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a origem do crime organizado no brasil: conceito e aspectos históricos

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[...] Vou aos morros e vejo crianças com disposição, fuman<strong>do</strong> e venden<strong>do</strong>basea<strong>do</strong>. Futuramente, elas serão três milhões de a<strong>do</strong>lescentes quematarão vocês [a polícia] nas esquinas. Já pensou o que serão três milhõesde a<strong>do</strong>lescentes e dez milhões de desemprega<strong>do</strong>s em armas? QuantosBangu Um, Dois, Três, Quatro, Cinco... terão que ser construí<strong>do</strong>s paraencarcerar essa massa?(AMORIM, 2004, p. 348)As palavras de Willian são o retrato fiel da vida miserável e sofrida dascrianças e jovens <strong>do</strong> Brasil. Desta forma, é fácil compreender o aumento dacriminalidade juvenil, sen<strong>do</strong> cada vez me<strong>no</strong>r a faixa etária <strong>do</strong> jovem que entra <strong>no</strong>mun<strong>do</strong> <strong>do</strong> <strong>crime</strong>.5 CONCLUSÃOApós esta breve exposição entor<strong>no</strong> <strong>do</strong> desenvolvimento da criminalidadeorganizada <strong>no</strong> Brasil, é forçoso reconhecer que ainda há muito a ser feito. Aexistência de uma legislação de combate a este tipo de <strong>crime</strong> não é suficiente, por sisó, para solucionar o problema das facções crimi<strong>no</strong>sas, sobretu<strong>do</strong> por ter silencia<strong>do</strong>sobre uma questão vital para a sua mais ampla e perfeita aplicação: não traz em seubojo uma tipificação que defina e delimite o que se entende por <strong>crime</strong> organiza<strong>do</strong>.Ações crimi<strong>no</strong>sas que repercutem com um impacto sem igual dentro da sociedade,atingin<strong>do</strong> a to<strong>do</strong>s indistintamente, merecem um tratamento diferencia<strong>do</strong> <strong>do</strong>s demaistipos de <strong>crime</strong>s.Além da elaboração de leis, o Esta<strong>do</strong> deve montar estratégias de cunhosocioeconômico, ten<strong>do</strong> si<strong>do</strong> demonstra<strong>do</strong> <strong>no</strong> decorrer <strong>do</strong> trabalho que a falta deperspectiva serve de fomento para a entrada de jovens <strong>no</strong> mun<strong>do</strong> <strong>do</strong> <strong>crime</strong>. Destaforma, deve existir um maciço investimento estatal nas áreas sociais, comoemprego, educação, lazer, melhores salários, saúde, entre outros, funcionan<strong>do</strong>como medidas preventivas à medida que proporciona uma melhoria na qualidade devida das pessoas, crian<strong>do</strong> <strong>no</strong>vas perspectivas de vida.A história da formação e <strong>do</strong> desenvolvimento <strong>do</strong> Coman<strong>do</strong> Vermelho (CV)e Primeiro Coman<strong>do</strong> da Capital (PCC) <strong>no</strong>s mostra o quanto o poder público foirelapso ao não enfrentar o problema que se desenvolvia <strong>no</strong> interior de suas

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