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Charge e ideologia: A emergncia da polmica entre Isl e Ocidente no ...

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quais de<strong>no</strong>minamos gêneros do discurso.” (BAKHTIN, 2003, p. 262). Nessa perspectiva, ogênero textual se caracteriza por possui características fun<strong>da</strong>mentais que os distingue deoutros gêneros. Assim, uma charge, apesar <strong>da</strong> variação cultural, possuirá traços específicosem sua forma que a identificará.A charge está intrinsecamente liga<strong>da</strong> a acontecimentos recentes, logo, ela tambémpoderá refletir o debate público e promover a discussão social através <strong>da</strong> mídia, (teoria doagen<strong>da</strong>mento). Apesar de não ser uma tese consensual, a teoria ou hipótese <strong>da</strong> agen<strong>da</strong>setting5 propõe a existência de uma relação causal <strong>entre</strong> a agen<strong>da</strong> midiática, aquilo que éveiculado <strong>no</strong>s meios de comunicação, e a agen<strong>da</strong> pública. De acordo com Traquina (2003)os trabalhos posteriores procuram confirmar a hipótese <strong>da</strong> teoria do agen<strong>da</strong>mento além deindicarem um poder maior do jornalismo.Assim “Os atributos enfatizados pelo campo jornalístico podem influenciardiretamente a direção <strong>da</strong> opinião pública [...]” (TRAQUINA, 2004, p. 43). Segundo Sousa(2004), essa capaci<strong>da</strong>de que a mídia tem de agen<strong>da</strong>r temas para um possível debatepúblico, já se encontrava <strong>no</strong>s estudos <strong>da</strong> comunicação, como os realizados por GabrielTarde em 1901. Ain<strong>da</strong> de acordo com o autor a “capaci<strong>da</strong>de de agen<strong>da</strong>mento dos temasdifere de meio para meio, mas não há conclusões definitivas sobre qual dos media temmais capaci<strong>da</strong>de de agen<strong>da</strong>mento [...]” (SOUSA, 2004, p. 294). Defendemos, <strong>entre</strong>tanto,que aquilo que é veiculado na mídia 6 pode favorecer a discussão e o debate social e que oinverso também poderá ocorrer. É o que se observa <strong>no</strong> texto analisado, pois as discussões5 O termo agen<strong>da</strong>mento (agen<strong>da</strong>-setting) foi empregado pela primeira vez em 1972 num artigo de McCombse Shaw. Segundo os autores, a mídia detinha um poder limitado de influenciar as pessoas, agindo em seuprocesso de cognição ao determinar, <strong>no</strong>s veículos, os temas <strong>no</strong>ticiados e que, possivelmente, entrariam emdiscussão pública.6Nessa definição, incluímos além dos <strong>no</strong>ticiosos os demais produtos midiáticos, como a publici<strong>da</strong>de,tele<strong>no</strong>velas, cinema, <strong>entre</strong> outros.10

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