</strong>s Transportes, nosenti<strong>do</strong> de que sejam expedidas as instruções indispensáveis aoprocedimento da Superintendência Regional <strong>do</strong> Nordeste, da RedeFerroviária Federal, para as promoções e acessos <strong>do</strong>s servi<strong>do</strong>resque integram o Quadro Extinto - Parte XV (RFNl, relativamenteao perio<strong>do</strong> posterior a 3D de junho de 1975.Este o apelo que desejamos encaminhar desta tribuna, emnome de quase mil ferroviários nordestinos.Era o que tínhamos a dizer.O SR. FEU ROSA (ARENA - ES. Pronuncia o seguinte discurso.)- Sr. Presidente, Srs. Deputa<strong>do</strong>s, desde a implantação <strong>do</strong>bipartidarismo no Brasil, esta Casa acostumou-se a ouvir as queixase reclamações, partidas principalmente da.$ aguerridas fileirasemedebistas, num coro incessante e monocórdico contra aquiloque resolveram designar como o artificialismo da vida partidárlabrasileira e pedin<strong>do</strong>, alto e bom som, uma reforma na legislaçãoespecifi~a, de mo<strong>do</strong> a permitir a criação de novos parti<strong>do</strong>s, osquais deveriam ser cria<strong>do</strong>s de baixo para címa, através de movimentopopular espontâneo, e desse guarida aos vários segmentosda opinião pública na sua muitivariedade de tendências <strong>do</strong>utrináriase ideológicas. Em voz lacrimejante, diziam que existia umaverdadeira camlsa-de-força compungin<strong>do</strong> gregos e troianos, amigose inimigos, temperamentos muitas das vezes incompatíveis einteresses até inconciliáveis. a conviverem debaixo da mesma bandeirapolítica e aparentan<strong>do</strong> de público uma coerência que inexistia"intra muros", tornan<strong>do</strong> a atmosfera politica brasileiraum ambiente de temperatura pesada, sem clrculaçáo de ar, sobatmosfera quase que irrespirável.Eis que agora, pon<strong>do</strong> fim a tantas lamúrias, o Governo <strong>do</strong>Presidente João 'Figuf;lire<strong>do</strong>, num comportamento eleva<strong>do</strong> e eminentementedemocrático, mais uma vez atende aos anseios e protestos<strong>do</strong>s nossos furiosos companheiros oposicionistas e envia aesta Casa - que acaba de receber - uma Mensagem de reformulaçãopartidária, por ,to<strong>do</strong>s ardentemente aspirada.Dentre os vários aspectos qUe vêm sen<strong>do</strong> enfatiza<strong>do</strong>s pelaimprensa como novidades alvissareiras, desejamos salientar <strong>do</strong>ispontos que, a nosso ver, não podem deixar de receber o apoio entusiásticode toda a. classe política em especial, e <strong>do</strong> povo emgeral: 1) a necessidade de os novos parti<strong>do</strong>s terem que realizarsuas .convenções regionais em pelo menos metade <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s e,nestes, em pelo menos metade <strong>do</strong>s municípios. E essas convençõesaprovarão os estatutos e o programa <strong>do</strong> parti<strong>do</strong>. Assim, pela primeiravez na História politica brasileira, haverá manifestaçõesem todas as camadas partidárias, in<strong>do</strong>-se, portanto, à raiz daestrutura partidária e conferin<strong>do</strong> extraordinária autenticidadeaos instrumentos assim aprova<strong>do</strong>s; 2) a permissão aos jovens damais de 16 anos de terem militância politico-partidárla, dan<strong>do</strong>,assim, um avança<strong>do</strong> passo de atração para a mocidade se incorporarnas grandes jornadas cívicas, onde se decidem os destinosda Pátria comum. Efetívamente, vivemos numa época em que osjovens de mais de 16 anos já se acham politiza<strong>do</strong>s e são suficíentementeesclareci<strong>do</strong>s, aptos para votarem e serem vota<strong>do</strong>s, razãoporque registramos nossa satisfação por essa auspiciosa no\idadeincluída nesta Mensagem. Esperamos que a Casa, em futurobreve, estenda a esses mesmos jovens o direito de, também, votareme serem vota<strong>do</strong>s.Não podemos, portanto, deixar de exprimir no.ssa solidariedadea tão eleva<strong>do</strong>s propósitos manifesta<strong>do</strong>s nesta Mensagem que aca­. ba de chegar e, ao mesmo tempo, estranhamos que o MDB, numaatitude incoerente e contraditória com o seu passa<strong>do</strong> e comsúas incessantes prQclamações, tenha de se posicionar contra oque jogamos à conta de um comportamento meramente sectárioe apaixona<strong>do</strong>.Era o que tinha a dizer.O SR. DARCY POZZA (ARENA - RS. Pronuncia o seguintediscurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputa<strong>do</strong>s, o direito à liberdadede opinião e expressão, à liberdade total de informar e transmitiridéias sem limitações de qualquer natureza consubstanciaa observância de um <strong>do</strong>s nossos mais sagra<strong>do</strong>s direitos. conformeestabelece a própria Declaração Universal <strong>do</strong>s Direitos <strong>do</strong> Homeme caracteriza principalmente a plenitude de um regime democrático.-Assim, tem si<strong>do</strong> importante ao longo da história <strong>do</strong> País opapel desempenha<strong>do</strong> pela iinprensa brasileira, pela ,.iI,lforJ;nação,análise e discussão <strong>do</strong>s grandes temas nacionais e pela imparcialidadee compromisso com a verdade que sempre a notabilizaram,não obstante os momentos de restrições impostas em diferentesperío<strong>do</strong>s da vida nacional, constituin<strong>do</strong>-se o seu conteú<strong>do</strong>em história continua de nossa evolução.Por outro la<strong>do</strong>, na atuação da imprensa brasileira, reveste-sede alta significação a presença <strong>do</strong>s jornais das cidades <strong>do</strong> interior- a chamada imprensa local - que representa um ve,rdadeiroelo de ligação entre o Poder Público e a comunidade, quepossibilita ampla divulgação <strong>do</strong>s acontecimentos locais e regionaisespecialmente e que comumente cumpre o objetivo de tambémser um poderoso agente incentiva<strong>do</strong>r da cultura e das tradiçõesde nossos municípios.Essa impr,ensa, que, evidentemente, não conta com os recursosde que dispõem as grandes companhias jornalisticas, merecea nossa admiração e respeito, pelo abnega<strong>do</strong> trabalho queexerce em favor <strong>do</strong> desenvolvimento sócio-cultural de nossas comunidades.I Por isso, registramos com enorme satisfação a realização, noperío<strong>do</strong> de 26 a 28 <strong>do</strong> mês corrente, <strong>do</strong> XVIII <strong>Congresso</strong> da Associação<strong>do</strong>s Jornais <strong>do</strong> Interior <strong>do</strong> Rio Grande <strong>do</strong> Sul, no EIsenauHotel da cidade de Panambi, e que deverá contar com a presençade r·epresentantes de quase uma centena de jornais <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>,além de autoridades e convida<strong>do</strong>s especiais, entre os quais tenhoa honra d,e estar incluí<strong>do</strong>, por deferência daquela prestigiosa representaçãoe <strong>do</strong> jornal A Notícia Ilustrada, da referida cidadesede<strong>do</strong> encontro.Panambi, Sr. Presidente, localizada em uma das mais importantesregiões <strong>do</strong> sul <strong>do</strong> País pela grande produção agrícola queoferece, notadamente de trigo e soja, ao completar neste ano oseu Jubileu de Prata de emancipação política, é reconhecida comoa "Cidade das Máquinas", por sua invejávei produção de máquinase implementos agrícolas.Oportuna e merecida foi a sua escolha para sediar tão importante<strong>Congresso</strong> da Associação <strong>do</strong>s Jornais <strong>do</strong> Interior, principalmenteporque na comemoraçáo <strong>do</strong>s seus vinte e cinco anosde crescente progresso sempre basea<strong>do</strong> no seu lema "Afirmacãode Fé no Trabalho", Panambi, a exemplo de tantos outros muÍlicípiosgaúchos e brasileiros, encontra na imprensa local um <strong>do</strong>sesteios de integração comunitária, fator indispensável para odesenvolvimento das nossas municipalidades.Dessa forma, parabenizamos a Associação <strong>do</strong>s Jornais <strong>do</strong> Interior<strong>do</strong> Rio Grande <strong>do</strong> Sul pelo evento, e o Municipio de Panambi,pela feliz coincidência de, ao festejar a data de suaemancipação, constituir-se na sede de relevante conclave daimprensa <strong>do</strong> interior gaúcho.O SR. CARDOSO DE ALMEIDA


Outubro de 1979 DIARJü DO CONGRESSO NACIONAL (Seçãll I) Sexta-feira 19 11557<strong>do</strong> Desenvolvimento Econômico, quan<strong>do</strong> aprovou novos créditosp@.ra assistêncla às populac;ó€s <strong>do</strong> Nordeste atingidas pela seca.Vamos aguardar a reunião de hoje <strong>do</strong> Conselho Deliberativo daSUDENE, a realizar-se em Recife, com a presença <strong>do</strong> PresidenteJoão Figuiere<strong>do</strong>, de Governa<strong>do</strong>res e <strong>do</strong>s Ministros <strong>do</strong> Interior. Planejamel,to,Fazenda, Agricultura, Indústria e Comércio, para manifestarnosso pensan,ento a respeito ,<strong>do</strong> assunto.Desde março, início da presente legislatura, temos freqüentementeocupa<strong>do</strong> a tribuna da Câmara para focalizar o desníveleconômico-regional, existente, que, dia a dia, se acentua em decorrênciada legislação tributária vigente, e ainda, na área daSUDENE, pela perda de cerca de 85% <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s da lei quecriou o organismo, ou seja, a alteração <strong>do</strong>s arts. 34 e 18. Após osprimeiros anos de aplicação de incentivos na área abrangida pelaSuperintendêJ).C'ia <strong>do</strong> Desenvolvim~mto <strong>do</strong> Nordeste,' surgiram asmodificações que vieram reduzir as percentagens das verbas destinadasaos Esta<strong>do</strong>s, pela lei em referência. Com a inovação, oFINOR perdeu força, enfraqueceu-se a sua capacidade finann~irae reduziram-se os meios indispensáveis ao desenvolvimento daregião.Com a canalização de recursos em benefício <strong>do</strong> PIN, <strong>do</strong> l'eflorestamento,<strong>do</strong> turismo e, até mesmo, na nossa própria área, <strong>do</strong>PROTERRA e <strong>do</strong> Pólo Industrial de Camaçari, na Bahia. aSUDENE ficou esvaziada.Ademais, a partir de 1964, o organismo perdeu também 2';~da renda tributária. da União, que permitiam uma distribuiçãode verbas ao seu Plano-Diretor em favor <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s abrangi<strong>do</strong>se também favoreci<strong>do</strong>s pela SUDENE.Se nao nos falha a memória, a distribuição das verbas desse;Plano-diretor, a que nos reportamos, para efeito de distribuição.<strong>do</strong> rateio entre os diversos Esta<strong>do</strong>s abrangi<strong>do</strong>s pela Lei n,O 3,692,de 15 de dezembro de 1959, obedeceu à orientação da Lei n.o 1.004,que estabeleceu os índices de gravidade das secas. É oportunoressalvar que o Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Maranhão, integrante da SUDENE.tinha o seu orçamento á parte, ten<strong>do</strong> em vista a sua não inclusão.entre os Esta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Poligono das Secas.Em outra oportunidade voltaremos a fazer comentários sobreas medidas tomadas pelo Governo Federal no senti<strong>do</strong> de minoraros sofrimentos <strong>do</strong>s habitantes <strong>do</strong> Nordeste brasileiro.Hoje, aplaudimos as deliberações tomadas pelo Conselho <strong>do</strong>Desenvolvimento Econômico, envian<strong>do</strong> nossas congratulaçües aoPresidente João Flg'u,eire<strong>do</strong>.O SR. JERôNIMO SANTANA (MDB - RO. Pronuncia 11 seguinte·discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputa<strong>do</strong>s, a ocupaçãoda Amazónia tem preocupa<strong>do</strong> a Nação pela forma como vemsen<strong>do</strong> feita, predatoriam4'mte. De um la<strong>do</strong> a politica <strong>do</strong>s incentivosfiscais promove a devastação indiscriminada com a implantação<strong>do</strong>s magalomânicos projetos pecuários, promoven<strong>do</strong> a malor concentraçãofundiária <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>. É a promoção <strong>do</strong> latifúndio, atravésdas medidas denominadas de anti-reforma agrária. Dentreessas medidas se incluem os:- incentívos fiscais;PROTERRA;- as licitações " de terras pelo INCRA;- as Resoluções n.05 005 e 006 <strong>do</strong> CoüSelho de Segurança<strong>Nacional</strong>;o p:rograma que foi "O Sul val ao Norte'"a cargo <strong>do</strong> BASA;- TRANSAM,AZÔNICA;- proibição de fluxos migratórios:- indiferença <strong>do</strong> Governo a grilagem;- agrupamentos de iotes nos Projetos Fundiários <strong>do</strong> INCRA;- e promoção <strong>do</strong>s grupamentos familiares nos seringais.Essas' medidas desencadearam na Amazónia a malor frentede devastação <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> ao la<strong>do</strong> da corrida pela terra. Essa políticapromoveu a desnacionalização <strong>do</strong>' subsolo da região.Não haven<strong>do</strong> mais ó que entregar no subsolo, surgem agoraas investidas com as florestas de rendimento ou a entrega damadeira aos g-randes grupos multinaelonais que já se encontramna Amazônia exploran<strong>do</strong> vorazmellte a madeira. Atualmente aexploração madeireira na região não tem qualquer controle. Oexemplo maior desta nossa afirmação está no que se passa atualmenteem Rondônia, ar-maior frente de exploração madeireira detoda a Amazônia. Só em Vilhena há cerca de 140-serrarlas e emJiparaná, .90,- Qual a Política preservacionista? Nenhuma.- Qual o controle? Nenhum.Castanhais e seringais são destruí<strong>do</strong>s na f?Iria <strong>do</strong> plantio decapim para ocupação pela pata <strong>do</strong> boi. Terras férteis - e sãoraras - são destinadas ao plantio de capim. despreza<strong>do</strong> o plantiode alimentos.Dai se impõe o estabelecimento <strong>do</strong> zoneamento agricola epecuário para a ocupação da área. Esse zoneamento e a políticade ocupação da Amazônia deve ser estabeleci<strong>do</strong> em lei, discuti<strong>do</strong>amplamente no <strong>Congresso</strong> NacionaLMatéria de tal relevância não poderá ser objeto apenas dedecretos <strong>do</strong> Poder Executivo, como se pretende agora fazer comestu<strong>do</strong>s <strong>do</strong> grupo interministerial cria<strong>do</strong> para estabelecer a política


11558 Sexta-feira 19 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção II Outubro de 197&prazo de um ano, contan<strong>do</strong> o inicio da vlgencia da presentelei ou a parir da data que complet9


{)a,tub~ de 1979 DJAltIO no CONGRESSO NACIONAL (Seçãll I) Sexta-feira 19 11559número de usinas c de redes de eletrificação, .fazen<strong>do</strong> a ofertaser superior à demanda urbana, foram criadas cond'ições paraatendimento à área L·ural. E isso ocoue a despeito <strong>do</strong> consagra<strong>do</strong>princípio de que "dentro <strong>do</strong> ponto de vista de política econOlIucae social, não se pode levar os benefícios e facilidades proporcionadaspela eletricidade apenas aos centros urbanos e dcixar sematendimento um <strong>do</strong>s setores de atividades econômicas da maisalta importância, como é o caso da zona rural. Importa estabelecerum esquema que possibilite o atendimento das áreas rurais aomesmo tempo, ou com pequeno defasamento, em que a energiaelétrica é colocada à disposição <strong>do</strong>s centros urbanos e industriais.Esta U).edida, de grande alcance econômico e social. contribuiriaeficazmente para a integração <strong>do</strong> campo aos centros urbanos enscjan<strong>do</strong>um desenvolvimento harmônico e evitan<strong>do</strong> o desequilíbrioe as tensões sociais tão indesejáveis".O marco inicial da eletrificação rural como preocupação <strong>do</strong>legisla<strong>do</strong>r brasileiro foi o Projeto de Lei nO 8, de 1948, <strong>do</strong> Sena<strong>do</strong>rApolônio Sales, propon<strong>do</strong> a criação de um ServiçQ Federal de EletrificaçãoRural. Embora aprova<strong>do</strong>, não teve como resulta<strong>do</strong> qualquermedIda concreta. Desde então muito se falou e pouco se fezpara. eletriflcar a zona rural <strong>do</strong> Pa4>.O Estatuto da Terra foi o primeim diploma legal a institucionalizara eletrificação rural, colocan<strong>do</strong>-a no esquema geral daReforma Agrária. Na esteira de todas as boas experiências havidasno mun<strong>do</strong>, elegeu o cooperativismo como a melhor fórmulapara levar ao camponês os beneficios da eletl'lcidade, reconhecen<strong>do</strong>que tal providência contribui poderosamente para a consecuçãoda reforma agrária, atenuan<strong>do</strong> os desníveis sociais entre o homem<strong>do</strong> campo e o citadino, além de aparelhar a economia agrária paraSUa participação no arranco geral da sociedade,O atraso da eletrificação rural no Brasil não decorre, porcerto, da ignorância de seus incontáveis beneficios. Haja vista queo Plano <strong>Nacional</strong> de EletrificaçJio, elabora<strong>do</strong> na década de 50, Jásalientava:"A política de incentivo à eletrificação rural não carece,sem dúvida, da mais ampla justificativa <strong>do</strong> que os efeitosproduzi<strong>do</strong>s pelo simples uso da energia em determinadasatividades <strong>do</strong> campo, como o beneficiamento das safTas, airrigação, a mecanização de várias operações próprias.àquelas atividades, geralmente executadas de maneirapxecária, como emprego de energia animal e humana. Mas,além desses efeitos de natureza econômica, a acessibilidll-­de da energia elétrica enseja novos hábitos de conforoo,'que poderão difundir-se, rapidament,e, por amplas áreas<strong>do</strong> Pais. Assim se integrará, cada vez m'aLs, o homem <strong>do</strong>campo no merca<strong>do</strong> nacional de bens de consumo e de bensde vida."A essas antigas justificatLvas, de cunho econômico e social,veio juntar-se, após as pressões oriundas <strong>do</strong> cartel constitui<strong>do</strong> pelospaises p~"()dutores de petróleo, por aumentos sucessivos e ponderáveis<strong>do</strong> preço <strong>do</strong> produto, a necessidade de economia e racionalização<strong>do</strong> consumo <strong>do</strong>s deriva<strong>do</strong>s desse combustivel líqui<strong>do</strong>.DIante da vital importância da eletrificação rural para o desenvolvimentode nossa agropecuária, ai incluin<strong>do</strong>-se a melhoriada qualidade de vida <strong>do</strong>s homens <strong>do</strong> campo, não se compreende odescaso com que o problema vem sen<strong>do</strong> trata<strong>do</strong> ao longo <strong>do</strong>s anos.Os interesses <strong>do</strong>s produtores rurais, <strong>do</strong> Brasil, para melhor dizer,são relega<strong>do</strong>s a plano inferior em face de posições intransigentesna luta pelo poder de manipular recursos de grande vulto, acirran<strong>do</strong>a pendência existente entre concessionárias <strong>do</strong>s serviços deenergia elétrica e as cooperativas de eletrlficaçáo rural.De um la<strong>do</strong>, encontra-se a ELETROBRÁS a defender as concessionárias,Dizem os produtores rurais que os substanciais recursosorçamentários dessa empL'esa para eletrificação l'Ural sãocanaliza<strong>do</strong>s exclUSivamente para as concessionárias, que, por operaremsegun<strong>do</strong> princípios empresariais, ten<strong>do</strong> como objetivo finalo lucro, ignoram qualquer critério social para seleção de áreasprIOritárias para instalação de redeS, desprezan<strong>do</strong> a necessidadede fixação <strong>do</strong> homem à terra nas áreas de migração.Dizem os técnicos da ELETROBRÁS que, das cinco mIlhões depropriedades rurais, no momento apenas um milhão e meio teriamcondições de ser eletrificadas. As outras estariam muito distantes<strong>do</strong>s centros de produção e distribuição de energia, tornll,n<strong>do</strong>-asmuito caras e inviáveis economicamente ao pequeno, ao médio eaté para o grande proprietário. Essa estreita visão é responsávelpela marginalização de milhares de agricultores, que permanecemcondena<strong>do</strong>s ao uso da lamparina e lp:1pedi<strong>do</strong>s de usufruiros beneficios que a energia elétrica pode proporcionar às suas p.tividadesprodutivas e ao bem-estar de suas familias.A partir <strong>do</strong>s primeiros anos da dêcada de 60, a eletrificaçãorural no Brasil passou a ganhar algum impulso, através de imciativasestaduais. Os resulta<strong>do</strong>s estiveram sempré abaixo das necessiçlades,e a dÜlj)onibilidade de recursos nunca acompanhou a demanda..os investimentos foram sempre difíceis de conseguir, 'umavez que eles devem ser vultosos e a longo prazo,O atraso da eletrificação rural no Pais é atribuí<strong>do</strong> desde a vastaextensão territorial até à politica fundiária de grandes contra~tes.Mas o problema central, para muitos especialistas, parece residir napolêmica entt'e as concessionárias de energía elétrica e as cooperativas,subordinadas respectivamente ao Mi.ni.stério das Minas eEnergia e aO' Ministério ·da Agricultura, preocupadas muit.o maisnas discussôes sobre áreas de atuações e competência <strong>do</strong> que naforma racional de eletnficação <strong>do</strong> campo.De acor<strong>do</strong> com informações <strong>do</strong> Censo Agricola de 1970, os estabelecimentorm'ais que declararam consumir energia elétricatotallzavam apenas 201 mil, ou seja, menos de 5'/', <strong>do</strong>s 4,9 milhõesrecensea<strong>do</strong>s. Compara<strong>do</strong>, grosso mo<strong>do</strong>, com recentes levantamentos<strong>do</strong> INCRA, o indice teria evoluí<strong>do</strong> para cerca de 70/., em 1977,o que é irrisório quan<strong>do</strong> confronta<strong>do</strong> com os índices apresenta<strong>do</strong>spelo.s países desenvolvi<strong>do</strong>s No Japão, onde cerca de 40'/', da populaçãovive na zona rural, 98'7. das propriedades rurais são abastecidasde energia elétrica. Na França, 37'« da população resi.::e nomeio rural, mas praticamente a totalidade das propriedades é eletrificada,Finalmente, nos Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s, 99'« das propriedadesrurais utilizam energia elétrica.Diga-se de passagem, Sr. Presidente, que esse indice de 7%não é pacífico, haven<strong>do</strong> estimativas mais realistas que o situamentre 4% e 6%, E isto só foi alcança<strong>do</strong> quase duas décadas após oinício <strong>do</strong> programa, por volta de 1959,Na verdade, 81'S. Deputa<strong>do</strong>s, não existe um plano nacional deeletrificação, com cooperativas e outros órgãos relaciona<strong>do</strong>s. A eletrificaçãorural, desde o início, tem-se caracteriza<strong>do</strong> por açõesisoladas, de iniciativas governamental ou de concessionários, subordinadasou relacionadas a ministérios e áreas de interesses diferentes,ou <strong>do</strong>s próprios produtores, associa<strong>do</strong>s ou individualmente.Se não houver nos próxImos anos um aumento significativo de recursosdestina<strong>do</strong>s a projetos de eletrificação rural no País, serãonecessários mais 50 anos para eletrificar apenas as propriedadesrurais atualmente existentes.Para<strong>do</strong>xalmente, o programa <strong>do</strong> Grupo Executivo de EletrificacãoRural - GEER - diretamente vincula<strong>do</strong> ao Ministério daAgTicultura, indica, para 1979, uma queda de recursos em relaçãoa 1978: baixou-se de 1 bilhão, 514 mil e 334 cruzeir,os para 1 bilhão,26 mil e 750 cruzeiros. E não é a primeira vez que ísso acontece: oprograma <strong>do</strong> Ministério da Agricultura para 1974 previa um decréscimode 200/, em relação a 1973. Enquanto isso, Sr. President.e,não faltaram recursos para socorrer empresas falidas, como' as<strong>do</strong> Grupo Lutfalla, para cQbrir prejuízos causa<strong>do</strong>s por grupos deaventureiros no merca<strong>do</strong> financeiro e habitacional, para construçãode obras faraônicas, para criação de Secretaria de ComunicaçãoSocial e assim por diante...No meio de tanta inconseqüência, Sr. Presidente, houve ummomento em que as autoridades responsáveis pelo setor de eletrificaçãopareciam ter ti<strong>do</strong> um acesso de lucidez. Em dezembro de1975, foi anunciada a proposta de criação <strong>do</strong> Sistema <strong>Nacional</strong>de Eletrificação Rural, que seria administra<strong>do</strong> pelo Conselho <strong>Nacional</strong>de Eletrificação Rural - CONER - com recursos de umfun<strong>do</strong> institui<strong>do</strong> especialmente com esse objetivo, Com isso, a eletrificaçãorural sería de competência e;clusiva das cooperativas,que deveriam adquirir a energia necessáLia das concessionáriaspara, em seguida, redistribuí-la a seus associa<strong>do</strong>s. O programa nãoexigiria despesas ad1conais aos cofres públicos, porque apenas reunirianum fun<strong>do</strong> especial os recursos financeiros dispersos pelasentidades j á existentesO objetivo <strong>do</strong> plano era racionalizar e, ao mesmo tempo, intensificaro consumo de energia elétrica no campo, uma vez que aeletrificação rural vinha sen<strong>do</strong> executáda por um grande númerode entidades, tanto privadas como oficiais. Partin<strong>do</strong> desse quadro,agrava<strong>do</strong> pelo fato de os recursos fInanceiros disponiveis estaremespalha<strong>do</strong>s por órgãos subordina<strong>do</strong>s a diferentes setores de decbãogovernamental, os Ministérios envolvi<strong>do</strong>s resolveram propor o estabelecimento<strong>do</strong> Programa <strong>Nacional</strong> de Eletrificação Rural. Osrecursos seriam provenientes <strong>do</strong> Fun<strong>do</strong> <strong>Nacional</strong> de EletrificaçãoRural - FUNER - que contaria com 270 da arrecadação anual<strong>do</strong> INCRA, 5% <strong>do</strong> Fun<strong>do</strong> Federal de Eletrificação, empréstimos <strong>do</strong>BID, além de contribuições <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s e de pessoas jurídicas,nacionais ou estrangeiras, ten<strong>do</strong> como agente fínanceiro o Banco<strong>Nacional</strong> de Crédito Cooperativo. A idéia básiéa foi reunir to<strong>do</strong>sos recursos técnicos e financeiros no desenvolvimento da eletrificaçãorural. A base fundamental para execução <strong>do</strong> programa seriamas cooperativas, porque ele se tornaria inviável se exerci<strong>do</strong>pelas concessionárias de energia elétrica, que vinham concentran<strong>do</strong>seus investimentos nos centros urbanos devi<strong>do</strong> ao rápi<strong>do</strong> retorno<strong>do</strong> capital emprega<strong>do</strong>. Procurou-se, então, compatibilizar os interessesdas concessionárias e <strong>do</strong>s consumi<strong>do</strong>res rurais, permitin<strong>do</strong>-seque, fossem feitas tornadas de 'energia para abastecimento de umnúcleo urbano quan<strong>do</strong> uma rede de distribuição destinada à eletrificaçãorural atravessasse esses locais.puro engano, Sr. Presidente. O acesso de lucidez a que nos referimosfoi logo ipterrompi<strong>do</strong>, engavetan<strong>do</strong>-se o Plano <strong>Nacional</strong> de


11560 Sexta-feira 19 DlARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Outubro de 1979Eletrificação Rural, em decorrência de uma luta de basti<strong>do</strong>res daqual as concessionárias foram vence<strong>do</strong>ras. As cooperativas perderama guerra, e, em conseqüência, ficaram marginalizadas, poiS ossubstanciais recursos da ELETROBRAS passaram a ser canaliza<strong>do</strong>sexclusivamente para suas concessionárias.As cooperativas nada mais reivindicam que serviços eficientes,a custos razoáveis, sem privilégios ou discriminações. Serviços quebeneficiem igualmente o grande, o médio e o pequeno produtorrural. Não interessam sistemas de distribuição que apenas sirvamàs granaes propriedades e condenem o pequeno sitiantç e o humildegranjeiro a servirem-se indefinidamente <strong>do</strong> lampião por quelhes é muito oneroso um ramal particular.Mas, enquanto as concessionárias e as cooperativas 11ão chegama um acor<strong>do</strong>, o setor agropecuário perde por falta de energia. Aconcessionária bloqueia as atividades da cooperativa. Quan<strong>do</strong> onúmero de coopera<strong>do</strong>s começa a aumentar, aquela procura atenderdiretamente algum proprietário rural, simplesmente para destruiro projeto desta. Há construção de redes paralelas, cruzamento delinhas, demora nas ligações das redes, ou, como já aconteceu, fiossão corta<strong>do</strong>s e enrola<strong>do</strong>s nos postes. Os produtores rurais sentemseperdi<strong>do</strong>s com a situação, não sabem em quem confiar...As autoridades governamentais precisam convencer-se de queum programa de eletrificação rural não tem condições de autofinanciar-se,como querem muitos, e que os seus frutos serão colhi<strong>do</strong>sa longo prazo. Importa dizer que, se o Governo não pretendesubsidiar sua implantação, como deveria, as condições e prazos definanciamento devem fugir aos procedimentos regu' ares. A energiaelétrica pode provocar um fluxo de homens e bens de capitalpara o meiD rural q,ue não podem jamais ser avalia<strong>do</strong>s numericamente.Sem uma lavoura rentável, nenhum pais atinge seu plenodesenvolvimento. Uma nação só se torna feliz se seus trabalha<strong>do</strong>resrurais forem igualmente felizes.Um exemplo, Sr. Presidente, sintetiza a calamitosa situaçãoem que nos encontramos em matéria de eletrificação rural. Osestabelecimento agrícolas <strong>do</strong> Paraná consomem praticamente amesma quantidade de energia elétrica gasta nos edificios das prefeiturasmunicipais e da administração direta <strong>do</strong> Governo Estadual:117 milhões de quilowatts/hora. O consumo na iluminação'pública é de 582% maior <strong>do</strong> que o consumo <strong>do</strong>s agricultores. Aeletrificação rural absorve apenas 2,4% da energia elétrica que édistribuida neste Esta<strong>do</strong>.E as causas dessa situação, Srs. Deputa<strong>do</strong>s, foram bem situadas.pelo Secretário da Agricultura <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> CIo Paraná em declaraçãoà Ga.zeta. Mercantil, edição de 4 de julho de 1979. Considero S. Ex. aque o principal empecilho à eletrificação rural são os critérlosa<strong>do</strong>ta<strong>do</strong>s pelo Governo, através <strong>do</strong>s quais se deve atender, preferencialmente,àquele que tenha um consumo capaz de fazer retornarà empresa concessionária os investimentos realiza<strong>do</strong>s esquecen<strong>do</strong>-sede se medir o retorno da atividade agrícola como umto<strong>do</strong>. E que há inúmeros motivos para que o Governo Federal assumao ônus, pelo menos, <strong>do</strong>s troncos principais das linhas <strong>do</strong> programade eletrificação rural. Entre eles, cita o aumento da produtividade,a atenuação <strong>do</strong> êxo<strong>do</strong> rural e a economia de combustível.A legislação tarifária é outra dificuldade, pois estabelece discriminaçãocontra o consumi<strong>do</strong>r cooperativa<strong>do</strong>. O produtor que éatendi<strong>do</strong> diretamente pela concessionária paga a mesma tarifaque vigora na área urbana, enquanto o coopera<strong>do</strong> paga ó custoreal da distribuição e ainda financia a instalação da rede e sua. manutenção sem que dela se torne proprietárío.Be quisermos realmente explorar as potencialidades <strong>do</strong> País. para o fortalecimento de nossa agropecuária, uma das primeirasprovidências deve ser a dinamização <strong>do</strong>s serviços de eletrificaçãorural, com vista não só ao aumento da produção e da produtividade,mas também, e principalmente, como instrumento de fixação <strong>do</strong>homem à terra em que trabalha e de correção de uma das injustiçassociais - a marginalização <strong>do</strong> agricultor <strong>do</strong>s frutos <strong>do</strong> progressoeconômico <strong>do</strong> País - conseqüência <strong>do</strong> concentra<strong>do</strong>r modelo a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong>pelos tecnocratas <strong>do</strong> Sistema para beneficiar somente os grandesgrupos financeiros.Era o que tinha a dizer.O SR. JOSÉ RIBAMAR MACHADO (ARENA ~ MA. Pronuncía.o seguinte discurso.) _ Sr. Presidente, Srs. Deputa<strong>do</strong>s, no calendáriodas efemérides nacionais, o dia 15 de outubro tem parato<strong>do</strong>s nós um significa<strong>do</strong> muito especial, pela oportunidade quenos enseja de retribuir aos nossos mestres e aos nossos melhoresamigos os agradecimentos por tu<strong>do</strong> quanto fizeram e continuamfazen<strong>do</strong> pelas nossas gerações.Não pode o Dia <strong>do</strong> Professor merecer apenas um simples registro.Mais <strong>do</strong> que isto, ele toca os nossos sentimentos pelosrelevantes serviços que prestam à nacionalidade to<strong>do</strong>s os integrantesda valorosa classe.Não foi sem razão, Sr. Presidente, que, através <strong>do</strong> Projeto deLei n.o 18, de 1927, os eminentes Sena<strong>do</strong>res Afonso Camargo eCarlos Cavalcanti conseguiram, no Sena<strong>do</strong> Federal, que o 15 deoutubro fosse considera<strong>do</strong> feria<strong>do</strong> nacional, em comemoração àdata em que foi decretada a primeira lei de ensino primário noBrasil Independente.Por aquela mesma iniciativa foi a Repartição de Estatísticaincumbida de publicar "uma memória histórica desenvolvída sobreo ensino primário no Brasil, de 182'7 a 1927, compreenden<strong>do</strong>:número de escolas, matrículas, freqüência e despesas realizadascom o ensino". Assim contam os nossos registros educacionais.Sem se falar, naturalmente, nos "duzentos contos de réis"que o Governo foi autoriza<strong>do</strong> a gastar com as providências decorrentesda lei.Portanto, Sr. Presidente, 15 de outubro é para nós uma datada maior importância, Em boa hora, o Governo Federal, reconhecen<strong>do</strong>as necessidades por que passa o professor no PaÍll, examinaos estu<strong>do</strong>s que lhe foram submeti<strong>do</strong>s pelo Ministério da Educaçãocom vistas a constituição de um fun<strong>do</strong> de complementação<strong>do</strong> salário da classe. Mesmo tardia, a medida não deixa de seroportuna. pois tu<strong>do</strong> o quanto se conseguir fazer em benefício <strong>do</strong>snossos educa<strong>do</strong>res, <strong>do</strong>s nossos mestres, nunca será demais.Era o que tinha a dizer.O SR. ALEXANDRE MACHADO (ARENA - RS. PrOnuncia oseguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputa<strong>do</strong>s, a legislação<strong>do</strong> Pais que trata das desapropriações possibilita, na área dasPrefeituras Municipais e <strong>do</strong> próprio Poder Público, a a<strong>do</strong>ção deenormes absur<strong>do</strong>s. O Poder Público pode, quan<strong>do</strong> não há umtrato escrupuloso, respeitoso, de parte <strong>do</strong> titular <strong>do</strong> Poder, cometerenormes injustiças e praticar verdadeiros absur<strong>do</strong>s.Estive observan<strong>do</strong> o que anda realizan<strong>do</strong> no distrito rural deLomba Grande, em Novo Hamburgo, a Prefeitura Municipal, paraimplantação <strong>do</strong> distrito industrial. No ano de 1927, a Prefeiturade Novo Hamburgo declarou de utilidade pública uma enormeárea, altamente valorizada, de 900 hectares. E ai deixou durantemuitos anos a coisa correr. Com a pressão <strong>do</strong> decreto, havia aconseqüente desvalorização das áreas desapropriadas e lindeiras.Ninguém mais ali construía, e o fantasma da desapropriação eraimplanta<strong>do</strong> com violência e de forma cabal, definitiva, sobreuma enorme área que era o cinturão verde de Novo Hamburgo ede São Leopol<strong>do</strong>.Apenas em 1977, isto é, cinco anos depois, quan<strong>do</strong> faltavasomente um dia para caducar o decreto, foi que a Prefeitura deNovo Hamburgo ajuizou os processos, oferecen<strong>do</strong> Cr$ 1,00 por metroquadra<strong>do</strong>. E foi uma maneira de tentar esvaziar o valor daspropriedades e das benfeitorias eXistentes no local atingi<strong>do</strong>.Os lau<strong>do</strong>s da Prefeitura eram os mais temerário.s possiveis,desapareciam dali plantações de eucaliptos, não se va,lorizavamcasas, outros matos, árvores frutiferas, galpões, e chegou-se aoabsur<strong>do</strong> de desapropriar-se uma propriedade defronte a umaescola municipal por Cr$ 454,00. A verdade é que está apavoradaa população de Lomba Grande. E disso o que fazer? É grande aminha preocupação como brasileiro, como rio-grandense. Já fuiVerea<strong>do</strong>r na cidade de São Leopol<strong>do</strong>, presidi o antigo DiretórioMunicipal <strong>do</strong> PSD naqueles tempos, um <strong>do</strong>s grandes galardões daminha vida pública; ali fui Presidente da Câmara de Verea<strong>do</strong>res,e aquelas lutas políticas até hoje permanecem indeléveis na minha~embrança. Foram muitos os exemplos recebi<strong>do</strong>s, as experiênciasvividas e vencidas, e é por isso que fiquei imensamente •triste por ver desapropriar-se - precisamente em Lomba Grande,às margens <strong>do</strong>s Sinos - uma área para indústria. Informarammeque desejavam tirar os curtumes de Novo Hamburgo para alicolocá-los, e nós sabemos que nos processos de curtume, subBtã.nciaspoluentes as mais terriveis são lançadas no rio, nas águase~ que se 'poderia criar peixes, que a população, no verão, podenaaproveItar para banhar-se. Um conjunto de indústria iriaagravar ainda mais a situação <strong>do</strong> poluj<strong>do</strong>, destruí<strong>do</strong>, inerte, faleci<strong>do</strong>rio <strong>do</strong>s Sinos, aquele rio quê, na inteligência <strong>do</strong> leopoldenseViana Moog, imitava o Reno; mas hoje está morro e polui<strong>do</strong>,e é onde São Leopol<strong>do</strong> ainda retira água.E se em Lomba-Grande forem coloca<strong>do</strong>s os curtumes, NovoHumburgo e São Leopol<strong>do</strong> em pouco tempo estariam sem águápotável. Seria preciso transformar os venenos das águas diretamenteem água potável. Não sei se o Poder Judiciárip está bema par <strong>do</strong>s problemas ali existentes. Sei que, em alguns caSQll, aJustiça tem coloca<strong>do</strong> até a força policial na ocupação de terrascujos proprietários ainda discutem o preço, os quais são joga<strong>do</strong>s,sem nenhuma justificação plallilível, no olho da rua com a família,malas e bagagens, e sem receberem o preÇO justo em dinheiro.E é tal o montante dessas desapropriações que não sabemosbem Se a Prefeitura de Novo Hamburgo terá condições para o pagamento."


Outubro de 1979 . DIARIO no CONGRESSO NACIONAL (Seção 1) Sexta-feira 19 11561Por isso, não sena demais que os Juízes que estivessem emNovo Hamburgo atentassem pàra o que acontece com essas pessoas,que ali venceram lutan<strong>do</strong> durante muitas gerações. Nãopodem eles ser logra<strong>do</strong>s pelo Poder Público, eís que merecessemo respeíto que a dignidade deles está a impor.E uma advertência que faço com muita honra, porque defen<strong>do</strong>as propriedades privadas de Lomba Grande, que estão sen<strong>do</strong>atingidas de forma irreversivel pelo decreto da Prefeitura Municipalde Novo Hamburgo, e também o meu queri<strong>do</strong> São Leopol<strong>do</strong>,pois as águas <strong>do</strong> rio <strong>do</strong>s Sinos, que saciam a sede de seus filhos,não podem ser ainda mais p61uídas.Aqui fica a minha advertência e a certeza de que, neste caso,haverá pe:o menos alguma compreensão e algum entendimentoentre autoridades de Novo Hamburgo e interessa<strong>do</strong>s de LombaGrande.O SR. BENTO GONÇALVES (ARENA - MG. I;'ronuncia o seguintediscurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputa<strong>do</strong>s, ocupo a tribunapara manifestar, em nome de toda a bancada federal daARENA <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> de Minas Gerais e em meu próprio, voto depesar pelo falecimento, a 20 de agosto último. na cidade de BeloHoriwnte, <strong>do</strong> ilustre brasileiro, médico e administra<strong>do</strong>r AlaorRezende, ex-Superintendente <strong>do</strong> Instituto <strong>Nacional</strong> de AssistênciaMédica e prevldência Social em Minas Gerais.O falecimento <strong>do</strong> Dl'. Alaor Rezende veio constituir uma irreparávelperda para a Administração Pública mineira é nacional,haja vista o surpreendente trabalho que vinha desenvolven<strong>do</strong> àfrente daquele órgão, numa demonstração <strong>do</strong> quanto é capaz aforça <strong>do</strong> despreendimento, o alto espírito de <strong>do</strong>ação e a crençanos valores sagra<strong>do</strong>s da pessoa humana.Apesar <strong>do</strong> curto perío<strong>do</strong> de noventa dias de exercicio <strong>do</strong> cargode Superintendente <strong>do</strong> INAMPS, em Minas Gerais, conseguiu oDl'. Alaor Rezende notável desempenho administrativo, li alturajá de avaliações que lhe valeram honoráveis elogios de seus superiores,como também a admiração, o respeito e a gratidão deseus comanda<strong>do</strong>s.Seu magnânimo trabalho é hoje, portanto, o magnífico frutode um fecun<strong>do</strong> esforço cultural e administrativo, memorável parao Esta<strong>do</strong> de Minas Gerais e para a Nação brasileira como o incontestávellega<strong>do</strong> de renovação e de aperfeiçoamento de umimportante órgão público federal.Personalidade das mais respeitadas no meio científico nacional,sua morte deixa ainda uma sentida lacuna no campo daciência médica, não só pela comprovada competência demonstradacomo cirurgião, mas acima de tu<strong>do</strong>, pelo denoda<strong>do</strong> esforçode pesquisa que marcou, de forma singular, o exercício daquelanobre profis~ão,Para comp~etar a bomenagem póstuma que vimos de renderao sau<strong>do</strong>so 01'. Alaor Rezende, permita-nos, Sr. Presidente, fazer,para que passe a constar nos Anais desta Casa, um breve resumode seu brilhante currículo:CargOs e Funções Públicas- Médico da Prefeitura de Rio Piracicaba - MG.- Médico <strong>do</strong> Hospital Jülia Kubitschek, participan<strong>do</strong> de suainstalação, em Belo :Horizonte.- Médico-Chefe <strong>do</strong> Serviço de Sanatórios e Chefe <strong>do</strong> Serviçode Epidemiologia <strong>do</strong> ex-Departamento de Lepra de Minas Gerais.- Médico, Inspetor-Médico, Assistente Médico, Delega<strong>do</strong> RegionalSubstituto, Chefe <strong>do</strong> Posto de Nova Líma e Chefe <strong>do</strong> Postoda Gamelelra <strong>do</strong>. ex-SAMDU, <strong>do</strong> Ministério <strong>do</strong> Trabalho e PrevidênciaSocial.- Coordena<strong>do</strong>r Adjunto <strong>do</strong> Bem-Estar da SuperintendênciaRegional <strong>do</strong> INPS, em Minas Gerais.- Diretor Administrativo-Financeiro da Companhia Agrícolade Minas Gerais - CAMIG.- Chefe de


11562 Sexta-feira 19 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção 1) Outubro de 19'1tsua atitude no que se relaciona com a educação e saúde. Já nosistema educacional ele tem prima<strong>do</strong> por oprimir os professores,através de um arrocho salarial jamais senti<strong>do</strong> por aquela classe.Agora ele atinge o ensino universitário, evidentemente seguin<strong>do</strong>os passos da ditadura que, através da reforma universitária, oriunda<strong>do</strong> inesquecivel convênio MEC-USAID, e inesquecivel porquelastimável sob to<strong>do</strong>s os aspectos, fez com que proliferassem noPais Inteiro faculdades que vendem não ensino, mas sonhos paraseu~ alunos, exploran<strong>do</strong>-os, fazen<strong>do</strong> com que eles invistam _seudinheiro não em conhecimento, mas na obtenção de um diploma,mentin<strong>do</strong>-lhes sobre um merca<strong>do</strong> de trabalho que jamais existiuneste País.O Governa<strong>do</strong>r de São Paulo quer complementar este quadroatingin<strong>do</strong> não só o nível universitário, mas a saúde pública. Criou,para isto, o PAM - Plano de Aprimoramento Médico - que, aocontrário <strong>do</strong> que poderia indicar o seu nome, não visa a aprimorara complementação <strong>do</strong> ensino médico. Tanto é que diminuiu onúmero de vagas <strong>do</strong>s residentes, no Hospital <strong>do</strong> Servi<strong>do</strong>r Público,de 103 para 36. Evidentemente que ele foi instituí<strong>do</strong> arbitrariamente,mas não é só isso. Os residentes, como o próprio nomediz, residem no hospital. Além disso, recebiam uma bolsa deestu<strong>do</strong>, e agora, ao contrário, não só perderam a moradia mastêm que pagar para fazer a residência médica.To<strong>do</strong>s nós sabemos que a residência médica é a melhor formade aperfeiçoamento médico e, portanto, deve ser melhorada enão extinta; deve ser amp~iada e não restringida; só com a práticaé que esses médicos poderão melhorar a qualidade <strong>do</strong> serviçopresta<strong>do</strong>.Vejam, Srs. Deputa<strong>do</strong>s, como contribuiu o Sr. Governa<strong>do</strong>rtransforman<strong>do</strong> hospitais públicos em fundaçõ.es privadas, dimim.Iin<strong>do</strong>as vagas das escolas de Medicina pública, extinguin<strong>do</strong> aresidência médica, transforman<strong>do</strong>-a em curso pago, acaban<strong>do</strong> comhospitais-escola, fechan<strong>do</strong> postos de saúde.O Sr. Ministro da Educação pronunciOU-se contra essa medida.A Associação <strong>do</strong>s Médicos Residentes de São Paulo pronunciou-secontra. O CRM - Conselho Regional de Medicina - tambémpronunciou-se contra essa medida.Será que to<strong>do</strong>s estão erra<strong>do</strong>s? Só o Governo de São Pauloestá certo?Qualquer sociedade democrática respeita o direito de acessoà educação e cultura por parte de seus integrantes.É necessário, portanto, que se dê um basta a este tipo deatitude, fazen<strong>do</strong> com que os residentes e estudantes de Medicinatenham seus direitos respeita<strong>do</strong>s.Ao mesmo tempo que deixamos nosso protesto, conclamamosesta Casa a tomar uma posição firme em defesa daqueles que têmsi<strong>do</strong> injustiça<strong>do</strong>s pelo Governa<strong>do</strong>r de São Paulo.Era o que tinha a dizer.O Sr. Jorge Arbage - Sr. Pres~dente, peço a palavra para umacomunicação, como Líder.O SR. PRESIDENTE (Epitáeio Cafeteira) - Tem a palavra onobre Deputa<strong>do</strong>.O SR. JORGE ARBAGE (ARENA - PA. Sem revisão <strong>do</strong> ora<strong>do</strong>r.)- Sr. Presidente, 81'S. Deputa<strong>do</strong>s, o ilustre Deputa<strong>do</strong> JoãoCunha, em pronunciamento que fez nesta Casa, inseriu em seudiscurso este pequeno fragmento, referin<strong>do</strong>-se ao ex-PresidenteGeisel:"Viajou Irregularmente com o passaporte diplomático(vermelho) n. o 0001 que recebera corrio Presidente daRepública no ato mesmo da assinatura <strong>do</strong> decreto queregulamentava o uso desse tipo de passaporte. Pelo texto<strong>do</strong> diploma legal disciplina<strong>do</strong>r, este <strong>do</strong>cumento perdeu avigência em 15 de março de 1979, quan<strong>do</strong> de sua saída daPresidência da República. Essa ilegalidade não tem senti<strong>do</strong>algum, principalmente ten<strong>do</strong>-se em vista que. cessadassuas funções presidenciais, não poderia mais, comocidadão comum, renová-lo. Nesse senti<strong>do</strong>, exigimos<strong>do</strong> Ministério das Relações Exteriores que dê explicaçõespúblicas à Nação, sob pena de sofrer as conseqüênciaslegais previstas em leL"Sr. Presidente, fizemos a defesa da integridade moral <strong>do</strong> ex­Presidlinte' Ernesto Geisel. Agora, estamos no dever de dar os esclarecimentosrecomenda<strong>do</strong>s pelo ilustre Deputa<strong>do</strong> <strong>do</strong> MovimentoDemocrático Brasileiro. Ei-Ios:"Excelentissimo SenhorDeputa<strong>do</strong> Nelson Marchezan,Líder da ARENACâmara <strong>do</strong>s Deputa<strong>do</strong>s.Passo às mãos de Vossa Excelência. esclarecimento a propósitoda afirmativa constante <strong>do</strong> pronunciamento feitoa 16 de outubro corrente pelo Deputa<strong>do</strong> João Cun!l:j.IMDB-SP1. Cópia deste mesmo esclarecimento foi encaminhadapor antecipação a seu Gabinete.Cordialmente - João Augusto de Médieis, Secretário deAssuntos Legislativos.Em 17-10-79."Sr. Presidente, a informação está vazada nos seguintes termos:"A propósito da afirmação feita pelo Senhor Deputa<strong>do</strong>João Cunha, em seu pronunciamento de 16 de outubrocorrente, no senti<strong>do</strong> de que o ex-Presidente Ernesto Geisel"viajou irregularmente, com o passaporte diplomáticon. O 0001, que recebera como Presidente da Repúb:ica", énecessário esclarecer que o ex-Presidente não saiu <strong>do</strong>País com o <strong>do</strong>cumento emiti<strong>do</strong> em seu nome quan<strong>do</strong>exercia suas altas funções e que efetivamente expirou em15 de março de 1979. Viajou, sim, com o passaporte diplomáticon. O pA002714, emiti<strong>do</strong> em 19 de setembro últimopelo Escritório <strong>do</strong> Ministério das Relações Exterioresno Hio de Janeiro e ao qual tem direito, na qualidade deex-Presidente da República, de acor<strong>do</strong> com a letra a <strong>do</strong>art. 4. 0 <strong>do</strong> Decreto n. O 3.345, de 30 de novembro de 1938."Sr. Presidente, sem maiores comentários, mais uma máscaracai, porque mistifica<strong>do</strong>ra da verdade.V - O SR. PRESIDENTE (Epitácio Cafeteira) - Passa-se aoGrande Expediente.Tem a palavra o Sr. Rosemburgo Romano.O 8R. ROSEMBURGO ROMANO (MDB - MG. Pronuncia oseguinte discurso.) - Sr. Presidente, 81'S. Deputa<strong>do</strong>s, inicialmente,desejo proceder à leitura de nota distribuída à imprensa porDeputa<strong>do</strong>s <strong>do</strong> MDB de Minas Gerais:"O grave quadro brasileiro, em que o fundamental é orestabelecimento d,e melhor,es condições de vida para opovo, impõe uma luta constante em busca de uma maisjusta ordem econômico-social.Diante desta conjuntura, e das medidas diversionistasanunciadas pelo Governo, que visam tão-somente à perpetuaçãono poder contra os verdadeiros anseios nacionaís,os Deputa<strong>do</strong>s F·ederais, infra-assina<strong>do</strong>s, eleitos peloMovimento Democrático Brasileiro, Secção de Minas Gerais,manifestam sua inarredável posição em defesa dapermanência <strong>do</strong> MDB, como o mais váli<strong>do</strong> instrumentopara a realização da pLena democracia.Este bloco, representan<strong>do</strong> a opinião de centenas de companheirosde Minas Gerais, que detêm expressiva liderançapolítica, deseja expressar seu propÓSIto firme d.e,se consumada a despropositada extinção <strong>do</strong> :vIDB, pelavontade arbitrária e casuística <strong>do</strong> Governo, manter-se deforma monolítica, em nova agremiação que disponhaexercer oposição clara e irretorquivel ao atual sistema degoverno, o qual combate há quinze anos, e em defesaintransigente de eleições diretas em to<strong>do</strong>s os níveis ­verea<strong>do</strong>res, prefeitos, s-ena<strong>do</strong>res, g-overna<strong>do</strong>res, Presidenteda República.Desta forma, os parlamentares signatários deste <strong>do</strong>cumentodecidirão sempre uni<strong>do</strong>s as opções que surgirem,dentro da nova realidade política nacional, sem relegaro passa<strong>do</strong>, mas com as vistas postas no futuro.Brasília, 18 de outubro de 1979. - Sílvio Abreu Júnior ­Luiz. Bacarini - Carlos Cotta - Luiz Leal - Leopol<strong>do</strong>Bessone - Newton Car<strong>do</strong>so - Junia Marise - Sérgio Ferrara- Roserburgo Romano - Juarez Batista - Pimentada Veiga e João Herculino."Sr. Presidente, 81'S. Deputa<strong>do</strong>s. o exercício da profissão médicatem, hoje, <strong>do</strong>is principais inimigos: a exigência de que, ao la<strong>do</strong><strong>do</strong> magistério, seja um sacerdócio e não também um honra<strong>do</strong>meio de vida; a tendência que há, nela como em quase todas asoutras, de constituir-se um espírito de corpo, transforman<strong>do</strong> osdiscipulos de Hipócrates numa espécie de seita <strong>do</strong>s intocáveis.Como não há moeda que não possua anverso e reverllo, aquelasduas tendências condicionam duas condutas opostas e igualmentecondenáveis: o excessivo mercantilismo, de um la<strong>do</strong> e,de out~o, a disputa profissional, que leva à desunião da classe.A sociedade de consumo - e a nossa é ~lma dentre tantas,no universo capitalista - se caracteriza pela <strong>do</strong>minância <strong>do</strong> efeitodemonstração, quan<strong>do</strong> as necessidades concorrentes e suntuárlasse multip')icam, na medida mesma em que avança a tecnologiana contínua produção de novos bens, torna<strong>do</strong>s mais apetecíveispela propaganda.viv,ê-se procuran<strong>do</strong> melhorar o próprio status e, numa sociedadede classes, como a nossa, cada uma delas busca obter, no


Outubro de 1979 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sexta-feira 19 11563contexto social, maior evidência, mais conforto,' superiores vantagens.Os médicos não podem fugir a essa regra geral, que tem umprofun<strong>do</strong> a.'lsento na psicologia humana, por via desse verdadeirogigant,e da alma, que é a vontade de poder.Entretanto, essa afirmação <strong>do</strong>s profissionais da medicina encontraobstáculo num preconceito milenar que, traduzin<strong>do</strong> ao péda letra o juramento hipocrático, proclama ser a f~nção <strong>do</strong> médicoum sacerdócio, ou seja, missão de sacrifício, tarefa humanitária,~ssemelhada à da cura de almas e a <strong>do</strong>s professores.Hoje, no entanto, os padres já estão filia<strong>do</strong>s à ~revidênciaSocial, enquanto o magistério reclama o mesmo padrao de conforto,no seio da sociedade, que se confere a outros trabalha<strong>do</strong>resinte1ectuais.Não seria, portanto, o médico, o bode expiatório desse contextosocial obriga<strong>do</strong> a transformar-se no bom samaritano, constrangi<strong>do</strong>a imOlar-se - sacrifican<strong>do</strong> a própria família - sozinhopelo bem comum.Também condenável o extremo oposto, ou seja, o profissionalda medicina que se preocupa, exclusivamente, em multiplicar ospróprios ganhos, as custas de um <strong>do</strong>s mais preciosos bens <strong>do</strong>próprio homem: sua higidez física e mental.A imagem <strong>do</strong> médico no Brasil vem sofren<strong>do</strong> a.'l mais grav,esdistorções, principalmente nos últimos quinze anos, quan<strong>do</strong> enveredamos,no campo da assistência médico-hospitalar, p,elo caminhode uma pseu<strong>do</strong>-socialização (Ia medicina, fundamentadano fato de que a cada dia aumenta a clientela da PrevidênciaSocial, hoje abrangente, entre segura<strong>do</strong>s e dependentes, de maisde metade da população <strong>do</strong> Pais.,Como não há recursos <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> para atender, efici,entemente,a um tamanho número de clientes - muito aquém da.'lnecessidades <strong>do</strong> INA!MPS o número de médicos <strong>do</strong>s seus quadros,desorganiza<strong>do</strong> o antigo sistema <strong>do</strong> credenciamento, inatingida aambição da livre escolha <strong>do</strong> illínico, <strong>do</strong> cirurgião e <strong>do</strong> hospital ­,toda a culpa é lançada sobre o profissional emprega<strong>do</strong> da autarquiaestatal.Assim surgiu a expressão, muito usada na imprensa, paraidentificar o médico emprega<strong>do</strong>; "maffia de branco",Logo a denominação vai atingir o profissional liberal, o queatende em seu consultório ou nos hospitais particulares, pago diretamentepelo cliente.Ora, Sr. Presidente, não desconhecemos os casos de dicotomiamédica, condena<strong>do</strong> pelo nosso Código de É~ca, quan<strong>do</strong> o cirurgião,o clínico e o analista. entram num conluio para indicarem-seaos seus clientes, a fim de receber uma comissão.Também sabe)Ilos de incontáveis casos de omissão de socorro,talvC2 sup,era<strong>do</strong>s por' certas intervenções cirúrgicall,' igualmentecondenadas pelo Código de Ética Médica.O difícil é encontrar, nesse singularissimo contexto, a posição'ideal, em que prestigiemos a profissão, d,efendamos os colegasinjustiça<strong>do</strong>s, sem chegar, no entanto, ao exagero de acobertar aincompetência, o relaxamento e o próprio crime.PROFISSAO MARGINALIZADA"Nem tanto ao céu, nem tanto à terra" - aconselha umvelho dita<strong>do</strong> popular, talvez traduzin<strong>do</strong>' o aforismo romano segun<strong>do</strong>o qual "a virtude está no meio termo".Mas, para singularizar essa posição equidistante, é precisoque conheçamos os extremos.Há médicos que fazem fortuna em alguns lustros, fundan<strong>do</strong>ho,spitais, casas de saúde, agrupan<strong>do</strong>-se em policlínicas e ambulatórios,ou buscan<strong>do</strong> uma clientela rica de hipocondríacos, oumesmo 'tangencian<strong>do</strong> o Código de Ética Médica, em atendimentospoucos confessáveis.Entretanto, ho] e, cresce- o número <strong>do</strong>s profissionais maispobres.Recentemente lemos, na sessão "Dos Leitores" em O Esta<strong>do</strong>de S. Paulo, uma carta que merece meditação, assinada pelo médicoDiaulas Vidig'al' de Santos.Foi divulgada no dia 18 de setembro, na 2. a página <strong>do</strong> vibrantematutino paulista e dizia, a certo trecho:'"Outrora, éramos <strong>do</strong>nos de consultórios cheios de clientese equipa<strong>do</strong>s com a literatura mais atualizada possível.Hoje, tomamos emprestada uma sala, por algumas hora.'lsemanais, manten<strong>do</strong> na.'l estantes modestas cópia.'l xerox<strong>do</strong>s capitulas que nos são mais essenciais. Isso porque ostratamentos custam fortunas e as salas-de-espera ou estãovazias ou com pacientes via convênios, pagan<strong>do</strong> tostõespor consulta. Esta é a situação a que noventa e novepor .cento <strong>do</strong>s médicos estão reduzi<strong>do</strong>s, já que foram a.'lmaiores vitimas <strong>do</strong> martelo demagógico, que achatou nossosr,endimentos nas últimas décadas. Hoje, um médicopago pelo Governo percebe cerca de quatro salários minimos,tanto quanto uma secretária júnior ou um choferde táxi mais alfabetiza<strong>do</strong>."Salienta um missivista que um torneiro-mecânico <strong>do</strong> ABCpaulista pode ganhar 18 mil cruzeiros mensais e, quan<strong>do</strong> representantesindical, com a.'l mor<strong>do</strong>mias trabalhista.'l, uItrapa.'lsa os 25mil cruzeiros, para estabelecer a seguinte comparação:"Como um médico que ouse faz,er tempo integral no consultórioincorre em despesas complementares de 15 milcruzeiros, ele pr,ecisará ganhar 40 mil cruzeiros, para vivertal qual o Lula. Com a lanterna de Diógenes, encontrar,emosum por cento de médicos qu,e superem esta cifra."Deputada Júnia Marise, ouvirei o aparte de V. Ex. aA Sra. Júnia Marise - Nobr,e Deputa<strong>do</strong>, V. Ex." traz a estaCasa, representan<strong>do</strong> tão bem a sua classe e o povo mineiro, a.'lsuntorealmente <strong>do</strong>s mais importantes. Há poucos dias, tomamosconhecimento, através da imprensa min.eira, e já denunciamosisto no plenário desta Casa, das arbitrariedades e omissões <strong>do</strong>Governo de Minas Gerais com relação à área de assistência médicae social. Os hospitais psiquiátricos daquele Esta<strong>do</strong> ,estão sen<strong>do</strong>compara<strong>do</strong>s, sem nenhuma contestação por parte <strong>do</strong> Governo, averdadeiros campos nazistas, tais as condições lamentáveis ,e indignasem que ali se encontram os <strong>do</strong>entes mentais. Por isso,congratulo-me com V. Ex. a por este pronunciamento tão importanre,através <strong>do</strong> qual, mais uma vez, lança um alerta ao Governode Minas Gerais, que, em sua omissão e indiferença, realmente,até hoje nada fez em favor <strong>do</strong> povo mineiro. No instante em queV. Ex." fala sobre a valorização profissional, queremos aproveitara oportunidade que nos conced,eu para dizer que, realmente, osMinistros <strong>do</strong> Trabalho e da Justiça são os r,esponsáveis pelosproblemas mais graves que afligem os trabalha<strong>do</strong>res bra.'lileiros,principalmente os mineiros. Nesse senti<strong>do</strong>, uma comissão de metalúrgicosde Minas Gerais, especialmente de Belo Horizonte, Betime Contagem, aqui se encontra para levar a denúncia a eM,es<strong>do</strong>is Ministros de Esta<strong>do</strong>. Para conhecimento de to<strong>do</strong>s, vamos lero memorial, que hoje entregarão:"Belo Horizonte, 18 de outubro de 1979. - Senhor Ministro:Os trabalha<strong>do</strong>res metalúrgicos <strong>do</strong>s Municipios de Betim,Contagem e Belo Horizonte, <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> de Minas Gerais,vêm através deste memoriai dar ciência a Vossa Excelênciadas \iolências, arbitrariedades e o sistema de repressãocontra toda a nossa cla.'lse, perpetrada pela Polícia Militarde Minas Gerais, provocan<strong>do</strong> a prisão de 85 presos,to<strong>do</strong>s operários, pais de família, e que foram barbaramenteespanca<strong>do</strong>s, num verdadeiro desrespeito aos DireitosHumanos. Os metalúrgicos da Fiat Automóveis, Krupp eFMB, irmana<strong>do</strong>s no seu propósito de luta pela melhoriasalarial, esperavam, diante da grave situação que afligetoda a família met'lllúrgica de Mína.'l Gerais, uma posiçãohumana e jnsta por parte da classe patronal e pelas autoridadesgovernamentais, mas ao contrário, assistimos, atônitose estarreci<strong>do</strong>s, a uma verdadeira repressão policial,postada diante <strong>do</strong> movimento grevista, que se mantinhapacífico e ordeiro, visan<strong>do</strong> apenas e unicamente ao atendimentode suas reivindicações, a liberdade sindical e o direitode organização política <strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res. Tal repressão,composta de contingentes de cavalaria, solda<strong>do</strong>sarma<strong>do</strong>s com cassetetes, borebas de gás lacrimogênio, jatosde água, foi investida contra operários desarma<strong>do</strong>s, provocan<strong>do</strong>,'a própria Polícia Militar, um verdadeiro tumulto,atropelan<strong>do</strong> operários e provocan<strong>do</strong> a morte de um metalúrgico- Gni<strong>do</strong> Leão <strong>do</strong>s Santos - quan<strong>do</strong> este fugia deuma violenta carga da cavalaria da Policia Militar, e rondaoutros que ainda se encontram feri<strong>do</strong>s e completamentedesassisti<strong>do</strong>s e entregues à própria sorte. Diante <strong>do</strong> expoStoe das arbitrariedades policiais que têm si<strong>do</strong> cometidasem Minas Gerais, contra os operários metalúrgicos, assimcomo ocorreu com os trabalha<strong>do</strong>res da Construção Civil,com os Professores Mineiros, e agora, com os metalúrgicosde Belo Hori:;::onte, Contagem e Betim, vimos solicitar deVossa Excelência, a apuração de resp0llS'abilidade <strong>do</strong>s fatosocorri<strong>do</strong>s, e que relatamos item por item, em relatórios quea este anexamos eJ1rul.!IDente, como de direito e de justiça,solicitarãliitêrferência de 'V. Ex. a para que fatos lamentáveisnão mais continuem desrespeitan<strong>do</strong> o trabalha<strong>do</strong>rmineiro, sempre disposto na sua luta e na sua sinceraparticipação no processo desenvolvimentista <strong>do</strong> nosso País.A nossa luta, Sr. Ministro, é pela melhoria salarial, paraque tenhamos condições minimas de manter nossa famíliae nossos filhos. E ao protestarmos contra violência.'l,desejamos ainda que elas não sejam também resulta<strong>do</strong> di!.pressão da classe patronal, que, após o retorno ao trabalho,estão demitin<strong>do</strong> operários grevistas, pelo único fato


11564 Sexta-feira 19 DIARIO no CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Outubro de 18'ltde que tiveram participação na luta pela melhoria salarial.Esperan<strong>do</strong> contar com o alto espirito público de Vossa Excelência,e sua: real interferência para que não se repitamas lamentáveis repressões policiais em Minas Gerais, e quetêm violenta<strong>do</strong> a tradição pacífica da gente mineira. Agradecemos:- Comissão de Metalúrgicos de Belo Horizonte,Contagem, e Betim."Portanto, nobre Deputa<strong>do</strong> Rosemburgo Romano. V. Ex.", queestá sempre ao la<strong>do</strong> <strong>do</strong> povo de Minas Gerais, ao conceder-me aoportunidade para que desse conhecimento à Casa <strong>do</strong> memorial<strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res mineiros, mais uma vez, dá a sua partiçipaçãoimportante em defesa <strong>do</strong> nosso Esta<strong>do</strong>, em defesa <strong>do</strong>s operários deMinas Gerais. {Palmas.)O SR. ROSEMBURGO ROMANO - Deputada Júnia Marise.s.gradeço a V. Ex." o aparte e, sain<strong>do</strong> um pouco <strong>do</strong> meu tema. aproveitopara dizer que, no dia 27 de set,erribro próximo passa<strong>do</strong>. aindanas montanhas de Minas, um delega<strong>do</strong> <strong>do</strong> sistema, insensivel àquelepovo que tem História, mais uma vez, lançou as suas tropas,pagas pelos cofres públicos. sobre um simples, modesto e famintooperário, espolia<strong>do</strong> e explora<strong>do</strong> pelas multinacionais - principalmentepela FIAT, financiada pelo Governo de Minas Gerais, comdinfieiro <strong>do</strong> povo brasileiro. E aquele pobre operário, sentin<strong>do</strong>-seameaça<strong>do</strong>, desespera<strong>do</strong>, não teve outro caminho senão fugir, nafuga, atrapalha<strong>do</strong>, colocou-se dramaticamente sob os pneus deum automóvel daquela empresa. falecen<strong>do</strong>. deixan<strong>do</strong> viúva a esposae órfãos seus filhos, como testemunho. de uma luta que nós,há 15 anos, estamos travan<strong>do</strong>, para que o Pais se liberte dessesque se apoderaram indevidamente de nossa Pátria. Esperamos queo Braail ainda consiga libertar-se desses invasores irresponsáveise entreguistas.Continuo, Sr. Presidente, Srs. Deputa<strong>do</strong>s.Referin<strong>do</strong>-se, em seguida, à atuação <strong>do</strong> INAMPS, qw.e reduzseus médicos à missão de tratar de sintomas sem diagnosticarmoléstias, comenta:"O INAMPS irá pagar-nos com cheques seus. O que nãotemos certeza é se conseguiremôs comprar uma pizza comum desses cheques. Duvi<strong>do</strong> que tal sistema, .5Ujelto a tantasfraudes, possa dar certo. Nossa sugestão é que o INAMPSse limite a manter o sistema só para os que ganham abaixode 10 mil cruzeiros, para os outros, custear apenas examesparaclinicos e hospitalizações."Verifica-se, portanto, que, na sua maioria, 05 médicos se acreditameconomicamente marginaliza<strong>do</strong>s.E pelos raríssimos que cçmseguem amealhar fortuna, dentroàa sua profissão, paga a qu!slê totalidade da classe, quan<strong>do</strong> o seua\ ental branco é aponta<strong>do</strong>, ria imprensa, como simbolo de corrupção,A PREVID:G:NCIA E A PSÍQUIATR;IADizem os nossos colega.s que trabalham no nJAMPS, depois delonga experiência nas suas filas de atendimento, que cresce. diaa dia, entre o.s segura<strong>do</strong>s da previdência social em busca de assistênciamédica, o número <strong>do</strong>s porta<strong>do</strong>res de problemas psiquiátricos.Mais de um médico já morreu nas mãos de um desses <strong>do</strong>entes,vitima de paranóia, arma<strong>do</strong> o seu braço pela mania de perseguição.Há. ainda, os inúmeros casos de histeria, em ambos os sexos,r:r::quanto aumenta a quantidade <strong>do</strong>s que somatizam seus problemaspsiquicos, tornan<strong>do</strong> difícil o diagnóstico sem uma longa anamnrse,impossivel nesse tipo de atendimento em filas enormes.Por vezes alguns profissionais da Medicina impressiona<strong>do</strong>scom a fuga de alguns colegas aos mandamentos éticos da profissão,não se deixan<strong>do</strong> <strong>do</strong>minar por um falso espirito de solidariedadede classe, denunciam os infratores.l1: o caso de mUltos administra<strong>do</strong>res de hospitais, forma<strong>do</strong>stambém em ;Medicina, promoven<strong>do</strong> denúncias, aos Conse~hos deÉtica. <strong>do</strong>s casos de omissão de socano que. infelizmente, se avolumamdia a dia,Esse fenômeno não atinge apenas a classe médica. mas, nomun<strong>do</strong> utilitarista e apressa<strong>do</strong> de hoje. muitos passam ao largo.sem a mínima interferência, presencian<strong>do</strong> atropelamentos, agressões,assaltos, sem ao menos telefonar para a policia, pura e simplesmentepara não perderem tempo em depoimentos. como testemunhas,nas delegacias policiais.O médico não é diferente <strong>do</strong>s outros, e a figura penal da omissãode socorro não foi criada apenas para punir os profissionaisda Medicina.Se alguns merecem a solidariedade <strong>do</strong>s colegas, porque houveacusação ínjusta ou sensacionalismo barato na denúncia inepta.outras vezes quem aponta o abuso é um profissional da Medicina.Foi o caso, recentemente, ocorri<strong>do</strong> em Frutal, no Esta<strong>do</strong> deMmas Gerais, quan<strong>do</strong> o Dr. Paulo Musa foi puni<strong>do</strong> pelo ConselhoRegional de Medicina por ter denuncia<strong>do</strong> a sua mercantilização noPaís.Mas essa punição, em lugar de intimidar, encorajou algunscolegas,Um deles foi o psiquiatra Francisco Paes Barreto, que denunciou,em Belo Horizonte, as mazelas da assistência psiquiátricaem Minas Gel'ais, em entrevista ao Esta<strong>do</strong> de Minas, sob o titulo"Pela humanização da psiquiatria". seguin<strong>do</strong> a linha de tesesque apresentou, há dez anos, no Ir <strong>Congresso</strong> Brasileiro de Psiquiatria,intituladas "A vida que se estende nos depósitos delixo humano" e "Negócio de Ocasião: quem dá mais por um louco?"Psicanalista e professor-assistente da Residéncia de Psiquiatriada Funda~ão Hospitalar <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> de Minas Gerais I FREMIG) ,declarou aquele clinico que somente a criação de uma AssociaçãoKacional de Defesa <strong>do</strong>s Direitos <strong>do</strong> Doente Mental poderia diminuir"os maus-tratos que, como antigamente, ainda: ocorrem emtodas as nossas clinicas'e hospitais psiquiátricos", onde os pacientes"são praticamente massacra<strong>do</strong>s, muitas vezes submeti<strong>do</strong>s a eletrochoquescontra a sua vontade e contra a vontade da própriafamília".Referin<strong>do</strong>-se ao sistema de confinamento asilar. declarou oProfessor Paes Barreto que, como é feito ainda hoje. sobre constituir-senuma violência, não cura a <strong>do</strong>ença. apenas piora o esta<strong>do</strong><strong>do</strong> <strong>do</strong>ente.Defenden<strong>do</strong> o atendimento ambulatorial, em subStituição aoconfinamento, comparou os hospitais psiquiátricos de Minas acadeias públicas, verdadeiras "casas de punição, onde os psiquiatrasagem como verêladeiros carrascos", transforman<strong>do</strong> os <strong>do</strong>entesem "retalhos humanos", através das variadas formas de violência,como o choque cardiazólico, .o eletrochoque, o choque insulínico,a lobotomia e a impregnação por farmoquímicos.Salientou que setenta. por cento <strong>do</strong> internamento psiquiátricono Brasil é desnecessário,Entretanto, o sistema transforma ode internação. em lugar de assistir maisde pessoas que lhe são confiadas.ipsiquiatra mim agentehumanamente milharesDemon!tran<strong>do</strong> porque se reage tanto ao sistema ambulatorial,a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong> com êxito na Itália, salientou:"Esse sistema se opõe ao tratamento hospitalar, não sen<strong>do</strong>,portanto, interessante para os proprietários de clinicas ehospitais. Afinai. se ele for implanta<strong>do</strong>, haverá uma melhorasignificativa da recuperacão <strong>do</strong> paciente. tanto emqualidade como em quantidade. Os mternamentos. e istoto<strong>do</strong>s nós, os psiquiatras. sabemos, serão reduzi<strong>do</strong>s emmuito."Diante de tais pronunciamentos. anunciou-se, a punÍl~ão <strong>do</strong> Dr.Paes Barreto pelo Conselho Regional de Medicina.Mas ele, sem temer as represálias, sustentava:"Já existe uma corrente considerável de profissionais quediscordam <strong>do</strong> mo<strong>do</strong> de agir <strong>do</strong> Conselho. Uma correnteque cresce dia a dia. São profissionais que, como eu, nãoentendem porque se deve punir alguém que faz uma denúnciareal, ao invés de apurá-la e informar ,ao público, Infelizmente,no Brasil, as pessoas são punidas não pelo queelas falam, mas pelo fato de terem fala<strong>do</strong>. Eu fiz uma criticageral a toda uma politica de assistência psiquiátrica,não citan<strong>do</strong> o nome de ninguém. muito menos de entidadesespecificas. Além <strong>do</strong> mais; qualquer punição nesse senti<strong>do</strong>iria ferir um direito anterior que diz respeito à minhaliberdade de opinião, legitimamente exercida.Se for necessário. eu provarei tu<strong>do</strong> o que disse."GÊNESE DA DOENÇA MENTALSegun<strong>do</strong> o psiquiatra Eliot Slater, que, em 1958, apresentava ateoria: monogénica da esquisofrenia, notabilizan<strong>do</strong>-se, também,pelos seus trabalhos sobre a histeriJ. no Journal of Mental Science,há uma predisposição genética para as <strong>do</strong>enças mentais, enquantoas agressões <strong>do</strong> ambiente fazem com que as manifestações daquelasoscilem rntre pólos de máxima e minima intensidade.Se os <strong>do</strong>is fatores se combinam - a hereditariedade e a compulsãoambiental - deve-se esperar uma proporção bem mais elevadade transtornos psiquicos.Essa relação foi comprovada empiricamente, segun<strong>do</strong> S. P.Symondes, ao estudar-se a relação entre o estresse e a neurose<strong>do</strong>s combatentes, em 1943.Concluin<strong>do</strong> suas observações nesse terreno. diz Slater que pareceprovável "que os fatores ambientais se revistam de maiorimportância <strong>do</strong> que OS genéticos, na hora de provocar uma enfermidadeneurótica". embora tal afirmação não tenha comprova<strong>do</strong>estatisticamente o mesmo no que tange às psicoses.


Outubro de 1979 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sexta-feira 19 11565li: que as pesquisas' estatísticas revelam, num levantamente rellza<strong>do</strong>sobre a esquisofrenia, no "New York State Psychiatric Instituteand Hospital", da Universidade de Colúmbia, chegar a 68,1 %o número <strong>do</strong>s porta<strong>do</strong>res de esquísofrenia descendentes de <strong>do</strong>is esquisofl'ênicos,reduzin<strong>do</strong>-se essa percentagem a 16,4%, quan<strong>do</strong> apenasum descendente era porta<strong>do</strong>r dessa <strong>do</strong>ença mental.Quanto aos gêmeos homozígóticos, viven<strong>do</strong> sob o mesmo teto,a percentagem se elevava a noventa e um e meio por cento.Também, segun<strong>do</strong> esse autor, as demências pré-senis e senisrespondem por uma larga etiologia génetica, embora não hajaconcordância teórica sobre como se processa a transmissão morbosa.Segun<strong>do</strong> o tratadista Erneste Gruenberg, no seu livro "Epidemiology"(Chicago, 1964), não é pequeno o número das <strong>do</strong>ençasmentais congênitas, ou seja, com origem durante a gestação, comoa neuro:ues cerebral e a oligofrenia da criànça, quan<strong>do</strong> a mãecontraiy rubéola durante, a gravidez.Chama a atencão esse autor sobre os transtornos mentais resultantesde envenenamento, além de advertir que a procura deatenção psiquiátrica ocorre também em pessoas que não demonstramqualquer outro sintoma de <strong>do</strong>ença mental, não chegan<strong>do</strong>o fato a configurar uma sindrome histérica.Adverte, também, Gruenberg, sobre a existência de uma certarelação entre o meio social e algumas <strong>do</strong>enças mentais, para concluir:"Não resta dúvida que o conhecimento das forças sociaispode ajudar a intei-pretar a distribuição de qualquer transtorno."TRATAMENTO DOS TRANSTORNOS MENTAI8Os diversos transtornos mentais curáveis - porque os há incuráveis,como a oligofrenia, a demência senil e a própria esquisofrema,como o problema da chamada personalidade psicopáticalioucura moral) - podem ter varia<strong>do</strong>s tipos de tratamentos: opsicológico, a orientação centrada no cliente, a psicoterapia degrupo. a terapêutica da conduta, o tratam,mto somático e as comunidadesterapêuticas.Desses processos o mais moderno, a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong> com grande êxitona Itália e que decerto merece as simpatias <strong>do</strong> psiquiatra PaesBarreto, é o das comunidades terapêuticas, um méto<strong>do</strong> em qw:~o ambiente soclal constituí<strong>do</strong> pelo hospital é parte, integTante <strong>do</strong>tratamento.Não deixa de ser um tipo de terapia ambiental, que se podeexercitar, conforme a contribuição <strong>do</strong>s parentes, no próprio ambientefamiliar.O processo teve origem depois da segunda guerra mundial,em 1946, na Inglaterra, utiliza<strong>do</strong> para tratamento principalmentedas chamadas neuroses de guerra, e transformou-se logo numacontestação da velha psiquiatria, propugnan<strong>do</strong> pela abolição <strong>do</strong>sistema de custódia hospitalar, para emprestar ao internamentoum caráter nitidamente terapêutico: não se isolava o <strong>do</strong>ente, tratava-sedele,O hospital é considera<strong>do</strong> como uma comunidade, um sistemasocial, para substituir o ambiente patógeno anterior - o lar oua sociedade mesmo - a<strong>do</strong>tandO-se uma atitude permissiva de tolerânciaàs extteriorizaçõcs <strong>do</strong> paciente, com apelo à democratizaçãoe ao igualitarismo, suprimi<strong>do</strong>s os títu~os e uniformes <strong>do</strong>smédicos e enfermeiros e usan<strong>do</strong>-se a capacidade de comunical}ão<strong>do</strong>s pacientes entre si como instrumento de ressocialização.Isso é uma reação contra a anomia (tip"o de indiferença pelosoutros) da sociedade moderna.Hoje as comunidades terapêuticas estão difundidas em to<strong>do</strong>o mun<strong>do</strong>, haven<strong>do</strong> reação contra elas, no Brasil, por parte dapsiquiatria tradicional <strong>do</strong>minante.Pelo processo interessam-se os sociólogos de to<strong>do</strong> o mun<strong>do</strong>.Falan<strong>do</strong> sobre essa nova escola, diz O Professor Robert N.Rapoport ("Community as Doctor - New Perspectives on a TherapeJ:ticCommunity", 1961 J :"As comunidades t.erapêuticas <strong>do</strong> futuro mostrarão provavelmentemaior grau de difer'€nciação que as atuais,e ajudarão, em conseqüência, a compreender numerosostipos de processos dinâmicos."Trata-se de um méto<strong>do</strong> que se vem a<strong>do</strong>tan<strong>do</strong> ·há mais detrinta anos nos paises civiliza<strong>do</strong>s.Se os proprietários de manicômios 'e outros estabelecimentosde internação psiquiátrica, no Brasil, insistem na a<strong>do</strong>ção <strong>do</strong>s mé­'to<strong>do</strong>s de segregação e pseu<strong>do</strong>defesa social, então cumpre ao Esta<strong>do</strong>difundir as práticas modernas no campo da psiquiatria.Eis, então, uma sugestão ao INAMPS, que sabe como vemcresceR<strong>do</strong> a incidência das <strong>do</strong>enças mentais entre os segura<strong>do</strong>sda Previdência Social: a<strong>do</strong>te, em cidades de maior desenvolvimentomédico, como o Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte.Recife e Porto Alegre, a criação de estabelecimentos para a insta:al}ãode comunidades psiquiátricas e veremos, dentro em breve,cessarem as razões da crítica procedente <strong>do</strong> Professor Paes Barreto.Os hospitais priva<strong>do</strong>s, que se· dedicam ao isolamento <strong>do</strong>s<strong>do</strong>entes mentais como se fossem presidiários perigosíssimos, perderãologo os seus fregueses.E teremos um movimento renova<strong>do</strong>r da psiquiatria brasileira,acaban<strong>do</strong>-se com esses "gullag" que numa coisa apenas diferemda União Soviética: lá isolam-se algumas dezenas de intelectuaisideologicamente perigosos ao regime; aqui, são condena<strong>do</strong>sà morte lenta, nos manicômios priva<strong>do</strong>s ou públicos, milhares depessoas, pre<strong>do</strong>minantemente da classe proletária e da pequenaburguesia, num caso, por repulsiva medida de resguar<strong>do</strong> social,no outro, porque os parentes querem livrar-se de uma presençaincômoda e de uma vizinhança arriscada. "Concluímos envian<strong>do</strong> nosSa solidariedade ao Professor PaesBarreto, que, felizmente, não teme as forças r,etrógradas que seunem para anular o progresso irresistível da humanidade. (Palmas.)IDurante o discurso <strong>do</strong> Sr. Rosemburgo Romano, o Sr.Epitácio Cafeteira, 29-Secetário, deixa a cadeira da presidência,que é ocupada pelo Sr. Daso· Coimbra, Suplentede Secretário.O SR. PRESIDENTE (Daso Coimbra) -8toessel Doura<strong>do</strong>.Tem a palavra o Sr.O SR. STOESSEL DOURADO (ARENA - BA. Pronuncia o seguintediscurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputa<strong>do</strong>s, é sobretu<strong>do</strong> porestarmos viven<strong>do</strong> a era da quantificação, quan<strong>do</strong> os números falammais alto que as especula~õesem torno da natureza das coisas,que, antes mesmo de nos debruçarmos sobre as verdades oferecidaspela .ciência, precisamos definir, no campo da percepção com.um,a otica <strong>do</strong> nosso pensamento, sem o que estaremos sujeitosà vã tentativa de somar quantidades heterogêneas, cuja impossibilidadematemática é tão evidente, que, inapelavelmente,reduzirá a experiência à nulidade absoluta. Então, o debate ideológicoé fundamental e deveria, mesmo, antecipar-se à reformulaçãopartidária, para que, conhecidas as idéias uns <strong>do</strong>s outros,possamos saber o grupo a que, naturalmente, pertencemos.A insistência em se manter unidQs agrupamentos politicosantagônicos,~.sob a mesma sig"a partidária, pelo simples argumentode que é fundamental a preservação de um grupo majoritáriode apoio ao Governo, tem, na própria estratégia utilizada paraimplodir o Parti<strong>do</strong> da Oposição, a contestação desses fundamentos,em virtude <strong>do</strong>s quais buscar-se-ia uma solução de momento,sem se atentar para as movediças paragens por onde, necessariamente,nos conduzirá o futuro.Na verdade, sem as mesmas idéias caminharemos juntos algumtempo - pouco tempo, não se enganem os ideólogos <strong>do</strong> processoreinante - mas, não caminharemos juntos to<strong>do</strong> o tempo.E, para aproveitarmos, então, as amenidades deste convívio,quan<strong>do</strong>, uni<strong>do</strong>s to<strong>do</strong>s ainda sob os rótulos desse bipartidarismoagonizante, nos preparamos para aprovar, ou rejeitar, quem sabe- e talvez seja esse o sábio caminho da maioria real - a reformaque, em breve, será apreciada por esta Casa, voltamos a dirigir-lhes,81'S. Deputa<strong>do</strong>s, a palavra.Não agora, é bem verdade, a fim de tecermos cons.ideraçõessobre o óbvio que tanto foi motivo <strong>do</strong> nosso combate, ou da nossareprovação. Mas, para acentuarmos que as nossas divergênciasou afinidades ainda não foram sequer apreciadas, para que, escoimadasas arestas, pudéssémos acolher, sem possíveis futurasdiscrepâncias, o modelo das nossas preferências.Será que to<strong>do</strong>s nós, por exemplo, postulamos a estatizaçáoda propriedade, a rejeil}ão de recursos alienígenas, mesmo os quepodem acelerar o desenvolvimento? Será que to<strong>do</strong>s nós somosadeptos de uma economia dirigida, em detrimento da livre iniciativa?Qual, enfim, o limite <strong>do</strong> estatismo, <strong>do</strong> jacobismo, da nacionalização,da desnacionalização, ou de quaisquer outras téndênclas,em virtude das quais, fundamentalmente, divergimos.E porque estas questões não estão respondidas - nem o serão,pela surdez de alguns - é que, em to<strong>do</strong>s os parti<strong>do</strong>s a seremforma<strong>do</strong>s, compulsoriamente estarão liberais e radicais, diretistase esquerdistas, conserva<strong>do</strong>res e reformistas, to<strong>do</strong>s eles unanimementesdivergentes e empenha<strong>do</strong>s em disputar, no âmbito dassuas agremiações, o controle <strong>do</strong>s seus órgãos diretivos, em detrimento<strong>do</strong>s princípios fundamentais da corrente ideológica que,assim, verja frustra<strong>do</strong>s os objetivos principais da luta politica.Não é fundamental a luta <strong>do</strong>s politicos entre si, senão comoafirmação de seus propósitos em beneficio <strong>do</strong> povo. E as idéiase os propósitos comuns são uma~ característica <strong>do</strong>s parti<strong>do</strong>s politicosque se formam, antes de mais nada, por sua identidade comtais ou quais correntes de opinião pública. Do contrário, estaremosforjan<strong>do</strong> uma burla, em virtude da qual jamais se alcançaráa verdade eleitoral pretendida, sobretu<strong>do</strong> porque os eleitores vo-


11566 Sexta-feira 19 DIÀRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Outubro de 1979tarão, sem saber - induzi<strong>do</strong>s ao erro, certamente - em candidatosque, no Parlamento, não interpretarão seus pensamentos,ou suas vontades.Mas, a par de tu<strong>do</strong> e talvez por isso, debate-se o País numemaranha<strong>do</strong> de dificuldades, envolto em problemas que estariama exigir de cada brasileiro, intelectualmente emancipa<strong>do</strong>, umreforço re<strong>do</strong>bra<strong>do</strong>, para que possamos, de fato," no menor prazopossível, construir uma sociedade desenvolvida e livre, em benefíciode to<strong>do</strong>s os brasileiros,Na verdade, é preciso, como já o dissemos nesta Casa, encontraruma fórmula que, compatibilizan<strong>do</strong> os interesses entreo capital e o trabalho, viabilize a obtenção de "padrões dignoscje vida e convivência social", com vistas a se a;cançar uma democraciaque não será perfeita, nem justa, se não preservar ohomem das privações maiores, em torno das quais teria ele reduzidasua projecão no espaço para significar um reles macróbiodesnu<strong>do</strong>, faminto e descalço, 'a comprometer a própria espécie.Os direitos à vida, à honra e à liberdade que transcedem aodireito <strong>do</strong>s povos, para se constituir patrimônio da humanidade,não permitem, na sua abrangente concepção, tais conceitos deliberdade, porque, basicamente e sem maiores argumentos, elanão pode ser sinônimo de escravidão. Por esses fundamentos, bemdiz o UI PND, buscan<strong>do</strong> ser fiel intérprete de aspIrações nacionais:"O rápi<strong>do</strong> crescimento da economia pode e deve, portanto,ser congrega<strong>do</strong> com o objetivo de distribuir a rendagerada. Dentro desse princípio, uma política legítima_eviável de dlstribuicão de renda deve incluir a manutençaodas liberdades democráticas e políticas, inclusive com respeitoa negociações salariais. Deve permitir a legítimadiscriminação <strong>do</strong> uso <strong>do</strong>s instrumentos tributários e fiscaisda política econômica em beneficio da justiça social.E deve ainda, orientar a execução da política de desenvolvim~ntopara obtenção de crescente dlsponibi~idade eacesso aos serviços de educação, saúde, saneame~to e previdênciasocial bem como de moradia, alimentaçao, transportese oportunidades de trabalho,"O Sr. Adhemar de Barros Filho - Permita-me, nobre Deputa<strong>do</strong>.A Bahia nos manda, nobre Deputa<strong>do</strong> Stoessel Doura<strong>do</strong>, apalavra de V. Ex.", neste plenário, para debater o pr~blema queemerge, hoje, nas páginas de O Globo, o espera<strong>do</strong> proJeto. de I;:eformapartidária, a regulamentação <strong>do</strong> art. 152 da ConstItuiçao,a alteração da Lei Orgânica <strong>do</strong>s Parti<strong>do</strong>s Políticos. As primeirascolocações de V. Ex." registram conceítos de natureza política,econômica e social - início de um convite ao debate. E duasoalavra de V. Ex.", neste plenário, para debater o problema quequan<strong>do</strong> afirma que será a maioria real, realmente a maioria realdesta Casa que, no decurso <strong>do</strong>s debates, irá amadurecer os conceitosque melhor se afinam, para que cada um produza suatendência, sua colocação política. Portanto, saú<strong>do</strong> sua presençaneste Plenário seu convite ao debate, sua mensagem, porque ellilljá antecipa o 'debate que se inicia e que agora se oficializa pelapresença <strong>do</strong> instrumento legal. Experimenta<strong>do</strong> líder da nossa queridaBahia, V. Ex." convida a to<strong>do</strong>s nós, 420 Deputa<strong>do</strong>s, para queparticipemos, por inteiro, a fim de que, o Cjue sair amanhã, emtermos de reforma da Lei Orgânica <strong>do</strong>s Parti<strong>do</strong>s Politicos, sejarealmente um consenso da maioria real. Saú<strong>do</strong> e aplau<strong>do</strong> V. Ex. aO SR. STOESSEL DOURADO - Agradeço a V. Ex. a o aparte.nobre Deputa<strong>do</strong> Adhemar de Barros Filho. Vejo nesta Casa umamaioria real mas uma maioria feita <strong>do</strong> consenso e da vontadesoberana de~te Parlamento. Por esta maioria, estou certo, haveremosde encontrar um caminho feliz para o povo brasileiro.Prossigo, Sr. Presidente.Uma política de tal mo<strong>do</strong> desenvolvida, com vistas à obtençãode um crescimento que precisamos - e urgentemente - mas quenão se descura da valorizacão <strong>do</strong> homem, assim considera<strong>do</strong> como"Objeto <strong>do</strong> esforço nacional". induz-nos a aplaudir a propostaconcilia<strong>do</strong>ra que sugere a união de to<strong>do</strong>s para enfrentar as dificuldadeseconômicas e combater a inflação.E ela é tanto mais válida e patriótica quanto se a considerepartida de um <strong>do</strong>s mais respeitáveis próceres da Oposição, bSena<strong>do</strong>r Tancre<strong>do</strong> Neves, que, recolhen<strong>do</strong> a mão estendida quepublicamente lhe ofereceu o Governante máximo, ensina que aboa convivência democrática permite aos homens públicos não asimples lícença, mas o exercício <strong>do</strong> dever maior de submeter oseu esforçc, a sua inteligência, a sua experiência - e., no casoem tela,_ não há quem recuse validade à oferta - a serviço daNação, carente, necessitada.Não se frustre, portanto. a tentativa de união, nem criem algunsdificuldades quaisquer, sob a justificativa de di~er~ênciasque não existem, sobretu<strong>do</strong> agora que se cogita da extmçao <strong>do</strong>sparti<strong>do</strong>s atualmente existentes.Até porque, não haven<strong>do</strong> divergências ideológicas, não há oque separar, se a to<strong>do</strong>s preocupa, por via democráticl'l" a salvaçãonacional. Aliás, essa união preconizada por muitos e que foi arazão <strong>do</strong> gesto presidencial da'mão estendida. já foi alvo de pronunciamentostão memoráveis, que ainda ecoam no firmamentonacional as palavras <strong>do</strong> Acadêmico Presidente <strong>do</strong> <strong>Congresso</strong> e detantos autcriza<strong>do</strong>s Governa<strong>do</strong>res e Lideres, exortan<strong>do</strong> a união deque careceria o Brasil para afugentar o enigma que ensombranceiaseu futuro.E que façam logo esse amplexo. para que cesse a pueril prebendade que se estaria desnacioalizan<strong>do</strong> a economia, o que, sobo ângulo de certa oposição, seria sinônimo de internacionalizaçãoda economia.Em primeiro lugar. antes de transpormos o tópico dessa di!!.­crepância puramente ideológica, perguntamos, de maneira cha,o que seria da indústria automobilistica nacional, se não tivéssemesatrai<strong>do</strong> recursos alienigenas para fazer deles um instrumentode aceleração da nossa economia?Divergências ideológicas existem, pois, a indicar caminhos diferentespara pessoas diferentes, mas nunca para afastar os• iguais. De qualquer mo<strong>do</strong>, ainda insistin<strong>do</strong> na tese, o elementocentral da análise sobre as diferenças entre desnacionalização,que condenamos, e internacionalização, deve orientar-se para ofato de que essa realização industrial foi - ao contrário <strong>do</strong> quealguns dizem - uma tenatlva de romper com a "dependência"<strong>do</strong>s merca<strong>do</strong>s externos e trouxe como resulta<strong>do</strong> a reorientação <strong>do</strong>centro dinãmico da economia para o merca<strong>do</strong> interno, não obstante.internacionalizarem-se, nesse curso, os centros de decisão daeconomia. Tal internacionalização deve ser não só admitida, mastratada como natural no atual quadro das economias de merca<strong>do</strong>,o que não significa "entrega" <strong>do</strong> País às multinacionais e agênciasinternacionais de financiamento.Cence<strong>do</strong> o aparte ao nobre Deputa<strong>do</strong> Odacir Klein, Lider daOposição.O Sr. Odacir Klein - Nobre Deputa<strong>do</strong> Stoessel Doura<strong>do</strong>, V. Ex. ainiciou seu pronunciamento fazen<strong>do</strong> uma abordagem a respeito<strong>do</strong> quadro partidário que o Governo procura implantar e que, naverdade, irá substituir um bipartidarismo artificial por um pluripartidarismotambém artificial, que visa apenas a manter a estrutura<strong>do</strong> poder. E a partir daí V. Ex.a passou a discutir e aanotar alguns pontos <strong>do</strong> grave problema sócio-econômico que estamosa viver. No momento em que V. Ex." diScorria sobre essespontos, eu ficaVa a pensar que, se tivéssemos condições de criarum pluripartidarismo verdadeiro, cada corrente de pensamento,cada segmento da opinião nacional teria condições de discutir seuprojeto, de prestar sua colaboração e, paralelamente à discussão<strong>do</strong> problema partidário, estaríamos discutin<strong>do</strong> soluções para Osgraves problemas sócio-econômícos que enfrentamos. V. Ex. a agebem porque traz à luz e demonstra que, -se não estivéssemos aenfrentar um projeto de alteração <strong>do</strong> quadro partidário - quenão irá implantar um pluripartidarismo verdadeiro e democrático- se tivéssemos condições de discuti-lo em outros termos, poderíamostambém, ao me.smo passe, estar contribuin<strong>do</strong> para a solução<strong>do</strong>s problemas sócio-econômicos, através das sugestões queiríamos oferecer nos programas <strong>do</strong>s parti<strong>do</strong>s, nos programas polí~ticos. Infelizmente, porém, iremos apenas discutir e votar a favorou contra um quadro político partidário que favoreça a manutençãoda atual estrutura <strong>do</strong>. poder. Cumprimento V. Ex." pelo pronunciamentoque faz.O SR. STOESSEL DOURADO - Deputa<strong>do</strong> Odacir Klein, naverdade, com ligeiros reparos, infelizmente - acentuan<strong>do</strong> a eX~pressão "infelizmente" - sou obriga<strong>do</strong> a concordar com V. Ex."Pelo visto, pelo enuncia<strong>do</strong>, através da imprensa brasileira, que,inclusive, divulgou hoje, na íntegra, a proposta governamental,esta, sem ,'lembra de dúvida, para o meu gosto, para o meu sabor,não reflete a vontade <strong>do</strong> povo brasileiro. Continuo, Sr. Presidente,Srs. Deputa<strong>do</strong>s.Por isso, mais uma vez, repetimos, é indispensável a união <strong>do</strong>siguais, para que, repelin<strong>do</strong> a demagogia de uns poucos, possamosdefender pontos de vista comuns. .Na verdade, também consideramos as multinacionais perigosas,porque podem desestabílizar a estrutura intérna <strong>do</strong> Poder,competin<strong>do</strong>, destarte, ao Governo defmir seus requerimentos quantitativose qualitativos de absorção de capitais externos, além de estabeleceras regras de convivência da economia nacional com essesagentes.O Sr. Rogério Rego - Permite V. Ex. R ?O SR. STOESSEL DOURADO - É com muita honra que conce<strong>do</strong>o aparte ao Deputa<strong>do</strong> Rogério Rego.O Sr. Rogério Rego - A honra é minha, de apartear a expressivafigura de V. Ex. R Mas permita que faça algumas consideraçõesem torno desse assunto que é hoje o mais discuti<strong>do</strong> e o


Outubro de 1979 DIARIO DO CONGRESSO NA.CIONAL (Seção I) Sexta-feira 19 11567que mais preocupações traz a esta Casa. O que temos de considerar,evidentemente, é que a reforma partidária é fase de umprocesso que se iniciou com a extinção da censura à imprensa eque fei chama<strong>do</strong> nacionalmente de abertura. Abertura política,que se vem acentuan<strong>do</strong> a cada dia neste Pais e que hoje mnguémtem condições de negar. A refo~'ma partidária. dentro desseprocesso, quase que o complementa. Evidentemente, o Go;erno formulouo projeto que entendeu de apresentar a esta Casa. Cabenos,na qualidade de Deputa<strong>do</strong>s e Sena<strong>do</strong>res. emendá-lo, na medidaem que estejamos convenci<strong>do</strong>s de que deveremos fazê-lo. Naverdade, os que sustentamos pollticamente o Governo temos lealdadepara com ele, mas isso não vai além de nossa convicção e denossa dignidade. Cada um que entender que o' projeto esteja comimperfeições deve trabalhar para aperfeiçoã-lo, até porque essa éa nossa função primeira. De mo<strong>do</strong> que me congratulo com V. Ex. a ,quan<strong>do</strong> fere o assunto, mas não posso deixar de fazer esta observação,no momento em que o Governo promove uma reforma queaperfeiçoa o processo. 8e o povc deseja exatamente essa reforma,não posso - ninguém pode - dizer, neste moment;o. Entretanto,a reforma significa, sem dúvida alguma, uma liberalização, umaamplitude que não temos no momentc. Dentro desse pressupostoé que vejo a mensagem presidencial, que apóio, aprioristicamente,até o.instante em que a conhecer nos termos devi<strong>do</strong>s. Aí, então,decidírei de acor<strong>do</strong> com minha consciência.O SR. STOESSEL DOURADO -- A diferença é que V. Ex. a oapóia aprioristicamente e eu, não. Mas o aparte de V, Ex.a mehonra sobremo<strong>do</strong>.O Sr. Rogério Rego - Mais uma vez V. Ex.a dá uma interpretaçãoerrônea. Não apóio a mensagem aprioristicamente apenas,mas o faço pelo dever de apoiar o Governo, que to<strong>do</strong>s temos comomembros <strong>do</strong> parti<strong>do</strong> da Situação, até o momento em que o Governotome qualquer medida com a qual não concordamos. V. Ex.ase esqueceu de acrescentar este esclarecimento. .O SR. STOESSEL DOURADO - Muito obriga<strong>do</strong> a V. Ex. a peloaparte, que me honra, embora não concorde integralmente comseu ponto de vista.Sr. Presidente, prossigo.Assim, ao transformar a dívida externa das multinacionaisem capital de risco, estará o Governo, precisamente, impedin<strong>do</strong>a sangria de capital para o exterior, com desafogo ao balançode pagamentos e à própria dívida, ao mesmo tempo em que fortaleceo nível de investimento e de renda.A questão é, pois, atrair poupanças externas complementaresàs internas, para fa:uer face aos inv-estimentos que o Pais exigepara crescer e, principalmente, para combater a inflação.Daí saUent


11568 Sexta-feira 19 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção l) Outubro de 197&Assegurada, d·essa maneira, a produção e aumentada a eficiênciada comercialização, o setor agropecuário estará contribuin<strong>do</strong>para a redução das pressões inflacionárias, das limitaçGes da ofertade divisas e para a melhoria das condições de vida <strong>do</strong> campoe da alimentação em geral.Por todas as razões que aqui vão expandidas, no momentoem que se cogita de operar transformações na legislação partidárIa,cumpre-nos acentuar, qual seja a posição a que sejamoscompeli<strong>do</strong>s a tomar, que tu<strong>do</strong> que foi proposto em termos deuma possível alteração sem dúvida tangencia, por insubsistênciade fundamentos maiores, ou melhores, o fulcro principal da questão,_em torno <strong>do</strong> qual não gravitariam meras siglas ou apeli<strong>do</strong>s,senao quan<strong>do</strong> representassem as transformações sociais e econômicasde que o Brasil carece para que, na verdade, possa inserit-seno rol <strong>do</strong>s povos livres, cuja liberdade, pleonasticamente,nao seja o instrumento de sua própria servidão.Aliás, por oportuno, parodian<strong>do</strong> outras palavras ditas no passa<strong>do</strong>,reeoJ:damos, aqui, a mensagem de John Kennedy dirigin<strong>do</strong>seà B€rlim sitiada:'"A liberdade é indivisível, e, quan<strong>do</strong> um só homem é escraviza<strong>do</strong>,to<strong>do</strong>s deixam de ser livres. To<strong>do</strong>s os homenslivres são cidadãos de Berlim e, portanto, como homemlivre, orgulho-me das palavras: Ich bin cin Berliner,"Sim, po;rque, ser livn~ .- e é fundamental, hoje, a repetiçãodesse conceIto, em um mun<strong>do</strong> sujeito à fome à discriminacão e0..0 arbítrio _- é, so~retu<strong>do</strong>, alimentar no espírito um ideal de' justlçaque nao permIta ao homem a indif.erença, o descaso paracom os s·eus semelhantes.Essa, a reforma que pretendíamos. Infelizmente a que nãoveio. (Palmas.) ,. Durante o discurso <strong>do</strong> Sr. Stoessel Doura<strong>do</strong>, o Sr. DasoC.ot;nb~a, Suple,nte de Secretário, deixa a cadeíra da presldencta,que e ocupada pelo Sr. Flávio Marcílio, Presidente.O SR. PRESIDENTE (Flávio Marcílio) -destina<strong>do</strong> ao Expediente.Vai-se passar à Ordem <strong>do</strong> Dia.Comparecem mai!; os ,Srs.:AcreEstá fin<strong>do</strong> o tempoAluízio Bezerra - MDB; Geral<strong>do</strong> Fleming - MDB.AmazonasMário Frota - MDB; Rafael Faraco - ARENA; UbaldinoMeirel!es - ARENA.ParáJader Barbalho - MDB; João Menezes - MDB' Lúcia Viveiros- MDB; Manoel Ribeiro - -ARENA' Nélio Lobato - MDB'Sebastião Andrade - ARENA.' ,MaranhãoEdSon Vidigal - ARENA; José Ribamar Macha<strong>do</strong> _ ARENA'Luiz Rocha - ARENA; Magno Bacelar - ARENA; Nagib HaickeíARENA; Victor Trovão - ARENA.PiauíCarlos Augusto ----j ARENA.CearáAntônio Morais - MDB; Claudino Sales - ARENA; C:áudioPhilomeno - ARENA; Figueire<strong>do</strong> Correia - MDB; Iranil<strong>do</strong> Pereira- MDB; Leorne Belém - ARENA; Manoel Gonça.lves _MDB; Mauro Sampaio - ARENA; Paes de Andrade - MDB;Paulo Studart - ARENA.Rio Grand'e <strong>do</strong> NorteAntônio Florêncio - ARENA; Carlos Alberto - MDB; PedroLucena - MDB; Wanderley Mariz - ARENA.ParaíbaÁlvaro Gaudêncio - ARENA; Antônio Gomes'- ARENA; AntônioMariz - ARENA; Arnal<strong>do</strong> Lafayette - MDB; MarcondesGadelha - MDB; Octacilio Queiroz - MDB.PernambucoAiron Rios - ARENA; Augusto Lucena - ARENA; João Carlosde CarU -otARENA; Joaquim Guerra - ARENA; José Men<strong>do</strong>nçaBezerra - ARENA; Josias Leite - ARENA; Pedro Corrêa~ ARENA; Roberto Freire - MDB; Sérgio Murilo - MDB.AlagoasDival<strong>do</strong> Suruagy - ARENA; Geral<strong>do</strong> Bulhões - ARENA; JoséCosta - MDB; Men<strong>do</strong>nça Neto - MDB.SergipeAdroal<strong>do</strong> Campos - ARENA; Celso Carvalho - ARENA: FranciscoRollemberg - ARENA.BahiaFrancisco Benjamin - ARENA; Francisco Pinto - MDB; HonoratoVianna - ARENA; Horácio Matos - ARENA; José Amorim- ARENA; José Pene<strong>do</strong> - ARENA; Leur Lomanto - ARENA;adulto J;Jomingues - ARENA; Raimun<strong>do</strong> Urbano - MDB; RogérIoRego - ARENA; Rômulo Galvão - ARENA; Ruy Bacelar- ARENA; Stoessel Doura<strong>do</strong> - ARENA; Ubal<strong>do</strong> Dantas ­ARENA.Espírito SantoBelmiro Teixeira - ARENA; Max Mauro - MDB; Theo<strong>do</strong>ricoFerraço - ARENA; Walter de Prá - .l'.RENA.Rio


Outubro de 1979 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sexta-feira 19 11559rães - MDB; Odacir Klein - MDB; Telmo Kirst - ARENA;'l'úlio Barcelos - ARENA.Paulo Guerra -AmapáARENA.Roraimao SR. CARLOS NELSON - Projeto de lei que disciplina o uso<strong>do</strong> solo às margens <strong>do</strong>s mananciais, cursos e reservatórios de águade propriedade da União.- O SR. AMADEU GEARA - Projet{) de lei que dispõe sobre afixação e reajustes de tarifas OU preços de serviços públicos porórgãos da Administração Pública Federal.Hélio Campos - ARENA. O SR. FRANCISCO LIBARDONI - Projeto de lei que dispõeVI _ ORDEM '00 DIA sobre a extinção da correção monetária.O SR. SIQUEIRA CAMPOS - Requerimento de consignaçãoO SR. PRESIDENTE (Flávio Marcílio) - A lista de presença nos Anais da Casa de voto de congratulações com a classe méacusao comparecimento de 282 Srs. Deputa<strong>do</strong>s.dica, pelo transcurso, hoje, de seu Dia <strong>Nacional</strong>.Os Senhores Deputa<strong>do</strong>s que tenham proposições a apresentar O SR. FERNANDO CUNHA - Projeto de lei que veda a realipoderãofazê-lo.zação de contrato entre indústrias têxteis e as de confecção deO SR. RUY CõDO - Projeto de lei que proibe o fumo nas roupas com desenhistas, projetistas, figurinistas ou costureirossalas de aula, auditórios e bibliotecas <strong>do</strong>s estabelecimentos de to- estrangeiros.<strong>do</strong>s os graus e modalidades de ensino. O SR. JOSÉ FREJAT _ Projeto de lei qUe revoga o art. 13O SR. BENEDITO MARCiLIO _ Projeto de lei que asseguraao trabalha<strong>do</strong>r o direito de divulgação, pelo rádio ou pela teledaLei n.O 6.367, de 19 de outubro de 1976, que dispõe sobre oseguro de acidentes <strong>do</strong> trabalho a cargo <strong>do</strong> INPS.visão, de seu pensamento ou da defesa de seus interesses. O SR. PACHECO CHAVES _ Projeto de lei que altera a re-O SR. EDSON VIDIGAL - Projeto de lei que computa o tem- dação <strong>do</strong> art. 883 da Conoolidação das Leis <strong>do</strong> Trabalho.po de estudante universitário para a aposenta<strong>do</strong>ria liberal. O SR. HENRIQUE EDUARDO ALVES _ Projeto de lei queO SR. 'l'IDEI DE LIMA - Projeto de lei que altera o art. 237da Lei n. 5.869, de U de janeiro de 1973.torna obrigatória a equiparação salarial entre os professores <strong>do</strong>ensino oficial e particular.O SR. JOSÉ DE CAS'l'RO COIMBRA - Projeto de lei que dá O SR. LUÍS CECHINEL - Projeto de lei que revoga o art.nova redação ao * 4. <strong>do</strong> art. 79 da Lei n. 3.807, de 26 de agosto 7.° da Lei n.O 6.3Ü9, de 15 de dezembro de 1975, que altera a {lTde1960 rLOPS).o ganização <strong>do</strong> Conselho de Recursos da Previdência Social e moaSR. JOAO ARRUDA _ Projeto de le~ que dispõe sobre atri- difica dispositivos <strong>do</strong> Decreto-lei n.o 72, de 21 de novembro debuições <strong>do</strong> técnico de grau médio, da especialidade Edificações. 1966.O SR. ALBERTO HOFFMANN _ Requerimento de consigna- O Sr. Odacir Klein - Sr. presidente, peço a palavra para umação nos Anais da Casa, de voto de congratulações com o povo <strong>do</strong> comunicação, como Lider.Municipio gaúcho de Ivoti, pela passagem <strong>do</strong> 15. 0sua emancipação político-administrativa.aniversário de O SR. PRESIDENTEnobre Deputa<strong>do</strong>.(Flávio Marcilio) - Tem a palavra o- Requerimento de consignação nos Anais da Casa de voto O SR. ODACIR KLEIN (MOB - RS. Pronuncia o seguintede congratulações com o povo <strong>do</strong> Município gaúcho de Colônia de discurso.) - Sr. president~, Srs. Deputa<strong>do</strong>s, a Liderança <strong>do</strong> MDBIjui, pelo transcurso <strong>do</strong> 89. 0 aniversário dé sua emancipação po- está obrigada a denunciar a manhosa articulação que a ARENAlítico-administrativa.vem promoven<strong>do</strong> relativamente à CPI da PE'l'ROBRÁS e subsi-O SR VALTER PEREIRA - Projeto de lei que institui re- diárias.gras para unificação <strong>do</strong> salário minimo em to<strong>do</strong> o território na- Essa CPI deveria s·er a soma de 5 outras no mesmo setor.cional.A ARENA, no entanto, fortalecida pelo número, embora en-O SR. PEDRO SAMPAIO - Projeto de lei que altera o Código fraquecída de argumentos, exigiu que a OpOSIção escolhesse apedeProcesso Civil na parte relatíva ao procedimento sumarissimo. nas um <strong>do</strong>s 5 temas objeto <strong>do</strong>s vários pedi<strong>do</strong>s de CPIs.O SR. SANTILLI SOBRINHO - Proposta de Emenda à Cons- Se os temas eram correlatos, já ai se verificou a primeiratituição que dispõe sobre a aposenta<strong>do</strong>ria <strong>do</strong>s funcionários pú- 'exigêncía incabível que somente a força <strong>do</strong> número fez prevalecerblicos aos trinta e aos vinte e cinco anos, a ser concedida grada- sobre a ~ógica <strong>do</strong>s fatos.tivamente. .A seguir, a Presidência que nos seria proporcionada com a- Projeto de lei que veda a fixação administrativa de idade indicação <strong>do</strong> Deputa<strong>do</strong> João Cunha, foi outra desculpa para remínimapara aposenta<strong>do</strong>ria.tardar a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito. A fim- Projeto de lei que veda a comerciahzação no Brasil de de facilitar o encaminhamento e não ficar a Oposição responsámedicamentoscuja fabricação ou venda foi proibida no Pais que vel pelo seu retardamento, contentamo-nos com a função de Reosproduz.lator.O SR. HORÁCIO ORTIZ - Projeto de lei que acrescenta dis- Ocoxre, no entanto, que todas as protelações têm si<strong>do</strong> arquipositivosao Decreto-Lei n.O 3.365, de 21 de junho de 1941, que tetadas com o objetivo de invalidar, dificultar ou mesmo impedirdispõe sobre desapropriação por utilidade pública, disciplinan<strong>do</strong> o seu l"cgular funcionamento.a retrocessão .Assim, o requerimento foi apresenta<strong>do</strong> em 20 de abril e atéO SR. JAY MAL'l'ONI - Projeto de lei que reduz o prazo de agora a Comissão não se reuniu para efetivar a aprovação de umaposenta<strong>do</strong>ria por velhice <strong>do</strong>s segura<strong>do</strong>s <strong>do</strong> INPS, introduzin<strong>do</strong> relatório ou um roteiro para os seus trabalhos.alteração na Lei n.O 5.890, de 8 de junho de 1973.As reuniões realizadas o foram para a eleição <strong>do</strong>s seus diri­- Projeto de lei que transfere para o INPS a gestão <strong>do</strong> FG'l'S. gentes, para a homenagem ao monopólio estatal ou não foramO SR. ALVARO'VALLE - Projeto de lei que di.spõe sobre a realizadas pela ausência coletiva <strong>do</strong>s representantes da -ARENAcontratação <strong>do</strong>s serviços de auditoria externa independente pelos e, mesmo, de seu próprio Presidente.órgãos de administração pública direta e indireta, da União, Es- Estariam, agora, atribuin<strong>do</strong> essas protelações à intenção <strong>do</strong>ta<strong>do</strong>s e Municípios, Distrito Federal e Territórios; as sociedades 'Relator de incluir entre os depoentes o ex-Presidente Ernestode economia mista; as empresas públicas; as funções de direito Geisel.público.As intencionais protelações são por nós denunciadas, mesmoO SR. SIMAo SESSIM - Projeto de lei que acrescenta pará- porque elas refletem o receio da apuração da verdade.grafo único ao art. 465 da Consolídação das Leis <strong>do</strong> TJ.:abalho,aprovada pelo Decreto-lei n.O 5.452, de 1.0 de maio de 1943. Não fosse essa circunstância, não estaria o Presidente daCPI e a própria ARENA obstruin<strong>do</strong> a atividade uma ComissãoO sn. PEIXOTO FILHO - Requerimento de consignação nos Parlamentar de InQuérito de tanta significação para o Pais eAnais da Casa de voto de pesar pelo falecimento de José Inácio para a apuração da verdade sobh a ação oficial no campo enerdaRocha Vernek, ex-Prefeito de Niterói, Rio de Janeiro.gético.O SR. ERASMO DIAS - Projeto de lei que acrescenta pará- t" dgrafo ao art. 311 <strong>do</strong> Código de Processo penal, para permitir à Esta comunicação, Sr. Presidente, es a firmada pelo LIdeI' aautoridade policial decretar a prisão provisória, pelo prazo de até bancada <strong>do</strong> MDB nesta Casa, Deputa<strong>do</strong> Freitas Nobre.dez dias, nas hipóteses que menciona. O Sr. Djalma Bessa - Sr. Presidente, peço a palavra paraO SR. LEOPOLDO BESSONE _ Projeto de lei que dispõe so- uma comunicação, como Líder.bre a aplicação de percentual <strong>do</strong> lucro líqui<strong>do</strong> das empresas que O SR. PRESIDENTE (Flávio Mareíllo) - Tem a palavra o noespecifica,em conjuntos habitacionais para os seus emprega<strong>do</strong>s. bre Deputa<strong>do</strong>.


11570 Sexta-feira 19 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) outubro de 1979O SR. DJALMA BESSA (ARENA - BA. Sem revlsao <strong>do</strong> ora<strong>do</strong>r.)- Sr. Presidente, a nota lida pelo eminente Líder <strong>do</strong> MDBpeca por inteIro Inicialmente, faz referência a que o requerimentodizia respeito a vários assuntos, e se limitou a tratar .c1aPETROBRÁS e das suas subsidiárias.Ora, Sr. Presidente, sabe V. Ex. a que se trata de discutir sobreo venci<strong>do</strong>, porque ficou evidencia<strong>do</strong> que não era possivel aprovaro requerimento nos termos em que foi encaminha<strong>do</strong>, cuidan<strong>do</strong>de diversos assuntos, quan<strong>do</strong> a Constituição é c;ara no que dizrespeita à formação de CPI, exigin<strong>do</strong> fato determina<strong>do</strong>.É também questão vencida a designação <strong>do</strong> Presidente e <strong>do</strong>Relator, ambos eleitos pela Comissão.Ademais, é injusta e improcfildente a acusação de que aARENA vem protelan<strong>do</strong> os trabalhos da Comissão. A CPI daPETROBRÁS realizou, até agora, cinco sessões: a primeira, paraa sua instalação; a segunda, em que aprovou o r,elatório preliminar<strong>do</strong>s seus trabalhos; a tercena, que se destinou a uma homenagemà PETROBRÁS; a quarta sessão, em que foi apresenta<strong>do</strong>o roteiro. Então, a Comissáo deliberou que esse roteiro deveriaser distribuí<strong>do</strong> a to<strong>do</strong>s os seus membros, e foi marcada uma 5."sessão, para se apreciar o referi<strong>do</strong> roteiro.Ocorre que essa quinta sessão coíncidiu com a visita ao Congre5so<strong>Nacional</strong>, <strong>do</strong> Sr. Presidente da República <strong>do</strong> Peru, FranciscoMorales Bermudez. Foi requeri<strong>do</strong> o adiamento da apreciação<strong>do</strong> roteiro. E quem o requereu? Porventura foi algum Deputa<strong>do</strong>da ARENA? Não, Sr. Presidente, o adiamento da sessão foirequeri<strong>do</strong> por um Deputa<strong>do</strong> <strong>do</strong> MDB. Mas um simples membro daComissão? Não. F'oi o nobre Relator da CPI, Deputa<strong>do</strong> João Cunha,que o fez basea<strong>do</strong> em <strong>do</strong>is motivos: primeiro, a visita <strong>do</strong> Sr. Presidenteda República <strong>do</strong> Peru; segun<strong>do</strong>, a ausência <strong>do</strong> Deputa<strong>do</strong>Freitas Diniz, que, segun<strong>do</strong> o Deputa<strong>do</strong>-Relator, devena participar<strong>do</strong>s debates.Então, foi marcada uma reunião para terça-feira, quan<strong>do</strong> seriaaprecia<strong>do</strong> o roteiro apresenta<strong>do</strong> pelo Deputa<strong>do</strong>-Relator daComissão <strong>do</strong> Petró.eo.Esses, os fatos que contestam, por mtelro, a denúncia <strong>do</strong>MDB.o SR. PRESIDENTE (Flávio Marcílio) - A Mesa recebe a comunicaçãofeita pela Liderança <strong>do</strong> MoVimento DemocrátiCO Brasileiroe as explicações dadas pela Liderança da Aliança Renova<strong>do</strong>ra<strong>Nacional</strong>, e vai enviá-las à PresIdência da CPI, para OEdevidOS fins. Mas, ainda uma vez, a Mesa soll'cita das Liderançrpa observância <strong>do</strong> Regimento. Ainda hoje tivemos o início da Ordem<strong>do</strong> Dia adiada em face de comunicações que não se enquadramno Regimento. Tenho como necessário - e obedeço estritamenteao horário determina<strong>do</strong> - o art. 10, item II, <strong>do</strong> Regimento,que explícita:"Os Líderes têm as seguintes prerrogativas: fazer comunicaçãoilladiáv,el e urgente à Câmara pelo prazo máximode 5 minutos."Não quero citar nomes, mas nobres Vice-Lideres usaram dessetempo ein seguida ao perio<strong>do</strong> destina<strong>do</strong> ao Pequeno Expediente,prejudican<strong>do</strong> os colegas que se inscrevem mensalmente para falarno Grande Expediente, sem contar o tempo de serviço daMesa, que sempre ultrapassa o inicio da Ordem <strong>do</strong> Dia.Então, solicitaria <strong>do</strong>s nobres Lideres e Vic€-Líderes que sópedissem a palavra para comunicação quan<strong>do</strong> realmente ela fos~se urgente e inadiávei, mas não para dar lugar alternadamentea discussão de um e de outro parti<strong>do</strong>. (Muito bem! Palmas.)Se essa parte não for observada pelos meus colegas que presidema Mesa, eu virei presidir a sessão desde a primeira horaaté à última. para a fiel observância <strong>do</strong> Regimento.O SR. PRESIDENTE (Flávio Marcílio) _ Vai-se passar à votaçãoda matéria que está sobre a Mesa, e a constante da Ordem<strong>do</strong> Dia.O SR. PRESIDENTE (Flávio Maréílio) -Votação, em discussão única, <strong>do</strong> Projeto de Lei Complementarn.o 20-C, de 1979, que modífica a redação dedispositivos da Lei Complementar n.o 25, de 2 de julho de1975, que estabelece crité,rios e limite para a fixação deremuneração <strong>do</strong>s Verea<strong>do</strong>res; ten<strong>do</strong> parecer, da Comissãode Constituição e Justiça, pela constitucionalidade, juridicidadee técnica legislativa. Parecer às Emendas de Plenário:da Comissão de Constituição e Justiça, pela constitucionalidade,juridicidade, técnica legislativa e, no mérito,pela aprovação, com subemenda, contra os votos <strong>do</strong>s81'S. Brabo de Carvalho e Djalma Marinho, quanto ao incisoIX <strong>do</strong> art. 4.° mo Sr. Cantídio Sampaio.) - Relator:Sr. Djalma Marinho.o SR. PRESIDENTE (Flávio Mareílio) - Há 'Sobre a mesa oseguinh!REQUERIMENTO DE DESTAQUESenhor Presidente:Nos termos regimentais, requeiro destaque para votação <strong>do</strong>parágrafo único <strong>do</strong> art. 1.0 da Lei Complementar nO 25/75, constanteda subemenda da Comissão de Constituiçáo e Justiça aoProjeto de Lei Complementar nO 20/79.Sala das Sessões, 18 de outubro de 1979. -Djalma Bessa.O SR. PRESIDENTE (Flávio Marcílio) - Há sobre a mesa oseguinteREQUERIMENTO DE DESTAQUESenhor PreSidente:Nos termos regimentais, requeiro destaque para votação <strong>do</strong>art. 6. 0 da Lei Complementar n. o 25/75, constante da subemendada C3missão de Constituição e Justiça ao Projeto de Lei Complementarn. o 20/79.Sala das Sessões, 18 de outubro de 1979. - Djalma Bessa.O SR. PRESIDENTE (Flávio Marcílio) - Tem a palavra oSr. Brabo de Carvalho, para encaminhar a votação.O SR. BRABO DE CARVALHO (ARENA - PA. Sem revisão<strong>do</strong> ora<strong>do</strong>r.) - Sr. Presidente, Srs. Deputa<strong>do</strong>s, grande tem si<strong>do</strong> oesforço para que se encontre formulações Justas quanto à fixaçãoda remuneração <strong>do</strong>s Verea<strong>do</strong>res, atualmente regulada pelaLei Complementar n. O 25, de 1975, a qual toma por base o sub­5ídio <strong>do</strong> Deputa<strong>do</strong>.O projeto de lei confplementar de autoria <strong>do</strong>s ilustres Deputa<strong>do</strong>sCantídlO Sampaio e Alceu Collares procura corrigir essa injustiça,determinan<strong>do</strong> que o cálculo percentual se estabeleça toman<strong>do</strong> porbase a remuneração efetivamente percebida pelo Deputa<strong>do</strong>.A nossa subemenda procura corrigir outras distorções como,por exemplo, estabelecer que uma Câmar-a nova poderá fixar asua remuneração no caso da Câmara anterior não ter cumpri<strong>do</strong>essa obrigação, o que ocorre comumente, principalmente no Nortee Nordeste.Buscamos estabelecer também uma àjuda de custo. É de justiçaque o Verea<strong>do</strong>r receba as mesmas benesses. Procuramos permitirque o Verea<strong>do</strong>r atualize anualmente a sua remuneração,desde que o Deputa<strong>do</strong> Estadual a faça.Os Tribunais de Contas têm impedi<strong>do</strong> essa atualização. Dizemque a lei apenas estabelece condições no caso de fixação.Daí por que introduzimos na nossa subemenda a expressão"atualização, subsidio ou ajustamento".Finalmente, intentou-se elevar o percentual orçamentário de3 para 50/" uma vez que o Verea<strong>do</strong>r pode, no seu percentual, atingirum subsídio ou uma remuneração mais elevada. Mas há umaqueda em face desse percentual e ao fixar um subsidio minimomais eleva<strong>do</strong>.No cálculo até então estabeleci<strong>do</strong>, mesmo já consideran<strong>do</strong> aalteração que sofrerá a lei, através <strong>do</strong> projeto <strong>do</strong> Deputa<strong>do</strong> CantídioSampaio, ainda assim o Verea<strong>do</strong>r <strong>do</strong> Norte e <strong>do</strong> Nordeste, namaioria <strong>do</strong>s nossos pequenos munici,pios, ganhará 'apenas a irrisóriae miserável quantia de Cr$ 1.500,00.A maioria <strong>do</strong>s Municipios tem os seus orçamentos, as suasreceitas efetivamente realizadas, que não ultrapassam seis milhõesde cruzeiros, o que não permitirá um percentual de 3%, senãoum subsídio miserável de Cr$ 1. 500,00, no máximo Cr$ 2.00,00.Mas temos que nos conformar.De nosso substitutivo parece-me que apenas <strong>do</strong>is destaquesforam estabeleci<strong>do</strong>s: o que permite às Câmaras novas fixaremos subsidias quan<strong>do</strong> eles inexistirem, e o que diZ. da permissão <strong>do</strong>reajustamento anual sempre que houver também o reajustamento<strong>do</strong>s Deputa<strong>do</strong>s estaduais.Mostraremos que a não elevação de percentual a 5%' da receitaefetivamente realizada não permitirá que o Verea<strong>do</strong>r recebaa justa remuneração a que tem direito.Imaginamos um exemplo.Estimemos a remuneração <strong>do</strong> Verea<strong>do</strong>r na base de 15%, conformeprescreve o item II <strong>do</strong> art. 4. 0 da Lei Complementar nO 25.A despesa mensal da Câmara seria de Cr$ 94.500,00, e a anualde Cr$ 1.134.000,00. Para atender a essa despesa anual seria precisoque um Municipio tivesse uma receita efetivamente realizada noano anterior, de Cr$ 38.000.000,00.No Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Pará, apenas os Municípios de Santarém, Belém,a Capital, e - se não me falha a memória - Tomé-Açu e Castanhalatingiram esse percentual.


Outubro de 1979 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção l) Sexta-feíra 19 11571Quero dizer que, <strong>do</strong>s 83 muniClplOs, apenas 4, no ano passa<strong>do</strong>,tiveram uma receita efetivamente realizada na base de 38 milhõesde cruzeiros.De maneira que, mesmo toman<strong>do</strong> por base essa situação melhoradacom o projeto de lei complementar hoje em discussão e votação,assim mesmo, repito, somos obriga<strong>do</strong>s a dizer que estamosdan<strong>do</strong> com a esquerda, mas estamos retiran<strong>do</strong> com a direita.No momento em que a lei estabelece um teto máximo orçamentáriodeterminan<strong>do</strong> que a despesa não poderá ultrapassar,em hipótese nenhuma, 3% da receita efetivamente realizada no~.no anterior, o Verea<strong>do</strong>r jamais poderia receber aquilo que a leilhe desse, porque estaria infringin<strong>do</strong> o art. 7.° da Lei Complementarn.o 25.Infelizmente, não podemos alterar a situação e a ela temos quenos curvar.De qualquer maneira, já estamos melhoran<strong>do</strong>. Entretanto,asSunllmos aqui o compromisso de, sempre que possivel, apresentaremend'as tentan<strong>do</strong> alterar essa situação.O Verea<strong>do</strong>r, hoje, é um verdadeiro emprega<strong>do</strong> <strong>do</strong> Prefeito. Elerecebe <strong>do</strong> Prefeito, que lhe paga quan<strong>do</strong> quer. A lei não estabeleceuma obrigatoriedade, como existe na Constituição Federal, ou seja,que a Câmara receba mensalmente aquilo que é devi<strong>do</strong>, a fim deque ela pague aos seus Veread~res.O SR. PRESIDENTE (Flávio Mareílio) - Tem a palavra o. Sr. José Carlos vasconcelos, para encaminhar a votação.O SR. JOSÉ CARLOS VASCONCELOS (MDB - PE. Sem revisão<strong>do</strong> ora<strong>do</strong>r.) - Sr. Presidente, Srs. Deputa<strong>do</strong>s, vota-se hoje o Projetode Lei Complementar n.o 20, de 1979, que trata da remuneração<strong>do</strong>s Verea<strong>do</strong>res. Sr. Presidente, este tem si<strong>do</strong> um grave problemaque vem de há tempos. A partir de 1948 acabou a gratuidade<strong>do</strong> exercício <strong>do</strong> mandato de Verea<strong>do</strong>r. Mas, na medida em que seacabou com a democracia no País e foí impianta<strong>do</strong> um regime deexceção, novamente estabeleceu-se, com raras exceções, a grat).Iidade<strong>do</strong> exercício <strong>do</strong> mandato <strong>do</strong> Verea<strong>do</strong>r. Na verdade, essa gratuidade,Sr. Presidente, implicou em impedir que grande parterlaqueles que podiam representar as suas comunidades o fizessemde fato, uma vez que não tinham condições de exercer um mandatoao qual se dedicavam em tempo integral sem a remuneração quelhes era devida por to<strong>do</strong> aquele trabalho. Foi. de fato, uma grandeconquista o restabelecimento da remuneração que permitiu que,a nivel municipal, se exercesse de novo e livremente o mandatode Verea<strong>do</strong>r.Acontece que a legislação vigente coloca t;;lis obstáculos ao cálculoda remuneração, que ela não corresponde às reais necessidadesna maioria das cidades <strong>do</strong> Brasil. Os Uustres Deputa<strong>do</strong>s Cant:dioSampaio e Alceu Collares são autores de um substitutivoque procura corrigir precisamente alguns desses erros. Embora nãotenha podi<strong>do</strong> fazê-lo integralmente, o consenso <strong>do</strong>s <strong>do</strong>is parti<strong>do</strong>sna Casa apresenta hoje à votação emenda substitutiva, que procurade fato remunerar com melhor justiça os Verea<strong>do</strong>res <strong>do</strong>BrllJ>il. Um erro clamoroso da legislação anterior é o que fixa opercentual da remuneração sobre o subsídio <strong>do</strong>s Deputa<strong>do</strong>s estaduais.Ocorre que o subsídio é a menor parte <strong>do</strong> que de fato recebemos Deputa<strong>do</strong>s, eis que existem muitos outros itens de remuneração,inerentes ao exercício <strong>do</strong> mandato, despesas com transporte,correspondência e outras correlatas. Sobre essa remuneração<strong>do</strong> Deputa<strong>do</strong> não pode o Verea<strong>do</strong>r, na legislação vigente, recebera sua remuneração. O projeto ora em votação corrige e.ssa falha,fixan<strong>do</strong> o percentual exatamente sobre a remuneração global <strong>do</strong>Deputa<strong>do</strong> Estadual. E é justo, até porque se a remuneração <strong>do</strong>sDeputa<strong>do</strong>s corresponde a um diploma legal e é uma remuneração,iusta, não é possíyel nã·é) conside·rar esse mesmo critério para osVeera<strong>do</strong>res.Outro ponto a destacar da proposição <strong>do</strong>s nobres Deputa<strong>do</strong>sCantidio Sampaio e Alceu CoHares é aquele em que se fixa a remuneraçãomínima em 39< <strong>do</strong>s ganhos <strong>do</strong> Deputa<strong>do</strong> Estadual,sem os limites previstos no art. 7.° da Lei Complementar n.o 25.Com esta modificação, Sr. Presidente e Srs. Deputa<strong>do</strong>s, independenteda receita de cada município, pode-se fixar com dignidadea remuneração <strong>do</strong>s Verea<strong>do</strong>res Qas paquenas cidades <strong>do</strong> Brasil.Este projeto é tão mais imporfante quan<strong>do</strong> sabemos que omunicípio é, de fato, o núcleo <strong>do</strong> Legislativo <strong>Nacional</strong>, porque éali que se inicia a vida política e oé .ali precisamente, no município,que devemos c:mcentrar nossa ação para sedimentar o d~s-envolvimentonacional.Portanto, embora persistam ainda inúmeras falhas, saudamoso acor<strong>do</strong> feito entre os <strong>do</strong>is parti<strong>do</strong>s nesta Casa e esperamosque as outras falhas sejam, no futuro, çorrigidas, para que prevaleça'uma remuneração condigna para os Verea<strong>do</strong>res.O SR. PRESIDENTE (Flávio Marcílio) - Tem a palacra oSr. Hugo Mardini, para encaminhar a votação.O SR. HUGO MARDINI (ARENA - RS. Sem revisão <strong>do</strong> ora<strong>do</strong>r.)- Sr. Presidente, finalmente a Câmara <strong>do</strong>s Deputa<strong>do</strong>s vaivotar projeto assina<strong>do</strong> pelos nobres Deputa<strong>do</strong>s Cantidio Sampaioe A;ceu Collares, que vai trazer a mudança necessária e fundamentala uma das mais sérias situações -enfrentadas pelas CâmarasMunicipais de to<strong>do</strong> o País. Quero, nesta intervenção, trazero meu aplauso à iniciativa que o nobre Deputa<strong>do</strong> CantidioSampaio teve de apresentar este projeto, que realmente recebeuemendas na Comissão de Constituição e Justiça, sobre as quaisfalou o nobre Deputa<strong>do</strong> Brabo de Carvalho, destacan<strong>do</strong> a procedênciadas alterações. Todavia, parece-nos essencial trazer, nesteencaminhamento de votação, o depoimento de quem durant~mais de 12 anos exerceu o mandato de Deputa<strong>do</strong> Estadual. Ten<strong>do</strong>oportunidade, como tivemos, de realizar mais de uma dezenade <strong>Congresso</strong>s de Verea<strong>do</strong>res ao longo desses anos, podemos afirmarque uma r.eivindicação constante e permanente era a deuma remuneração condigna aos Verea<strong>do</strong>res. Nenhum parti<strong>do</strong> éforte sem que na sua base os Verea<strong>do</strong>res ·exerçam a militânCia, otrabalho legislativo essencial para a própria democracia. E nãopodemos pretender que o exercício dessa vereança seja meramenteum ato esportivo DU apenas um privilégio daqueles quepodem viver sem contar com os subsídios <strong>do</strong> mandato popular.Em resumo, o exercício da vereança não pode ser um privilégio<strong>do</strong>s ricos, <strong>do</strong>s abona<strong>do</strong>s da fortuna, mas deve ser o exercicio<strong>do</strong> mandato popular aD qual o titular possa dedicar-se totale amplamente, receben<strong>do</strong>, evidentemente, a retnbuição pecuniáriacompatível com a função que de fato ·exerce.Este projeto apresenta<strong>do</strong> pelo nobre Deputa<strong>do</strong> Cantidio Sampaio,estuda<strong>do</strong> longamente por S. Ex. a , e que foi .também subscritopelo nobre Deputa<strong>do</strong> Alceu Collares, vai realIzar a mudancade uma lei impeditiva, d·e uma lei que destDrce, que estiola,Que impede o crescimento das lideranças que têm nasci<strong>do</strong> semprena base municipal.Por isso, encerran<strong>do</strong> meu prDnunciamento, Sr. presidente,encaminhamos favoravelmente e nos posicionamos aqui em nomedaqueles Verea<strong>do</strong>res que nos têm telegrafa<strong>do</strong> e envia<strong>do</strong> mens~genspara que disséss·emos, em seu nome, que eles esperam hOJeque a Câmara Federal faça justiça, votan<strong>do</strong> o projeto <strong>do</strong> Deputa<strong>do</strong>Cantidio Sampaio.O SR. PRESIDENTE (Flávio Marcílio) - Tem a palavra oSr. Jorge Paulo, para encaminhar a votação.O SR. JORGE PAULO (MDB - SP. Sem revisão <strong>do</strong> ora<strong>do</strong>r.)_ Sr. Presidente, Srs. Deputa<strong>do</strong>s, quem teve a oportunidade deiniciar sua carreira pública na qualidad·e de Verea<strong>do</strong>r, como tiv·ea satisfação naquela que representa a maior Câmara de todaa Améric3. <strong>do</strong> Sul, na cidade de São Paulo, sabe <strong>do</strong> mérito dapres.ente proposição, principalmente nos momentos atuais, em. queo homem público, o Verea<strong>do</strong>r, o Deputa<strong>do</strong>, a to<strong>do</strong> instante, e solicita<strong>do</strong>a acudir aos mais diversos problemas que afligem o povo.E muito comum, especialmente nas cidades <strong>do</strong> in,terior, o Vereadmser acorda<strong>do</strong> alta madrugada para atender ate casos de parto,não como parteiro, mas para -encaminhar um municipe a umhospital ou a uma localidade próxima. O Verea<strong>do</strong>r exerce verdadeiropapel de médico, sacer<strong>do</strong>te, conselheiro, além da sua funçãoespecífica de r·epresentar os anseios da comunidade. Realmente,quan<strong>do</strong> o Pais passa' por grandes eclosões sociais, quan<strong>do</strong> todasas categorias profissionais se reúnem e se irmanam no senti<strong>do</strong>d·e conseguir melhores condições de vida, a fim de sobrepujar eatravessar os momentos difíceis que vivemos, da crise econômicae da inflação, justiça maior não se poderia fazer à proposiçãode Cantídio Sampaio e de Alceu Collares, <strong>do</strong>is brilhantes companheirosque engrandecem o <strong>Congresso</strong> <strong>Nacional</strong>, pelas suas inteligências,pela versatilidade de suas intervenções. Sinto-me noinstante empolga<strong>do</strong> com esta matéria qu·e, sem dúvida alguma,proporcionará maiores incentivos, de certa forma até qualitativa,às r.epresentações <strong>do</strong>s Municípios de to<strong>do</strong> o t,erritório nacional.Sr. Presidente, aprDveito a oportunidade para dizer da injustiçaque se processa, especialmente nas capitais, ao compararmosas remunerações <strong>do</strong> Deputa<strong>do</strong> Estadual e <strong>do</strong> Verea<strong>do</strong>r. Sei bemque o Verea<strong>do</strong>r trabalha muito mais que o Deputa<strong>do</strong> Estadualnuma capitaL As próprias capitais sofrem hOJe também pelabancada reduzida de que dispõem. São Paulo, cidade com maisde 10 milhões de habítantes, possui apenas 21 Verea<strong>do</strong>res. Oportunoseria que proposições que visem a aumentar também asrepresentações nas grandes cidades tivessem o mesmo carinho queo projeto ·em discussão, que, tenho certeza, vai ser aprova<strong>do</strong>.O Sr. Djalma Bessa - Sr. Presidente, peço a palavra pelaordem.O SR. PRESIDENTE (Flávio Marcílio) - T,em a palavra onobre Deputa<strong>do</strong>.O SR. DJALMA BESSA (ARENA - BA. Sem revisão <strong>do</strong> ora<strong>do</strong>r.)- Sr. Presidente, V. Ex. a ouviu pronunciamentos de Deputa<strong>do</strong>sda ARENA e <strong>do</strong> MDB favoráveis ao projeto. Há, pois, um entendimentoentre a ARENA e o MDB para a aprovação da proposição.De man,eira que, na forma da. praxe a<strong>do</strong>tada nesta Casa, pedida.a V. Ex. a que submetesse o projeto à votação pelo processo simbólico.


11572 Sexta-feira 19 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Outubro de '1979,O Sr. Aleeu CoUares - Sr. Pr,esident.e, peço a palavra pelaordem.O SR. PRESIDENTE (Flávio Mareilio) - Tem a palavra onobre Deputa<strong>do</strong>.O SR. ALCEU COLLARES (MDB - RS. Sem revisão <strong>do</strong> ora<strong>do</strong>r.)_ Sr. Presidente, desejo confirmar a coincidência de posiçãodas Lideranças <strong>do</strong> MDB e da ARENA no senti<strong>do</strong> de se possibilitara tramitação tanto mais urgente quanto possível de matéria detal importância. E chegamos à conclusão, o Deputa<strong>do</strong> CantídioSampaio, por determinação da Liderança da ARENA, e eu, pordeterminação da Liderança <strong>do</strong> MDB, que se poderia aproveitar osubstitutivo por nós apresenta<strong>do</strong>. Por isso, concordamos em quea votação se faça pelo processo simbólico, conforme solicita<strong>do</strong> peloDeputa<strong>do</strong> Djalma Bessa.O SR. PRESIDENTE (Flávio Mareílio) - Dentro da prax·eobservada nesta Casa, a Mesa não fará propriamente uma votaçãosimbólica, porque vai pedir a manifestação verbal de cadaum <strong>do</strong>s Líderes.Há número regimental. conseqüentemente, está em votação asubemenda da Comissão de Constituição e Justiça, ressalva<strong>do</strong>s osdestaques.O SR. PRESIDENTE (Flávio Mareílio) - A Comissão de Constituiçãoe Justiça, ao apreciar as Emendas de Plenário, ofereceuàs mesmas e vou submeter a votos a seguinteSUBEMENDAO <strong>Congresso</strong> <strong>Nacional</strong> decreta:Art. 1.0 Os dispositivos da Lei Complementar n.O 25, de 2 dejulho de 1975, abaixo enumera<strong>do</strong>s, passam a vigorar com as seguintesalterações:"Art. 1.0'Parágrafo único Na falta de fixação da remuneração aque se refere o .artigo, poderá a Câmara Municipal eleitafixá-la para a mesma Legislatura, observan<strong>do</strong> os cr:tériose limites estabeleci<strong>do</strong>s nesta Lei, retroagin<strong>do</strong> a vigência<strong>do</strong> ato à data <strong>do</strong> início da Legislatura.Art. 2.° A remuneração, paga mensalmente, dividir-se-áem parte fixa e parte variáV€l.Art. 3.° O Verea<strong>do</strong>r terá direito, anualmente, ao pagamentod·e uma única ajuda d·e custo, como compensaçãode despesas com transporte e outras imprescindíveis parao cômparecimento à sessão legislativa ordinária e sessãol·egislativa extraordinária convocada na forma da legislaçãovigente.§ 1.0 O pagamento da ajuda de custo será feito em duasparcelas iguais, somente poden<strong>do</strong> o Verea<strong>do</strong>r receber a segundáse houver compareci<strong>do</strong> a 2/3 (<strong>do</strong>is terços) das reuniõesda sessão legislativa ordinária e sessão legislativaextraordinária se convocada.§ 2.° É veda<strong>do</strong> o pagamento ao Verea<strong>do</strong>r de qualqueroutra vantagem pecuniária, como representação ou gratificação,não autorizada expressamente por esta Lei.Art. 4.° . .. . . .. . . . . .. . . .. '" .VIII - nas Capitais, 2/3 (<strong>do</strong>is t~rços);IX - a remuneração minima <strong>do</strong>s Verea<strong>do</strong>res será de 5%(cinco por cento) <strong>do</strong> subsidio <strong>do</strong> Deputa<strong>do</strong> Estadual, pod.en<strong>do</strong>,nesoS·e caso, a despesa ultrapassar o percentual pr·evistono art. 7.°Parágrafo único. A remuneração <strong>do</strong>s Verea<strong>do</strong>res <strong>do</strong>s Territórios.<strong>do</strong> Amapá, Rondônia e Roraima, será calculadacom base nos subsidios <strong>do</strong>s Deputa<strong>do</strong>s às Assembléias Legislativas<strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> pará, Amazonas e Acre, reSpectivamente.X - .suprimida.Art. 6.° Poderão as Câmaras Municipais atualizar a remuneração<strong>do</strong>s Verea<strong>do</strong>res para a mesma Legislatura,quan<strong>do</strong> ocorr·er fixação ou r·eajustamento de subsídios <strong>do</strong>sDeputa<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s respectivos Esta<strong>do</strong>s, observa<strong>do</strong> o dispostono art. 4.° .Art. 7.° A despesa com a remuneração <strong>do</strong>s Verea<strong>do</strong>resnão po~rá. em cada município, ultrapassar, ~nualmente,5% (cinco por cento) da r·eceita efetívamente realizadano ex€rcício imediatamente anterior.Art. 8.° O Poder Executivo Municipal creditará à CâmaraMunicipal, mensalmente, até o dia 25 (vinte e cinco),um duodécimo das verbas orçamBntária.s para pagamentoda remuneração <strong>do</strong>s Verea<strong>do</strong>res e de seus servi<strong>do</strong>res.Art. 9.° A população <strong>do</strong> mumClplO será aquela estimadapela Fundacão Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica


Outubro de 1979 mARIQ DO CONGR~SSO NACIONAL (Seção I) Sexta-feira 19 11513O SR. ALCEU COLLARES (Líder da Minoria) - A Liderançada Minoria vota pela aprovação.O SR. PRESIDENTE (Flávio Marcílio) ~ Em conseqüênciada manifestação das Lideranças, a Emenda Substitutiva de Plenárioestá aprovada.O SR. PRESIDENTE (FllÍVio Marcílío) - Em votação o parágrafoúnico <strong>do</strong> art 1.0 da Lei Complementar n.o 25, de 19'7'5,constante da Subemenda da Comisllão de Constituição e Jw;tiç!lo,destaca<strong>do</strong>.O SR. PRESIDENTE (Flávio Mar",ílU» - Qomo vota o Sr.Lider da Maioría?-O SR. DJALMA BESSA (Líder da Maioria) - A Uderancada Maioria vota pela aprovação.O SR. PRESIDENTE (Flávio Marcílio) - Como vota o Sr.Líder da Minoria?O SR. ALCEU COLLARES (Lider da Minoria) - A Liderançada Minoria vota pela aprovação.O SR. PRESIDENTE (Flávio Marcilio) - Em conseqüênciada manifestação das Lideranças, a matéria del!tac;l.d;a está apoovaçia.O SR. PRESIDENTE (Flávio Marcillo)" - Em votação o art. 6.°da Lei Complementar n.O 25, de 1975, constante da SubemjJndada COI;nissão de Constituição e Justiça, destaca<strong>do</strong>.cO SR. PRESIDENTE (Flávio Marcilio) - COI1)O vota o Sl,'.Lider da Maioria?O SR. DJALMA BESSA (Líder da Maioria) - A Lideran,çada Maioria vota pela aprovação.O SR. PRESIDENTE (Flávio Marcilio) - Como vota o Sr.Lider da Minoria?O SR. ALCEU COLLARES (Lider da Minoria) - A Liderançada Minoria vota pela aprovação.O S'R. PRESIDENTE (Flávio Marcílio) - Em conseqüênciada manifestação das Lideranças, a matéria destacada está aprovada.Estão prejudicadas as demais proposições.A matéria aprovada vai à Redação FinaL -O SR. PRESIDENTE (Flávio Mareílio) - Nos termos <strong>do</strong> incisoIV <strong>do</strong> art. 10 <strong>do</strong> Regimento Interno, conce<strong>do</strong> a palavra aoSr. Carneiro Amaud, indica<strong>do</strong> pelo Lider <strong>do</strong> Movimento DemocráticoBrasileiro.O SR. CARNEIRO ARNAUD (MDB - PB. Como Líder. Pronunciao seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputa<strong>do</strong>s,~oj~, d!a consagra<strong>do</strong> ao médico, tenho a maior satisfação emVIr a tnbuna para, em horário ,atenciosamente cedi<strong>do</strong> pela liderança<strong>do</strong> Movimento Democráttico Brasileiro - meu parti<strong>do</strong> _dirigir uma saudação a esse devota<strong>do</strong> profissional, cuja contribuiçãopara o bem-estar social <strong>do</strong> povo, ao longo da História pá­!:Iria, tem si<strong>do</strong> .realmente inestimáv.el.É para mim especialmente grata a oportunidade de homenagearo médico, não tanto por incluir-me no seio da classe, comgrande honra e alegria, mas pOrque reconheço a importância <strong>do</strong>papel por ele desempenha<strong>do</strong> na comunidade. papel esse que, emborasofl'en<strong>do</strong> as mudanças ditadas pela evoluçâo experimentadaem to<strong>do</strong>s. os setores <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> contemporâneo, nem por isso perdeem valor ou em con'teü<strong>do</strong> social e humano.Lamentavelmente, .nem sempre esse trabalho é compreendi<strong>do</strong>,SE. Presidente, Srs. Deputa<strong>do</strong>s, nem sempre o médico colhe-agradecimento.s pela dedicação votada ao paciente, beneficiário<strong>do</strong>s .seu esforços, da sua abnegação, <strong>do</strong>s estu<strong>do</strong>s e comparecimentoa congre.ssos e simpósios em que se empenha para 'atualizar seusconhecimentos. Na verdade, nem sempre recebe o médico as compensaçõesmerecidas pela grandeza' com que exerce a tarefa dealiviar os sofrimentos <strong>do</strong>s seus irmãos, pelas horas de sono trocadaspor vigílias à cabeceil'a <strong>do</strong>s' <strong>do</strong>entes, pela seriedade e elãílom que ,coloca à disposição deles o melhor que a ciência médicarecolheu em saber e técnicas, na medida das suas possibilidadese limitações.A propó,siJtO, apraz-n'DB recol1dar, junto com os homenagea<strong>do</strong>sde hoje, quan<strong>do</strong> já se pe:reorreu, em termos de progresso da ciênciamédica, desde o alvorecer da Humanidade, quan<strong>do</strong> o homem,ven<strong>do</strong> ainda tu<strong>do</strong> sob uma perspectiva mágica, proeutava lenitivopara suas dOl'es na figur'a <strong>do</strong> feiticeiro e curandeiro. mais tarde'substituída pela <strong>do</strong> pateil'e, o qual, na Antigüidade, acumulavafunções de médico.Nos últimos 50 anos, principalmente, ,pode-se dizer que ocorreuverdadeira 'revolução na ciência e na prática mêdie:a, dan<strong>do</strong> aimprenssão de que ,não estamos senão .no inicio de um ,perío<strong>do</strong>de invenções e realizações maravilhosas, tornadas possíveis graçasàs pesquIsas l"ealizadas nos grandes centros médicos mundiais.O progresso atingi<strong>do</strong> pela Medicina, eminentes Deputa<strong>do</strong>s. temafeta<strong>do</strong> profundlJ,menrte a vida <strong>do</strong> homem e continua a exercersobre ela uma prodigiosa influência. Com to<strong>do</strong> o seu cortejo demedidas profiláticas, acompanha a pessoa humana desde o momentode sua concepção até a morte. Mas isto não é tu<strong>do</strong>: amedicina tem contribui<strong>do</strong> largamente para modificar as condiçõesde vida, e pode-se esperar que, no futuro, ela exerça umpoder mais considerável ainda.Não é fooll mencionar as numerosas aquisições originais quenos levam a um conhecimento sempre mais aprofunda<strong>do</strong> <strong>do</strong> homeme nos revelam infinitas possibilidades de transformar suaprópria natureza. aparelhan<strong>do</strong>-a para enfrentar os desafios daépoca. ,traduzi<strong>do</strong>s pela população ambiental, a explosão demográficaagrava,<strong>do</strong>ra da carência mundial de alimentos, os efeitos psicológicosda concentraçãO urbana, males que poderão ser enfrenta<strong>do</strong>sse confirmadas as perspectivas que uma Medicina voltadapara o homem na sua totalidade, incluin<strong>do</strong> o meio em que vive,abrem para o futuro da Humanidade.Não se pode deixar de considerar o contexto geraL dest'a novaera de conquistas surpreendentes, quan<strong>do</strong> se pretende avaliar opapel <strong>do</strong> médico no mun<strong>do</strong> atual, e isso nos conduz a uma visãomultidiscIplinar <strong>do</strong> problema, onde a época figura em primeiroplano, dadas as complexas questões hoje postas à frente <strong>do</strong> profissionalda Medicina.A moderna ética médica leva em consideração, muito especialmente,que o médico não só consegue estender seu conhecime-ntoalém das tendências e leis naturais, mas também aprendea dele fazer aplicação, administran<strong>do</strong>-o o meLhor possivel a serviçoda Humanidade SOfre<strong>do</strong>ra. Assim, não pode o .médico restringirsua visão <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> aos limites das ciências naturais,cain<strong>do</strong> em vão materialismo, pois acredita que a natureza é feitapara o nomem e não o homem para a natureza, de mo<strong>do</strong> que ovaIar cssl'ncial da medicina há de ser a pre<strong>do</strong>minãncia da pe'ssoahumana sobre tu<strong>do</strong> que ,a rodeia.O Sr. José de Castro Coimbra - Permite-me V. Ex." um aparte?O SR. CARNEIRO ARNAUD - Com muito prazer.O Sr. José de Castro Coimbra - Não poderia ser mais feliz!l liderança <strong>do</strong> MDB, nobre Deputa<strong>do</strong> Carneiro Arnaud, ao escolhê-lopara, nesta oportunidade, dirigir-se aos profissionais daMedicina, já que V. Ex.Jl, é médico por vocação e por convicção.Assim, que as minhas palavras iniciais sejam dirigidas à Liderança<strong>do</strong> MDB, felicitan<strong>do</strong>-a, pelo acerto com que agiu entregan<strong>do</strong>essa missão a V. Ex." Gostaria de, nesta oportunidade, fazer umapelo à Presidência da Casa e aos Líderes <strong>do</strong>s <strong>do</strong>is Parti<strong>do</strong>s, aqui'presentes. para que se}a coloca<strong>do</strong> na Ordem <strong>do</strong> Dia o Projeto deLei n.O 1.007, de 1972. que institui o "Dia <strong>Nacional</strong> <strong>do</strong> Médico".Acredito que se essa resolução fosse tomada hoje pela Presidência,estaríamos homenagean<strong>do</strong>, de fato, a classe médica. que estáaguardan<strong>do</strong>, ,com a aprovação desse projeto de lei pelo Con!\'resso<strong>Nacional</strong>, a instituição oficial <strong>do</strong> "Dia <strong>do</strong> Médico", já que o mesmovem sen<strong>do</strong> comemora<strong>do</strong> apenas oficiosamente, na falha de uma leique o decreta, de fato. Nobre Deputa<strong>do</strong> Carneiro Arnaud, pedírla,ademais, a permissão de V. Ex." "para inserir no seu pronunciamentoa nota publicada pelo Sindicato <strong>do</strong>s Médicos de São Paulosobre o "Dia <strong>do</strong> Médico", cujos termos são os seguintes: "Ao comemorarmosmais um Dia <strong>do</strong> Médico, o Sindicato <strong>do</strong>s Médicos deSão Paulo gostaria de poder dar um caráter mais festivo à datade hoje. Mas ascondiçães adversas enfrentadas pela categoria nosimpede ,de proceder dessa form,a. Temos que nos lembrar da precáriasituação salarial a que estão submeti<strong>do</strong>s Os profissionais eao mesmo tempo denunciar a crescente e alarman!te mer~antilizaçãoda Medicina, ,coloc!lln<strong>do</strong> em fisco o atendimento à população.É nosso dev'er também, no dia de hoje, protestar contra odescaso com que as autoridades vêm tratan<strong>do</strong> as questões de saúde'e <strong>do</strong>s direitos profissionais <strong>do</strong> médico. Ao defendermos a dignidadeprofissional <strong>do</strong> médico, não poderiamos deixar de lembrarque ela deve ser buscada ãen.tro da própria Categoria. É nosso deve,revitar que as dIIV'ergêneias pciliticasexistentes entre nós descambem;para atitudes antidemocráticas e antiéticas por parte daquelesque justamente deveriam lutar na defesa <strong>do</strong>s interesses.da categoria. Isso no.~ leva ·a apelar a todas as ,consciências bemintencionadas no senti<strong>do</strong> de lutarem por uma efetiva unidade de,ação de to<strong>do</strong>s os médicos. São Paulo, 18 de outubro de 1979. ­A Diretoria." Nobre Deputa<strong>do</strong>. V. Ex.", naturalmente, lembraráos feitos <strong>do</strong>s gra.ndes méddcos brasiJ:eiros e fará um retrospecto: dasdificuldades por que tem passa<strong>do</strong> a Medicina brasileira. Nestemomento, quero con{?ir!litular-me com V. Ex.a, médico que honraa sua profissão e que, aqui na Câmara <strong>do</strong>s Deputa<strong>do</strong>s, tem toma<strong>do</strong>as posições mais corajosas em defesa <strong>do</strong>s reais interessesdessa categoria profissional. Muito obriga<strong>do</strong> a V. Ex."


11574 Sexta-feira. 19 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Outubro de U7tIO SR. CARNEIRO ARNAÚ~ - -}ltraÔt!ço !lO eh1iI1ente colegaCastro Codmbrn o aparte, e G I1coe!JOro ab meu pronunciamento.Ainda mais: ao refl~tl!r 's6~ 05 seus deveres de ~flssional,o médico não pod~ deixar d~ entjrete~ um tliálogo multidisciplinar,eis que a Mel:lic~rlà., nos seus aspect


Outubro de 1919 DIARIO J)O CONGRESSO NACIPNAL (seção I) Sexta-feira 19 11575nas exigência;; para aprovação e concessão de diploma, situaçãocrítica que exige a urgente reestruturação das escolas de medicina,em função da realidade médica brasileira.Por outro la<strong>do</strong>, não podemos omitir a Inversão existente, noque conceme às necessidades médicas <strong>do</strong> povo: 70% <strong>do</strong>s médicosforma<strong>do</strong>s militam em setores especializa<strong>do</strong>s da medicina, enquanto30%, apenas, dedicam-se à clínica geral. A baixa percentagem<strong>do</strong>s clínicos é seriamente prejudicial ao bom atendimento<strong>do</strong>s <strong>do</strong>entes, os quais, inicialmente, devem recorrer a estesprofissionais, que só os encaminharão ao especialista quan<strong>do</strong> ocaso ultrapasse sua capacidade. Cabe aos Ministros da Educação,Saúde e Planejamento praticarem uma abordagem conjunta aoproblema, de molde a aumentar, a curto prazo, o contingenteanual de clínicos gerais aptos ao atendiment


11576 Sexta-feira 19 mARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Outubro de ln~são trata<strong>do</strong>~ por hora, por minuto e, dentro de pouco tempo, oserão por segun<strong>do</strong>, a preços tabela<strong>do</strong>s, sem qualquer sentimentohumanitarista. Conhecemos muitos médicos no nosso Esta<strong>do</strong>, homensabnega<strong>do</strong>s, sofri<strong>do</strong>s, que atravessam invlos caminhos pelasmadrugadas frias para atender a <strong>do</strong>entes sem recursos, e é comemoção que nos incorporamos a essa justa homenagem que V. Ex.'"hoje registra nos Anais da Casa. E digo mais: V. Ex." está sintetizan<strong>do</strong>,com muita felicidade, o sentimento de toda a Casa, tenhocerteza absoluta.O SR. CARNEIRO ARNAUD - Muito obriga<strong>do</strong> a V. Ex.'" peloaparte.Sr. Presidente, na Bahia, ressalta a figura <strong>do</strong> eminente ProLCarlos Aristides Maltez. que presidiu a Liga Baiana contra o Câncer.Quero salientar também a atuação <strong>do</strong> médico Luiz de OliveiraNeves, ex-diretor <strong>do</strong> Hospital Aristides Maltez, e ainda presidenteda 1." Jornada Bra-sileira de Cancerologia, realizada em Salva<strong>do</strong>r.no ano de 1960, encontro da maior importância para a cancerologianacional, ensejan<strong>do</strong>, inclusive, que a SBC, até então praticamenterestrita à atividade desenvolvidas na cidade <strong>do</strong> Rio de Janeiro,na época Distrito Federal, expandisse sua ação aos demaisEsta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> País, para assumir uma dimensão nacional, marcan<strong>do</strong>o inicio da unidade bra-sileíra na luta contra o câncer.Em Pernambuco, A<strong>do</strong>nis Carvalho, Ivo Roesler, Jayme deQueiroz Lima, Almir Couto e Djalma Oliveira realizaram um trabalho<strong>do</strong>s mais nobilitantes, não somente em defesa <strong>do</strong> cancerosoindigente, mas ainda levandc aos demais centros <strong>do</strong> País a contribuiçãoda cancerologia nordestina.No Rio Grande <strong>do</strong> Sul, Edgar Díefenthaler. Renato Amaral,Fernan<strong>do</strong> Moreira e Harol<strong>do</strong> Braga desenvolveram trabalho <strong>do</strong>smais sérios e proveitosos, com a colaboração das senhoras da sociedade,coordenadas pela Sra. Henriqueta Marsiaj, Presidente daLiga Rio-grandense de Combate ao Câncer.No Pará, podemos citar Jean Bittar, Jpsé Mace<strong>do</strong>, Elias Roffé,ao la<strong>do</strong> de outros ilustres médicos, num trabalho <strong>do</strong>s mais marcantes,desenvolvi<strong>do</strong>s no Instituto Ofir Loiola.Sr. Presidente, Srs. Deputa<strong>do</strong>s, outros Centros de Combate aoCâncer, de igual valor e importância, funcionam no Pais, filia<strong>do</strong>sà Sociedade Brasileira de Cancerologia. Esta entidade teve aindaos seguintes presidentes, depois de Mário Kroefí: A. Coutinho,Jorge de Marsillac, Osolan<strong>do</strong> Macha<strong>do</strong>, Francisco Fialho, ToribioPaz, Ivo Roesler, Edgar Diefenthaler, José Caetano Cança<strong>do</strong>, JeanBittar e Luis Neves. Sua atual Diretoria está assim formada:Presidente: Jayme de Queiroz Lima - PE.Vice-PresidentesIvo Roesler - PE.Jean Chicre Bittar - PA.Jayme de Marsillac - RJ.Fernan<strong>do</strong> Gentil - SP.Renato Amaral - RS.Secretário-Geral: Luiz Carlos Calmon Teixeira - BA.Secretários Adjuntos:A<strong>do</strong>nis de Carvalho - PE.Severino Cortizo - BA.Tesoureiro: Luiz Sampaio de Araújo - BA.Sob a égide da atual Diretoria, a: Sociedade a<strong>do</strong>tou duas metasprioritárias: obtenção de recursos para C1 ensino de cancerologiae valorização das entidades que se dedicam à luta contra o câncerno Pais. Os recursos foram obti<strong>do</strong>s graças 11. amizade pessoal<strong>do</strong>' Presidente Jayme de Queiroz Lima com o economista e entãoPresidente <strong>do</strong> BNH, Sr. R"ubens Vaz da Costa, que, aproveitan<strong>do</strong>a ~déia <strong>do</strong> jornalista Valdenir Dutra, criou uma Campanha Nacio­Dal de Arrecadação de Fun<strong>do</strong>s, com a venda <strong>do</strong>s Bônus <strong>do</strong> Câncer,iniciada em 1973. Dellta época em diante, a' Sociedade não somentepassou a conJar com os meios para atingir seull reais objetivos,mas deu um exemplo aQ,S outros paises, para que incluissem nosseus manuais de arrecadação sistema idêntico ~o a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong> comtanto êxito no Brasil. Por dever de justiça e reconhecimento, oSr. Rubens Vaz da Costa .é o detentor dO primeiro titulo de SócioBenemérito da SBC.Dispon<strong>do</strong> de recursos financeiros, a Sociedade iniciou cursosde atualização em Cancerologia, nos diversos Esta<strong>do</strong>s da Federação.A importantíssima e ampla programação de ensino deOancerologia foi com grande eficiência desenvolvida em cada Esta<strong>do</strong>da Federação graças ao dinamismo, dedicação e competéncia<strong>do</strong>s eminentes colegas que honram ao cancerologia brasileira.Desempenhan<strong>do</strong> suas funções de responsáveis pelas CoordenaçõeSEstaduais e Regionais de Cursos e Publicações da Sociedade Brasileirade Cancerologia, estão os Presidentes das entidades de combateao câncer filia<strong>do</strong>s à S.BC, diretores e médicos <strong>do</strong>s hDspitaisde oncologia.Em 1974, o Presidente da SBC esteve na Comissão de Saúdedesta Casa <strong>do</strong> <strong>Congresso</strong>, apresentan<strong>do</strong> um relatório circunstancia<strong>do</strong>sobre a problemática de câncer no Brasil, valorizan<strong>do</strong> o trabalhodesenvolvi<strong>do</strong> pelas entidades que se dedicam à nobre causa.Fei com a atual Diretoria que a SBC tornou-se reconhecida deutilidade pública, pelo Decreto n.o 73.729, de 4 de março de 1:)74.Em setembro de 1975. ampliou suas atividades de ensino, firman<strong>do</strong>convênio com o Projeto Ron<strong>do</strong>D.A partir, ainda. de 1975, a SBC propôs ao entâo Presidente <strong>do</strong>INPS, Sr. Reynhold Stephanes e ao Secretário de Assistência Médica,Sr. José Grana<strong>do</strong> Neiva. uma politica de integração paraas atividades ae controle <strong>do</strong> câncer no País. Idêntica mensagemfoi transmitida ao Sr. Humberto Torlonf, Diretor da Divisão Na­Cional <strong>do</strong> Câncer <strong>do</strong> Ministério da Saúde, vin<strong>do</strong> a se concretizarem abril de 1975, quan<strong>do</strong> o Dl'. Luiz de Oliveira Neves foi convida<strong>do</strong>pela Secretaria de Assistência Médica <strong>do</strong> INPS para,assessorá-Iana elaboração de diretrizes para as ativia'Mes de câncer.'Foi elabora<strong>do</strong> o anteprojeto de um Programa de Controle <strong>do</strong>Câncer no Instituto, posteriormente aprova<strong>do</strong> pela Divisão <strong>Nacional</strong><strong>do</strong> Câncer, passan<strong>do</strong> a figurar como o primeiro trabalhode integração, na área, para assistir aos beneficiários <strong>do</strong> INPS.A integração com o Ministério da Saúde tornou-se realidadecom a celebração de convênio entre a Secretaria de AssistênciaMédica <strong>do</strong> INPS e a Divisão <strong>Nacional</strong> <strong>do</strong> Câncer, <strong>do</strong> Ministério daSaúde, a 3 de outubro de 1975.Este Programa de Controle <strong>do</strong> Câncer, sabiamente elabora<strong>do</strong>para ser posto em execução no perio<strong>do</strong> de 5 anos (1976-80), foiimplanta<strong>do</strong> em todas as Subsecretarias Regionais de A-ssistênclaMédica, em toda-s as capitais e no Distrito Federal, pela eficientee diplomática atuação <strong>do</strong>s Drs. José Chaves Meireles, Murilo deCastro Monte.e Lui& de Oliveira Neves. .Da fase inicial até o presente momento, todas as etapas <strong>do</strong>Programa de Controle <strong>do</strong> Câncer vêm sen<strong>do</strong> desenvolvidas de mo<strong>do</strong>Siltisfatório, ~empre obedecen<strong>do</strong> à politica de integração, cooperaçãoe racionalização a<strong>do</strong>tadas entre a Sociedade Brasileira deCancerologia - 4MB, Divisão <strong>Nacional</strong> de Doenças Crônico-Degenerativas- MS, e Secretaria de Medicina Social - INAMPS.A Sociedade Brasileira de Cancerologia, que conseguiu despertaro interesse <strong>do</strong> Pais para tão grande e importante programa.está confiante em que até 1980, dentro desta política, serão cumpridastodas as etapas previstas no Programa de Controle <strong>do</strong>Câncer.Em 1976 a SBC recebeu o Certifica<strong>do</strong> de EntLdade de FinsFilantrópico;. Em 1977, dentro <strong>do</strong> programa de Intercâmbio Médico-Cientificoentre a SBC, universidades, a Divisão <strong>Nacional</strong> deDoenças Crônico-Degenerativas <strong>do</strong> Ministério da Saúde e a Secretariada Medicina SOcial <strong>do</strong> IN~MPS, realizou-se um curso para<strong>do</strong>centes.Amplian<strong>do</strong> sua área de ensino, a SBC fez convênio com M. D.Anderson Hospital àe Houston, nos Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s, e. no perío<strong>do</strong>de 12 a 23 de junho de 1978, realizou-se naquele grande centro decancerologia <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>, um Curso de Revisão para Oncologistas,com participação de 124 especialistas brasileiros. A-s ativida,des deensino da SBC desenvolveram-se de tal mo<strong>do</strong>, que neces-sarí.a sefez a criação da Coordenação Central de Cijrsos e Ensinos, queé supervisionada pelos Drs. Luiz Neves, Maria Berila Conceição eEsther Nunes Pereira.A SBC já realizou oito <strong>Congresso</strong>s Brasileiros de Cancerologia.O primeiro foi em 1960, em Salva<strong>do</strong>r, Bahia; o segun<strong>do</strong>, no Rio deJaneiro, 1961; o terceiro, no Recife, 1963; o' qUarto, em P0r:!-DAlegre, 1965; o quinto, em Belo Horizonte, 1967; o sexto, em SaoPaulo, 1969; o sétimo, em Be~é~, 197!, e o oitavo, em 1~75, ~acidade de João Pessoa. No prOlamo mes de novembro sera real!­za<strong>do</strong> um <strong>do</strong>s maiores congressos de Cancerologia Bra-slleire., noRio de Janeiro, presidi<strong>do</strong> pelo Dl'. Jayme de Marsillac.Saliente-se, Sr. Presiçl.ente, Srs. Deputa<strong>do</strong>s, os médicos nãofizeram um trabalho <strong>do</strong>s mais eficientes somente no campo dainiciativa privada. No que conceme à Cancerologia oficial, podemosdiZer que a Campanha Nl;l.clona~ contra o Cânc~r se d~senvolveubrilhantemente graças aos diretores <strong>do</strong> SerViço NaCional<strong>do</strong> Câncer, depois designa<strong>do</strong> por Divisão <strong>Nacional</strong>. <strong>do</strong>? Câncer eatualmente conhecida como DiviSão de Doenças Cromco-Degenerativas.Este órgão governamental foi dirigi<strong>do</strong> por Mário· Kroeff,Antônio Prudente, Ugo Pinheiro Guimarães, Moacyr Santos Silva,Adayr Eiras de Araújo, João Sampaio Góis, Humberto Torioni, AlbertoCoutinho Filho e, atl.lalmente, pelo Dl'. Alberto Raike.,A Sociedade Brasileira de Oancerologia é o exemplo maispatente que poderia trazer hoje a esta Casa para, mostrand? umpouco de sua história e o importante pape~ 9ue desempenlia namedicina brasileira, poder homt!nagear' o MediCO, na data que lheé consagrada.


Outubro de 1979 DIARIO DO CONGRESS() NACIONAL (Seção I) Sexta-feira 19 11577Durante o discurso <strong>do</strong> Sr. Carneiro Arnaud, o Sr. FlávioMarcílio, Presidente, deixa a cadeira da presidência,que é ocupada pelo Sr. Ari Ktfuri, 39-Secretárío.Durante o discurso <strong>do</strong> Sr. Carneiro Arnaud, o Sr. AriKtfuri, 39-Secretário, deixa a cadeira da presidência, queé ocupada pelo Sr. Nabor Júnior, Suplente de Secretário.O SR. PRESIDENTE (Nabor Júnior) - Nos termos <strong>do</strong> incisoIV <strong>do</strong> art. 10 <strong>do</strong> Regimento Interno, conce<strong>do</strong> a palavra ao Sr. AntônioDias, indica<strong>do</strong> pelo Lider da Aliança Renova<strong>do</strong>ra <strong>Nacional</strong>.O SR. ANTONIO DIAS PRONUNCIA DISCURSO QUE, ENTRE­GUE A REVISãO DO ORADOR, SERA PUBLICADO POSTERIOR­MENTE.O Sr. Odacir Klein - Sr. Presidente, peço a palavra para umacomunicação, como Lider.O SR. PRESIDENTE (Nabor Júnior) - Tem a palavra o nobreDeputa<strong>do</strong>.O SR. ODACIR KLEIN (MDB - as. Sem revisão <strong>do</strong> ora<strong>do</strong>r.) ­Sr. Presidente, Srs. Deputa<strong>do</strong>s, anuncia-se para hoje o envio ao<strong>Congresso</strong> <strong>Nacional</strong>, pelo Poder Executivo, <strong>do</strong> projeto de lei visan<strong>do</strong>a alterar a legislação partidária no País e propiciar oportunidadepara a cria~ão de novos parti<strong>do</strong>s políticos. ,Um órgão da imprensa já antecipou o projeto, identicamenteao que ocorreu por ocasião <strong>do</strong> envio da Proposta de Anistia. Ecomo, naquela oportunidade, havia apenas um,a pequena diferençaentre a proposta <strong>do</strong> Poder Executivo e o que foi divulga<strong>do</strong> hoje,corresponde praticamente ao que vem afirman<strong>do</strong> o Secretário deComunicações <strong>do</strong> Governo e também o Ministro da Justiça a respeito<strong>do</strong> novo quadro partidário. Isso quer dizer a manutençãodas sublegendas, a proibição das coligações partidárias em elej.çõesproporcionais, e a<strong>do</strong>ção de uma série de medidas casuísticas pareimpedir a criação de verdadeiros parti<strong>do</strong>s, que representem opensamento de segmentos da sociedade n!l;cional, e para criar .P~~ti<strong>do</strong>sque efetivamente possam apenas representar a POSSibIlidadede m,anutenção da estrutura <strong>do</strong> poder.O projeto de lei, pelo que anunciam os Ministros, pelo que,antecipa a 'imprensa, deverá ser de tal forma, que representa maisum ato de arbitrio e a possibilidade de manutenção <strong>do</strong> poderarbitrário. O que nós, 0"0 MDB, desejamos nesta comunicação deliderança deixar claro é que envidaremos to<strong>do</strong>s os esforços no senti<strong>do</strong>de evitar que o <strong>Congresso</strong> <strong>Nacional</strong>, em aprovan<strong>do</strong> projetode lei com esse objetivo, venha a se tornar parceiro <strong>do</strong> arbitrio.Até aqui os atos arbitrários sempre foram cometi<strong>do</strong>s pelo PoderExecutivo sem a conivência <strong>do</strong> <strong>Congresso</strong> <strong>Nacional</strong>, a não ser nofinal da Íegislatura passada, quan<strong>do</strong> votou algumas proposiçõesoriginárias <strong>do</strong> Executivo e que melhor seria não ter vota<strong>do</strong>. Agora,o <strong>Congresso</strong> nào pode associar-se ao arbitrio, não pode compactuarcom ele não pode ser parceiro seu. Não pode, pois, estemesmo <strong>Congresso</strong> aprovar um projeto que vise a criar um pluripartidarismoartificial, um pluripartidarismo antidemocrático,quan<strong>do</strong> tem oportunidade de votar proposta.de e~enga constitucionaloferecida pelo MDB, e que permite a livre cna~ao de'parti<strong>do</strong>spolíticos que permite, então, a existência de um verdadeiroquadro partidário democrático. Esta, sim, deve merecer o apoioe o respal(iu <strong>do</strong> <strong>Congresso</strong> Nacionàl.O nosso posicionamen'\;o, então, Sr" Presidente, será no $entigode envidar to<strong>do</strong>s os esforços para que o <strong>Congresso</strong> <strong>Nacional</strong> naocompactue, COm medidas arbitrárias e não venha a tornar-se umparceiro.<strong>do</strong> ,arbítrio, até hoje exclusivo <strong>do</strong> Poder Executivo.O Sr. Djalma. Bessa - Sr. Presidente, peço a palavra para umaCOmunicação, como Líder..'O SR. PRESIDENTE (Nabor lúnil11') - Tem a palavra o nobreDeputa<strong>do</strong>.O SR. DJALMA BESSA (ARENA - BA. Sem revisão <strong>do</strong> ora<strong>do</strong>r.)_ Sr. Presidente, os poderes da RepúbliCa são harmônicos, m,asindependentes. Investe a Oposição contra uma proposta encaminhadaa esta Casa pelo Poder Executivo. Ora, o projeto <strong>do</strong> PoderExecutivo não tem que ser o projeto <strong>do</strong> Legislativo, quanto maiso projetQda Oposição. l!l natural, é compreensivel esta divérgência,que deve ser perfeitamente entendida. Sabe V. Ex." que a ARENAnão é parti<strong>do</strong> o MDB não é parti<strong>do</strong> são organizações criadaspelo Ato Complementar D.O 4, com função de parti<strong>do</strong>s, para fu,n...<strong>do</strong>nar até que os parti<strong>do</strong>s políticos se constltuissem. Ora, estamosem, 1979. Portanto, essa reforma partidári'a, na realidade, vemcom 1'5 anos, de atraso, e já vem m,erece?<strong>do</strong> prevlame:t.Ite a contestaçãoda Oposição. A Casa vai exammar este proJeto, co~oexaminou tantos outros e, a julgar pelo comportamento da Oposiçãoem projetos anteriores, ela .se .vai rebelar, ela va~s~r contr:"não vai aceitar. Mas a democracia e o Governo da maiorIa, respeItadaa deliberação da Minoria. Haveremos de respeitar a delibel"ação<strong>do</strong> MDB, mas não se compreenderá: jamais sofram~ quaisquerrestrições, quaisquer acusações por aprovf\,l' {} proJeto <strong>do</strong>Governo ou um substitutivo na baile de emenda8 -Oferecidas pelo<strong>Congresso</strong> N1l.Cional para aperfeiçoá-lo.Temos a'luas agremiações, duas organizações provisórias queforam instituídas para aguardar apenas a composição de novosparti<strong>do</strong>s. Então, nem ARENA, nem MDB têm, respal<strong>do</strong> na lei parareceber a designação, a denominação de parti<strong>do</strong>s, porque o ato que,os criou não os considerou jamais parti<strong>do</strong>s políticos. Esta Casa,pois, vai apreciar esta proposição, e a ARENA haverá de examlnálacomo tem examina<strong>do</strong> todas as outras, na base de consultar ()interesse público, o povo brasileiro, a comunidade brasileira.E, graças à movimentação que tem si<strong>do</strong> feita nesse novo perío<strong>do</strong>de abertura democrática, haveremos de <strong>do</strong>tar o País deuma lei que proporcione a organização de verdadeiros parti<strong>do</strong>spoliticos que representem por inteiro a opinião pública nacional.O SR. PRESIDENTE (Nabor Júnior) -Discussão única <strong>do</strong> projeto de Lei n.O 771-A, de 1975,que altera dispositivos da Lei n.O 6.179, de 11 de dezembrode 1974, que "institui amparo previdenciário para maioresde setenta anos de idade e para inváli<strong>do</strong>s, e dá outrasprovidências"; ten<strong>do</strong> pareceres: da Comissão de Constituiçãoe Justiça, pela constitucionalidade, juridicidade e técnicalegislativa, com emendas; e, das Comissões de Trabalhoe 'Legislação Social e de Finanças, pela aprovação,com a<strong>do</strong>ção <strong>do</strong>a emenda da Comissão de Constituição e Jus-,tiça. - Relator: Sr. Athié Coury.O SR. PRESIDENTE (Nabor Júnior) - Não haven<strong>do</strong> ora<strong>do</strong>resinscritos, declaro encerrada a discussão.Vai-se passar à votação da matéria.O SR. PRESIDENTE (Nabor Júnior) - A Comissão de Constituiçãoe Justiça, ao apreci-ar o projeto, ofereceu ao mesmo e vousubmeter a votos a seguinte'EMENDASuprima-se o art. 1.0, renumeran<strong>do</strong>-se os seguintes.O SR. PRESIDENTE (Nabor Júnior) - Os Srs. que a aprovamqueiram ficar como estão. (PaUSll.)Rejeitada.O SR. PRESIDENTE (Nabor Júnior) - Vou submeter a votoso' seguintePROJETO N.o 771-A, DE 1975O <strong>Congresso</strong> <strong>Nacional</strong> decreta:Art. 1.° O item II <strong>do</strong> art. 1.0 da Lei n,o 6.179, de 11 de dezembrode 1974, passa a vIgorar com a seguinte redação:"lI - tenham exerci<strong>do</strong> atividade remunerada, na esferaprivada ou pública, com ou sem filiação previdenciãri'a,no minimo por cínco anos, consecu1J,vos ou não; ou aindaArt. 2.0 O art. 6.0 da Lei n.o 6.179, de 11 de dezembro de1974, passa a vigorar com a seguinte 'redação:"Art. 6'.0 A prova de filiação à Previdência SociaJ, ou dainclusão em seu âmbito, !MSim como a <strong>do</strong> exercicio deatividade remunerada. na esfera privada ou pública, seráfeita por meio de qualquer elemento de convic~ão, inclusive,se faltarem <strong>do</strong>cumentos idôneos, por justificação judlcial;"bastantepara a mesmoa a inquirição de testemunhas.",Art. 3.° Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação.O 'SR. PRESIDENTE (Nabor Júnior) - Os Srs. que o aprovamqueiram ficar como estão. (Pausa.)Rejeita<strong>do</strong>.Vai ao Arquivo.O SR. PRESIDENTE (Na.bor Júnior) -Discussão única <strong>do</strong> Projeto de Lei n,o 989-A, de 1975,que torna obrigatório o seguro Agrícola; ten<strong>do</strong> pareceres:da Comissão de Constituição e Justiça, pela constitucionalidadee técnica legislativa; da Comissão de Agricultura.e Politica Rural pela aprovação; e, da Comissão de,Economia, Indústria e Comércio, pela aprovação, com Substitutivo,com voto em separa<strong>do</strong> <strong>do</strong> Sr. A. H. Cunha Bueno._,(Do 8r.Herbert Levy.) - Relator: Sr. Ald.o Fagundes.O SR. PRESIDEN'1'E (Nabor Júnior) - Não haven<strong>do</strong> ora<strong>do</strong>resinscritos, declaro encerrada a discussão.Vai-se passar à votação da. matéria.O SR. PRESIDENTE (Nabor Júnior) - Tem a palavra o Sr.Djalma Bessa, para encaminhar a votação.O SR. DJALMA BESSA (ARENA - BA. Sem revisão <strong>do</strong> ora<strong>do</strong>r.)- Sr. Presidente, Srs. Deputlt<strong>do</strong>s, o Projeto d'e Lei n.o 989, de 1975,objetiva 'limparar o setor agropecuário instituin<strong>do</strong> seguro. OCorreque a Lei n.o 5.969, de 11 de dezembro de 1973, já instituiu progra-


11578 Sexta-feira 19 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Outubro de lt'Jtma de garantia à ativIdade agropecuana, preven<strong>do</strong> a assistênciaao homem <strong>do</strong> campo. Hoje, esta leI já foi modificada, visan<strong>do</strong> aproporcionar melhor assistência. Tanto assim que os recursos previstosno item I, art. 2.0, de até 1%, hoje podem ser estendi<strong>do</strong>s.porque dependem <strong>do</strong> que decidir o Conselho Monetário <strong>Nacional</strong>.Ademais, a garantia, que era de 80%, hoje é de 100%. Estas alteraçõesforam implantadas pela Lei n.O 6.685, de 3 de setembrode 1979.O propósito <strong>do</strong> projeto é, na realidade, louvável, pois é muitomais abrangente e amplo <strong>do</strong> que o PROAGRO. Ocorre que a normainternacional é que esses seguros sejam implanta<strong>do</strong>s, e a sua ampliaçãose faça gradativamente. f. o que está sen<strong>do</strong> observa<strong>do</strong>. OPROAGRO vem, cada vez mais, amplian<strong>do</strong> o seu raio de ação e,por certo, terá muito mais amplitude com o correr <strong>do</strong>s tempos,com o know-how e a experiência que está adquirin<strong>do</strong>.Por tais razões, votaremolS contra o projeto.O SR, PRESIDENTE (Nabor 1únior) - A Comissão de Economia,Indústria e Comércio, ao apreciar o projeto, ofereceu il.O mesmoe vou submeter a votos o seguinteSUBSTITUTIVOO <strong>Congresso</strong> <strong>Nacional</strong> decreta:Art. 1.0 Fica institui<strong>do</strong> o Programa <strong>Nacional</strong> de Seguro Rural,destina<strong>do</strong> ·a assistir a economia rural, através da garantia delavouras e rebanhos contra os riscos que lhes são peculiares, nafonna estabelecida no regulamento desta lei.Art. 2.° O Programa <strong>Nacional</strong> de Seguro Rural engloba osprogramas de seguro rural já existentes, inclusive os de créditorural, e o Programa de Garantia de Atividades Agricolas ­PROAGRO - institui<strong>do</strong> pela Lei n,o 5.969, de 11 de dezembro de1973.Art. 3.° Integram o Sistema <strong>Nacional</strong> de Seguro Rural:I - os órgãos <strong>do</strong> Sistema <strong>Nacional</strong> de Seguros Priva<strong>do</strong>s, menciona<strong>do</strong>sno art. 8.° <strong>do</strong> Decreto-leI n.o 73, de 21 de novembro de1966.II - os órgãos <strong>do</strong> Sistema de Crédito Rural e demais instituiçõesmencionadas no art. 7.° da Lei n.O 4.829, de 5 de novembrode 1965;III - a Empresa Brasileira de AssistêncIa Técnica e ExtensãoRural e demais instituições de assistência técnica à agriculturae à pecuária.Art. 4.0 Constituem recursos financeiros <strong>do</strong> Programa <strong>Nacional</strong>de Seguro Rural:I - os fun<strong>do</strong>s de seguros forma<strong>do</strong>s pelo pagamento, por parte<strong>do</strong>s segura<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s prêmiolS <strong>do</strong> seguro rural;II - o Fun<strong>do</strong> de Estabilidade <strong>do</strong> Seguro Rural;III - recursos <strong>do</strong> Programa de Garantia de Atividades Agricolas.Art. 5.° O Programa <strong>Nacional</strong> de Seguro Rural será administra<strong>do</strong>pelo Banco Central <strong>do</strong> Brasil, segun<strong>do</strong> nonnas aprovadaspelo Conselho <strong>Nacional</strong> de Seguros Priva<strong>do</strong>s e pelo Con.selho Monetário<strong>Nacional</strong>.Art. 6.° O Programa <strong>Nacional</strong> de Seguro Rural será desenvolvi<strong>do</strong>em ação Integrada pelos órgãos públicos menciona<strong>do</strong>s noart. 3.° desta lei e pela iniciativa privada.Art. 7.° Dentro <strong>do</strong> prazo de 60 (sessenta) dias, o Poder Executivoregulamentará esta lei.Art. 8.0 Esta lei entra em vigor na date. de sua publicação.Art. 9.° Revogam-se as disposições em contrário.O SR. PRESIDENTE (Nabor Júnior) - Os Srs. que o aprovamqueiram ficar como estão. (Pausa.)Rejeita<strong>do</strong>.O SR. PRESIDENTE (Nabor Júnior) - Vou submeter a votoso seguintePROJETO N.o 9~9-A, DE 1975O <strong>Congresso</strong> <strong>Nacional</strong> decreta:Art. 1.0 Os empréstimo.s efetua<strong>do</strong>s pela rede bancária à agriculturabrasileira, incluirão, obrigatoriamente, o seguro para acultura ou criação objeto <strong>do</strong> financiamento, a taxa estabelecidapelo InlStituto de Resseguros <strong>do</strong> BrasIl.Art. 2.° O Seguro, a que se refere o -artigo anterior, cobrirátndas as hIpotecas de frustração de safra em virtude de fenômenosclimáticos, pragas generalizadas, incêndios, inundações e outrosmotivos de força maior.Parágrafo único. O seguro cobrirá, além <strong>do</strong>s custos da produção,uma parcela para sustento <strong>do</strong> agricultor e seus dependentes,a ser estabelecIda no regulamento desta lei.Art. 3.0 Até cento e vinte dias da data da publicação destalei o Executivo baixará a respectiva regulamentação.Art. 4.° Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação,levogadas as disposiçõelS em jlontrário.O SR. PRESIDENTE (Nabor Júnior) - Os Srs. que o aprovamqueiram ficar como estão. (Pausa.)Rejeita<strong>do</strong>.Voai ao Arquivo.O SR. PRESIDENTE (Nabor 1únior) -Segunda discussão <strong>do</strong> Projeto de Lei n.O 806-B, dede 1975, que dispõe sobre proibição de transporte de trabalha<strong>do</strong>resem veiculos de cargas, e dá outras providências.(Da Comissão de Constituição e JUlStiça.) - Relator:Sr. Miro Teixeira.O SR. PRESIDENTE (Nabor 1únior) - Não haven<strong>do</strong> ora<strong>do</strong>relSinscritos, declaro encerrada a discussão.Vai-se passar à votação da matéria.O SR. PRESIDENTE (Nabor Júnior) - Vou submeter a votoso seguintePROJETO N.o 806-B, DE 1975O <strong>Congresso</strong> <strong>Nacional</strong> decreta:Art. 1.0 É vedada a utilização de veiculos de carga, mesmoque adapta<strong>do</strong>s e em caráter precário, para o transporte de trabalha<strong>do</strong>res.Parágrafo único. A partir da vigência desta leIo transportede trabalha<strong>do</strong>res será obrigatorIamente realiza<strong>do</strong> em veiculosespecificos de passageiros (ônibus e microônibus).Art. 2.° O Poder Executivo ouvi<strong>do</strong> o Conselho <strong>Nacional</strong> deTrânsito regulamentará esta lei no prazo de 60 (essenta) dias.Art. 3.° Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.Art. 4.° Revogam-lSe as disposições em contrário.O SR. PRESIDENTE (Nabor Júnior) - Os ·Srs. que o aprovamqueiram ficar como estão. (pausa.lRejeita<strong>do</strong>.Vai ao Arquivo.O SR. PRESIDENTE (Nabor Júnior) -Segunda discussão <strong>do</strong> Projeto de LeI n.o 816-B, de 1975,que assegura '300 guarda-noturno aposenta<strong>do</strong>ria especIal aos25 anos de serviço. (Do Sr. Peixoto Filho.}O SR. PRESIDENTE (Nabor 1únior) - Não haven<strong>do</strong> ora<strong>do</strong>resinscritos, declaro encerrada a discussão.Vai-se passar à votação da matéria.O SR. PRESIDENTE (Nabor Júnior) - Vou submeter a votoso seguintePROJETO N.o 816-B, DE 1975O <strong>Congresso</strong> <strong>Nacional</strong> decret-a:Art. 1.0 li: considerada perigosa a atividade profissional exercidapelo guarda-noturno.Art. 2.0 Fica assegurada ao guarda-noturno a aposenta<strong>do</strong>ria.e&pecial de que trata o art. 9.° da Lei n.o 5.890, de 8 de junhode 1973, que alterou a legislação da Previdência SOcial, aos 25 (vintee cinco) 'anos de serviço, deSde qUe conte, pelo menos, 20 (vinte)de exercício nessa ativida.de profissional.Art. 3.° O custeio da Previdência SOcial será atendi<strong>do</strong> pelodisposto no art. 69, item IV, da Lei Orgânica da PrevidênciaSocial, com as alterações introduzidas pela Lei n.o 5.890, de 8 dejunho de 1973.Art. 4.° Dentro <strong>do</strong> prazo de 60 (sessenta) dias, o Poder Executivoregulamentará esta lei.Art. 5.° Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.Art. 6.° Revogam-se as disposições em contrário.O SR. PRESIDENTE (Nabor Júnior) - Os Srs. que O aprovamqueiram ficar como estão. (Pausa.)Rejeita<strong>do</strong>.Vai ao Arquivo.vn - O SR. PRESIDENTE (Nabor Júnior) - Vai-se passarao perio<strong>do</strong> destina<strong>do</strong> às Comunicações Parlamentares.Tem a palavra o Sr. Florim Coutinho.O SR. FLORIM COUTINHO (MDB - RJ. Pronuncia o 5eKUintediscurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputa<strong>do</strong>s, nos i<strong>do</strong>s de 1944 uma


Outubl'O de 1979 DIARio DO CONGRESSO NACIONAL


11580 Sexta-feira 19 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Outubro de 197'O SR. EVANDRO AYItES DE MOURA (ARENA - CE. Pronunciao seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputa<strong>do</strong>s, maisuma vez, beneficiam-se os trabalha<strong>do</strong>res brasileiros <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>scolhi<strong>do</strong>s <strong>do</strong> PIS e <strong>do</strong> PASEP, No momento em que se inicia adistribuição de 21 bilhões de cruzeiros a 18 milhões de assalaria<strong>do</strong>s,temos a satisfação de subir à tribuna para dirigir ao Plenárioalgumas considerações a respeito des1es programas de inspiraçãosocial em boa hora implanta<strong>do</strong>s no Pais.Sr. Presidente, Srs. Deputa<strong>do</strong>s, no Universo - to<strong>do</strong>s sabemos- há igualdade e desigualdades. No tocante à última, lembraremosas palavras <strong>do</strong> nosso grande Pe. Antônio Vieira:"Bem pudera Deus fazer que nascessem os homens to<strong>do</strong>siguais, mas ordenou sua providência que houvesse no mun<strong>do</strong>esta mal sofrida desigualdade."Cumpre ao Esta<strong>do</strong>, todavia, zelar para que a igualdade se sobreponhaà desigualdade, quan<strong>do</strong> se trate de aspectos fundamentaisda relação de trabalho e de outros direitos básicos <strong>do</strong> serhumano. Pois, na verdade, o Esta<strong>do</strong> existe para o homem, organizou-secom o fim expresso de valorizá-lo, deven<strong>do</strong>, portanto, subordinarsuas iniciativas ao bem-estar <strong>do</strong> indivíduo e sua família.Constitui-se o homem no mais valioso capital de uma nação, nosupremo investimento de um povo.De outra parte, pondere-se que o direito à propriedade estáfunda<strong>do</strong> na natureza mesma <strong>do</strong> homem, intimamente liga<strong>do</strong> às suasnecessidades materiais e espirituais. Sen<strong>do</strong> inteligente, ele exerceseu <strong>do</strong>minio sobre todas as coisas existentes no Universo. Se o homempode dizer "eu sou", há de ter também o direito de dizer "eutenho". Pode-se mesmo afirmar que o direito à propriedade é umadecorrência <strong>do</strong> direito à liberdade. De fato, não há como negar:facultar o acesso <strong>do</strong> maior número possível de pessoas a um mínimode propriedade privada aparece nos Esta<strong>do</strong>s modernos comoimprescindível à 'promoção da pessoa humana.Sr. Presidente, 81'S. Deputa<strong>do</strong>s, os trabalha<strong>do</strong>res já foram escravos,hoje são assalaria<strong>do</strong>s e livres, e os governos esclareci<strong>do</strong>squerem fazê-lo passar à condição de associa<strong>do</strong>s. Trata-se de imperativoda evolução social, já capta<strong>do</strong> pelo Santo Papa Pio XI~a encíclicll;. Quadragesimo Anuo, em conceito reforça<strong>do</strong> pelo se~sucessor Joao XXIII, em Mate! et Magístra:"É inteiramente falso atribuir .só ao Capital ou só ao Trabalhoo produto <strong>do</strong> concurso de ambos e totalmente injustoque um deles, negan<strong>do</strong> a contrib;nção <strong>do</strong> outro, searrogue to<strong>do</strong>s os resulta<strong>do</strong>s." ,No Brasil, está em marcha um processo de democratização daeconomia nacional. Uma "democracia econômica" - é o que sealmeja - uma sociedade aberta voltada para o bem-estar coletivoenseJan<strong>do</strong> a plena realização <strong>do</strong> individuo, na infiníta gama <strong>do</strong>oseus anseios.Constatan<strong>do</strong>-se a exacerbação das desigualdades, buscou-seamenizar as_ asperezll.!il da luta Capital x Trabalho, crian<strong>do</strong> fórmulade conciliaçao de interesses capaz de representar um primeiro passono senti<strong>do</strong> de uma democratização econômica, como complementoda democracia social plena que se pensegue.Convenci<strong>do</strong> de que a atenuação das desigualdades de renda nãopode esperai;: pelos mecanismos espontâneos gera<strong>do</strong>s pelo crescimentoeconomico, o Governo Federal criou <strong>do</strong>is programas degrande semelhança, cujo denomina<strong>do</strong>r comum é a preocupação emassegurar ao assalaria<strong>do</strong> um futuro livre de aflições financeirasestimulan<strong>do</strong> nele o espírito de poupança ao colocar ao seu alcan~uma parcela <strong>do</strong> patrimônio global e assim fazen<strong>do</strong>-o titular de umpatrimônio em continuo crescimento. _Nestas condições, nasceram o PIS e o PASEP, instituí<strong>do</strong>s respectivamentepelas Leis Complementares n.OS 7 e 8, de 7 de setembroe 3 de dezembro de 1970, inspiradas nos preceitos constitucionaisintroduzi<strong>do</strong>s na Carta de 1946 e ratifica<strong>do</strong>s com ligeirasalterações na subseqüente Oonstituição Federal de 1967 e na EmendaConstitucional n.o 1, de 1969.Os programas.em qu~stão, nos termos em que foram concebi<strong>do</strong>s,tiveram o me?to de consagrar nova maneira d-e abordagemaos problemas SOCIais, um mo<strong>do</strong> brasileiro, criação nossa com oobjetivo ~e fazer justiça sotial, através da elevação <strong>do</strong> ~ível depoder.aqUlsitivl? <strong>do</strong>s assalaria<strong>do</strong>s, de sorte a tomá-los cada dia maispartiClpes da rIqueza comum da Nação.Foi a modalid~de engenhosa, que se imaginou, para obter certaBin~onia entre o ntmo <strong>do</strong> crescimento econômico e o da promo~ãoSOCIal <strong>do</strong> homem, desafio imposto ao mun<strong>do</strong> moderno <strong>do</strong>s maisgera~ d~ ~erpl~xid~de. No dizer <strong>do</strong> eminénte Pro!. L~is .Tosé deMesqmta, nao ha duvida de que a adequação entre desenvolvimentoeco,nômico e progresso social é o problema magno e centralda nossa epoca, condicionante de to<strong>do</strong>s os demais".,Note-se, contu~o, em relação aos aludi<strong>do</strong>s programas, que aoinves da partlcipll.çao nos lucros da empresa, preconl,zada pelo art.157, alínea IV, da Constituição de 46, a solução a<strong>do</strong>tada pelo sistemaassegura a participação <strong>do</strong> trabalha<strong>do</strong>r no aumento da rendanacional.Deste mo<strong>do</strong>, Governo, empresários e emprega<strong>do</strong>s se associam,pela permanente conjugação de esforços, recursos e produto <strong>do</strong> trabalho,a fim de instaurar uma sociedade integrada, onde seja umarealidade, e não um mito, a justiça sociaLEmbora consubstancian<strong>do</strong> essa espécie de "democracia econômica",o PIS/PASEP não fere os princípios de liberdade e da propriedadeprivada, como ocorre nos paises socialistas.A propósito, convém observar que o ideal de participação <strong>do</strong>trabalha<strong>do</strong>r, nos lucJ;'os das empresas, sempre teve uma nitida inspiraçãocristã, nunca ten<strong>do</strong> recebi<strong>do</strong>, curiosamente, o decisivo apoio<strong>do</strong>s sindicalistas e federações de trabalha<strong>do</strong>res, na sua maioria, nemde parti<strong>do</strong>s e correntes esquerdistas, salvo raras e honrosas exceções.'Hoje, o trabalha<strong>do</strong>r brasileiro não está sozinho, no seu empenhoem formar um pecúlio para o dia de amanhã, eis que, poriniciativa <strong>do</strong> G


Outubro de 1979 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sexta-feira 19 11581Sena<strong>do</strong>r Paulo Sarasate, quan<strong>do</strong> diz que "é necessário armar einstituir um sistema flexível, amplo e progressivo de integração~ sob pena de irremediáveis fracassos,"A reciclagem <strong>do</strong>s programas ocorrerá, portanto, sempre que ascircunstâncias ou eventos inespera<strong>do</strong>s na vida econômica e social<strong>do</strong> Pais o recomendem. Na presente conjuntura, empenha-se o Governoem impedir a descapitalização das empresas nacionais, oferecen<strong>do</strong>recursos para realimentar economicamente to<strong>do</strong>s os ramosde atividade.Se limitações houve para o participante <strong>do</strong> Fun<strong>do</strong>, no que tangeàs oportunidades para mOVimentação da conta e ao valor dasquotas sacadas, foram elas ditadas pelas melhores técnicas decondução <strong>do</strong> problema e serão largamente compensadas pelos excelentesresulta<strong>do</strong>s que certamente sobrevirão, a médio e longo prazos,para os trabalha<strong>do</strong>res e servi<strong>do</strong>res públicos brasileiros.Na qualidade de Parlamentar e assalaria<strong>do</strong> profundamenteatento ao bem-estar da coletividade, vimos acompanhan<strong>do</strong> e fiscalizan<strong>do</strong>com satisfação os rumos imprimi<strong>do</strong>s pelo Governo Federalao PIS e ao PASEP, poden<strong>do</strong> afirmar, com a maior convicção,que o seu gigantismo está traça<strong>do</strong>, para a felicidade <strong>do</strong> povo brasileiro,para os quais verterão os frutos abundantes que, no futuro,se traduzirão em benesses cada vez maiores.Durante o discurso <strong>do</strong> Sr. Evandro Ayreol de Moura, oSr. Nabor Júnior, Suplente de Secretário, deixa a cadeirada presidência, que fi ocupada pelo Sr. Nosser Almeida,Suplente de Secretário.O SR. PRESIDENTE (Nosser Almeida) - Nada mais haven<strong>do</strong>a tratar, vou levantar a sessão.Deixam de comparecer os Senhores:PiauíCorreia Lima - ARENA.PernambucoJoaquim Coutinho - ARENA.Rio de JaneiroI,ygia Lesse. Bastos - ARENA; Pedro Faria - MDB,Minas GeraisTelêmaco Pompei - ARENA.Mato Grosso <strong>do</strong> SulUbal<strong>do</strong> iBarém - ARENA,ParanáNorton Mace<strong>do</strong> - ARENA.O SR. PRESIDENTE (Nosser Almeida) - Levanto e. sessão, designan<strong>do</strong>pare. amanhã a seguinteORDEM DO DIASessão em 19 de outubro de 1979(Sexta-feira)TRAMITAÇAOEM PRIORIDADEDiscussãoIPROJETO DE RESOLUÇãO N.o 71, DE 1979Discussão única <strong>do</strong> Projeto de Resolução n,O 71, de 1979, quecria funções no Grupo-Direção e Assistência Intermediária <strong>do</strong>Quadro Permanente da Câmara <strong>do</strong>s Deputa<strong>do</strong>s, e da outras providências.(Da Mesa.> - Relator: Sr. Wilson Braga.2PROJE


11582 ,Sexta-feira 19 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Outubro de U7tOlaudtno .al..Korton ),(....


Outubro de 1979 DIARIO DO CONGRESSO NAOIONAL (Seção I) Sexta-feira 19 11583Comissão MistaPresidente: Deputa<strong>do</strong> Alair PimentaVice-Presidente: Deputa<strong>do</strong> Leur LomantoRelator: Sena<strong>do</strong>r Jutahy MagalhãesPrazoAté dia 24-3-80 - no <strong>Congresso</strong> <strong>Nacional</strong>.11PROPOSTAS DE EMENDA A CONS'lTrUIÇAoN.O& 37, 42, 44 e 45179"Dá nova redação ao § 2.0 <strong>do</strong> artigo 13,da Constituição Federal";"restabelece eleições diretas para to<strong>do</strong>s os níveis e dispõesobre a coincidência de mandatos"; "restabelece as eleições diretaspara Sena<strong>do</strong>res, Governa<strong>do</strong>res e Vice-Governa<strong>do</strong>res de Esta<strong>do</strong>, ePresi-dentes e Vice-Presidentes da República"; "devolve ao povo odireito de eleger diretamente o Presidente da República, os Governa<strong>do</strong>res<strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s, os Sena<strong>do</strong>res e os Prefeitos"; "altera osartigos 13 e 41 da Constituição Federal." Autores: Deputa<strong>do</strong> EdisonLobão, Deputa<strong>do</strong> Airton San<strong>do</strong>val, Sena<strong>do</strong>r Orestes Quércia, Sena<strong>do</strong>rFranco Montoro e Deputa<strong>do</strong> Adhemar de Barros Filho, respectivamente.Comissão MistaPresidente: Deputa<strong>do</strong> Flávio ChavesVice-Presidente: Deputa<strong>do</strong> Genésio de BarrosRelator: Sena<strong>do</strong>r Lomanto JúniorPrazoAté 31-10-79 - na Comissão Mista;Até dia 25-3-80 - no <strong>Congresso</strong> <strong>Nacional</strong>.10PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 38/79"Acrescentar dispositivo aos artigos 43 e 57 da constituiçãoFéderal." (SI iniciativa de leis que disponham si matéria financeira.>Autor: Deputa<strong>do</strong> Carlos Santos.Oomissão MistaPresidente: Deputa<strong>do</strong> José TorresVice-Presidente: Deputa<strong>do</strong> Josias LeiteRelator: Sena<strong>do</strong>r Raimun<strong>do</strong> ParenteAté dia. 6-11-79 -Até dia 31-3-80 -Prazona Comissão Mista;no <strong>Congresso</strong> <strong>Nacional</strong>.­11. PROPOSTA DE DELEGAÇAO LEGISLATIVA N.o 2179"Propõe delegação de poderes ao Senhor Presidente da RepúbliCapara elaboração de lei Instituin<strong>do</strong> normas fundamentaispara o zoneamento industrial nas áreas criticas de poluição. edetermina outras providências". Autor: Deputa<strong>do</strong> Freitas Nobre.Oomissão MistaPresidente: sena<strong>do</strong>r Dirceu Car<strong>do</strong>soVice-Presidente: Sena<strong>do</strong>r Passos Pôrto. Relator: Deputa<strong>do</strong> Afrisio Vieira Lima11P!ROPOSTA DE DELEGAÇAO LEGISLATIVA N.o 3179"propõe delegação de poderes ao Senhor Presidente da República,para elaboração de lei dispon<strong>do</strong> sobre a Politica <strong>Nacional</strong><strong>do</strong> Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação."Autor: Sena<strong>do</strong>r Amon de Mello.Comissão MistaPresidente: Deputa<strong>do</strong> IranU<strong>do</strong> PereiraVice-Presidente: Deputa<strong>do</strong> Simão BessimRelator: sena<strong>do</strong>r José Lins13PROPOSTA DE DEIJOO-AÇAO LEGISLATIVA N.o 4179"Propõe delegação de poderes ao Presidente da Repúblicapara elaboração de lei, crian<strong>do</strong> o Ministério da Produção Animal,e determinan<strong>do</strong> outras providências." Autor: Deputa<strong>do</strong> Ruben Figueiró.Comissão MistaPresi-dente: Deputa<strong>do</strong> Car<strong>do</strong>so FregapaniVice-Presidente: Deputa<strong>do</strong> Genésio de BarrosRelator: Sena<strong>do</strong>r Affonso Camargo14PROPOSTA DE DELEGAÇAO LEGISLATIVA N,o 5/79"Propõe delegação de poderes ao Presidente da República paraelaboração de lei dispon<strong>do</strong> sobre o des<strong>do</strong>bramento. <strong>do</strong> Ministériodas Minas e Energia, em Ministério das Minas e Ministério deEnergia." -Autor: Deputa<strong>do</strong> Horácio Ortíz.Comissão MistaPresidente: Sena<strong>do</strong>r Henrique SantilloVice-Presidente: Sena<strong>do</strong>r Alberto Síl'i'aRelator: Deputa<strong>do</strong> Carlos Sant'Anna15PROPOSTA DE DEI.iFJGAÇAO LEGISLATIVA N,o 6/79"Propõe delegação de poderes ao Presidente da República paraelaboração de lei, dispon<strong>do</strong> sobre a criação <strong>do</strong> Ministério daMulher e da Criança." Autora: Deputada Lúcia Viveiros.Comissão MistaPresidente: Deputada Júnia MariseVice-Presidente: Deputa<strong>do</strong> Leur LomantoRelator: Sena<strong>do</strong>r Almir Pinto16PROJETO DE LEI N.o 26/79-eN"Dispõe st>bre a correção automática <strong>do</strong>s salários, modifica apolitica salarial, e dá outras providências." Autor: Poder Executivo.Comissão ,MistaPresidente: Deputa<strong>do</strong> Alceu CollaresVice-Presidente: Deputa<strong>do</strong> Adhemar GhisiRelator: Sena<strong>do</strong>r José LinsAté dia. 26-10-79 -Prazono <strong>Congresso</strong> <strong>Nacional</strong>.1'1PROJETO DE LEI N.o 27/79-CN"Estende aos funcionários aposenta<strong>do</strong>s da Administração Diretae das Autarquias Federais ·as vantagens financeiras decororentes da aplicação <strong>do</strong> Plano de Classificação de Cargos, instituí<strong>do</strong>spela Lei n. O 5.645, de 10 de dezembro de 1970, e dá outras providências."Autor: Poder Executivo.Comissão MistaPresidente: Sena<strong>do</strong>r Humberto LucenaVice-Presidente: Sena<strong>do</strong>r Passos PôrtoRelator: Deputa<strong>do</strong> Antônio DiasPrazoAté dia 27-10-79 - no <strong>Congresso</strong> <strong>Nacional</strong>.18PROJETO DE LEI N.o 28/79-CN"Dispõe sobre o Seguro de Crédito à Exportação, e dá outrasprovidências." Autor: Poder Executivo.Comissão MistaPresidente: Sena<strong>do</strong>r Gilvan RochaVice-Presidente: Sena<strong>do</strong>r Affonso CamargoRelator: Deputa<strong>do</strong> Cláudio StrassburgerPrazoAté dia 2-11-79 - no <strong>Congresso</strong> <strong>Nacional</strong>.19PROJETO DE LEI N.O 29179-CN"Autoriza modalidade de concurso de prognósticos da LoteriaFederal regida pelo Decreto-lei n. O 204, de 27 de fevereiro de 1967,e dá outras providências." Autor: Poder Executivo.Comissão MistaPresidente: Deputa<strong>do</strong> Celso PeçanhaVice-Presidente: Deputa<strong>do</strong> Darcílío AyresRelator: Sena<strong>do</strong>r Jutahy MagalhãesPrazoAté dia 2-11-79 - no <strong>Congresso</strong> <strong>Nacional</strong>.:10PROJETO DE LEI N.o 30/79-CN"Altera disposições da Lei n.O 5.887, de 31 de maio de 1973,referentes à agregação <strong>do</strong> Diplomata." - Autor: Poder Executivo.


11584 Sexta-feira 19 DIÁRIO no CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Outubro de 1979ComLssão MistaPresidente: Sena<strong>do</strong>r Nelson CarneiroVice-Presidente: Sena<strong>do</strong>r Lomanto JúniorRelator: Deputa<strong>do</strong> Rogério RêgoPrazoAté dia 20-10-79 - na Comissão Mista;Até dia 9-11-79 - no <strong>Congresso</strong> <strong>Nacional</strong>.JlPROJETO DE LEI N.O 31/79-CN"Dispõe sobre a concessão comercial entre produtores e distribui<strong>do</strong>resde veiculos automotores de vias terrestres." Autor: PoderExecutivo.. Comissão MistaPresidente: Sena<strong>do</strong>r Roberto SaturninoVice-Presidente: Sena<strong>do</strong>r Mendes CanaleRelator: Deputa<strong>do</strong> S:alva<strong>do</strong>r JulianelliAté dia 21-10-79 -Até dia 10-11-79' -Prazona Comissão Mista;no <strong>Congresso</strong> <strong>Nacional</strong>.22PROJETO DE LEI N.o 32/79-CN"Autoriza a alienação, pela Superintendência <strong>do</strong> Desenvolvimentoda Amazônia (SUDAM), de bens imóveis de sua propriedade,localiza<strong>do</strong>s na área de expansão urbana da cidade de Marabá, noEsta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Pará, e dá outras providências." Autor: Poder Executivo.Comissão MistaPresidente: Sena<strong>do</strong>r Evandro CarreiraVice-Presidente: Sena<strong>do</strong>r Aloysio ChavesRelator: Deputa<strong>do</strong> Antônio AmaralPrazoAté dia 28-10-79 - na Comissão Mista;Até dia 17-11-79 - no <strong>Congresso</strong> <strong>Nacional</strong>.23PROJETO DE RESOLUÇAO N.o 1, DE 1979-CN."Altera o f 2.0 <strong>do</strong> art. 43 <strong>do</strong> Regimento Comum <strong>do</strong> CÓngresso<strong>Nacional</strong>". (DIspõe si votallão de Proposta de Emenda à Comtltulllão.)----, Autor: Sena<strong>do</strong>r Itamar Franco.24PROJlI:I'O DE RESOLUÇAO N.o 2179-CN"Altera a Resolução n,o 1I70-CN (Reg. Comum), modificadapela :Rellolução n.o 2/72-CN." (S/CPMI e Com. Mistas.) - Autor:Sena<strong>do</strong>r Humberto Lucena.25MENSAGEM N.O 74179-CN"Submete à deliberação <strong>do</strong> <strong>Congresso</strong> <strong>Nacional</strong> o texto CIODecreto-lei n,o 1.689, de 30 de julho de 1979, que "concede :Isençãode impostos relativamente a selos, peças :f1latél1ca.s e material de1UO ftlatélico ven.dld1l6 no reclnto das exposições vinculadu à"Bra.siliana 79", e dá. outras providências." Autor: Poder Executivo.Comissio Mistapresidente: Deputa<strong>do</strong> Moacir LopesVice-Presidente: Deputa<strong>do</strong> Alberto Hot!mannRelator: sena<strong>do</strong>r Murllo BllIda:róPrazoAté dia 26-11-79 - no <strong>Congresso</strong> <strong>Nacional</strong>.. 26MENSAGEM N.o '77179-CN"Submete à deliberação <strong>do</strong> Congr.esso <strong>Nacional</strong> o texto <strong>do</strong>Decreto-lei n,o 1.600, de 1.° de agosto de 19'79, que altera dispoalti'lOS<strong>do</strong> Decreto-lei n.O 1.631, de ,2 de agosto de 1978, que dispõesobre ,~ incidência <strong>do</strong> Imposto único sobre Lubrificantes e Com-~:tí:':b;;~~~see cfl~~f:asn~ro~i~~~~i::.~!i~uro~e;~~~ ~~cutlvo.Oomissão MistaPresidente: Sena<strong>do</strong>r José LinsVice-Presidente: Sena<strong>do</strong>r Luiz CavalcanteRelator: Deputa<strong>do</strong> Celso Carvalho'PrazoAté dia 1.°-11-79 - no <strong>Congresso</strong> <strong>Nacional</strong>.27MENSAGEM N.o 78/79-CN"Submete à deliberação <strong>do</strong> <strong>Congresso</strong> <strong>Nacional</strong> o texto <strong>do</strong>Decreto-lei n.O 1.691, de 2 de agosto de 1979, que altera a legislação<strong>do</strong> Imposto único sobre Lubrificantes e Conlbustivei.s Liquidase Gasosos, da Taxa Ro<strong>do</strong>viária 'única, e dá outras providências."Autor: Poder Executivo.Comissão Mista.Presidente: Deputa<strong>do</strong> Edilson LamartlneVice-Presidente: Deputa<strong>do</strong> Cláudio StrassburgerRelator: Sena<strong>do</strong>r Alberto SilvaPrazoAté dia 1.°-11-79 - no <strong>Congresso</strong> <strong>Nacional</strong>.28MENSAGEM N.o 83/79-CNSubmete à deliberação <strong>do</strong> <strong>Congresso</strong> <strong>Nacional</strong> o texto <strong>do</strong> Decreto-lein.o 1.692, de 29 de agosto de 1979, que "concede incentivotülcal às vendas de produtos industrializa<strong>do</strong>s à Itaipu Binaelonal".Comissão MistaPresidente: Deputa<strong>do</strong> Adroal<strong>do</strong> CamposVice-Presidente: Deputa<strong>do</strong> Pedro SampaioRelator: Sena<strong>do</strong>r Alberto SilvaPrasoAté dia 9-11-79' - no <strong>Congresso</strong> <strong>Nacional</strong>.29MENSAGEM N.o 84/79-CN"Submete à deliberação <strong>do</strong> <strong>Congresso</strong> <strong>Nacional</strong> o texto <strong>do</strong>Decreto-lei n. O 1.693, de 30 de agosto de 1979, que dá nova redaçãoa dispositivos da Lei n.o 5.787, de 27 de junho de 1972, llllteradapelo Decreto-lei n.o 1.603, de 22 de fevereiro de 1978." Autor:Poder Executivo.Com.issão MistaPresidente: sena<strong>do</strong>r Gastão MüllerVice-Presidente: Sena<strong>do</strong>r Passos PôrtoRelator: Deputa<strong>do</strong> Wildy ViannaAté lIia 9-11-79 -Prazono <strong>Congresso</strong> <strong>Nacional</strong>.30MENSAGEM N.o 87/79-CN"Submeten<strong>do</strong> à deliberação <strong>do</strong> <strong>Congresso</strong> <strong>Nacional</strong> o texto<strong>do</strong> Terceiro Plano <strong>Nacional</strong> de Desenvolvimento (PND) , pal1ll. OI!exercícios de 1980 a 1985." Autor: Poder Executivo.Comissão MistaPresidente: Deputa<strong>do</strong> Fernan<strong>do</strong> CunhaVice-Presidente: Sena<strong>do</strong>r Alberto SilvaRelator: Deputa<strong>do</strong> Paulo LustosaAté dia 7-3-80 -Prasono <strong>Congresso</strong> N'B.cional.J1MENSAGEM N.o 89179"Submete à deliberação <strong>do</strong> <strong>Congresso</strong> <strong>Nacional</strong> o texto <strong>do</strong>Decreto-lei n,o 1.694, de 6 de setembro de 1979, que cancela débito.spara com as autarquias federais e dá outras providências." Autor:Poder Executivo.Comissão MistaPresidente: Sena<strong>do</strong>r Passos PôrtoVice-Presidente: Sena<strong>do</strong>r Lenoir VargasRelator: Deputa<strong>do</strong> Adriano ValenteAté dia 23-11-'79 -Prazono <strong>Congresso</strong> <strong>Nacional</strong>.3%MENSAGEM N.o 93/79-CN"Submete à deliberação <strong>do</strong> <strong>Congresso</strong> <strong>Nacional</strong> o texto deDecreto-lei n.o 1.~1I5, de 18 de setembro de 1979, que "suprir!le a.inddência <strong>do</strong> Imposto de Renda na fonte sobre o 13.0 salário e


Outubro de 1979 DIARIO no CONGRESSO NACIONAL (Seção 1) Sexta-feira 19 11585atribui competência ao Ministro da Fazenda para fixar prazos derecolhimento de Imposto de :Renda reti<strong>do</strong> por fontes paga<strong>do</strong>ras derendimentos." Autor: poder Executivo.Comissão MistaPresidente: Sena<strong>do</strong>r Jutahy MagalhãesVice-Presidente: Sena<strong>do</strong>r Jorge Kalume:Relator: Deputa<strong>do</strong> Paulo FerrazAté dia '27-10-79 -Até dia 1.°-3-80 -Prazona Comissão Mista;no <strong>Congresso</strong> <strong>Nacional</strong>.33VETO TOTAL - PROJETO N.o :;21/71"Cria exigências para o registre civil das entidades de assistênciaao menor."Comissão ;Mista.Presidente: Deputa<strong>do</strong> Sérgio MuriloVice-Presidente: Deputa<strong>do</strong> Osval<strong>do</strong> Melo:Relator: Sena<strong>do</strong>r Moacyr DanaAté dia 4,-11-79 -Até dia 29-11-79 -IX -Prazona Comissão Mista;no <strong>Congresso</strong> <strong>Nacional</strong>.Levanta-se a Sessão às 18 hosas e 20 minutos.SECRETARIA-GERAL DA MESARESENHA DA OO:RRESPONDÊNCIA :REOEBIDAOfíllio 'n.o5-10-79 - Df. CN/N.o 123, de 4-10-79, 1'\0 SF, comunican<strong>do</strong> aremessa à sanção <strong>do</strong> PL n.o 21/79 - tCN) , que "equipara, no tocanteà previdência social urbana, os ministrOB de confissão religiosa eos membros de congregação ou ordem religiosa aos trabalha<strong>do</strong>resautônomos, e dá outras providências". ' .9-10-79 - Av. n.o 357-SUPAE/79, de 9-10-79, <strong>do</strong> Gab. Civil daPresidência da República, encaminhan<strong>do</strong> a Mensagem n.O 369/79,que envia o PL que "autoriza <strong>do</strong>ação à Fundação Serviços de SaúdePública <strong>do</strong> <strong>do</strong>mínio útil <strong>do</strong> terreno que menciona, situa<strong>do</strong> naCidade e Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> :Rio de Janeiro".9-10-79 - Av. n.o 356-SUPAR/79, de 9-10-79, <strong>do</strong> Gab. Civil daPresidência da :República, encaminban<strong>do</strong> a Mensagem D. o 3068/79,que envia o PL que "autoriza a <strong>do</strong>ação <strong>do</strong> terreno que menciona,situa<strong>do</strong> no Município de Passo Fun<strong>do</strong>, Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Rio Grande <strong>do</strong>Sul".9-10-79 - Av. n.o 354-SUPAR/79, de 9-10-79, <strong>do</strong> Gab. Civil daPresidência da República, encaminhan<strong>do</strong> a Mensagem n. o 366/79,que envia o PL que "reajusta c valor da pensão especial concedidaa Ruflna Car<strong>do</strong>so Macha<strong>do</strong>".1O~10-'79 - Av. n.a 004-SUPARI79, de 9-10-79, <strong>do</strong> 'Gab. Civil daPresidência da República, encl1minhan<strong>do</strong> cópia <strong>do</strong> Ofício n,o 238,e seu anexo, de 2 de outubro corrente, com os esclarecimentos <strong>do</strong>Ministério da Previdência e Assistência Social sobre o :Requerimenton. o 34, de 1979, de autoria <strong>do</strong> Senhor Deputa<strong>do</strong> AntônioCarlos de Oliveira.11-10-79 - Df. CN/N.o 126, de '9-10-79 - <strong>do</strong> SF, encaminhan<strong>do</strong>autógrafo <strong>do</strong> Decreto Legíslativo nP 60/79 que "aprova o texto<strong>do</strong> Decreto-lei n.O 1.687, de 18 de julho de 1979, que dispõe sobreCobrança da Dívida Ativa da União, e dá outrll$ providências".11-10-79 - Df. CN/N.o 127, de 9-10-79, <strong>do</strong> SF, encaminban<strong>do</strong>autógrafo <strong>do</strong> Decreto Legislativo n. o 59179, que "aprova o texto <strong>do</strong>Decreto-lei n.o 1.6S8, de 26 de julbo de 1979 que limita o benefícioprevisto no art. 9,0 <strong>do</strong> Decreto-lei n. O 1.351, de 24 de outubrode 1974".11-10-79 - Df. CNIN.o 128 de 9-10-79 <strong>do</strong> SF encaminhan<strong>do</strong>aut?grafo .<strong>do</strong>.PL n. O 18179 (CNi, que "autoriza a <strong>do</strong>ação, pela SupenntendenCla<strong>do</strong> Desenvolvimento da Amazônia - SUDAM deárea de terrene que menciona, situada no Município de Mar~bá,no Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Pará, e dá outras providências", sanciona<strong>do</strong>., 11-10-79 - Df. CN/N.o 129, de 9~10-7)l, <strong>do</strong> SF, comunican<strong>do</strong> aremessa à sanção <strong>do</strong> Substitutivo daquela Casa ao PL n.o 1.573/75que "írntitui o Código de Menores".'11-10-79 - Df. CN/N.o l3-0, de 9-10-79, <strong>do</strong> SF, encaminhan<strong>do</strong>autógrafo <strong>do</strong> PL n. O 16, de 1979 (CN>, que "estende aos inativosas alterações de estrutura salarial efetuadas pelo art. 4.° <strong>do</strong> Decseto-Iein. o 1.660, de 24 de janeiro de 1979", sanciona<strong>do</strong>.11-10-79 - Df. SM/N.o 573 de 9-10-'79 - <strong>do</strong> SF comunicaln<strong>do</strong>a aprovação <strong>do</strong> PL n. O 5,794/'78, que "autoriza o Instituto <strong>Nacional</strong>de Colonização e Reforma Agrária - INCRA a <strong>do</strong>ar o imóvelque menciona" (remessa à sanção).11-1~-79 - Df. SM/N.o 575, de 9-10-79, <strong>do</strong> SF, comunican<strong>do</strong> aaprovaçao <strong>do</strong> PL n. o 2.737/76, que "inclui representante <strong>do</strong> Ministérioda Indústria e <strong>do</strong> Comércio no Conselho <strong>Nacional</strong> de Trânsito"(remessa à sanção).11-10-79 - Df. SM/N.o 576, de 9-10-79, <strong>do</strong> SF comunican<strong>do</strong>a rejeição <strong>do</strong> PL n.O 1.39:6175, que "assegura à mulher que tenhafilho menor, viven<strong>do</strong> em sua companhia, o direito à opção porjornada reduzida de trabalho".~1-1~-79 - Df. SM/N.o 577, de 9-10-79. <strong>do</strong> SF, comunican<strong>do</strong>a reJeiçao <strong>do</strong> PL n. o ~ .356/77, que "inclui parágrafo ao art. 4tida Lei n.O 5.108, de 2'1 de setembro de 1966 (Códig


~ 11586 Sexta-feira 19 DJARIO DO CONGRESSO NACIONAL (~ I) Outubro de U7tMESAPresidente:FláTio Marcíllo -ARENA.1.°_Vice-Presidente:Homero Santos - ARENA2.°-Vice-Presidente:Renato Azere<strong>do</strong> - MDB1."-Secretário:Wilson Brara -2.o-~retário:Epitácio Cafeteira -ARENA.3. 0 -8ecretárío:Ari Kffuri - ARENA".o-Secretãrlo:Walmor de Luca -SUPLENTESMDBMDB, NoslOer Almeida. - ARENADaso Coimbra - ARENA.Joel Lima - MDBNabor .Junior - MDBARENA -MAIORIALíder:Nelson MMcheza.nVice-Lideres:Afrisio Vieira I:.oIm&Alcides FranclscatoBonifácio de AndradaCa.ntídio SlLlIlpaioClaudino SalesDjalma BessaEdison Lobíí.oGerson ClLlIlataBu,(O ManlinlHIl&'0 Napoleã.oIbrabim Abi-AckelJoão LinharesJOfl'e Arb~eMarcelo LinharesNorion Mace<strong>do</strong>Ricar<strong>do</strong> FiuzaLIDERANÇASMDB -Llder:Frei... NobreI-------------------~·_-------------_·., DEPARTAMENTO DE COMISSOESDiretor: Adelmar Silveira SabinoLocal: Anexo II - Ramal 661Coordenaçíí.o de Comissões Perm&nentHDiretora: Geny Xavier MarquesLocal: Anexo II -Presidente: Nival<strong>do</strong> Krüger - MDBVice-Presidente: Walber Guimarães - :MDBVice-Presidente: Humberto Souto - ÁRENAAntonio AnnibelllCar<strong>do</strong>so FregapanlCarlos BezerraErnesto Dall'OglioP.ranclsco Llbar<strong>do</strong>niGeral<strong>do</strong> FlemingTitularesARENAJoaquim GuerraJosé AmorimLevy DiasMelo FreirePedro GermanoSaramago PinheiroSebastião AndradeVictor FontanaMDBlturlval NascimentoJorge ViannaJuarez BatistaMarcus CunhaPacheco ChavesPaulo RattesSuplentesARENAAfro Stefanini Eval<strong>do</strong> AmaralAlberto Horrmann Gerson CamataAntonio Amaral Joâo Carlos De CarIlAntonio Dias Júlio MartinsAntOnio Ueno Lúcio CioniArnal<strong>do</strong> 8chmltt Junior Stoessel Doura<strong>do</strong>Correia Lima Telêmaco PompeiEdllson Lamartlne Wildy ViannaJlenrique BritoAurélio PeresBenedito MarcilloCal'<strong>do</strong>so AlvesDel BollCO AmaralEloy LemiErnesto de Marcol'rancisco LeãoTelefones:. 224-517~ e225-4805 - Ramais 601 e 619COMISSOES PERMANENTES1) COMISSAO DE AGRICULTURA E POLfTICARURALAntonio GomesAntonio MazurekBento LoboCar<strong>do</strong>so de AlmeidaCelso CarvalhoDel,son ScaranoEmfdlo PerondiOeral<strong>do</strong> BulhóesMDBJoeé FreireMário HatoMendes de MelloPaulo MarquesPimenta da Veill'aRoberto FreireRonan TitoREUNIOESQuartu e quintas-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo II - Sala n." 11 - R. lI21 e 822secretário: José Salomão Jacobina Alrea2) COMISSAO DE C.NelA E TECNOLOGIAPresidente: Fernan<strong>do</strong> Cunha - MDBVice-Presidente: Mário Moreira ~ MDBVice-Presidente: Vingt R06a<strong>do</strong> - ARENAAlexandre Macha<strong>do</strong>Anisio de SouzaAntonio FlorêncioHugo Rodriguesda CunhaAdhemar SantllloJorge UequedMário FrotaHarol<strong>do</strong> Ban!ordJosué de SouzaMagalhães PintoMoacyr Lope.5Nelson MorroÁlvaro DiasBenjamim FarahCarlos CottaCarlos NelsonTitularesARENAHugo MardiniJosé Pene<strong>do</strong>Julio Martin&Pedro C011lnMPBPedro FariaRonan TitoSamir AchoaSuplentesARENAPaulo Lust06aPaulo TorresPedro SampaioPrisco VianaMDBJader BarbalhoJoão ArrudaJosé de CastroCoimbraOlivir Gabar<strong>do</strong>REUNIOESQuartas e quintas-feiras, às 10:00 lloraaLocal: Anexo II - Sala 3 - Ramal 664secretária: Maria Luzia Brandão3) COMISSAO DE COMUNICAÇAOPreaidente: Israel Dias-Novae.s - IoIDBVice-Presidente: Antônio Morals - MPBVice-Presidente: Vieira da Silva - ARENAAlbérico CordeiroAlcebfades de OliveiraAntonio AmaralGerson CamataGi6ia JúniorAluízio ParAll'llUsUCarlOl AlbertoCrlatina Ta.vare.sGetl1110 DiuTitu1&resARENAJoão carlos De CarliLúcio CioniMário StammRoberto GalvaniMDBJG de Ara.újo JorreJoão GilbertoJorge PauloAlair FerreiraAntonio FerreiraEdison LobãoFrancisco RossiLevy DiasAlclr PimentaAntonio ZachariasAudálio DantasFreitas NobreJoão ArrudaMINORIAVice-Lideres:Marcondes Gadelh&Adhemu SantílloAirton SoaresAlberto GoldmanAIoeu CollaresAlvaro DiasC....I05 Cotta.Elgulsson SoaresFern&n<strong>do</strong> CoelhoFernan<strong>do</strong>'Lyra.Beitor Alencar Furta<strong>do</strong>João GilbertoOdaeir KleinPacheco ChavesWalter Silva__._---------'SuplentesARENAMagno BacelarManoel RibeiroPaulo PimentelRômulo Galvãl>'!'elmo José KirstMDBLúcia VivelrOllOswal<strong>do</strong> LimaSamir AchoaSérgio FerraraREUNIOESQuartas e qUintas-feiras, às lO :00 horasLocal: Anexo rr-- Bala 6 -secretária: lole LazzariniAdhemc de BarrOllPilhoBonifácio de AndradaCalo PompeuCant!dio sampaioC6lío BorJa.Da:rc1l1o ~etIGeral<strong>do</strong> G\lIecle~Hugo Napol<strong>do</strong>Igo LlIlIao.Jorll'e ArbapMDBMen<strong>do</strong>nça NetoModesto SilveiraNatal GaleOsval<strong>do</strong> Mace<strong>do</strong>:Roque AraaSérgio MuriloTarcisio Delga<strong>do</strong>SuplenteeARiI!1NARamais 653 e ee.4) COMISSAO DE CONSnrUIÇAO E JUSTIÇAPre.sidente: Djalma Ma:rinho - ARENAVice-Presidente Francisco Rossi - ARENAVice-Presidente: Li<strong>do</strong>vino Fanton - MDBMrisio Vieira LimaAntonio DiasAntônio MarizAntônio MorimotoBrabo de CarvalhoClaudino SalesDjalma BessaErnani SatyroFeu RosaAntônio RussoCar<strong>do</strong>so AlmEclgard AmorimEioy Lenzl.Jorge Cur,yJosé FrejatLula CCchinelTitularesARENAFrancisco BenJaminGomes da Silvalbrahinl Abi-AckelJairo MagalhãesJoacil PereiráOsval<strong>do</strong> MeloPaulo PimentelWalter de PráJOIé :Men<strong>do</strong>nça BMeT..Lourem.berr NUMIRocha.Luiz Rocha.Maluly NettoNilson Gib.5anOsmar LeitioPedro CoUlnRaimun<strong>do</strong> D.In1sRiear<strong>do</strong> Flua


Outubro de 1979 D:L\RIO DO CONGRESSO NACIONAL (sepo I) Sexta-feira 19 11587Alceu CollairesEloar GlUlZZelllFlavio Cha.vesFeman<strong>do</strong> CoelhoJoão GilbettoJorge Ueque.dJosé CostaJuarea Furta<strong>do</strong>MOBLuiz LealMarcello Cerquei:rlloMiro Teixeira.Périlllell GonÇalve3Samir Achoa,Valter GarciaWaldir Wal1lerREUNIOES .QU&rtas e quium-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo II - Sala 17 - Ramal 636Secretaria: SlIvia BArroso Martins5) COMISSAO DE ECONOMIA, INDÚSTRIA ECOMtRCIOPresidente: Harry Sauer - MDBVille-Presidente: Henrique Eduar<strong>do</strong> Alvea - MDBVice-Presidfjllte: Plval<strong>do</strong> Suruagy - ARENATurma "A"A<strong>do</strong>lpho Franco 19o Lo~Arnal<strong>do</strong> SChmltt Junior João AlbertoCesarlo Barreto Norton Mace<strong>do</strong>C1âudio StrllS$burger Paulo LustosaEval<strong>do</strong> Amaral Pedro sampaioEvandro Ayres de Ricar<strong>do</strong> Fiuzl1.MouraRuy SilvaHerbert LevyMDBAl<strong>do</strong> Fe.gundes Léo SlroóesAntÔnio Carlo,s de Manoel GonçalvesOliveiraRubem MedinaHélio DuqueSantilU SobrinhoJoão ArrudaSilvio Abreu JúniorJosé CamargoAlron RiosAlcldes FranciscatoAlexanch'e Macha<strong>do</strong>AntonIo Mazuret.ArtenIr WernerBl\t1sta MirandaCr.r<strong>do</strong>so de AlmeidaCarlos AugustoCarlos NeisonEuclides ScaJcoFelippe PennaJosé Freja.tJuarez Batista'Mac Dowell Leite deCastroAlclr PimentaAmAncio Azeve<strong>do</strong>Celso PeçanhaDaniel Sllva,Geniva.1 TourinhoHildérico Oliveira,Jolio HerculinoSuplentesARENADarcy PozzaFeu RosaHonorato ViannaNaglb Haic1telPmhelro Macha<strong>do</strong>RogérIo RegoVictor Trpvil.oMOB'Marcello CerqueiraMarcelo CordeiroMarcondes Gade1l1aPacheco Chave.,Ruy CMoSeba.stião RodrigUeIIJúniorREUNIOESQuartas e qUintas-telras, às 10:00 horas'Local: Anexo II - Bala 4 - Ramal 631Secretária: Delzuite :Ma.c.e<strong>do</strong> de Avelll.1' VilluBOM//6) COMJSSAO DE,EDUCAÇAO E túLiURAPresidente: Alvaro Valle - ARENAVice-Presidente: Magno Bacenar - ARENAVice-Presidente: HUdérico Oliveira - MDBBa.ldaccl 1"1IhoBezerra de MeloBraga RamO/;ClI.io PompeuC.rlos Sant'AnnaDarcílio AyresLeur LomantoTitularesARENATltllluesARENALouremberg Nune.sRochaLygia Lessa BastolMurilo MendellRômulo GalvlioSa.lva<strong>do</strong>r JullanelllVagoMOBJosé :Maria deCarvlllhoLuiz BaptistaPaulo Ma.rque.sPlroenta da VelMaRalroun<strong>do</strong> UrblmoAécio Cunha,António MarizDaso Colrobra.Evandro Ayre:; deMouraHerbert LevyHydeckel FreitasJairo MagalhãesAmadeu Gellt"aAntônio MoraisHeitor AlencarFurta<strong>do</strong>'lram SaraivaJaclc.son BarretoJoel VivasTurma U A,rAdriano ValenteAlron RiosAngelp MagalháesChristovam ChiaradiaEdilson LamartineFernan<strong>do</strong> ,MagalhãesHenrique TurnerHonorato ViaxmaAthJé CouryFlorim CoutinhoJoão Cunha,1001 LimaJosé TorresLuiz BacllriniAntônio Carlos deOliveiraAntônio PontesAntônio H.1JsfJoJ'l'ellppe Penna.HéUoDuQueJoão HercullnoSuplentesARENAJoão FaustinoLudgero RauUnoMenandro Mlnah1nl.Nasser AinleldaOssian AraripePedro ·GennanoTheo<strong>do</strong>rico FerraçoVieira da Sllvll.MDBJúnia MariseLuis CechinelLuiz LealNival<strong>do</strong> KrugerOctacíllo AlmeidaRosemburgo RomanoREUNIOESQuartas-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo II - Sala 9 - (224-0769)Ramal 639Seéretaria: Marta Clélla Orrillo7) COMISSAO DE FINANÇASIPresidente: Jader Barbalho - MDBVice-Presidente: OUvir Gabar<strong>do</strong> - MDBVice-Presidente: Milton Figueire<strong>do</strong> - ARENATitllluesARENAi Adhemar Ghisi.A<strong>do</strong>lpho Franco, ÃlltóXlÍO FloréncloCarlos WilsonI Celso Carvalho'I lsaa.c NewtonJoaquim CoutinhoI Jorge Vargas-IIJamel CecilioJosé Carlos !"asundelJosé Men<strong>do</strong>nça BeserraJosé Rlbamar Macha<strong>do</strong>Leorne BelémMarão l"ilhoVicente GuabirobaMDBMarcondes GadelhaNabor JúniorOdacir KleinRoberto CllrvalhoRuy Cô<strong>do</strong>, Supl.entellARENAPedro CaroloRafael FaracoRuY SilvaSaramaga, PinheiroSebllstilio AndradeVictor FontanaVlngt Rosa<strong>do</strong>Walter de Pré.MDBJorge GamaJúl!o CostamJlanLi<strong>do</strong>vJno FantonNêlio Loba,toPedro FariaSantilll SobrinhoValter PereiraREUNIõESQuartas e quintas-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo lI-SoJa 16-Ramals 642 e lln(Direto 226-IIU7)Secretâr1o: Ruy Omar Prudênclo da Silva8) COMISSAO DE FISCALlZAÇAO FINANCEIRAE TOMADA DE. CONTASPresidente: Furta<strong>do</strong> Leite - ARENAVice-Presidente: Jostas Leite - ARENAVice-Presidente: Eme.sto' de Marco - MDBTIAll&res/'ARENAAdhemar de Barros Jorge ArbageFl1hoJosué de So'UZl1.Albuto Ho!!mam NosserAlmeJdaAmilcar QueirozClIllteJW.l BrancoRafael FuacoTelroo José KlrlltClaudio PhUomeno Vasco NetoDaso Coimbrll. Wilson bielaIAIrton San<strong>do</strong>vlllE1qUisllon BoaresFelippe PennaJosé FreireLáZaro Carvll.1hoMarcello CerqulliraAdroal<strong>do</strong> CamposAlvaro GaudéncioÃlvaro ValleAngelino Rosa.Bias ForteEra.smo DiasFernan<strong>do</strong> GonçalvesFrancisco CastroAdalberto CamargoCarneiro ArnaudFeman<strong>do</strong> CoelhoJalro BrumJoel FerreiraLi<strong>do</strong>vino FantonAfro Ste!CanlnlCorreia LlroaCrlstlno CortesEdison LobãoHenrique BritoInocêncio OliveiraIsaac NewtonMUton BrandãoNagib HaickelCarlos NelsonDélio <strong>do</strong>s SantosFigueire<strong>do</strong> CorreiaJackson BarretoJerônimo Sllntana.José Cllrlos VasconcelosLeopol<strong>do</strong> BessoneAlUizio Bezerra.Antônio AnnibelliCristina TavaresEuclides ScalcoGeral<strong>do</strong> Flemin&'Hélio DuqueHorácio ortizIranil<strong>do</strong> Pereira.J&DBMarcelo Mede1rOllMarcio Mace<strong>do</strong>Peixoto FilhoRosa FlOTClSWalter SllvaSl1plentellARENAHéllo CamposHélio GarciaMax'celo LinharellMelo FreireMurilo MendesUbal<strong>do</strong> BaremWanderley MarillMDBNewton Car<strong>do</strong>soPaes de AndradePaulo BorgesRuY Cô<strong>do</strong>Tarcfsio Delga<strong>do</strong>Walber GuimarieaREVNIOESQuartas e quintas-felrlul, às 10 :00 horaaLocal: Anexo II - Sala 15 - Ramal ll65Secretário: Walter Gouvêa Costa9) COMISSAO DO INTERIORPresidente: Manoel Novne:; - ARENAVice-Presidente: Adauto Bezerra - ARENAVice-Presidente: Pedro Ivo - MDBAmllcar Queiroa:Angelo MagalhãeaAntonio Mor1motoBaidacci Fi1hoBelmiro TeixeiraBento GonçalvesBento LoboCbrlstovam ChiaradiaEdson VidlgalHugo Ms.rdiniTitularesARENAOswal<strong>do</strong> CoelhoPaulo FernzPaulP Guen-aRub, n Figueiró,Stoessel Doura<strong>do</strong>Thel.l<strong>do</strong>rico FelTaçoVicror TrovãoWanderley Marl%MDBLúcia ViveirosLuiz LealMendes de MeloMiro TeixeiraNewton Car<strong>do</strong>soRalph BiasiRoberto Freh'eSuplentesARENAHumberto SoutoJoão CâmaraJosé AmorlroJ osias LeiteMarão FilhoMauro SampaioMl1ton Figueire<strong>do</strong>Ruy Bllcelaí:Vival<strong>do</strong> FrotaMDBJ oel FerreiraJosé FreireModesto ,SilveiraNéllo Loba.toNey FerrelraRoque Aral!Tidei de Litu&REOIDOESQuarta.s e quintas-feiras, às 10 horlllJLoca.!: Anexo II - Sa.la li - Ramai. 611 e 1111secretário: Ivan Roque Alves


11588 Sexta-feira 19 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (seção I) OutubrO de 1ll7.10) COMI5SAO DE MINAS E ENERGIAPresidente: Jorge Vargas - ARENAVice-Presidente: HorâcIo Matos - ABJ!\NAVice-Presidente: Mauricio Fruet - MOBAécio Cunha.Adroal<strong>do</strong> CamposAntonio Ferreira.Belmiro TeixeiraCantidio &mpaloCarlos AugustoAlberto GoldmamAlvaro DiasAnt6nlo ZachariallFreitas DinizHorácio Ortll;AfrIsio Vieira. LimlloCarlos Sant'AnnaDelson SCaranoDJalma Bessa.Gomes da. Silva.Héllo LevYJoão AlbertoCar<strong>do</strong>llO FregapaniCristina TavaresElquillllOn SoaresFued DlbJerônimo Santana.308é FrejatTitularesARENAMOBJorge FerrazMarcelo CordeiroNélio LobatoOswal<strong>do</strong> Lima.'Rubem Doura<strong>do</strong>SuplentesARENAJoel RibeiroJosé PeIl1l<strong>do</strong>Nogueira. de RezendeOdulfo DominguesSimão SesslmVilela de Magalhãe8VagoMDBREUNIOESQuartas e quintas-feiras, às 10 :00 horasLocal: Anexo Ir - Sala 7 - Ramal 660Secretária.: AlUa. Feliclo Tobias11) COMISSAO DE REDAÇAOGenésio de BarrosHélio Garcia.João FaustinoPrisco Viana.Siqueira. CamposUbaldlno MelrelesLeo SimõesLeônidas SampaioOctacllio QueirozSantilli SobrinhóTidei de LimaPresidente: Airon Rios - ARENAVice-Presidente: DjaJma Bessa - ARENAVice-Presidente: !ra.nil<strong>do</strong> Pereira. - MOBDuo Coimbra.AudlUio DantasCantidio SampaioClaudino SalesAlcir Pimenta1l'1iUeire<strong>do</strong> Correia.REUNIOESQuartas e quintas-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo II - Sala 14 - Ramal 67:lSecretária: Laura Perrela Parlsi12) COMI5SAO DE RELAÇõES EXTERIORESPresidente: Joaquim Coutinho - ARENAVice-Presidente: BiIIlI Fortes - ARENAVice-Presidente: João Me=es - MDBAntonio UenoBatlat& Mlra.ndaCélio Borja.Cid Furta<strong>do</strong>Geral<strong>do</strong> GuedesHugo Napoleãottalo ContiJol!.o LinharesTitularesARENAFurta<strong>do</strong> LeiteMDBWalter SilvaSuplentellARENAHugo NapoleãoPrisco VIana.MDBJoel VivasTitularesARENAMagalhães PintoMarcelo LinharesNogueira. de ResendePinheiro Macha<strong>do</strong>Raymun<strong>do</strong> DinizRogério RegoUbal<strong>do</strong> Bamn.Adalberto CamargoAluízio BezerraCarlos Santos!ram Sa.raivaJairo BrurnJúnill MariseMar: Dowell Leite deCastroAdriano ValenteAnisio de Souza.Augusto LucenaCláudio PhilomenoDlogo NOnl1lnr.Ernani SatyroFernan<strong>do</strong> MagalhãesFrancisco RolemberJHermes Mace<strong>do</strong>Arnal<strong>do</strong> LafayetteFrancisco PintoHildérico OliveiraIsrael DLas-NovaesJG de Ara1ljo JorgeJoão CUnllAJorge Uequed13) COMISSAO DE SAODEAdernar Pereira.Borges da SilveiraDario TavaresLudgero RaulinoMauro SampaioCarneiro ArnaudEucUdes ScalcoJoel VivasLeOnidas SampaioBraga RamosCarlos ChiarelliCastejon BrancoGenésio de BarrosInocêncio OliveiraAmâncio A%eve<strong>do</strong>Athyê CouryBenjamim FarahCarlos BezerraMDBMagnus Guimaril.esSebastião Rodrii;ue,llJúniorThales RamalhoUlysses Guimarãe.sWaldir WalterWaldmir BellnatiSuplentesARENAJúlio CamposLeorne BelémLeur !.omantoNorton Mace<strong>do</strong>Paulo StudartRaul Bernar<strong>do</strong>Roberto GalvaniRuben FigueiróMDBJooé CamargoLeopol<strong>do</strong> :Bes$oneMarcus Cunha.Men<strong>do</strong>nça NetoModesto SilveiraRoberto CarvalhoRosa FloresPresidente:-:MOBVice-Presidente: José de Castro Coimbra:MDBVice-Presidente: Fl'ancisco Rollemberg - ARENAMenandro MinahimNavarro Vieira FilhoPedro Correa.Ubal<strong>do</strong> DantasMDBMário HatoMax MauroPedro LucenaRosemburgo RomanoSuplentesARENAJoão AlvesManoel Novaessalva<strong>do</strong>r JulianelliVasco NetoWilson FalcãoMDBErnesto Dall'OglioJorge Vianna.Luiz BaptistaWaldmir BelinatlVagoREUNIOESQuartas e quintas-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo II-Bala lO-Ramais 681 e 118:lSecretária: Iná Fernandes Costa14) COMI5SAO DE SEGURANÇA NACIONALPresidente: Alipio Carvalho - ARENAVice-Presidente: Hélio camp05 - ARENAVice-Presidente: Ney Ferreira - MDBEdson VidigalEra.smoDiasHarol<strong>do</strong> SanfordOdulfo DominlluuREUNIOESQuartas e quintas-feirllll, às 10:00 horllllLocal: Anexo II - Sala. 7 - Ramal 677secretário: José de Anchieta Souza.Titula.resARENATitularesARENAPaulo StUdartPaulo TorreaTelêmaco POmpe1Antonio PontesAirton SoaresCarlos CottaEloar GUllZllelliHenrique Turnerítalo ContiJ amei cecilioJosé Ribamar Macha<strong>do</strong>Milton BrandâoFlorim CoutinhoFreitas DinizGe:rel<strong>do</strong> FlemingMário Frota. IIDBIranll<strong>do</strong> PereiraJoel FerreiraPéricles GonçalTMSuplentesARENAOswal<strong>do</strong> CoelhoPaulo GuerraTúllo BaroeJasVicente GuabirobaMDBOctavio TorrlllClIlaVagoVagoVagoREUNIO:mSQuartas e quintas-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo 11- Bala 13 - Ramais 688 eAISecretário: Paulo Emanl Fonseca AirM15) COMISSAO DE SERVIÇO POBLlCOPresidente: Paes de Andrade - :MDBVice-Presidente: José Mauricio - MDBVice-Presidente: - ARENATltulareaARENAAltair Chag>asAngelino RosaArnal<strong>do</strong> BusatoAugusto LucenaFernan<strong>do</strong> GonçalvesFrancisco de ClIIllroJoão CâmaraMoacyr LopesOssian Arari~Wildy ViannaAlceu CoUaresBenjamim FarahFrancisco PintoFreitas NobreAdauto BezerraAdernar PereiraAlbérico CordeiroCid Furta<strong>do</strong>Claudino SalesDjalma MarinhoCarlos AlbertoCelso Peçanha.Fernan<strong>do</strong> CoelhoIranil<strong>do</strong> PereiraPedro IvoMDBHeitor AlenllllrFurta<strong>do</strong>Jorge Gama.Juarez Furta<strong>do</strong>St.q>lenlllllARENAHugo RodriBuesda CUnhaHorá.cio MatosOsval<strong>do</strong> MeloPaulo FerrazMOBPedro LucenaPeixoto FilhoSergio FerraraSérgio MuriloREUNIOE:SQuartas-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo Ir - Sala 12 - Raml\l1l9tSecretário: Hélio Alves Ribeiro16) COMISSAD DE TRABALHO E LEGISLAÇAOSOCIALPresidente: Adhemar Ghisi - ARENAVice-Presidente: Nilson Gibson - ARENAVice-Presidente: José Costa - :MOBAlvaro OaudêncioArtenir WernerBonifá.cIo dl'AndradaCarlos ChiarelliCarlos WilsonDlogo NornuraJoão AlvesJúlio CamposAml\deu Oeara.Arnal<strong>do</strong> La!a.yetteAudâJio DantasAurélio PeresBenedito MarcllioDel Bosco AmaralEdIlOn KhairTitula.rtlllARENALuiz Rocha.Maluly NettoNelson MorroOscar LeitãoPedro CaroloTúlio Barce105Vival<strong>do</strong> FrotaMDBFlávio ChavesJúlio CostamilanOctâvio Torreci1laTertuliano A%eve<strong>do</strong>Valter GarciaV~lter Pereira


Outubro de 19'79 DlAJUo DO CONGRESSO NACIONAL (8cçio I) Sexta-feira 19 11589Antonio OomeaArnBJ<strong>do</strong> BllIl&toBezerra de MeloBor~ea da SilveiraBrp.bo de Carvalhol"urta<strong>do</strong> LeiteOeral<strong>do</strong> BulhõesOiôi.. JúniorIbrahlm Abi-MkelCulos AlbertoDélio <strong>do</strong>s SantosEdgard Amorim:Eloar Guazze11lEIll.UÍSson Soares:Fernan<strong>do</strong> Cunha.Jayro Maltoni17) COMISSAO DE TRANSPORTESAdalberto CamargoAirton Sail<strong>do</strong>valCarlos NelsonEme&to de :MarcoFranoisco Libar<strong>do</strong>niSuplente$ARENAJoacil PereiraJosé CarlosFagundelLygia Lesse. BlUItoIPedro Corrêa~nde MonteiroSiqueira Camp05Ubaldino MelrellesUbal<strong>do</strong> DantasMOBJoão CunhaJoão HerculinoJorge CouryMax MauroNatalOaleRosa FloresWBJdir WalterREUNIOESQuartas e quintllll-:!eiras. às 10 :00 'horlollLocal: Anexo II - Sala. 15 - RamBJ M'ISecretário: Agasais N)'lander BritoPresidente: Ruy Bacelar - ARENAVice-Presidente: :R&ul Bernar<strong>do</strong> - ARENAVice-Presidente: OCtacillo Queiroz - MOBAlair Ferreira.Alcides FranciscatoBento GonçalvesDarcy PozzaHélio LevYHermes Mace<strong>do</strong>Fernan<strong>do</strong> CoelhoFernan<strong>do</strong> lu'raFrancisco LeãoFued DlbGilson BarrosAlcebiades de OliveiraAllpio CarvalhoCesárlo BarretoCláudio StrassburgerCrlstino CortesDárlo TavaresDIval<strong>do</strong> SuruagyritularesARENAHydekel FreitasJoel RibeiroManoel RibeIroRezende MonteiroSimão SessimVilela de MagalhãesMDBJayro MaltoniOctacilio de AlmeidaPaulo BorgesSérgio FerrlU"llTidei de LimaSuplentesARENAEmidio PerondiFrancisco BenjaminJoão LinharesJoaquim GuerraMário StammNava.rro Vieira FilhoVagoMDBIturival NascimentoMário MoreiraNabor JúniorOctávio Torreci1ll!.Paulo RattesHorácio OrtlzREUNIOESQuartas e quintas-feiras, às 10:00 harluILocal: Anexo II - sala. 5 - Rs. 696, 697 e G98Secretário: OM'los BJ'asil de AraújoCOORDENAÇÃO Df COMISSOESTEMPORARIASDIretor: Abeguar Macha<strong>do</strong> MasseraLocal: Anexo II - Telefone: 226-2912 (direto)Ramal - 749Seçáo de Comissões EspeciaiPrazo: 1IO-5-79 a 17-3-80Presidente: Antônio Morlmotó - .ARJ:KAVice-Presidente: João carll]jJDeCarli-ABZKA~la..tor: Pa..uJo Ratta - MOBEdilson LamartineGomes da SilvaMário StammCar<strong>do</strong>so FregapantCarl06 BezerraVagoVagoritu1&resARENACar<strong>do</strong>so de AlmeidaVictor Fontana'MDBPimenta da VeleaWalber Guimarãe.SuplentesARENANorton Mace<strong>do</strong>Odulfo DOmlniuuRuben F1~uelróMDBHélio DuqueMendes de MeloVagoREUNIOESQuintas-felru, às 9:00 horasLocal: Anexo II - sala das CPIs.Ramais: 49'1- 1109 - M'I- Anexo mSecretária: Myrthes Hooper Silva4) COMISsAO PARLAMENTAR DE INQUrRrrODESTINADA A INVESTIGAR AS ATIVIDADESLIGADAS A INDOSTRIA FARMACluTKA EMTDDO O TERRITÓRIO NACIONALREQUERIMENTO N,o 25, DE 19711(OPI)Prazo: 8-8-79 a 26-4-80Presidente: Inocêncio Oliveira - ARIlNAVice-Presidente: Ubal<strong>do</strong> Dantas - ARDARelator: SebastIão Rodrigues Junior - :MOSRelator-Substituto: Max Mauro - MOBrUularesARENACantidlo SampAIoDario Tan,re.


11590 Sexta-feira 19 DIABlO DO CONGB&S80 NACIONAL (Betio I) Outubro de 1mOameiro AmaudKário HaioMImWr.1dmir BellnailS.pleatellABmfAN ..v&ITO Vieira. J'l1hoPedro Coire..Wilaon lI'r.1cioMImJosé de castro CoimbraRuy COItom:umOISQuartas e quintas-feiras, às 9:30 horasLocIo1: Anexo IX - s.1Io das CPIaRamrJa: wr - SOl) - 6'7 - .Anexo m8ecretárto: sebasUão Augusto Macha<strong>do</strong>5) COMISSAO PARLAMENTAR DE INQUbrroDESTIlADA A RtVESTIGAR DISTOIlÇ6ESOCORRIDAS NA EXECUÇAO DOS PLANOS DEDESENVOLVIMENTO DA AMAZôNIARESOLUÇAO NP 18/79PralIo: 13-09-79 a ~-06-80Presidente: JOBué de Souza - ARENAVice-Prel!idente: Brabo de Carvalho - ARENARelator: Deputa<strong>do</strong> Ja.d.er Barbalho - :MDBJüllo MarlinsManoel RibeiroAluizio :ee-ra.AntônIio Pontes'l'ftulansARENARafael FaracoWíldy V.iaIDJlaMDBJea-6nimo BantlmloMário FTota.SupJe!ltesARENAAm~ de QueiroIll Nooser AlmeidaBento LoboPaulo GuerraIsaac Newton Vival<strong>do</strong> FrotaMDBAntônio CarlosEpitã.cio Ca;teteiIraGeral<strong>do</strong> FleminrNélio LobMloFreitafl Dinlz:RíI!lDNIOIlBTerças-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo IX - P.lenâ.rio das CPI.sRamais: 497, 509 e M7


Outubro de 19790 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sexta-feira 19 11591REVISTA DE INFORMAÇÃOLEGISLATIVAEstá circulan<strong>do</strong> o nC?61 da REVISTA DE INFOR­MAÇÃO lEGISLATIVA, periódico trimestral de pesquisa jurídicae <strong>do</strong>cumentação legislativa edita<strong>do</strong> pela SUBSECRETARIA DEEDIÇOES TécNICAS DO SENADO FEDERAL.Este número contém as teses e conclusões <strong>do</strong> 1C?<strong>Congresso</strong> Latino-Americano sobre Meios de Comunicação e Pre­'venção <strong>do</strong> Delito, realiza<strong>do</strong> na Colômbia, extensa pesquisa sobrea problemática <strong>do</strong> menor (Luiz Otávio de Oliveira Amaral), o his-,tórico da Emenda Constitucional nC?12/78 e trabalhos <strong>do</strong>utrináriossobre: aregulamentação <strong>do</strong> art. 106 da Constituição(Paulo Emílio Ribeiro de Vilhena), a argüição de relevância daquestão federal (lduna W. Abreu), desenvolvimento <strong>do</strong> direitoautoral (Antônio Chaves), o orçamento-programa e suas implicações(Janes França Martins), a recente evolução jurisprudencialna interpretação da Lei n Q 4.121 (Arnol<strong>do</strong> Wald), legislação previdenciária(Sul/y Alves de Souza), tributação urbana (Fides AngélicaOmmati), Lei das S.A. (Otto Gil e José Reinal<strong>do</strong> de LimaLopes), o princípio da probidade no Código de Processo Civil (Alcidesde Men<strong>do</strong>nça Lima) e o "certiorari" americano e a avocatóriano STF (/gor Tenório)., • i _A revista, conten<strong>do</strong> 330 páginas, pode ser obtidaao preço de Cr$ 30,00, pelo sistema de reembolso postal, dirigi<strong>do</strong>o pedi<strong>do</strong> à SUBSECRETARIA DE' EDIÇOES TÉCNICASSENADO FEDERAL - Brasília, DF - CEP: 70.160.


centro Gráfico <strong>do</strong> sena<strong>do</strong> .FederalCaixa PNtal 1.201Bralrua - DJI'IPII!tO DESTE mMPlAR, CR$ 1.00 IEDIÇÃO DE HOJE: 80 PÁGINAS

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