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sociações do seu segmento, bem como<br />

com a Apex-Brasil (Agência de Promoção<br />

a Exportação), que vem desenvolvendo<br />

um trabalho exemplar e colecionando<br />

casos de sucesso no exterior.<br />

Aprendendo com<br />

os erros do Habib’s<br />

Não há como negar que o Habib’s é<br />

uma marca consolidada no segmento<br />

do fast-food. A brasileira reconhecida<br />

pelos seus baixos preços é tão querida<br />

pelo público em geral que tem confiança<br />

suficiente para brincar com o episódio<br />

do impeachment da presidente<br />

Dilma Rousseff em um filme exibido<br />

dias antes da votação no plenário comemorando<br />

a “queda dos preços baixos”<br />

da rede. Assunto polêmico que foi<br />

bem recebido pelo grande público.<br />

Acontece que nem tudo são flores<br />

e a vida nem sempre foi fácil para a<br />

companhia. Em 2000, a rede resolveu<br />

apostar em expandir o mercado internacionalmente<br />

e, embalada pelo<br />

sucesso em território tupiniquim,<br />

abriu seis lojas na América do Norte,<br />

por um sistema de franquias no México.<br />

O objetivo era chegar a 150 lojas<br />

no período de cinco anos.<br />

Sem fazer o dever de casa, acabou<br />

fazendo tudo errado. O carro-chefe do<br />

restaurante, como sabemos, é a esfiha.<br />

O produto era uma novidade para os<br />

mexicanos e, com o intuito de familiarizá-los<br />

rapidamente com o simpático<br />

alimento de origem árabe, resolveram<br />

apresentá-lo como o “taco do Habib’s”,<br />

uma referência a um dos pratos tradicionais<br />

da comida mexicana que<br />

consiste em uma tortilha de milho<br />

recheada com carne. Logicamente<br />

a ideia não gerou resultados e, para<br />

piorar, durante o período ocorreram<br />

os ataques de 11 de setembro de 2001,<br />

que praticamente inviabilizaram qualquer<br />

tentativa de sucesso do Habib’s<br />

na América do Norte. O resultado final<br />

da aventura encerrada em 2005 foi um<br />

prejuízo de US$ 5 milhões.<br />

Automóveis Made<br />

in Brazil para o mundo!<br />

Temos de lembrar que o mercado brasileiro<br />

automobilístico não é mais o<br />

mesmo. No entanto, muitas empresas<br />

investiram bilhões de reais nos<br />

últimos cinco anos em plantas com<br />

o intuito de produzir automóveis de<br />

alto padrão no Brasil, seduzidas com<br />

o cenário positivo e, principalmente,<br />

pelas regras estabelecidas com o<br />

intuito de estimular a produção nacional<br />

e o desenvolvimento de novas<br />

tecnologias em solo brasileiro.<br />

Com as fábricas prontas e um cenário<br />

diferente daquele que as multinacionais<br />

observavam anos atrás, a<br />

estratégia mudou. Em 2016 as montadoras<br />

observam as suas fábricas no<br />

Brasil como fornecedoras para mercados<br />

solidificados ou em expansão. É o<br />

caso de BMW, Fiat e Toyota.<br />

Tanto a BMW como a Fiat planejam<br />

produzir no Brasil automóveis para o<br />

mercado norte-americano. As primeiras<br />

unidades do consagrado X1 começam a<br />

sair de Santa Catarina para os Estados<br />

Unidos em julho. Serão embarcadas 10<br />

mil unidades por ano. A Fiat também<br />

objetiva como mercado-alvo os Estados<br />

Unidos com a sua recém-lançada<br />

Toro, mas é preciso ajustar as demandas<br />

(atualmente existe fila de<br />

espera nas concessionárias pela pickup<br />

da marca) e pensar em soluções<br />

de logística. Já a Toyota observa com<br />

dificuldade a entrada de produtos<br />

brasileiros no mercado internacional,<br />

mas tem planos de intensificar a<br />

venda de seu compacto Etios, produzido<br />

no Brasil, no mercado sul-americano.<br />

Com esforço dará certo<br />

Se o segmento automotivo, um dos<br />

mais competitivos e tradicionais, está<br />

redobrando esforços para oferecer seus<br />

produtos para o mercado internacional,<br />

inevitavelmente outros também<br />

seguem pelo mesmo caminho, inclusive<br />

empresas do setor musical. Carlos<br />

Eduardo Portella, vice-presidente da<br />

AEB (Associação de Comércio Exterior<br />

do Brasil) alerta que essa política<br />

comercial deve ser permanente, pois é<br />

muito difícil retomar relações comerciais<br />

quando estas são interrompidas<br />

para atender o mercado doméstico, por<br />

exemplo. Por essa razão, se você, seja lojista<br />

ou fabricante, deseja ampliar o seu<br />

mercado e apostar no segmento internacional,<br />

saiba que o processo de introdução<br />

de sua marca e de seu produto<br />

ou serviço irá consumir tempo e investimento,<br />

e, por essa razão, tudo deve<br />

ser planejado, definindo muito bem os<br />

objetivos e metas em longo prazo, após<br />

um criterioso trabalho<br />

de análise de cenário<br />

dos mercados-<br />

-alvo escolhidos.<br />

No próximo artigo<br />

trataremos sobre a<br />

estruturação de um<br />

plano de internacionalização<br />

para<br />

o seu negócio. •

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