Mudança Organizacional e Identidade de Pessoas: O caso da ...
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Mu<strong>da</strong>nça <strong>Organizacional</strong> e <strong>I<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Pessoas</strong>: O <strong>caso</strong> <strong>da</strong> FunasaAutoria: Maria Auxiliadora Diniz <strong>de</strong> Sá, Urânia Catão Maribondo <strong>da</strong> Trin<strong>da</strong><strong>de</strong>RESUMOAs organizações públicas e priva<strong>da</strong>s nunca passaram por processos <strong>de</strong> mu<strong>da</strong>nças tão rápidos eiminentes como os que softem atualmente. As repercussões <strong>de</strong>ssas transformações recaem,principalmente, sobre os indivíduos que passam por todo um processo <strong>de</strong> crise interior que abalasua estrutura <strong>de</strong> formação, cultura, valores, comportamentos, enfim, sua i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong>, tanto emâmbito individual como profissional. Assim, o objetivo central <strong>de</strong>ste trabalho é analisar o impacto<strong>da</strong> mu<strong>da</strong>nça organizacional sobre a i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong> profissional dos indivíduos e, em particular, o <strong>caso</strong><strong>da</strong> Fun<strong>da</strong>ção Nacional <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> - FUNASA - Instituição Pública Fe<strong>de</strong>ral, que vem atualmentepassando por mu<strong>da</strong>nças estruturais que atingem, sobremaneira, a i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong> dos indivíduos.Os resultados obtidos, permitiram a <strong>de</strong>finição do perfil do funcionário <strong>da</strong> FUNASA, a análisecomparativa <strong>da</strong>s situações anteriores às mu<strong>da</strong>nças com a atual, em termos <strong>da</strong> organização dotrabalho, <strong>da</strong>s relações interpessoais e do estilo <strong>de</strong> gestão. A partir <strong>da</strong>í, pô<strong>de</strong>-se concluir que ainfluência <strong>de</strong>sses fatores <strong>de</strong> mu<strong>da</strong>nça sobre a pessoa indica uma gran<strong>de</strong> insatisfação na maneiracomo tem sido conduzido o processo <strong>de</strong> mu<strong>da</strong>nça na FUNASA.1 Mu<strong>da</strong>nça organizacional: Aspectos conceituaisO homem é um ser mutante. A mu<strong>da</strong>nça está constantemente presente em sua vi<strong>da</strong> e emtudo o que o envolve: nas estações do ano, nas fases <strong>da</strong> lua, nos processos biológicos, noambiente social. Enfim, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o momento em que nasce, até a morte, o homem mu<strong>da</strong>permanentemente, embora não se sinta muito à vonta<strong>de</strong> diante <strong>de</strong> mu<strong>da</strong>nças. Para Davis eNewstrom (1996) o homem sente que algo o inquieta ao perceber-se em mu<strong>da</strong>nça e então, reage<strong>da</strong>s mais diversas formas.No nível organizacional, esse assunto também é preocupante, visto que, segundoKanaane (1995) o trabalho representa uma <strong>da</strong>s formas <strong>de</strong> relação do homem com o meio no qualse insere, significando um fator <strong>de</strong> equilíbrio psicológico e <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento através do qual setem acesso aos diferentes grupos existentes na socie<strong>da</strong><strong>de</strong>; é uma fonte <strong>de</strong> realização pessoal, além<strong>de</strong> objeto <strong>de</strong> ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia.Segundo Vasconcelos et aI (2000) programas <strong>de</strong> mu<strong>da</strong>nça organizacional impostos e <strong>de</strong>forma repentina, mesmo em nome do <strong>de</strong>senvolvimento econômico <strong>da</strong> empresa e visando rompercom o passado e com a história <strong>da</strong> organização, po<strong>de</strong> provocar uma crise i<strong>de</strong>ntitária em algunsgrupos ... e gerar fortes fenômenos <strong>de</strong> resistência organizacional (p.4).Neste trabalho utilizaremos o conceito <strong>de</strong> Wood (1995, p.190):mu<strong>da</strong>nça organizacional é qualquer transformação <strong>de</strong>natureza estrutural, institucional, estratégica, cultural,tecnológica, humana, ou <strong>de</strong> qualquer outrocomponente, capaz <strong>de</strong> gerar impacto em partes ou noconjunto <strong>da</strong> organização.Segundo Cal<strong>da</strong>s e Wood (1999) historicamente po<strong>de</strong>mos enten<strong>de</strong>r a evolução <strong>da</strong>smu<strong>da</strong>nças organizacionais em quatro momentos: Inicialmente se enfatizava a estrutura e osprocessos formais <strong>da</strong> empresa: o que importava naquele momento era o funcionamento a<strong>de</strong>quado<strong>de</strong> to<strong>da</strong>s as peças <strong>de</strong> sua configuração mecanicista.~
Com a falência <strong>de</strong>sse mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong>vido à impossibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> gerenciamento <strong>da</strong>sffeqüentes mu<strong>da</strong>nças, mudou-se o foco para as pessoas e suas relações: surgiu assim o segundomomento, on<strong>de</strong> to<strong>da</strong>s as atenções estavam ali volta<strong>da</strong>s para o comportamento e o climaorganizacional. Previa-se que diminuindo-se os conflitos e administrando-se a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>mente asrelações <strong>da</strong>s pessoas, ter-se-ia como resultado um melhor <strong>de</strong>sempenho <strong>da</strong>s empresas.Posteriormente, passou-se a valorizar o ambiente como elemento central <strong>da</strong>s mu<strong>da</strong>nças,surgindo, <strong>de</strong>ssa forma, o terceiro momento: ali, o pressuposto básico era a a<strong>da</strong>ptação <strong>da</strong>organização ao meio ambiente. Quanto mais a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> essa relação, melhor o <strong>de</strong>sempenho <strong>da</strong>empresa.Num quarto momento, evi<strong>de</strong>nciou-se a busca pela quali<strong>da</strong><strong>de</strong> e produtivi<strong>da</strong><strong>de</strong>. A ênfaseagora é <strong>da</strong><strong>da</strong> à disciplina e ao comprometimento com o trabalho. Essa abor<strong>da</strong>gem parte dopressuposto <strong>de</strong> que mu<strong>da</strong>nça organizacional não é um evento isolado, mas sim um processo <strong>de</strong>melhoria contínua.2 Mu<strong>da</strong>nça nas organizaçõesSegundo Moggi e Burkhard (1999) o processo <strong>de</strong> mu<strong>da</strong>nça nas organizações ocorre apartir <strong>da</strong>s seguintes dimensões ou níveis qualitativos: nível <strong>da</strong> i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong> ou dos dirigentes <strong>de</strong>carreira, que são os responsáveis pela estratégia e pelos resultados <strong>da</strong>s operações. São essaspessoas que <strong>de</strong>terminam a i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong>, o caráter ou a essência <strong>da</strong> empresa. Para este nível, aurgência <strong>da</strong> mu<strong>da</strong>nça se verifica quando a empresa não tem respostas claras e sóli<strong>da</strong>s paraquestões estratégicas do tipo - por que estamos neste negócio? Quais são nossos valores? Etc.Nessa fase, po<strong>de</strong>-se pensar que a organização encontra-se em uma crise <strong>de</strong> i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong>,conseqüência <strong>da</strong> falta <strong>de</strong> visão estratégica.O segundo nível, o <strong>da</strong>s pessoas ou <strong>da</strong>s relações, revela o que acontece entre osparticipantes. A mu<strong>da</strong>nça toma-se necessária quando o clima organizacional toma-se inaceitável,há <strong>de</strong>smotivação, problemas <strong>de</strong> li<strong>de</strong>rança etc. Neste estágio, a organização encontra-se vivendouma crise pois são as pessoas que implementam as estratégias <strong>da</strong> empresa.O terceiro nível, o dos processos ou fluxos básicos <strong>de</strong> produção e comercialização <strong>de</strong>produtos e/ou serviços. Neste <strong>caso</strong>, a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> mu<strong>da</strong>nça surge com a crise <strong>de</strong> resultados, ouseja, as operações rotineiras <strong>da</strong> empresa não geram resultados suficientes para suprir os recursosempregados nas operações e pagar acionistas ou aplicar em expansão;Finalmente o quarto nível, o dos recursos, formado por terrenos, equipamentos etc. Aquifica evi<strong>de</strong>ncia<strong>da</strong> a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> mu<strong>da</strong>nça quando a organização encontra-se em situação crítica,precisando ven<strong>de</strong>r seus ativos para pagar dívi<strong>da</strong>s. É a crise <strong>da</strong> liqui<strong>de</strong>z, quando na maioria <strong>da</strong>svezes não é mais possível implementar mu<strong>da</strong>nças.Por outro lado, mu<strong>da</strong>nças na organização po<strong>de</strong>m significar sentimentos <strong>de</strong> dissolução <strong>de</strong>aspectos elementares do indivíduo, expressando, inclusive, a noção <strong>de</strong> per<strong>da</strong> ou perturbação <strong>de</strong>sua i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong>. Segundo Cal<strong>da</strong>s e Wood (1999, p.263) ...construímos o que somos por meio doque fazemos.De sua parte, alguns autores <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>m que mu<strong>da</strong>nças traumáticas dissolvem significadosdo eu individual e Cal<strong>da</strong>s e Wood (op. cit., p.264) afirmam também que hoje, boa parte dossignificados que construímos - sobre o mundo e sobre nós mesmos - tem uma organização ou umpapel organizacional como referencial3 Resistência à mu<strong>da</strong>nça organizacionalAs pessoas reagem diferentemente diante <strong>de</strong> uma mu<strong>da</strong>nça e o que <strong>de</strong>termina essareação, segundo Davis e Newstrom (1996), são os sentimentos que afloram no indivíduo <strong>de</strong>-- - -- ---- ------
maneiras diversas, elas são causa<strong>da</strong>s pela história <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> um e pelo ambiente <strong>de</strong>trabalho.Nessa perspectiva, po<strong>de</strong>mos dizer que a resistência às mu<strong>da</strong>nças é uma reação natural doser humano diante <strong>de</strong> algo novo, <strong>de</strong>sconhecido, que vai interferir em seu status quo estabelecido.Consiste em qualquer atitu<strong>de</strong> do empregado para atrapalhar, atrasar e até impedir a implantação<strong>de</strong> uma modificação no trabalho (Davis e Newstrom, 1996).Mas, apesar <strong>de</strong> to<strong>da</strong>s as resistências, e principalmente, diante <strong>da</strong> reali<strong>da</strong><strong>de</strong> econômica esocial em que se vive atualmente, mu<strong>da</strong>r toma-se uma necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> imperiosa para o crescimentoindividual e organizacional. Nessa perspectiva, <strong>de</strong>ve-se buscar a fonte <strong>de</strong> motivação individualpara as alterações do cotidiano no trabalho. Nesse sentido, Davis e Newstrom (1996, p.43)colocam que uma mu<strong>da</strong>nça po<strong>de</strong> ser um sucesso ou um problema, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo <strong>da</strong> habili<strong>da</strong><strong>de</strong>com a qualfoi gerencia<strong>da</strong> para minimizar a resistência.Para Malvezzi (2000) com as mu<strong>da</strong>nças, aumenta a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> versatili<strong>da</strong><strong>de</strong> equalificação do indivíduo. Hoje, é fun<strong>da</strong>mental manter-se num processo <strong>de</strong> aprendizagemcontínua. Afirma esse autor que o trabalhador i<strong>de</strong>al é aquele que se apropria <strong>da</strong> reconstrução <strong>de</strong>sua i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong> (...) como um sujeito que transforma a si mesmo (p.140).4 <strong>I<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Pessoas</strong>: Nível individualO uso do termo i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong> tem suas raízes no pensamento clássico: ela se faz presente nalógica, na álgebra e na filosofia. Porém, ao longo dos tempos, a idéia <strong>de</strong> i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong> foi ganhandonovos significados e sua aplicação difundiu-se nas mais diversas áreas com utilização tãodiversifica<strong>da</strong> que seu conceito original tomou-se mais generalizado e complexo do queanteriormente.Para Ciampa (1999), a primeira noção <strong>de</strong> i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong> oriun<strong>da</strong> <strong>da</strong> diferença e <strong>da</strong> igual<strong>da</strong><strong>de</strong>surge na família: o primeiro grupo social ao qual o indivíduo pertence. Esse grupo <strong>de</strong> um lado,dá o nome (prenome) ao indivíduo, diferenciando-o <strong>de</strong> seus familiares; <strong>de</strong> outro, seu sobrenome,igualando-o aos <strong>de</strong>mais membros <strong>de</strong> sua família.Segundo Cal<strong>da</strong>s (1999, p. 265),objetos e experiências que mediam nossas relaçõescom o mundo, nos aju<strong>da</strong>m a sustentar nosso sentido <strong>de</strong>i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong> e a reforçar o que somos, como nos situamosno mundo e os laços fun<strong>da</strong>mentais que temos com anossa reali<strong>da</strong><strong>de</strong>.Para Cal<strong>da</strong>s e Wood (1999) i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong> é concebi<strong>da</strong> como um atributo sociocognitivo, ouseja, não é algo exclusivo e inato ao indivíduo: o grupo, a organização e a humani<strong>da</strong><strong>de</strong> também apossuem e ela passa a ser vista reflexivamente como o indivíduo vê a si mesmo. A i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong> écompreendi<strong>da</strong>, por esses autores, como uma classificação do self (o que i<strong>de</strong>ntifica a pessoa comoúnica) expressa pelo indivíduo como reconheci<strong>da</strong>mente diferente dos <strong>de</strong>mais e como similar amembros <strong>de</strong> uma mesma classe. Ela é entendi<strong>da</strong> também como algo central, distintivo eduradouro e questiona<strong>da</strong> quando se preten<strong>de</strong> associá-Ia à configuração <strong>da</strong>s organizações.No enten<strong>de</strong>r <strong>de</strong> Jacques (1999, p.163) é do contexto histórico e social em que o homemvive que <strong>de</strong>correm as possibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s e impossibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s, os modos e alternativas <strong>de</strong> suai<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong>. Porém o indivíduo tem um papel ativo nesse processo tanto na construção <strong>de</strong>ssecontexto a partir <strong>de</strong> sua interação, como na sua a<strong>da</strong>ptação. Dessa forma, a i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong> se configuracomo <strong>de</strong>termina<strong>da</strong> e <strong>de</strong>terminante: o indivíduo revela-se ao mesmo tempo personagem e autor <strong>de</strong>uma história em que ele, ao mesmo tempo, vai construindo e é por ela construído.-- .--------.---.-------..------
Ciampa (1998) reconhece a i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong> como algo estático, num primeiro momento,a qual <strong>de</strong>fine o ser, representado pelo seu nome próprio que, <strong>de</strong> sua parte confirma e vali<strong>da</strong> ai<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>sse ser. A partir <strong>da</strong>í, esse autor <strong>de</strong>monstra o dinamismo do processo na produção <strong>da</strong>i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong>: quando nomeados, ao nascerem, os indivíduos são <strong>de</strong>terminados por alguém. Emsegui<strong>da</strong>, a partir do momento em que se adquire consciência, eles são capazes <strong>de</strong> refletir e <strong>de</strong> sei<strong>de</strong>ntificar com aquele nome; nesse momento diz-se que se assumiu uma i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong>. Assim, ai<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong> que antes apresentava-se estática, na visão <strong>da</strong>quele autor, assume a forma <strong>de</strong> umnome e passa a adotar várias outras formas <strong>de</strong> ser, como papéis.Esse mesmo autor (op. cit., p.136) conceitua papel como uma ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> padroniza<strong>da</strong>previamente e coloca o <strong>de</strong>sempenho dos papéis como <strong>de</strong> fun<strong>da</strong>mental importância para oreconhecimento social do indivíduo, embora seja a forma personagem o que melhor expressa agenerali<strong>da</strong><strong>de</strong> do papel. A i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong> então assume a forma personagem, ain<strong>da</strong> que esta sejachama<strong>da</strong> pelo nome próprio, por um apelido, por um papel, etc. (Ciampa, op. cit., p.134).Essa idéia <strong>de</strong> transformação nos remete ao caráter <strong>de</strong> metamorfose <strong>da</strong> i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong>,coloca<strong>da</strong> por Ciampa (1998) quando <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> que a i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong> não fica estática pois a própriareali<strong>da</strong><strong>de</strong> é movimento, transformação; uma dialética que consente no <strong>de</strong>svelamento <strong>da</strong>si<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong>s. Portanto, segundo ain<strong>da</strong> esse mesmo autor (p.146) é pela prática transformadora <strong>de</strong>si e do mundo que nos aproximamos <strong>da</strong> i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong> metamorfose, como a uni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>,<strong>da</strong> consciência e <strong>da</strong> i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong>.Para Ciampa ain<strong>da</strong> (op. cit., p. 156-157) há uma preocupação em contextualizar ai<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong> pessoal com a história do indivíduo: uma i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong> nos aparece como a articulação<strong>de</strong> várias personagens, articulação <strong>de</strong> igual<strong>da</strong><strong>de</strong>s e diferenças, constituindo e constitui<strong>da</strong> poruma história pessoal. Essa articulação possibilita se compreen<strong>de</strong>r i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong> como uma relaçãoentre indivíduos, on<strong>de</strong> as diferenças e igual<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> um serve <strong>de</strong> padrão para i<strong>de</strong>ntificar o outro evice-versa. O conhecimento <strong>de</strong> si é <strong>da</strong>do pelo reconhecimento do outro através <strong>da</strong> história,normas, interesses, tradições <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminado grupo social do qual o indivíduo faz parte e <strong>da</strong>srelações que seus membros estabelecem entre si e com o meio ambiente, a partir do agir, <strong>da</strong>vivência, do sentir, do trabalho <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> personagem do grupo.Na ver<strong>da</strong><strong>de</strong>, há uma diversi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong>s que assumem diferentes papéis e essasituação é permanentemente modifica<strong>da</strong> em função dos movimentos dos sistemas culturais ehistóricos em que vive o indivíduo. Nesse sentido há várias i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong>s em um só indivíduo e<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo do contexto social uma <strong>de</strong>las predomina sobre as <strong>de</strong>mais. Esta idéia <strong>de</strong>predominância <strong>de</strong> uma sobre as outras, e em especial <strong>da</strong> i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong> pessoal, <strong>de</strong>corre do conceito<strong>de</strong> i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong> prepon<strong>de</strong>rante <strong>de</strong> Habermas (apud Pinto, 2000). É com esse pensamento que surgea idéia <strong>da</strong> i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong> sendo <strong>de</strong>termina<strong>da</strong> pelo <strong>de</strong>sempenho dos diversos papéis, <strong>de</strong>ssa formapo<strong>de</strong>mos supor uma hierarquização <strong>de</strong> papéis on<strong>de</strong> existiriam papéis mais prepon<strong>de</strong>rantes do queoutros.5 Nível profissionalSegundo Ciampa (op. cit., p.127)Ca<strong>da</strong> indivíduo encarna as relações sociais,configurando uma i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong> pessoal. Uma história <strong>de</strong>vi<strong>da</strong>. Um projeto <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>. ... Uma i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong> concretizauma política, dá corpo a uma i<strong>de</strong>ologia No seuconjunto, as i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong>s constituem a socie<strong>da</strong><strong>de</strong>, aomesmo tempo em que são constituí<strong>da</strong>s, ca<strong>da</strong> uma porela.
Segundo Bergamini (1992) é no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> uma ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> laboral que ohomem encontra sua realização; estaria aí então, sua vocação natural. Quando isto não ocorre noâmbito do trabalho, na família ou na ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> escolar é possível que esteja havendo umaina<strong>de</strong>quação pessoal, estado que tem levado o homem contemporâneo a conviver com maiortfeqüência com momentos <strong>de</strong> angústia e ansie<strong>da</strong><strong>de</strong> que lhe provocam baixos sentimentos <strong>de</strong> autoestimapor se sentir menor diante dos outros e <strong>de</strong> si mesmo.Segundo Malvezzi (2000) num ambiente <strong>de</strong> trabalho on<strong>de</strong> as condições são estáveis e ospapéis e estruturas se caracterizam pela estabili<strong>da</strong><strong>de</strong>, o empenho dos indivíduos se restringe areproduzir e manter as características exigi<strong>da</strong>s pelos papéis sociais e profissionais jáestabelecidos. Nesses espaços laborais as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s são previsíveis e as relações entre osindivíduos <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> basicamente <strong>da</strong> manutenção <strong>de</strong> suas i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong>s.Para Ciampa (apud Malvezzi, 2000, p.140) a i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong> profissional é o problemacontido na resposta <strong>da</strong> questão "quem sou eu como trabalhador" ou "que sorte <strong>de</strong> trabalhadorsou eu"? Respon<strong>de</strong>r a estas questões revela o que é semelhante e diferente no indivíduo,referente a si mesmo, ao ambiente e aos outros, enquanto trabalhador. Dessa forma, a i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong>é compreendi<strong>da</strong> a partir <strong>da</strong> construção dos movimentos do próprio indivíduo e dos outros <strong>de</strong>ntro<strong>da</strong> relação eu/outro consi<strong>de</strong>rando os âmbitos histórico, geográfico, social, biológico, profissional,psicológico, político, etc que interagem num <strong>de</strong>terminado contexto histórico. Assim, A i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong>profissional funciona como a construção ontológica do indivíduo, através <strong>da</strong> qual este seapresenta para o mundo (Malvezzi, 2000, p.140).6 Mu<strong>da</strong>nça organizacional e i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong> profissionalAs conseqüências <strong>da</strong> mu<strong>da</strong>nça organizacional na i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong> profissional dos indivíduos<strong>de</strong>correm, não só em função <strong>de</strong> sua circunstância particular, mas principalmente do significadodo trabalho para ca<strong>da</strong> um. O trabalho <strong>de</strong>ve representar portanto, um fator <strong>de</strong> harmonia, equilíbrioe crescimento. A partir <strong>de</strong>le, po<strong>de</strong> ser assegurado ao indivíduo sua inserção nos diversos espaços,setores e grupos existentes na comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> na qual ele esta inserido (Kanaane, 1995).Nesse contexto, utilizamos aqui um estudo feito por Cal<strong>da</strong>s (1999) sobre Demissão, parase fazer um paralelo acerca <strong>da</strong>s conseqüências <strong>da</strong> mu<strong>da</strong>nça organizacional na vi<strong>da</strong> <strong>da</strong>s pessoasenvolvi<strong>da</strong>s. Nesse trabalho, o citado autor analisa os efeitos <strong>da</strong> per<strong>da</strong> do emprego para oindivíduo, o significado do trabalho para o equilíbrio <strong>da</strong> pessoa, suas reações diante do<strong>de</strong>semprego e as repercussões no âmbito psicológico, profissional e socialNo enten<strong>de</strong>r <strong>de</strong> Kanaane (1995) as organizações po<strong>de</strong>m apresentar-se como ambiente <strong>de</strong>integração, propício ao crescimento <strong>da</strong>s pessoas que nelas trabalham ou po<strong>de</strong>m, ao contrário,colocar-se como elemento <strong>de</strong>sagregador e manipulador, provocando conseqüências profun<strong>da</strong>s nai<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong> dos indivíduos, na sua forma <strong>de</strong> ser, pensar, agir e no ambiente organizacional,aflorando comportamentos ina<strong>de</strong>quados, tanto no nível individual como no grupo.De acordo com Cal<strong>da</strong>s (1999) o indivíduo constrói significados e relacionamentosprimários entre ele e a organização, on<strong>de</strong> são estabelecidos ver<strong>da</strong><strong>de</strong>iros contratos psicológicos,ficando <strong>de</strong>finido, <strong>de</strong> forma implícita, o que cabe a ca<strong>da</strong> parte. Do lado <strong>da</strong> organização, quando háuma quebra <strong>de</strong>sse contrato <strong>de</strong>vido à mu<strong>da</strong>nças e não se permite a <strong>de</strong>vi<strong>da</strong> participação doempregado nesse processo, as conseqüências e reações do indivíduo são, a princípio, traumáticas.Percebe-se pois que a <strong>de</strong>sestabilização <strong>de</strong>sse vínculo e a dissolução ou mu<strong>da</strong>nça <strong>de</strong> significadospo<strong>de</strong> afetar seriamente a noção <strong>de</strong> i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong> ou coesão psíquica do indivíduo.Quanto ao impacto <strong>da</strong> mu<strong>da</strong>nça organizacional relacionado com o aspecto profissionaldo indivíduo, Kanaane (1995) expressa que o <strong>de</strong>scompromisso do trabalhador com o resultado <strong>de</strong>"-
seu trabalho é <strong>de</strong>corrente <strong>de</strong> sua limita<strong>da</strong> participação nos processos produtivos, criando,inclusive, impedimentos que refletem, tanto no âmbito individual como grupal.Nessa perspectiva, compreen<strong>de</strong>mos a importância do referencial profissional no aspectopsíquico <strong>da</strong> pessoa. De acordo com Cal<strong>da</strong>s (1999) quando se questiona sobre alguém, a respostamais a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> tem, como referência, um papel e uma organização. Portanto, tanto o empregocomo a profissão po<strong>de</strong>m <strong>da</strong>r ao indivíduo uma i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong>. Continua esse mesmo autor afirmando(p.264) que não há como <strong>de</strong>sassociar o <strong>de</strong>senvolvimento adulto separado <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> ocupacional.Explica ain<strong>da</strong> que quando o indivíduo per<strong>de</strong> involuntariamente seu papel profissional,significados básicos <strong>de</strong> sua psique como sua noção <strong>de</strong> i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong>, po<strong>de</strong>m ser irremediavelmenteafetados. O impacto na i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong> po<strong>de</strong> ser maior ou menor, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo <strong>de</strong> quanto mais centraisforem os atributos que a pessoa perceba estar per<strong>de</strong>ndo.Para Cal<strong>da</strong>s e Wood, (1999) quando essas per<strong>da</strong>s acima <strong>de</strong>scritas ocorrem em contextos<strong>de</strong> mu<strong>da</strong>nças organizacionais amplas e complexas, <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>iam transformações que provocamquestionamentos e reconceituações que vão <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o nível organizacional, on<strong>de</strong> se encontra ai<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong> profissional até o nível individual.OBJETIVOSDA PESQUISA1 Objetivo Geral. Analisar o repercussão <strong>da</strong> mu<strong>da</strong>nça organizacional ocorri<strong>da</strong> na FUNASA - Fun<strong>da</strong>çãoNacional <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>/Coor<strong>de</strong>nação <strong>da</strong> Paraíba, sobre a i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong> profissional dosindivíduos.2 Objetivos específicos. Analisar as mu<strong>da</strong>nças ocorri<strong>da</strong>s em termos <strong>de</strong> organização do trabalho, relaçõesinterpessoais e estilo <strong>de</strong> gestão, a partir <strong>de</strong> uma comparação entre a situação anterior ea atual.· Verificar que tipo <strong>de</strong> influência essas mu<strong>da</strong>nças exercem sobre a i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong>profissional <strong>da</strong>s pessoas, a partir <strong>de</strong> uma avaliação <strong>da</strong> percepção e expectativas <strong>da</strong>smesmas sobre as mu<strong>da</strong>nças.MÉTODODA PESQUISADefinir um método é primordial para o bom an<strong>da</strong>mento <strong>de</strong> uma pesquisa, pois, a partir<strong>de</strong> um conjunto <strong>de</strong> etapas or<strong>de</strong>na<strong>da</strong>s, po<strong>de</strong>mos realizar ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s visando estu<strong>da</strong>r um fenômeno<strong>de</strong> maneira mais a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>. Segundo Gue<strong>de</strong>s (1997, p. 112), o surgimento do método foi umanecessi<strong>da</strong><strong>de</strong> histórica na evolução <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> conhecimento pelo homem. Configura-se,então, como uma tentativa <strong>de</strong> se obter conhecimentos confiáveis e seguros, assim, o métodoapresenta-se como um instrumento facilitador <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> do cientista na geração doconhecimento.1 Estudo <strong>de</strong> CasoPara Yin (1984) o estudo <strong>de</strong> <strong>caso</strong> é uma estratégia <strong>de</strong> investigação científica que procuraexaminar um fenômeno <strong>de</strong>ntro do contexto atual. Permite, também, examinar com profundi<strong>da</strong><strong>de</strong>as características peculiares <strong>de</strong> um fenômeno <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> real e é especialmente a<strong>de</strong>quado para oestudo <strong>de</strong> processos. Segundo Trivifios, (1987, p. 133) o estudo <strong>de</strong> <strong>caso</strong> é uma categoria <strong>de</strong>pesquisa cujo objeto é uma uni<strong>da</strong><strong>de</strong> que se analisa aprofun<strong>da</strong><strong>da</strong>mente.~-~------
Segundo, ain<strong>da</strong>, Chizzotti (1995), o <strong>de</strong>senvolvimento do estudo <strong>de</strong> <strong>caso</strong> sugere trêsetapas: a seleção e <strong>de</strong>limitação do <strong>caso</strong> - esta fase é <strong>de</strong>cisiva para a análise do fenômenoestu<strong>da</strong>do, a situação <strong>de</strong>ve ter significância referen<strong>da</strong><strong>da</strong> para merecer a investigação científica e a<strong>de</strong>limitação <strong>de</strong>ve estabelecer os vários aspectos e limites <strong>da</strong> situação estu<strong>da</strong><strong>da</strong>; o trabalho <strong>de</strong>campo - visa reunir organiza<strong>da</strong>menteum conjunto <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos e informações fi<strong>de</strong>dignas sobre o<strong>caso</strong> em análise; e, a organizaçãoe re<strong>da</strong>ção do relatório- é a etapa em que, <strong>de</strong> posse dos diversosdocumentos, observações, transcrições, <strong>da</strong>dos estatísticos, etc., sobre o <strong>caso</strong> em estudo, osmesmos <strong>de</strong>vem ser analisados a partir <strong>de</strong> critérios preestabelecidos para elaboração do relatório.2 Variáveis <strong>da</strong> pesquisaO termo variável teve seu princípio nas ciências matemáticas e, atualmente, é tido comoum aspecto ou dimensão <strong>de</strong> um fenômeno que em <strong>de</strong>terminado momento <strong>da</strong> pesquisa po<strong>de</strong>assumir diferentes valores. É importante ressaltar que nas ciências sociais é comum vislumbrar asvariáveis como características que po<strong>de</strong>m variar entre indivíduos ou nos seus grupos, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo<strong>da</strong> maneira como se concebem tais características. (Fachin, 2001)As variáveis <strong>de</strong>sse estudo são apresenta<strong>da</strong>s no quadro abaixo, dividi<strong>da</strong>s segundo seusfatores e dimensões:DIMENSAO FATORES VARIAVEISMUDANÇA NA Organização do trabalho - ParticipaçãoORGANIZAÇÃO - Autonomia- Tarefa(forma <strong>de</strong> execução dotrabalho)Relações Interpessoais - Camara<strong>da</strong>gem(coleguismo)- Espírito<strong>de</strong> equipe- Confiança- Soli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong><strong>de</strong>Estilo <strong>de</strong> Gestão - Proximi<strong>da</strong><strong>de</strong>(chefe/subordinado)- Controle- Confiança- RelaçõesHierárquicas- Comunicação (transferência <strong>de</strong>informações)IDENTIDADE PROFISSIONAL Percepção - Segurança profissional- Reconhecimento( social, familiar eprofissional)- Auto-estima eleva<strong>da</strong>- Motivação para o trabalho- Compromisso (com a organização ecom a equipe)- Mu<strong>da</strong>nça <strong>de</strong> (gestor, forma <strong>de</strong> gestãoe <strong>de</strong> espaço fisico)Expectativa - Segurança profissional- Aprendizagem- Autonomia no trabalho- Reconhecimentosocial- Relações interpessoais- Participação- Auto-estima eleva<strong>da</strong>3 Universo <strong>da</strong> PesquisaO universo <strong>de</strong>sta pesquisa é composto por integrantes <strong>de</strong> uma única categoria: oconjunto dos servidores. <strong>da</strong> FUNASAlPB, lotados na se<strong>de</strong>, na Secretaria Estadual <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> ou na--
Secretaria <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> do Município <strong>de</strong> João Pessoa e que estão em pleno exercício <strong>de</strong> suasativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s. Assim o universo <strong>da</strong> pesquisa foi composto <strong>de</strong> 308 servidores.4 AmostraSabemos que quando se <strong>de</strong>seja coletar <strong>da</strong>dos e informações sobre aspectos <strong>de</strong> um<strong>de</strong>terminado grupo, verifica-se, algumas vezes, ser praticamente impossível fazer umlevantamento do todo. Daí surge a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> estu<strong>da</strong>r só uma parte <strong>de</strong>ssa população ouuniverso. O foco <strong>da</strong> amostragem é, então, escolher uma amostra, <strong>de</strong> tal maneira que esta seja amais representativa possível e a partir dos (<strong>da</strong>dos e informações) resultados obtidos ser possívelinferir os resultados <strong>da</strong> população como um todo (Marcom e Lakatos, 1996).Os <strong>da</strong>dos <strong>de</strong>sta pesquisa são provenientes <strong>da</strong> aplicação <strong>de</strong> 63 questionários erepresentam uma amostra aci<strong>de</strong>ntal aleatória obti<strong>da</strong> entre os funcionários <strong>da</strong> FUNASA!PB,conforme especificados no item anterior.5 O QuestionárioO questionário é um instrumento <strong>de</strong> coleta <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos relativamente acessível, e segundoFachin (2001) é importante, na utilização <strong>de</strong>ste instrumento, verificar a forma <strong>de</strong> como, on<strong>de</strong> equando obter as informações <strong>de</strong>seja<strong>da</strong>s. A autora (2001, p. 147) <strong>de</strong>fine questionário como umelenco <strong>de</strong> questões que são aprecia<strong>da</strong>s e submeti<strong>da</strong>s a certo número <strong>de</strong> pessoas com o intuito <strong>de</strong>obter respostas para a coleta <strong>de</strong> informações.Um outro aspecto relevante refere-se à sua fi<strong>de</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong>, vali<strong>da</strong>ção e operativi<strong>da</strong><strong>de</strong>, assimtodo questionário antes <strong>de</strong> sua aplicação <strong>de</strong>finitiva <strong>de</strong>ve ser submetido a provas, ou seja, precisaser testado, aplicando-se alguns exemplares em uma pequena população escolhi<strong>da</strong> (Marconi eLakatos, 1996)A aplicação do pré-teste, segundo Marconi e Lakatos (1996) serve para evi<strong>de</strong>nciarpossíveis falhas, como:inconsistência ou complexi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s questões;ambigüi<strong>da</strong><strong>de</strong> ou linguagem inacessível; perguntassupérfluas ou que causam embaraço ao informante; seas questões obe<strong>de</strong>cem a <strong>de</strong>termina<strong>da</strong> or<strong>de</strong>m ou se sãomuito numerosas, etc (p. 90)Assim o questionário foi construído tomando-se como base os objetivos <strong>da</strong> pesquisa e oquestionário utilizado na tese <strong>da</strong> professora orientadora <strong>da</strong> presente pesquisa. A primeira parte doinstrumento consta <strong>de</strong> questões referente a <strong>da</strong>dos socio<strong>de</strong>mográficos <strong>da</strong> amostra e a segun<strong>da</strong> parteé composta <strong>de</strong> questões à cerca <strong>da</strong>s variáveis do estudo. Foi realizado o pré-teste com aparticipação <strong>de</strong> onze indivíduos <strong>da</strong> amostra <strong>de</strong>fini<strong>da</strong>. As respostas foram sempre muito positivas,ressaltavam que o mesmo encontrava-se simples, objetivo, compreensivo.6 Coleta dos DadosMarconi e Lakatos (1996) compreen<strong>de</strong>m esta etapa <strong>da</strong> pesquisa como a aplicação dosinstrumentos elaborados a partir <strong>da</strong>s técnicas seleciona<strong>da</strong>s, visando efetuar a coleta dos <strong>da</strong>dos einformações previstos. Salientam, também, que esta fase exige do pesquisador muitaperseverança, paciência e esforço pessoal, assim como, um rigoroso registro dos <strong>da</strong>dos.A coleta <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos <strong>de</strong> nossa pesquisa foi realiza<strong>da</strong> pela própria pesquisadora no período<strong>de</strong> julho a outubro <strong>de</strong> 2001._____n_________
ANÁLISEDOS RESULTADOS1 Aspectos Socio<strong>de</strong>mográficosO perfil real <strong>da</strong> população estu<strong>da</strong><strong>da</strong> po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>scrito <strong>da</strong> seguinte forma: funcionáriopúblico fe<strong>de</strong>ral; na faixa etária entre 36 a 45 anos; <strong>de</strong> sexo feminino; casado; <strong>de</strong> nível superior; <strong>de</strong>11 a 20 anos no cargo; não ocupa função <strong>de</strong> chefia; já se transferiu <strong>de</strong> setor em média <strong>de</strong> 4 a 6vezes, encontra-se em um cargo <strong>de</strong> carreira <strong>de</strong> nível médio.2 Aspectos <strong>da</strong> Mu<strong>da</strong>nça <strong>Organizacional</strong> na FunasaAs três tabelas seguintes apresentam uma <strong>da</strong>s dimensões <strong>de</strong>sta pesquisa: mu<strong>da</strong>nçaorganizacional e seus respectivos fatores; organização do trabalho, relações interpessoais e estilo<strong>de</strong> gestão. Para o conhecimento dos efeitos <strong>da</strong> mu<strong>da</strong>nça na FUNASA, foi aplicado o teste <strong>de</strong>Wilcoxon, a fim <strong>de</strong> se realizar uma análise comparativa entre a situação anterior (A) e a atual (D),em ca<strong>da</strong> um dos fatores acima citados. Quando o Valor-P (probabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s diferenças Antes eDepois serem iguais) for maior que 0,05, a <strong>de</strong>cisão do teste <strong>de</strong> hipótese será para um resultadonão significativo em nível <strong>de</strong> 5%. Essa <strong>de</strong>cisão aparecerá na coluna SIG por N. Caso contrário, seo Valor-P estiver abaixo ou igual a 0,05, a <strong>de</strong>cisão do teste <strong>de</strong> hipótese será <strong>de</strong> um resultadosignificativo apresentado na coluna SIG por S. Isso vai indicar que as diferenças Antes e Depoissão estatisticamente diferentes, segundo o teste utilizado.Tabela 9: Organização do trabalhoOrgan.do Varo Antes(A) Depois(D) WilcoxonTrabalho A-D n SigMédia DP Média DP Estat. Valor-PParticipação V3-V26 60 2,52 1,00 2,51 1,00 0,00 1,000 NV17-V40 61 2,90 0,75 2,87 0,87 0,33 0,744 NV2-V25 63 2,57 0,87 2,49 0,88 0,60 0,551 NAutonomia V5-V28 63 2,49 0,90 2,46 0,93 0,41 0,681 NV12-V35 63 2,62 0,83 2,78 0,81 1,41 0,159 NVl- V24 63 2,38 0,85 2,40 0,89 0,07 0,944 NTarefa V8-V31 62 2,70 0,79 2,50 0,95 1,36 0,173 NV9-V32 62 2,03 0,78 2,21 0,87 1,33 0,183 NVlO-V33 61 1,77 0,84 1,95 0,83 1,08 0,278 NTotal 57 22,12 2,76 29,81 4,38 6,25 0,000 Sn = número <strong>de</strong> respon<strong>de</strong>ntes <strong>da</strong> variávelDP = Desvio PadrãoA tabela acima apresenta o fator organização do trabalho on<strong>de</strong> foi observado que, emsuas variáveis, as diferenças entre o "antes e <strong>de</strong>pois" foram não significativas, segundo o teste <strong>de</strong>Wilcoxon. Esse fato quer dizer que não se percebem alterações na forma <strong>de</strong> realização dotrabalho, mesmo após as mu<strong>da</strong>nças ocorri<strong>da</strong>s na Instituição em análise.Porém, quando esse fator é avaliado, conjuntamente, encontra-se um valor-Psignificativo, ou seja, obtém-se uma diferença significativa, sendo o Valor-P para a soma dosescores menor que 0,05, obtendo-se, portanto, um resultado significativo para a dimensão -organização do trabalho como um todo. Isso po<strong>de</strong> ser explicado, levando-se em consi<strong>de</strong>raçãoque, isola<strong>da</strong>mente, alguma variável <strong>de</strong> um fator po<strong>de</strong> não apresentar diferença significativa e, a------
partir do momento em que se somam as variáveis <strong>de</strong>sses fatores (para percebê-Io como umtodo), encontra-se diferença significativa..Tabe1a10 Ite1açoes - mte rpeSS031SRelações Varo Antes(A) Depois(D) Wilcoxoninterpessoais A-D nMédia DP Média DP Estat. Va1or-PCamara<strong>da</strong>gem Vl1- 62 3,27 0,72 2,90 0,86 2,87 0,004 SV34Espírito <strong>de</strong> equipe V4-V27 63 2,81 0,91 2,89 0,95 0,67 0,501 NConfiança V14- 61 2,78 0,73 2,92 0,70 0,68 0,498 NV37Soli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong><strong>de</strong> V21- 61 2,72 0,80 2,76 0,72 0,50 0,175 NV44Total 59 11,78 2,14 11,30 2,53 1,62 0,105 Nn = número <strong>de</strong> respon<strong>de</strong>ntes <strong>da</strong> variávelDP = Desvio PadrãoNa tabela 10, que trata <strong>da</strong>s relações interpessoais, po<strong>de</strong>-se observar que apenas avariável camara<strong>da</strong>gem entre os colegas <strong>de</strong> trabalho apresenta sinais <strong>de</strong> mu<strong>da</strong>nça. Quanto aoespírito <strong>de</strong> equipe entre os integrantes <strong>da</strong> FUNASA, parece não terem sido percebi<strong>da</strong>smodificações entre a situação anterior e a atual, <strong>da</strong> mesma forma acontece com as variáveisconfiança e soli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong><strong>de</strong> entre os mesmos.Por outro lado, ao contrário do <strong>caso</strong> anterior, ao se analisar o comportamento geral <strong>de</strong>ssefator, conclui-se que os entrevistados não percebem mu<strong>da</strong>nças entre a situação anterior <strong>da</strong>FUNASA e a atual. Isso significa que uma variável isola<strong>da</strong> mostrou diferença significativa, mas,que, mistura<strong>da</strong> com as <strong>de</strong>mais variáveis, a soma apresentou um efeito diluidor <strong>de</strong>ssa diferença.Tabela 11: Estilo <strong>de</strong> gestãoEstilo <strong>de</strong> gestão Varo Antes(A) Depois(D) WilcoxonA-D n Média DP Média DP Estat. Valor-P SigIV6-V29 61 2,06 1,09 1,95 0,90 0,42 0,674 NProximi<strong>da</strong><strong>de</strong> V7-V30 63 2,95 0,87 2,89 1,05 0,24 0,807 NV18-V41 60 2,76 0,71 2,62 0,83 1,10 0,281 NV16-V39 62 2,55 0,88 1,95 0,66 3,81 0,000 SControle V20-V43 62 2,48 0,78 2,24 0,74 2,22 0,026 SV13-V36 62 2,75 0,88 2,73 0,85 0,20 0,838 NConfiança V15-V38 62 1,79 0,90 1,77 0,76 0,84 0,916 NRelaçõesHierárquicas V19-V42 62 2,40 0,88 2,43 0,84 0,01 0,991 NComunicação V22-V45 62 2,84 0,70 2,49 0,88 2,17 0,029 SV23-V46 63 2,60 0,84 2,71 0,75 1,08 0,280 NTotal 57 23,35 3,29 24,00 3,47 1,62 0,105 Nn = número <strong>de</strong> respon<strong>de</strong>ntes <strong>da</strong> variávelDP = Desvio PadrãoQuanto ao estilo <strong>de</strong> gestão, nota-se, a partir <strong>da</strong> tabela 11, que os empregados percebemdiferenças em dois aspectos: a forma <strong>de</strong> controle e o estilo <strong>de</strong> comunicação. Isso quer dizer queas mu<strong>da</strong>nças ocorri<strong>da</strong>s na Instituição em análise repercutiram nessas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s. No entanto, valeSig
a pena observar uma ligeira diferença nas situações antes e <strong>de</strong>pois <strong>da</strong>s mu<strong>da</strong>nçasFUNASA nas <strong>de</strong>mais variáveis.na2.2 Aspectos <strong>da</strong> <strong>I<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> Profissional na FunasaAs tabelas a seguir tratam <strong>da</strong> percepção e <strong>da</strong> expectativa dos servidores <strong>da</strong> FUNASA,com relação às mu<strong>da</strong>nças nela ocorri<strong>da</strong>s. De uma forma geral, as variáveis pertinentes àpercepção(Tabela 12) apresentam resultados negativos (discordo totalmente e discordo) comrelação ao impacto <strong>da</strong>s mu<strong>da</strong>nças na i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong> profissional do funcionário. Por outro lado, noque se refere às expectativas(Tabela 13) do que representam essas mu<strong>da</strong>nças para osrespon<strong>de</strong>ntes, as variáveis expressam, em sua gran<strong>de</strong> maioria, um percentual positivo (concordo econcordo totalmente) mais elevado.Tabelai 2 Percepçao 50bre a mu<strong>da</strong>nçaPercepção Disc. Tot. Discordo Concordo Cone. Tot.Varo n % n % n % n %Segurança profissional V47 13 21,0 26 41,9 19 30,6 4 6,5V48 15 24,2 30 48,4 13 21,0 4 6,5Reconhecimento V49 10 16,4 31 50,8 18 29,5 2 3,3V50 11 17,7 30 48,4 18 29,0 3 4,8V51 10 16,1 29 46,8 21 33,9 2 3,2Auto-estima V52 15 24,6 29 47,5 13 21,3 4 6,6V58 8 12,9 18 29,0 31 50,0 5 8,1Motivação no trabalho V53 13 21,0 28 45,2 14 22,6 7 11,3Compromisso V54 10 16,1 17 27,4 27 43,5 8 12,9V55 8 13,3 18 30,0 25 41,7 9 15,0Mu<strong>da</strong>nça V56 4 6,7 11 18,3 41 61,3 4 6,7V57 10 16,1 20 32,3 27 43,5 5 8,1A tabela 12, que trata <strong>da</strong> percepção dos entrevistados sobre as mu<strong>da</strong>nças ocorri<strong>da</strong>s naFUNASA e seu impacto sobre a i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong> dos funcionários, indica, primeiro, que a segurançaprofissional (V47 "equilíbrio profissionaf' e V48 "segurança profissionaf' ) não está bemrelaciona<strong>da</strong> com a mu<strong>da</strong>nça. Se forem somados os resultados negativos (discordância total: 21%e 24,2%; discordância: 41,9% e 48,4%) po<strong>de</strong>-se enten<strong>de</strong>r que as pessoas não sentem essanecessi<strong>da</strong><strong>de</strong> satisfeita, pois, aproxima<strong>da</strong>mente, uma em ca<strong>da</strong> cinco pessoas discor<strong>da</strong> <strong>de</strong> quepassou a possuir segurança profissional a partir <strong>da</strong>s mu<strong>da</strong>nças ocorri<strong>da</strong>s na FUNASA. Essesresultados se agravam quando são somados os dois resultados referentes a ca<strong>da</strong> uma <strong>da</strong>squestões: discordo totalmente e discordo: 62,9% e 72,6%, significando, claramente, que osentrevistados negam fortemente essa questão.Paralelamente, quando se observa a variável reconhecimento social, familiar eprofissional (V49 "reconhecimento familiar", V50 "reconhecimento social' e V51"reconhecimento dos colegas <strong>de</strong> trabalho" ) verifica-se o mesmo resultado. Somando-se ospercentuais negativos (discordo totalmente e discordo) <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> uma <strong>da</strong>s questões, obtém-se, nostrês itens, valores acima <strong>de</strong> 60%, significando, pois, que os respon<strong>de</strong>ntes não percebem que asmu<strong>da</strong>nças na FUNASA possam proporcionar o reconhecimento familiar, social ou até mesmo oreconhecimento dos colegas <strong>de</strong> trabalho.Semelhantemente ocorre, também, com uma <strong>da</strong>s questões <strong>da</strong> variável auto-estima (V52" auto-estima eleva<strong>da</strong> "). Quando somados os itens referentes a discordo totalmente e discordo(72,1%), através do resultado constata-se que na percepção dos respon<strong>de</strong>ntes as mu<strong>da</strong>nças em--
análise não contribuem para o reforço <strong>de</strong>ssa necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> dos funcionários. Quanto à questãoV58 ("perspectiva <strong>de</strong> harmonia <strong>da</strong>s relações interpessoais nas equipes <strong>de</strong> trabalho"), somandoseos mesmos resultados negativos (discordo totalmente e discordo), o valor não ultrapassa os50% (41,9%), embora se possa enten<strong>de</strong>r que esse resultado ain<strong>da</strong> é consi<strong>de</strong>rado alto, visto querepresenta quase a meta<strong>de</strong> <strong>da</strong>s pessoas que não percebem sua auto-estima em um nívelsatisfatório, <strong>de</strong>pois <strong>da</strong>s mu<strong>da</strong>nças na FUNASA.Quanto à variável "motivação no trabalho" (V53), se forem somados os valoresnegativos (discordo totalmente e o discordo), representarão um percentual <strong>de</strong> 66,2%, significandoque, aproxima<strong>da</strong>mente, a ca<strong>da</strong> 10 pessoas, 7 não percebem que a mu<strong>da</strong>nça na FUNASArepresenta motivação para o trabalho.No que se refere ao compromisso com a organização e com os colegas <strong>de</strong> trabalho (V54"compromisso com a organização" e V55 "compromisso com a equipe <strong>de</strong> trabalho" ) constata-seque a soma dos resultados negativos (discordo totalmente e discordo) 43,5% e 43,3%,respectivamente, indica que ain<strong>da</strong> é muito baixo o nível <strong>de</strong> compromisso <strong>da</strong>s pessoasentrevista<strong>da</strong>s, a partir <strong>da</strong>s mu<strong>da</strong>nças ocorri<strong>da</strong>s.Os resultados referentes às mu<strong>da</strong>nças, do "espaçofisico"(V57) e do "gestor e suaforma<strong>de</strong> gestão", após somados os valores negativos (discordo totalmente e discordo), parecem indicarque, no primeiro <strong>caso</strong>, 48% dos entrevistados não percebem que a mu<strong>da</strong>nça ocorri<strong>da</strong> no espaçofisico afete sua i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong> profissional. Nessa mesma linha <strong>de</strong> análise, po<strong>de</strong>-se verificar queapenas uma pequena parte, 25%, dos respon<strong>de</strong>ntes percebem que as mu<strong>da</strong>nças no gestor e naforma <strong>de</strong> gestão afetem, também, sua i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong> profissional.Tabela 13: E~xpectat1vascom re açao a m çaExpectativa Disc. Tot Discordo Concordo Cone. Tot.Varo n % n % n % n %Segurança profissional V61 10 15,9 25 39,7 21 33,3 7 11,1V66 10 15,9 28 44,4 13 20,6 12 19,0Aprendizagem V62 5 7,9 16 25,4 34 54,0 8 12,7V65 8 12,7 25 39,7 20 31,7 10 15,9V69 3 4,8 22 35,5 29 46,8 8 12,9Autonomia V64 4 6,3 24 38,1 26 41,3 9 14,3no trabalhoReconhecimento V67 10 15,9 26 41,3 20 31,7 7 11,1V59 4 5,3 20 31,7 34 54,0 5 7,9V60 2 3,2 18 28,6 37 58,7 6 9,5Relações interpessoais V68 4 6,5 18 29,0 34 54,8 6 9,7V72 3 4,8 20 31,7 35 55,6 5 7,9V73 5 7,9 26 33,5 30 47,6 5 7,9Participação V63 5 7,9 19 30,2 26 41,3 13 20,6V70 3 4,8 21 33,3 30 47,6 9 14,3Auto-estima V71 4 6,3 25 39,7 29 46,0 5 7,9V74 7 11,1 20 32,3 27 43,5 8 12,9A tabela 13 expressa as expectativas dos respon<strong>de</strong>ntes sobre as mu<strong>da</strong>nças na FUNASA.Com relação à segurança profissional, po<strong>de</strong>-se <strong>de</strong>duzir que, <strong>da</strong> mesma forma que os respon<strong>de</strong>ntesnão percebem que as mu<strong>da</strong>nças na FUNASA lhes proporcionam essa vantagem (cf tabela 12,) osresultados sobre suas expectativas contribuem, no mesmo sentido, uma vez que, quando sãosomados os resultados negativos (discordo totalmente e discordo), os valores <strong>da</strong>s questões V61"manutenção dos direitos adquiridos" e V66 "segurança profissional' (55,6% e 60,3%,.._~--
espectivamente) indicam que os questionados também não esperam ter segurançaprofissional a partir <strong>da</strong>s mu<strong>da</strong>nças na Instituição em análise.Quanto à variável aprendizagem, po<strong>de</strong>-se constatar que, quando somados os resultadospositivos (concordo e concordo totalmente), os valores atingem 59,7% (V69 "estímulo ao<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s pessoais diversas") e 66,7% (V62 "aprendizagem"), significandoque os entrevistados esperam adquirir mais conhecimentos (aprendizagem), a partir <strong>da</strong>experiência <strong>de</strong> uma mu<strong>da</strong>nça organizacional. Por outro lado, utilizando-se o mesmo processo <strong>de</strong>avaliação, po<strong>de</strong>-se concluir que apenas uma questão <strong>da</strong> variável (V65 "crescimento profissional')não alcançou valores superiores aos 50%: 47,6%, querendo isso dizer que alguns acreditam queas mu<strong>da</strong>nças na FUNASA possam significar crescimento profissional.Com relação à variável autonomia no trabalho, os resultados indicam que 55,6% (V64"autonomia no trabalho" ) concor<strong>da</strong>m ou concor<strong>da</strong>m totalmente que a mu<strong>da</strong>nça na FUNASAtrouxe mais oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> autonomia para seus servidores, mesmo com 44,4% <strong>de</strong>les afirmandoo contrário.Sobre o reconhecimento social que os respon<strong>de</strong>ntes esperam, isso não acontece, pois,somando-se os resultados negativos (discordo totalmente e discordo) <strong>da</strong> variável (V67"reconhecimento social' ) verifica-se que 57,2% <strong>de</strong>les respon<strong>de</strong>m <strong>de</strong>sfavoravelmente a essaquestão, expressando, portanto, o fato <strong>de</strong> que, para a maioria dos respon<strong>de</strong>ntes, a expectativa <strong>de</strong>que a mu<strong>da</strong>nça na organização analisa<strong>da</strong> possa trazer reconhecimento social é negativa, já que,para ca<strong>da</strong> 10 funcionários aproxima<strong>da</strong>mente, 6 não acreditam que o reconhecimento social possamelhorar.Quando se faz uma comparação com os resultados referentes à percepção dosempregados sobre o reconhecimento profissional (cf V49 "reconhecimento familiar", V50"reconhecimento social' e V51 "reconhecimento dos colegas <strong>de</strong> trabalho", tabela 12), verifica-seque todos os resultados negativos ultrapassam os 60%, indicando que as mu<strong>da</strong>nças na FUNASAnão significam, na percepção e expectativa dos respon<strong>de</strong>ntes, reconhecimento profissional, socialou familiar.A respeito <strong>da</strong> variável relações interpessoais (cf tabela 13), quando somados osresultados positivos (concordo totalmente e concordo) verifica-se que todos os valorescorrespon<strong>de</strong>ntes às variáveis concernentes (V59 "melhor relacionamento com as chefias", V60"melhor relacionamento com os colegas", V68 "harmonia nas relações interpessoais" e V72"ambiente <strong>de</strong> integração"), exceto uma (V73 "clima <strong>de</strong> confiança nas relações interpessoais" =55,5%), vão além dos 60% (61,9%, 68,2%, 64,5% e 63,5%), expressando isso, uma fortetendência <strong>da</strong> amostra para acreditar na expectativa positiva <strong>de</strong> que a mu<strong>da</strong>nça organizacional naFUNASA contribui para relacionamentos interpessoais mais assertivos.Quanto a variável participação V63 ("maior participação referente às ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s pormim <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong>s" (cf tabela 13)), a soma dos valores positivos (concordo e concordototalmente) indicam que 61,9% dos respon<strong>de</strong>ntes esperam que as mu<strong>da</strong>nças na organizaçãoanalisa<strong>da</strong> venham contribuir para uma maior participação dos empregados em suas tarefas, naforma <strong>de</strong> sugestões, criativi<strong>da</strong><strong>de</strong>, por exemplo.Finalmente, quanto à variável auto-estima, após o somatório dos resultados positivos(concordo e concordo totalmente) enten<strong>de</strong>-se que a maioria dos entrevistados espera aumentaressa necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>, a partir <strong>da</strong>s mu<strong>da</strong>nças institucionais. Os resultados são claros: 61,9
(discordo totalmente e discordo) obtêm-se percentuais também elevados: 38,1%, 46% e43,4%, correspon<strong>de</strong>ndo, respectivamente, às variáveis V70 "possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação com omeu trabalho", V71 "equilíbrio emocional estável apesar <strong>da</strong>s mu<strong>da</strong>nças" e V74 "ambientepropício à elevação <strong>de</strong> minha auto-estima", indicando que uma boa parte dos efetivos <strong>da</strong>FUNASA ain<strong>da</strong> tem dúvi<strong>da</strong>s quanto à sua auto-estima, após as mu<strong>da</strong>nças nela ocorri<strong>da</strong>s.Semelhantemente, quando comparados os resultados referentes à auto-estima dosempregados, analisa<strong>da</strong> nas tabelas 12 e 13, conclui-se que, embora não percebam a elevação <strong>de</strong>sua auto-estima, eles acusam esperar que essa necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> aumente, em <strong>de</strong>corrência <strong>da</strong>smu<strong>da</strong>nças na FUNASA.CONCLUSÕESAo se propor a empreen<strong>de</strong>r uma pesquisa para se analisar o impacto <strong>da</strong> mu<strong>da</strong>nçaorganizacional dos servidores <strong>da</strong> FUNASA, três necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s foram antepostas: 1) ampliar osconhecimentos <strong>da</strong> pesquisadora <strong>de</strong>ste trabalho sobre as dimensões/construtos Mu<strong>da</strong>nça<strong>Organizacional</strong> e <strong>I<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> Profissional; 2) observar e assinalar aspectos <strong>da</strong> organização dotrabalho, estilo <strong>de</strong> gestão, relações interpessoais na FUNASA, antes e <strong>de</strong>pois <strong>da</strong>s mu<strong>da</strong>nçasorganizacionais, bem como registrar a percepção e as expectativas dos funcionários <strong>da</strong>quelaInstituição, relativas àqueles construtos; 3) adquirir habilitação para os caminhos <strong>da</strong> pesquisa, quepermita a compreensão, <strong>de</strong> forma científica, <strong>da</strong>quilo que era revelado empiricamente no cotidianodo trabalho.A partir dos resultados obtidos no estudo <strong>da</strong>s dimensões, dos fatores e <strong>da</strong>s variáveis<strong>de</strong>fini<strong>da</strong>s para a pesquisa, concluiu-se que o processo <strong>de</strong> mu<strong>da</strong>nça organizacional atingediretamente a i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong> individual e, sobretudo, a profissional dos servidores <strong>da</strong> FUNASA.Quanto à organização do trabalho, o processo <strong>de</strong> mu<strong>da</strong>nça trouxe modificações namaneira <strong>de</strong> execução e <strong>de</strong> organização <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s. Um modo rígido, controlador, severo, comum nível <strong>de</strong> padronização muito gran<strong>de</strong>, transformou-se em um novo comportamento, baseadoem mais autonomia do servidor na realização <strong>de</strong> suas tarefas e em sua participação ativa no quediz respeito a seu trabalho.No que se refere às relações interpessoais, a mu<strong>da</strong>nça organizacional ocorri<strong>da</strong> naFUNASA não provocou gran<strong>de</strong>s impactos. Houve, sim, alguns abalos nos sentimentos quepermeiam as relações <strong>de</strong> camara<strong>da</strong>gem, confiança, soli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong><strong>de</strong> e espírito <strong>de</strong> equipe, entregrupos e pessoas, provocados, provavelmente, pela maneira como o processo <strong>de</strong> mu<strong>da</strong>nça foiconduzido. Porém, os resultados <strong>da</strong> pesquisa <strong>de</strong>ixam evi<strong>de</strong>ntes a disposição e <strong>de</strong>terminação parauma reorganização <strong>de</strong>sses vínculos afetivos, através <strong>de</strong> novas atitu<strong>de</strong>s.Por outro lado, a mu<strong>da</strong>nça organizacional abalou o estilo <strong>de</strong> gestão <strong>da</strong> FUNASA, que,anteriormente, baseava-se em um autoritarismo e uma centralização muito fortes, com um nível<strong>de</strong> controle muito rígido. As informações sobre o processo <strong>de</strong> mu<strong>da</strong>nça não eram disponibiliza<strong>da</strong>spara os servidores. Porém, no <strong>de</strong>correr do processo <strong>de</strong> mu<strong>da</strong>nça, foram emergindo novascondutas <strong>de</strong> gestão, fun<strong>da</strong>menta<strong>da</strong>s na confiança, no compromisso. A comunicação entre chefia esubordinado passou a fluir <strong>de</strong> maneira mais espontânea, prevalecendo uma forma menosautoritária <strong>de</strong> condução <strong>da</strong> gestão nessa Instituição.A respeito <strong>da</strong> percepção que os indivíduos possuem acerca <strong>da</strong> ação <strong>da</strong> mu<strong>da</strong>nçaorganizacional sobre sua i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong> profissional, conclui-se que há uma compreensão <strong>da</strong> maioriasobre os efeitos negativos que repercutem frontalmente na i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong>, tanto profissional comoindividual do servidor. O indivíduo, diante <strong>da</strong>s mu<strong>da</strong>nças, reage negativamente, pois, sente-se
ameaçado, tem medo, toma-se inseguro e esses sentimentos impactam diretamente em suai<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong> profissional.Com relação à expectativa que os servidores têm sobre o impacto <strong>da</strong>s mu<strong>da</strong>nçasorganizacionais e a influência <strong>da</strong>s mesmas em sua i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong> profissional, numa visão geral, osfuncionários possuem uma expectativa positiva a esse respeito, uma vez que apresentam umatendência em acreditar que o processo <strong>de</strong> mu<strong>da</strong>nça possa favorecer a elevação <strong>de</strong> sua expectativacom relação à i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong> profissional.Enten<strong>de</strong>-se, ain<strong>da</strong>, que, embora os funcionários <strong>da</strong> FUNASA sintam a influêncianegativa <strong>da</strong>s mu<strong>da</strong>nças nela ocorri<strong>da</strong>, ain<strong>da</strong> persiste uma expectativa latente <strong>de</strong> que e~sastransformações possam representar a reconstrução <strong>de</strong> sua i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong> profissional perdi<strong>da</strong>. E aíon<strong>de</strong> resi<strong>de</strong> o gran<strong>de</strong> segredo que envolve a relação do trinômio TrabalholMu<strong>da</strong>nçaJ<strong>I<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong></strong>,ou seja, é a partir do trabalho que o homem constrói sua vi<strong>da</strong>, seus sonhos, suas esperanças, umavi<strong>da</strong> melhor.Porém, é na própria aparente <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m <strong>da</strong> mu<strong>da</strong>nça que o homem encontra esperanças<strong>de</strong> reconstrução <strong>da</strong> estabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> sua i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong> individual e, conseqüentemente, profissional.Portanto, é vivendo esse estado <strong>de</strong> metamorfose ambulante que ele encontra sentido em sua vi<strong>da</strong>,e é através do trabalho que ele realiza essa vi<strong>da</strong>.REFERÊNCIASBERGAMINI, Cecília Whitaker. Psicologia aplica<strong>da</strong> à administração - Psicologia docomportamento organizacional. São Paulo: Atlas, 1992.CALDAS, Miguel P.; WOOD, Thomaz Jr. Transformação e reali<strong>da</strong><strong>de</strong> organizacional: umaperspectiva brasileira. São Paulo: Atlas, 1999.CALDAS, Miguel P.; Demissão: alguns significados <strong>da</strong> per<strong>da</strong> <strong>de</strong> emprego para o indivíduo. InCal<strong>da</strong>s, Miguel P.; WOOD, Thomaz Jr. Transformação e reali<strong>da</strong><strong>de</strong> organizacional: umaperspectiva brasileira. São Paulo: Atlas, 1999.CmzZOTTI, Antônio. Pesquisa em ciências humanas e sociais. São Paulo: Cortez, 1995.CIAMP A, Antônio <strong>da</strong> Costa, A estória do Severino e a história <strong>da</strong> Severina. São Paulo:Brasiliense, 1998.DAVIS, Keith; NEWSTROM, John W. Comportamento humano no trabalho: uma abor<strong>da</strong>gemorganizacional. São Paulo: Pioneira, 1996.FACHIN, Odília. Fun<strong>da</strong>mentos <strong>de</strong> metodologia. São Paulo: Saraiva, 2001.GUEDES, Enildo Marinho. Curso <strong>de</strong> metodologia científica. Curitiba: HD Livros Editora,1997.JACQUES, Maria <strong>da</strong>s Graça Corrêa. Psicologia social contemporânea Livro-Texto. Petrópolis:Vozes, 1999.KANAANE, Roberto. Comportamento humano nas organizações: o homem rumo ao séculoXXI. São Paulo: Atlas, 1995.MALVEZZI, Sigmar. A construção <strong>da</strong> i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong> profissional no mo<strong>de</strong>lo emergente <strong>de</strong>carreira. Revista Organização & Socie<strong>da</strong><strong>de</strong>- Bahia Publicação <strong>da</strong> Escola <strong>de</strong> Administração <strong>da</strong>Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>da</strong> Bahia: v. 7, n. 17, p. 137 a 143, jan./abr. 2000.MARCONI, Marina <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong>; LAKATOS, Eva Maria. Técnicas <strong>de</strong> pesquisa. São Paulo:Atlas, 1996.MOGGI, Jair; BURKHARD. Mu<strong>da</strong>nça: por que to<strong>da</strong> esta on<strong>da</strong> agora? In: Manual <strong>de</strong>Treinamento e Desenvolvimento ABTD. São Paulo: Makron Books, 1999, cap.3.------.-.--- ------ - -
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