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Aula_03_-_Apostila

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1<br />

Instituto ITBAM<br />

Pós-Graduação<br />

Matemática Financeira<br />

e Investimentos<br />

BRASÍLIA, DF<br />

2014<br />

CNB 11 Lote 09 Salas 1101/1102 – Centro Empresarial Pinheiro de Brito<br />

Fones: +55 (61) 3046-2500 / 3042-2929 / 4141-4745 Suporte<br />

Taguatinga – Brasília-DF / Brasil – CEP 72.115-115


2<br />

APRESENTAÇÃO<br />

Caro Aluno,<br />

Bem-vindo ao Instituto ITBAM!<br />

Ao longo de seus estudos acadêmicos, você vai desfrutar e perceber as inúmeras vantagens<br />

que um curso de Pós-Graduação semipresencial, oferece flexibilidade de horário quanto ao<br />

ritmo e à forma de estudos, o que pode direcionar a sua aprendizagem ao sucesso, autonomia<br />

de estudos, quebra de barreiras, com o incentivo à inclusão digital.<br />

Bom senso e compromisso são condições indispensáveis para que você assuma a direção do<br />

seu próprio processo de aprendizagem.<br />

Entretanto, é muito importante ter consciência de que os estudos realizados em nível de Pós-<br />

Graduação não são uma tarefa fácil de lidar, demanda tempo, estudos e saberes.<br />

Você estará em um ambiente moderno e diferente do processo educacional tradicional, assim,<br />

o aluno poderá desenvolver seus métodos próprios de aprender a aprender e elaborar<br />

raciocínios próprios acerca do tema em debate.<br />

Atenciosamente,<br />

A Coordenação<br />

CNB 11 Lote 09 Salas 1101/1102 – Centro Empresarial Pinheiro de Brito<br />

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3<br />

Corpo Técnico Editorial<br />

Elaboração:<br />

Prof. MSc. Wilson de Oliveira<br />

Produção:<br />

Equipe Técnica Pedagógica<br />

Núcleo Pedagógico – NPE<br />

Profª. MSc. Verônica Almeida<br />

Revisão:<br />

Camilla Porto<br />

Diagramação:<br />

Coordenação do Itbam<br />

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4<br />

SUMÁRIO<br />

APRESENTAÇÃO ................................................................................................................... 2<br />

UNIDADE I – Matemática Financeira ................................................................................... 5<br />

Capítulo 1 – Juros Simples ............................................................................................ 5<br />

Capítulo 2 – Juros Compostos ..................................................................................... 17<br />

Capítulo 3 – Taxas de Juros ........................................................................................ 36<br />

Capítulo 4 – Desconto Simples e Desconto Composto ............................................... 44<br />

Capítulo 5 – Séries Uniformes periódicas .................................................................. 57<br />

Capítulo 6 – Amortização de Financiamentos ........................................................... 70<br />

UNIDADE II – Investimentos ................................................................................................ 74<br />

Capítulo 1 – Análise de Investimentos.......................................................................74<br />

UNIDADE III – Exercícios .................................................................................................... 84<br />

Entrega de Exercícios................................................................................................84<br />

Ementa da Disciplina................................................................................................84<br />

REFERÊNCIAS .................................................................................................................... 85<br />

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5<br />

UNIDADE I<br />

Capítulo 1 – Juros Simples<br />

1.1 Conceitos Básicos da Capitalização Simples<br />

1.1.1 Juro<br />

Quando uma pessoa física ou jurídica disponibiliza um recurso financeiro por um<br />

determinado tempo, recebe em troca desta disponibilidade uma premiação, o juro. Então,<br />

pode-se dizer que o juro é o aluguel pago ou recebido por um recurso financeiro. Utilizaremos<br />

a letra J para representar o juro de todo o período da aplicação.<br />

1.1.2 Capital<br />

Capital, principal, ou valor presente, é um valor expresso em moeda e disponível em<br />

determinada época para realizar uma determinada transação. Utilizaremos o símbolo C para<br />

representar o capital aplicado.<br />

1.1.3 Taxa de juro<br />

Taxa de juros é o custo do dinheiro, ou seja, é uma taxa cobrada ou paga pela disponibilização<br />

de um recurso financeiro.<br />

Taxa de juros é a razão entre os juros e o capital. Uma taxa de juros pode ser representada de<br />

forma percentual ou de forma unitária:<br />

a) Forma percentual ou centesimal: uma taxa de 5% num determinado período representa<br />

uma razão centesimal em que o numerador é igual a 5 e o denominador igual a 100, isto é:<br />

5%<br />

<br />

b) Forma unitária: para efeito de cálculo utilizamos a taxa na forma decimal.<br />

Observação 1.1 Em fórmulas de matemática financeira utilizamos somente taxa de juro na<br />

forma decimal. Para transformar uma taxa de juros da forma percentual para a forma decimal,<br />

basta dividir por 100. Por exemplo, a taxa de juros de 5% ao mês é equivalente a 0,05 ao mês<br />

na forma decimal.<br />

Observação 1.2 Em finanças é comum utilizarmos a representação a.a. para designar que a<br />

taxa fornecida está ao ano, a.s. para taxa ao semestre, a.t. ao trimestre, a.b. ao bimestre, a.m.<br />

ao mês e a.d. ao dia. Utilizaremos a letra i para representar a taxa de juros da aplicação.<br />

5<br />

100<br />

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6<br />

1.1.4 Período ou prazo<br />

O período ou prazo de uma transação financeira é expresso em determinada unidade de<br />

tempo, que pode ser em dia, mês, bimestre, trimestre, semestre ou ano. Utilizaremos a letra n<br />

para representar o prazo ou período da aplicação.<br />

Observação 1.3 O período de capitalização e a taxa de juros devem ser substituídos nas<br />

fórmulas sempre com a mesma unidade de tempo.<br />

1.1.5 Montante<br />

Montante ou valor futuro de uma aplicação é dado pelo valor do capital acrescido do juro<br />

referente ao período da aplicação. Utilizaremos a letra M para representar o montante da<br />

aplicação.<br />

1.2 Conceitos de Juros Simples na HP 12C<br />

1.2.1 Zerando Os Registros Financeiros<br />

Toda função financeira utiliza os números armazenados nos registros financeiros. Antes de<br />

começar um novo cálculo financeiro, pressione .f. FIN, para zerar todos os registros<br />

financeiros. Porém, frequentemente você pode querer repetir um cálculo após modificar o<br />

número em somente um dos registros financeiros.<br />

Para fazê-lo, não pressione .f. FIN, em vez disso, simplesmente armazene o novo número no<br />

registro. Os números nos outros registros financeiros permanecerão inalterados. Os registros<br />

financeiros também são zerados ao pressionar .f. REG ou quando a Memória Contínua for<br />

reinicializada.<br />

1.2.2 Cálculo dos Juros Simples e do Montante Simples utilizando a HP 12C<br />

A HP 12C calcula, simultaneamente, juros simples na base de 360 dias (ano comercial) e na<br />

base de 365 ou 366 dias (ano exato). É possível exibir qualquer um dos dois, conforme<br />

descrito a seguir. Além do mais, com os juros acumulados no mostrador, pode-se calcular o<br />

valor do montante.<br />

1) Digite ou calcule o número de dias e pressione .n.<br />

2) Digite a taxa de juros anual em porcentagem e pressione .i.<br />

3) Digite o valor do capital e pressione CHS PV<br />

4) Pressione .f. INT para calcular e exibir os juros acumulados na base de 360 dias<br />

5) Para exibir os juros acumulados na base de 365 dias, pressione .R↓. x y<br />

6) Pressione .+. para calcular o montante, isto é, principal mais os juros acumulados exibidos<br />

no mostrador<br />

Observação 1.4 Os valores de n , i e PV podem ser registrados em qualquer ordem.<br />

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7<br />

1.3 Fórmulas dos Juros e do Montante na Capitalização Simples<br />

Para a montagem das fórmulas dos juros e do montante na capitalização simples será utilizada<br />

a seguinte notação: C representará o capital, principal ou valor presente, J o juro ou<br />

rendimento, i a taxa de juros, n o período ou prazo de capitalização e M o montante, valor<br />

de resgate ou valor futuro da aplicação.<br />

1.3.1 Fórmula dos Juros Simples<br />

O valor dos juros em uma unidade de tempo é igual ao capital multiplicado pela taxa de juros,<br />

portanto, tem-se a seguinte fórmula para calcular o valor dos juros em uma unidade de tempo:<br />

J1 C i<br />

. Para calcular o juro total ao final do período de ordem n , basta multiplicar o valor<br />

do juro obtido no primeiro período pelo número de períodos, isto é, por n , obtendo assim, a<br />

seguinte fórmula:<br />

J C in<br />

(1.1)<br />

Exemplo 1.1 O capital de R$ 2.500,00 foi aplicado por 6 meses, à taxa de juros simples de<br />

2% ao mês. Determine o juro gerado nessa aplicação.<br />

Solução. Coletando os dados do problema, temos:<br />

C 2500<br />

n 6 meses<br />

i 2% ao mês, ou 0,02 ao mês em valor decimal, pois:<br />

J ?<br />

2<br />

2%<br />

a.<br />

m.<br />

a.<br />

m.<br />

0,02 a.<br />

m.<br />

100<br />

Substituindo os dados na fórmula J C i<br />

n , obtemos J 2500(0,02)<br />

6<br />

. Efetuando as<br />

operações obtemos J 300 , ou seja, o juro gerado foi de R$ 300,00.<br />

Utilizando a HP 12C: A descrição dos elementos da solução está no quadro a seguir:<br />

Pressione Visor Registros<br />

.f. FIN 0,00 Limpa a memória dos registros financeiros<br />

6 ENTER 30 .x. .n. 180,00 Calcula e armazena o número de dias<br />

2 ENTER 12 .x. .i. 24,00 Calcula e armazena a taxa de juros anual<br />

2500 CHS PV 2.500, 00 Armazena o capital como saída de caixa<br />

.f. INT 300,00 Juros acumulados do período<br />

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8<br />

Exemplo 1.2 O capital de R$ 5.400,00 foi aplicado por 5 meses e gerou de juro simples R$<br />

675,00, determine a taxa de juros envolvida nessa aplicação.<br />

Solução. Coletando os dados do problema, temos:<br />

C 5400<br />

n 5 meses<br />

J 675,00<br />

i ?<br />

Substituindo os dados na fórmula J C in<br />

, obtemos 675 5400i 5. Multiplicando 5400<br />

por 5, temos a igualdade 675 27000i<br />

. Isolando a taxa, obtemos:<br />

675 i 0,025 ao mês<br />

27000<br />

O valor da taxa de juros fornecida pela fórmula é um valor decimal e é ao mês, pois o período<br />

utilizado na fórmula foi de 5 meses. Para transformar a taxa de unitária para percentual, basta<br />

multiplicar por 100. Multiplicando 0,025 por 100 obtemos a taxa de juros de 2,5% ao mês.<br />

1.3.2 Fórmula do montante simples<br />

O montante ou valor futuro ao final de n períodos é igual ao capital acrescido do juro dos n<br />

períodos. Considerando M para representar o montante ou valor futuro, temos M C J .<br />

Substituindo a fórmula do juro simples para n períodos, que é dada por J C i<br />

n , na<br />

expressão M C J , obtemos M C C<br />

in. Colocando em evidência o capital C , que<br />

aparece nas duas parcelas do segundo membro da expressão M C C<br />

in, obtemos:<br />

M<br />

C [ 1<br />

i n]<br />

(1.2)<br />

Observação 1.5 Utilizando a notação das teclas da calculadora HP 12C, isto é, PV para<br />

representar o valor presente (em inglês present value), FV para o valor futuro (em inglês<br />

future value), n para o prazo ou período e i para a taxa de juros, temos a seguinte fórmula<br />

para a capitalização simples:<br />

FV<br />

PV [ 1<br />

i n]<br />

(1.3)<br />

Exemplo 1.3 O capital de R$ 5.400,00 foi aplicado por 8 meses e gerou um montante de R$<br />

6.696,00, determine a taxa de juros envolvida nessa aplicação.<br />

Solução. Coletando os dados do problema, temos:<br />

C 5400<br />

n 8 meses<br />

M 6696<br />

i ?<br />

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9<br />

Substituindo os dados na fórmula M C [ 1<br />

i n]<br />

, obtemos 6696 5400 [1<br />

i 8]<br />

. O<br />

objetivo é obter a taxa de juros, para isso, vamos inicialmente dividir ambos os membros da<br />

equação anterior por 5400, em outras palavras, passando 5400 dividindo para o primeiro<br />

membro, obtemos a seguinte expressão:<br />

6696<br />

1<br />

i 8<br />

5400<br />

Efetuando a divisão no primeiro membro da equação anterior, obtemos 1,24<br />

1<br />

8i<br />

. Agora,<br />

isolando o termo 8 i da equação anterior, obtemos 1,24<br />

1 8i<br />

, que nos fornece 0,24<br />

8i<br />

. E,<br />

finalmente para obter a taxa de juros, basta isolar a variável i , ou seja:<br />

0,24<br />

i 0,<strong>03</strong> ao mês<br />

8<br />

Multiplicando 0,<strong>03</strong> por 100, obtemos a taxa de 3% ao mês.<br />

Outra forma de resolver esse exemplo: Podemos resolver esse exemplo de uma forma mais<br />

rápida e simples pela fórmula dos juros. Para obtermos o valor dos juros basta subtrairmos o<br />

capital do montante, ou seja, J 6696 5400<br />

1296. Substituindo os dados na formula dos<br />

juros obtemos 1296 5400i 8. Efetuando a multiplicação do segundo membro obtemos<br />

1296 43200i . Isolando a variável i obtemos:<br />

1296 i 0,<strong>03</strong> ao mês<br />

43200<br />

Multiplicando 0,<strong>03</strong> por 100, obtemos a taxa de 3% ao mês.<br />

Exemplo 1.4 O capital de R$ 8.500,00 foi aplicado por 9 meses, à taxa de juros simples de<br />

48% ao ano. Determine o montante gerado.<br />

Solução. Coletando os dados do problema, temos:<br />

M<br />

?<br />

C 8500<br />

n 9 meses<br />

i 48% ao ano, que é proporcional a 4% ao mês, ou 0,04 ao mês em valor unitário, pois:<br />

48% a.<br />

a<br />

4%<br />

12 meses<br />

a.<br />

m.<br />

<br />

4<br />

100<br />

a.<br />

m.<br />

0,04<br />

a.<br />

m.<br />

Substituindo os dados na fórmula M C [ 1<br />

i n]<br />

, obtemos M 8500[1<br />

(0,04) 9]<br />

, isto é,<br />

M 8500[1,36]<br />

11560. Portanto, o montante ao final de 9 meses de aplicação é igual a R$<br />

11.560,00.<br />

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10<br />

Utilizando a HP 12C: A descrição dos elementos da solução está no quadro a seguir:<br />

Pressione Visor Registros<br />

.f. FIN 0,00 Limpa a memória dos registros financeiros<br />

30 ENTER 9 .x. .n. 270,00 Calcula e armazena o número de dias<br />

48 .i. 48,00 Armazena a taxa de juros anual<br />

8500 CHS PV 8.500, 00 Armazena o capital como saída de caixa<br />

.f. INT 3.060,00 Juros acumulados do período<br />

.+. 11.560,00 Montante: capital mais os juros<br />

Exemplo 1.5 (ESAF – TRF 2005) Indique qual o capital que aplicado a juros simples à taxa<br />

de 3,6% ao mês rende R$ 96,00 de juro em 40 dias:<br />

a) R$ 2.000,00<br />

b) R$ 2.100,00<br />

c) R$ 2.120,00<br />

d) R$ 2.400,00<br />

e) R$ 2.420,00<br />

Solução. Observe inicialmente que a taxa de juros está ao mês e o período está e dias. Para<br />

transformar a taxa mensal em diária, na capitalização simples, basta dividir 3,6 por 30, que<br />

nos dá 0,12% ao dia. Como na fórmula que relaciona juro, capital, taxa e período, a taxa deve<br />

sempre ser utilizada em valor unitário, e não percentual, temos que transformar 0,12% em<br />

valor unitário. Para transformar 0,12% em valor unitário, basta dividir 0,12 por 100, que dá<br />

0,0012. Agora, coletando os dados do problema, temos:<br />

C ?<br />

i 3,6% ao mês, ou, i 0,12%<br />

ao dia. Sendo a taxa unitária igual a 0,0012.<br />

n 40 dias.<br />

J 96,00 reais.<br />

Substituindo os dados do problema na fórmula dos juros<br />

J C in<br />

, obtemos:<br />

96 C (0,0012)<br />

40<br />

Resolvendo a equação anterior, obtemos C 2.000, 00 reais. Alternativa a.<br />

Exemplo 1.6 Ana aplicou um capital por quatro meses, à taxa de juros simples de 5% ao mês.<br />

Decorridos os quatro meses, metade do capital inicial foi aplicado por mais três meses, à taxa<br />

de juros simples de 4% ao mês. A soma dos juros obtidos nas duas aplicações foi de R$<br />

832,00. Qual foi o capital inicial aplicado?<br />

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11<br />

Solução. Os dados das duas etapas da aplicação estão listados a seguir:<br />

Dados da primeira etapa da aplicação Dados da segunda etapa da aplicação<br />

C ?<br />

0,5C<br />

?<br />

n 4 meses<br />

i 5%<br />

a.<br />

m.<br />

n 3 meses<br />

i 4%<br />

a.<br />

m.<br />

J 1 ?<br />

J 2 ?<br />

Utilizando a fórmula dos juros para a primeira etapa obtemos:<br />

J C (0,05) 4 0, 2C<br />

1 <br />

Agora utilizando a fórmula dos juros para a segunda etapa obtemos:<br />

J 0,5 C<br />

(0,04)<br />

3<br />

0, 06C<br />

2 <br />

Como a soma dos juros das duas etapas é igual a R$ 832,00 obtemos:<br />

J<br />

1 J2<br />

<br />

832<br />

Substituindo os dados de J 1 e J 2 na equação J1 J2<br />

832 obtemos:<br />

Logo 0,26C 832 que nos dá:<br />

0,2C<br />

0,06C<br />

832<br />

C <br />

832 <br />

0,26<br />

3200<br />

Portanto, o capital inicial aplicado foi de R$ 3.200,00.<br />

1.3.3 Prazo Exato e Prazo Comercial<br />

No prazo exato ou ano civil, como também é denominado, considera-se exatamente a<br />

quantidade de dias que contém em cada mês, isto é, 31 dias para os meses de janeiro, março,<br />

maio, julho, agosto, outubro e dezembro, 30 dias para os meses de abril, junho, setembro e<br />

novembro, 29 dias para o mês de fevereiro em ano bissexto e 28 dias para o mês de fevereiro<br />

em ano não bissexto.<br />

No prazo comercial ou ano comercial, como também é denominado, considera-se todo mês<br />

com 30 dias, independentemente do número de dias que contém o mês. Consequentemente, o<br />

ano comercial tem 360 dias.<br />

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12<br />

Observação 1.6 Em geral quando um problema se refere a juro comercial, isso não é<br />

mencionado no problema, ou seja, se não vier especificado no problema se é juro exato ou<br />

comercial, é porque o sistema é o usual, isto é, o sistema comercial.<br />

Exemplo 1.7 O capital de R$ 4.000,00 foi aplicado por 10 dias em um mês de 31 dias, à taxa<br />

de juros simples de 9,3% ao mês. Determine:<br />

a) O valor do juro comercial.<br />

b) O valor do juro exato.<br />

Solução. Coletando os dados do problema, temos:<br />

C 4000<br />

n 10 dias<br />

i 9,3% ao mês<br />

a) Para calcularmos o valor dos juros no sistema comercial, devemos considerar o mês com<br />

30 dias. Transformando a taxa de mensal para diária, temos:<br />

9,3% a.<br />

m.<br />

0,31%<br />

30 dias<br />

a.<br />

d.<br />

<br />

0,31<br />

100<br />

a.<br />

d.<br />

0,0<strong>03</strong>1<br />

a.<br />

d.<br />

Substituindo os dados na fórmula J C in<br />

, obtemos J 4000(0,0<strong>03</strong>1)<br />

10<br />

. Efetuando as<br />

multiplicações obtemos J 124<br />

. Portanto, o valor do juro comercial é igual a R$ 124,00.<br />

b) Para calcularmos o valor dos juros no sistema exato, devemos considerar o mês com 31<br />

dias. Transformando a taxa de mensal para diária, temos:<br />

9,3% a.<br />

m.<br />

0,30%<br />

31 dias<br />

a.<br />

d.<br />

<br />

0,30<br />

100<br />

a.<br />

d.<br />

0,0<strong>03</strong>0<br />

a.<br />

d.<br />

Substituindo os dados na fórmula J C in<br />

, obtemos J 4000(0,0<strong>03</strong>0)<br />

10<br />

. Efetuando as<br />

multiplicações obtemos J 120<br />

. Portanto, o valor do juro exato é igual a R$ 120,00.<br />

1.4 Fluxo de Caixa e Equivalência de Capitais na Capitalização Simples<br />

1.4.1 Fluxo de Caixa<br />

Fluxo de caixa é uma sequência de pagamentos e/ou recebimentos no decorrer de um<br />

determinado período de tempo.<br />

Um fluxo de caixa pode ser representado geometricamente por um diagrama, chamado<br />

diagrama de fluxo de caixa.<br />

Veja o exemplo a seguir:<br />

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13<br />

7.000,00 9.000,00<br />

0<br />

3<br />

4<br />

6<br />

meses<br />

5.000,00 6.000,00<br />

As convenções de um fluxo de caixa são as seguintes:<br />

1) Num eixo horizontal orientado da esquerda para a direita, chamado de linha do tempo, são<br />

descritos os períodos, que podem ser em dias, meses, bimestre etc.<br />

2) As setas orientadas para baixo representam as saídas de caixa, por exemplo: pagamentos,<br />

desembolsos etc.<br />

3) As setas orientadas para cima representam as entradas de caixa, por exemplo:<br />

recebimentos, reembolsos etc.<br />

Observação 1.7 No diagrama anterior temos a previsão de duas saídas de caixa, sendo uma<br />

no período zero, de R$ 5.000,00, e outra no quarto período, de R$ 6.000,00. Temos também a<br />

previsão de duas entradas de caixa, uma no terceiro período, que de R$ 7.000,00 e a outra no<br />

sexto período, de R$ 9.000,00.<br />

1.4.2 Equivalência de Capitais na Capitalização Simples<br />

Os capitais C 1 , 2<br />

C , ,<br />

C k com datas de vencimentos iguais a d 1, 2<br />

d , ,<br />

respectivamente, são equivalentes numa determinada data focal quando, avaliados nessa data<br />

focal, à mesma taxa de juros, tiverem valores iguais.<br />

Observação 1.8 Na capitalização simples, capitais equivalentes numa determinada data focal,<br />

não necessariamente, serão equivalentes em outra data focal.<br />

Exemplo 1.8 Verifique se, na data focal 5, o investimento de R$ 2.500,00, com vencimento<br />

para daqui 3 meses é equivalente ao investimento de R$ 3.240,00, com vencimento para daqui<br />

10 meses. Considere que a taxa de juros simples é de 4% ao mês.<br />

Solução. Observando os dados do problema temos o seguinte fluxo de caixa:<br />

d k ,<br />

0 3 5 10<br />

meses<br />

2.500,00 x<br />

3.240,00<br />

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14<br />

O investimento de R$ 2.500,00 em relação a data focal cinco é um valor presente, pois está na<br />

data focal três. Avaliando este investimento na data focal cinco, temos o seguinte valor futuro:<br />

FV<br />

2500 [1<br />

(0,04) 2] 2500 [1,08]<br />

2700<br />

Então, na data focal cinco, o investimento de R$ 2.500,00 é equivalente a R$ 2.700,00.<br />

O investimento de R$ 3.240,00 em relação a data focal cinco é um valor futuro, pois está na<br />

data focal dez. Avaliando este investimento na data focal cinco, temos o seguinte valor<br />

presente:<br />

PV<br />

3240 3240<br />

<br />

2700<br />

1<br />

(0,04) 5 1,20<br />

Então, na data focal cinco, o investimento de R$ 3.240,00 é equivalente a R$ 2.700,00.<br />

Portanto, na data focal cinco, o investimento de R$ 2.500,00 é equivalente ao investimento de<br />

R$ 3.240,00.<br />

Exemplo 1.9 Verifique se os mesmos investimentos do exemplo anterior são equivalentes na<br />

data focal 6.<br />

Solução. Observando os dados do problema temos o seguinte fluxo de caixa:<br />

0 3 6 10<br />

meses<br />

2.500,00 x<br />

3.240,00<br />

Para o investimento de R$ 2.500,00 temos o seguinte valor futuro na data focal seis:<br />

FV<br />

2500 [1<br />

(0,04) 3]<br />

2500 [1,12]<br />

2800<br />

Então, na data focal seis, o investimento de R$ 2.500,00 é equivalente a R$ 2.800,00.<br />

Para o investimento de R$ 3.240,00 temos o seguinte valor presente na data focal seis:<br />

PV<br />

3240 3240<br />

<br />

2793,10<br />

1<br />

(0,04) 4<br />

1,16<br />

Então, na data focal seis, o investimento de R$ 3.240,00 é equivalente a R$ 2.793,10.<br />

Portanto, na data focal seis, o investimento de R$ 2.500,00 não é equivalente ao investimento<br />

de R$ 3.240,00.<br />

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15<br />

Exemplo 1.10 Um produto custa à vista R$ 500,00. Esse produto pode ser adquirido em duas<br />

parcelas iguais, sendo uma entrada e outra para daqui um mês. Sabendo-se que a taxa de juros<br />

é de 5% ao mês, o valor das parcelas é igual a:<br />

a) R$ 260,20<br />

b) R$ 256,10<br />

c) R$ 250,20<br />

d) R$ 258,90<br />

e) R$ 265,10<br />

Solução. O valor do produto à vista, que é de R$ 500,00, deve ser igual às duas parcelas<br />

atualizadas na data da compra, data focal zero. Uma parcela já está na data, que corresponde à<br />

entrada, a outra parcela será pago um mês após a compra.<br />

Observe o fluxo de caixa a seguir:<br />

0 1<br />

meses<br />

x<br />

x<br />

Atualizando para a data focal zero a parcela que será paga daqui um mês, obtemos:<br />

1<br />

x PV (1,05)<br />

Ou seja:<br />

PV <br />

x<br />

1,05<br />

Somando essa parcela que vence daqui um mês atualizada na data focal zero com a parcela da<br />

entrada, devemos ter um valor igual a R$ 500,00, que é o preço do produto à vista. Então,<br />

temos a seguinte expressão:<br />

Observe a figura a seguir:<br />

x<br />

500 x <br />

1,05<br />

0 1<br />

meses<br />

x<br />

+<br />

x<br />

1,05<br />

500<br />

x<br />

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16<br />

Reduzindo o segundo membro da expressão anterior ao mesmo denominador, obtemos:<br />

1,05x x<br />

500 <br />

1,05<br />

Que nos dá:<br />

2,05x<br />

500 <br />

1,05<br />

Isto nos fornece<br />

500 (1,05) 2,05x<br />

, isto é, 525 2,05x<br />

. Isolando o valor de x , obtemos:<br />

x <br />

525 <br />

2,05<br />

256,10<br />

Portanto, a alternativa correta é a b.<br />

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17<br />

Capítulo 2 – Juros Compostos<br />

2.1 Introdução<br />

No regime de capitalização composta são computados juros sobre juros, isto é, os juros<br />

gerados a cada período são incorporados ao principal para o cálculo dos juros do período<br />

seguinte.<br />

No quadro a seguir temos uma comparação entre os juros no regime de capitalização simples<br />

e os juros no regime de capitalização composta. Essa análise leva em consideração o capital<br />

de R$ 10.000,00, aplicado à taxa de juros de 10% ao período, durante 3 períodos.<br />

Período Juros simples (R$) Juros compostos (R$)<br />

1 1.000,00 1.000,00<br />

2 1.000,00 1.100,00<br />

3 1.000,00 1.210,00<br />

Total 3.000,00 3.310,00<br />

Observe que no regime de capitalização composta, ao final do terceiro período, o capital de<br />

R$ 10.000,00, à taxa de juros de 10% ao período, gera R$ 310,00 de juros a mais do que no<br />

regime de capitalização simples. Isto ocorre devido ao fato de que na capitalização composta,<br />

ao final de cada período, os juros gerados são acrescentados ao valor atual para capitalização<br />

do período seguinte.<br />

2.2 Fórmulas do Montante e dos Juros na Capitalização Composta<br />

Para obter as fórmulas do montante e dos juros na capitalização composta será utilizada a<br />

seguinte notação: C representará o capital, principal ou valor presente, J os juros, i a taxa<br />

de juros, n o período e M o montante ou valor futuro.<br />

2.2.1 Fórmula do montante na capitalização composta<br />

Na capitalização composta, ao final do primeiro período, o montante é igual ao capital<br />

acrescido dos juros, sendo que os juros são formados pelo capital multiplicado pela taxa de<br />

juros, ou seja, J1 C i<br />

. Então, ao final do primeiro período, temos M1 C J1<br />

C C<br />

i<br />

.<br />

Colocando em evidência o capital C na equação anterior, obtemos M C (1<br />

) .<br />

1 i<br />

O capital do segundo período é composto pelo montante do final do primeiro período, isto é,<br />

M 1. Os juros do segundo período são calculados sobre o montante do final do primeiro<br />

período. Então, a fórmula do montante ao final do segundo período é dada por<br />

M M J M M i<br />

2 1 2 1 1 .<br />

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18<br />

Colocando em evidência M 1 na equação anterior, obtemos M 2 M1<br />

(1 i)<br />

. Substituindo<br />

M C (1<br />

) na equação M M (1<br />

) , obtemos M C (1<br />

i)<br />

(1<br />

). Portanto, a<br />

1 i<br />

2 1 i<br />

fórmula do montante ao final do segundo período é dada por<br />

2 i<br />

2<br />

M 2 C ( 1<br />

i)<br />

.<br />

Para o terceiro período, o capital é formado pelo montante do final do segundo período, isto é,<br />

M 2 . Os juros do terceiro período são calculados sobre o montante do final do segundo<br />

período.<br />

Então, a fórmula do montante ao final do terceiro período é dada por<br />

M3 M 2 J3<br />

M 2 M 2 i<br />

. Colocando em evidência M 2 na equação anterior, obtemos<br />

M3 M 2 (1<br />

i)<br />

. Substituindo<br />

2<br />

M<br />

2<br />

2 C ( 1<br />

i)<br />

na equação M M (1<br />

) , obtemos<br />

3 2 i<br />

M3 C (1<br />

i)<br />

(1<br />

i)<br />

. Portanto, a fórmula do montante ao final do terceiro período é dada<br />

por<br />

M<br />

3<br />

3 C ( 1<br />

i)<br />

.<br />

Seguindo esse raciocínio, a fórmula do montante ao final do n-ésimo período é dada por:<br />

n<br />

M C ( 1<br />

i)<br />

(2.1)<br />

Observação 2.1 Utilizando a notação das teclas da calculadora HP 12C, isto é, PV para o<br />

valor presente (em língua inglesa, present value), FV para o valor futuro (em língua inglesa,<br />

future value), n para o prazo ou período e i para a taxa de juros, temos a seguinte fórmula<br />

para a capitalização composta:<br />

n<br />

FV PV ( 1<br />

i)<br />

(2.2)<br />

2.1.3 Cálculo Envolvendo Capitalização Composta utilizando a HP 12C<br />

A taxa de juros deve ser armazenada na mesma unidade de tempo do prazo de capitalização.<br />

Observação 2.2 Se a capitalização for mensal, pode-se utilizar um atalho para calcular e<br />

armazenar n e i :<br />

a) Para transformar o prazo de anual para mensal e armazená-lo simultaneamente, digite o<br />

número de anos e pressione .g. 12x.<br />

b) Para transformar a taxa de juros de anual para mensal e armazená-la simultaneamente,<br />

digite a taxa anual e pressione .g. 12÷.<br />

Cálculo do valor futuro na HP 12C<br />

1) Pressione .f. FIN para zerar os registros financeiros.<br />

2) Informe a taxa periódica de juros utilizando .i. ou .g. 12÷.<br />

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19<br />

3) Informe o valor presente utilizando CHS PV.<br />

4) Informe o período utilizando .n. ou .g. 12x.<br />

5) Pressione FV para calcular o valor futuro.<br />

Cálculo do valor presente na HP 12C<br />

1) Pressione .f. FIN para zerar os registros financeiros.<br />

2) Informe a taxa periódica de juros utilizando .i. ou .g. 12÷.<br />

3) Informe o valor futuro utilizando CHS FV.<br />

4) Informe o período utilizando .n. ou .g. 12x.<br />

5) Pressione PV para calcular o valor presente.<br />

Cálculo do número de períodos de capitalização na HP 12C<br />

1) Pressione .f. FIN para zerar os registros financeiros.<br />

2) Informe a taxa periódica de juros utilizando .i. ou .g. 12÷.<br />

3) Informe o valor presente utilizando CHS PV.<br />

4) Informe o valor futuro utilizando FV.<br />

5) Pressione .n. para calcular o número de períodos.<br />

Observação 2.3 Período não inteiro, a calculadora arredonda a resposta para o próximo<br />

inteiro.<br />

Cálculo da taxa de juros na HP 12C<br />

1) Pressione .f. FIN para zerar os registros financeiros.<br />

2) Informe o número de períodos utilizando .n. ou .g. 12x.<br />

3) Informe o valor presente utilizando CHS PV.<br />

4) Informe o valor futuro utilizando FV.<br />

5) Pressione .i. para calcular a taxa periódica de juros. Para calcular a taxa de juros anual,<br />

digite o número de períodos por ano e pressione .x..<br />

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20<br />

Exemplo 2.1 Ana aplicou em um banco a importância de R$ 10.000,00, à taxa de juros<br />

compostos de 1% ao mês, determine o valor do montante resgatado por Ana 2 meses após o<br />

inicio da aplicação.<br />

Solução. Coletando os dados do problema, temos:<br />

C 10000<br />

i 1% ao mês, isto é, i 0, 01 ao mês, pois na fórmula só deve ser utilizada taxa decimal<br />

n 2 meses<br />

M ?<br />

Substituindo os dados anteriores diretamente na fórmula<br />

M C ( 1<br />

i)<br />

n<br />

, temos:<br />

M<br />

10000(1<br />

0,01)<br />

2<br />

10000(1,01)<br />

2<br />

10000(1,0201)<br />

10201<br />

Portanto, o montante resgatado foi de R$ 10.201,00.<br />

Utilizando a HP 12C: A descrição dos elementos da solução está no quadro a seguir:<br />

Pressione Visor Registros<br />

.f. FIN 0,00 Limpa a memória dos registros financeiros<br />

10000 CHS PV 10.000, 00 Armazena o valor presente como saída de caixa<br />

1 .i. 1,00 Armazena a taxa de juros de 1% ao mês<br />

2 .n. 2,00 Armazena o prazo de 2 meses<br />

FV 10.201,00 Calcula o valor futuro de R$ 10.201,00<br />

Exemplo 2.2 Determine o valor que foi aplicado à taxa de juros compostos de 1% ao mês, por<br />

2 meses, para gerar o montante de R$ 8.670,85.<br />

Solução. Coletando os dados do problema, temos:<br />

C ?<br />

i 1% ao mês, isto é, i 0, 01 ao mês<br />

n 2 meses<br />

M 8670,85<br />

Da mesma forma que no problema anterior, a taxa de juros é ao mês e o período também é<br />

mensal, portanto, substituindo os dados anteriores diretamente na fórmula<br />

temos:<br />

n<br />

M C ( 1<br />

i)<br />

,<br />

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21<br />

8670,85<br />

C (1,01)<br />

Isolando o capital C da expressão anterior, obtemos:<br />

Portanto, o valor aplicado foi de R$ 8.500,00.<br />

8670,85 8670,85<br />

C 8500<br />

2<br />

(1,01) 1,0201<br />

Utilizando a HP 12C: A descrição dos elementos da solução está no quadro a seguir:<br />

2<br />

Pressione Visor Registros<br />

.f. FIN 0,00 Limpa a memória dos registros financeiros<br />

8670.85 CHS FV 8.670, 85 Armazena o valor futuro como saída de caixa<br />

1 .i. 1,00 Armazena a taxa de juros de 1% ao mês<br />

2 .n. 2,00 Armazena o prazo de 2 meses<br />

PV 8.500,00 Calcula o valor presente de R$ 8.500,00<br />

Exemplo 2.3 Marta aplicou em um banco R$ 10.000,00 no sistema de juros compostos por 3<br />

meses. Determine a taxa mensal de juros, sabendo-se que o valor resgatado por Marta foi de<br />

R$ 10.612,08.<br />

Solução. Coletando os dados do problema, temos:<br />

C 10000<br />

n 3 meses<br />

i ?<br />

M 10612,08<br />

Substituindo os dados anteriores diretamente na fórmula<br />

M C ( 1<br />

i)<br />

n<br />

, temos:<br />

10612,08<br />

10000(1<br />

i)<br />

3<br />

Isolando a potência<br />

3<br />

( 1 i)<br />

da expressão anterior, obtemos:<br />

10612,08<br />

(1 i)<br />

10000<br />

Efetuando a divisão do primeiro membro da equação anterior, obtemos:<br />

3<br />

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22<br />

1,061208<br />

(1 i)<br />

Extraindo a raiz cúbica em ambos os membros da equação anterior, temos:<br />

3 3 ) 3<br />

1,061208<br />

(1 i<br />

Realizando os cálculos na equação anterior, obtemos:<br />

1 ,02 1 i<br />

O que nos dá i 0, 02 ao mês, ou seja, a taxa de juros envolvida na aplicação é de 2% ao mês.<br />

Utilizando a HP 12C: A descrição dos elementos da solução está no quadro a seguir:<br />

3<br />

Pressione Visor Registros<br />

.f. FIN 0,00 Limpa a memória dos registros financeiros<br />

10000 CHS PV 10.000, 00 Armazena o valor presente como saída de caixa<br />

3 .n. 3,00 Armazena o prazo de 3 meses<br />

10612,08 FV 10.612,08 Armazena o valor futuro como entrada de caixa<br />

.i. 2,00 Calcula a taxa de juros de 2% ao mês<br />

Observação 2.4 Quando a variável a ser determinada for o prazo, uma forma de<br />

encontrarmos o valor do prazo é aplicarmos a função ln em ambos os membros da equação<br />

exponencial. A propriedade do logaritmo neperiano é dada por:<br />

ln(<br />

x n<br />

) n ln( x)<br />

Exemplo 2.4 Determine o número de meses em que o capital de R$ 20.000,00 ficou aplicado<br />

à taxa de juros compostos de 2% ao mês, para gerar um montante de R$ 20.808,00.<br />

Solução. Coletando os dados do problema, temos:<br />

C 20000<br />

i 2% ao mês, isto é, i 0, 02 ao mês<br />

M 20808<br />

n ?<br />

Substituindo os dados na fórmula<br />

M C ( 1<br />

i)<br />

, temos:<br />

n<br />

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23<br />

Isolando o fator<br />

20808 20000(1,02)<br />

n<br />

( 1,02) da expressão anterior, obtemos:<br />

20808 <br />

n<br />

(1,02)<br />

20000<br />

Efetuando a divisão do primeiro membro da equação anterior, obtemos:<br />

n<br />

1,0404<br />

(1,02)<br />

Observe que o termo desconhecido, o período n , está no expoente, então, para isolar n basta<br />

aplicar o logaritmo neperiano em ambos os membros da equação anterior:<br />

Utilizando a propriedade de logaritmo, temos:<br />

Realizando os cálculos, obtemos:<br />

ln( 1,0404) ln(1,02)<br />

ln( 1,0404)<br />

n<br />

n<br />

n ln(1,02)<br />

0,<strong>03</strong>9605<br />

n (0,0198<strong>03</strong>)<br />

Agora, isolando n na expressão anterior, obtemos:<br />

0,<strong>03</strong>9605<br />

n 1,999949<br />

0,0198<strong>03</strong><br />

Observe que o período obtido no cálculo é de aproximadamente 2 meses. O valor não deu 2<br />

exato devido aos arredondamentos utilizados no decorrer da resolução do problema.<br />

Mas, na realidade o período da aplicação foi de 2 meses.<br />

Utilizando a HP 12C: A descrição dos elementos da solução está no quadro a seguir:<br />

Pressione Visor Registros<br />

.f. FIN 0,00 Limpa a memória dos registros financeiros<br />

20000 CHS PV 20.000, 00 Armazena o valor presente como saída de caixa<br />

2 .i. 2,00 Armazena a taxa de juros de 2% ao mês<br />

20808 FV 20.808,00 Armazena o valor futuro como entrada de caixa<br />

.n. 2,00 Calcula o prazo de 2 meses<br />

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24<br />

Exemplo 2.5 Ana aplicou um capital por dois meses, à taxa de juros compostos de 2% ao<br />

mês. Decorridos os dois meses, metade do capital inicial foi aplicado por mais dois meses, à<br />

taxa de juros compostos de 1% ao mês. A soma dos montantes obtidos nas duas aplicações foi<br />

de R$ 6.201,80. Qual foi o capital inicial aplicado?<br />

Solução. Utilizando a fórmula do montante para a primeira etapa obtemos:<br />

2<br />

1 <br />

M C (1,02)<br />

1, 0404C<br />

Agora utilizando a fórmula do montante para a segunda etapa obtemos:<br />

2<br />

2 <br />

M 0,5 C<br />

(1,01)<br />

0, 51005C<br />

Como a soma dos montantes das duas etapas é igual a R$ 6.201,80 obtemos:<br />

M<br />

1 M2<br />

<br />

6201,80<br />

Substituindo os dados de M 1 e M 2 na equação M 1 M2<br />

6201, 80 obtemos:<br />

Logo 1,55045C 6201, 80 que nos dá:<br />

1,0404C<br />

0,51005C<br />

6201,80<br />

6201,80<br />

C <br />

1,55045<br />

Portanto, o capital inicial aplicado foi de R$ 4.000,00.<br />

4000<br />

Exemplo 2.6 Marta aplicou R$ 100.000,00 por dois meses, à taxa de juros compostos de 3%<br />

ao mês. Após esses dois meses Marta resgatou o montante e aplicou em outro banco por mais<br />

2 meses, à taxa de juros compostos de 2% ao mês.<br />

Determine o valor de resgate dessa segunda aplicação.<br />

Solução. O montante ao final da primeira aplicação é dado por:<br />

2<br />

M 1 100000(1,<strong>03</strong>)<br />

100000(1,0609)<br />

106090<br />

Logo, o montante ao final da primeira aplicação é de R$ 106.090,00.<br />

O valor que foi aplicado no outro banco foi R$ 106.090,00, então o montante da segunda<br />

aplicação é dado por:<br />

2<br />

M 1 106090(1,02)<br />

106090(1,0404)<br />

11<strong>03</strong>76<br />

Portanto, o resgate da segunda aplicação foi de R$ 110.376,00.<br />

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25<br />

2.1.4 Fórmula dos Juros na Capitalização Composta<br />

A expressão dos juros é dada pelo montante menos o capital, ou seja, J M C<br />

.<br />

n<br />

Substituindo M C ( 1<br />

i)<br />

na equação J M C<br />

, obtemos J C ( 1<br />

i)<br />

C . Colocando<br />

em evidência o capital C na equação anterior, obtemos:<br />

n<br />

J C [( 1<br />

i)<br />

1]<br />

(2.3)<br />

Cálculo dos juros na HP 12C<br />

1) Pressione .f. FIN para zerar os registros financeiros.<br />

2) Informe a taxa periódica de juros utilizando .i. ou .g. 12÷.<br />

3) Informe o valor presente utilizando CHS PV.<br />

4) Informe o período utilizando .n. ou .g. 12x.<br />

5) Pressione FV para calcular o valor futuro.<br />

6) Pressione RCL PV .+. para calcular os juros acumulados do período de aplicação.<br />

n <br />

Exemplo 2.7 Calcular o capital que gerou R$ 306,04 de juros ao ser aplicado por 3 meses, à<br />

taxa de juros compostos de 2% ao mês.<br />

Solução. Coletando os dados do problema, temos:<br />

C ?<br />

J 306,04<br />

n 3 meses<br />

i 2% ao mês, isto é, i 0, 02 ao mês<br />

Substituindo os dados anteriores na fórmula J C [( 1<br />

i)<br />

1]<br />

, temos:<br />

306,04 C [(1,02)<br />

Efetuando as operações dentro dos colchetes, obtemos:<br />

Isolando o capital C obtemos:<br />

3 <br />

n<br />

1]<br />

306,04<br />

C [0,061208]<br />

C <br />

306,04<br />

0,061208<br />

Portanto, o capital aplicado foi de R$ 5.000,00.<br />

5000<br />

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26<br />

Exemplo 2.8 Calcular o juro gerado pela aplicação de R$ 4.500,00 no sistema de juros<br />

compostos, por 2 meses, à taxa de juros de 1% ao mês.<br />

Solução. Coletando os dados do problema, temos:<br />

J ?<br />

C 4500<br />

n 2 meses<br />

i 1% ao mês, isto é, i 0, 01 ao mês<br />

Substituindo os dados anteriores na fórmula J C [( 1<br />

i)<br />

1]<br />

, temos:<br />

J 4500[(1,01)<br />

Efetuando as operações dentro dos colchetes, obtemos:<br />

2 <br />

1]<br />

n<br />

J<br />

4500 [0,0201]<br />

Multiplicando 4500 por 0,0201 obtemos J 90, 45.<br />

Portanto, o juro gerado foi de R$ 90,45.<br />

Utilizando a HP 12C: A descrição dos elementos da solução está no quadro a seguir:<br />

Pressione Visor Registros<br />

.f. FIN 0,00 Limpa a memória dos registros financeiros<br />

4500 CHS PV 4.500, 00 Armazena o valor presente como saída de caixa<br />

1 .i. 1,00 Armazena a taxa de juros de 1% ao mês<br />

2 .n. 2,00 Armazena o prazo de 2 meses<br />

FV 4.590,45 Calcula o valor futuro de R$ 4.590,45<br />

RCL PV .+. 90,45 Calcula os juros acumulados<br />

Exemplo 2.9 Ana aplicou R$ 10.000,00 por 2 meses, à taxa de juros compostos de 2% ao<br />

mês. Decorridos esses dois meses ela aplicou na mesma conta mais R$ 10.000,00 por mais 2<br />

meses, à mesma taxa de juros compostos dos meses anteriores, determine o saldo final dessa<br />

aplicação.<br />

Solução. O montante da primeira etapa da aplicação é dado por:<br />

M <br />

2<br />

10000(1,02)<br />

10000(1,0404)<br />

10404<br />

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27<br />

Portanto, o montante da primeira etapa da aplicação é de R$ 10.404,00. Na segunda etapa,<br />

além desses R$ 10.404,00, Ana aplicou mais R$ 10.000,00, totalizando R$ 20.404,00. Então,<br />

o montante da segunda etapa da aplicação é dado por:<br />

M<br />

<br />

2<br />

20404(1,02)<br />

20404(1,0404) 21228,32<br />

Portanto, o saldo final dessa aplicação é de R$ 21.228,32. Observe o diagrama a seguir:<br />

0 2 4<br />

meses<br />

10.000,00<br />

10.404,00<br />

+<br />

10.000,00<br />

20.404,00<br />

21.228,32<br />

Exemplo 2.10 Ana aplicou R$ 20.000,00 por 2 meses, à taxa de juros compostos de 1% ao<br />

mês. Decorridos esses dois meses ela efetuou um saque no valor de R$ 10.000,00 e o saldo<br />

ela deixou aplicado por mais 1 mês, à mesma taxa de juros compostos dos meses anteriores,<br />

determine o saldo final dessa aplicação.<br />

Solução. O montante da primeira etapa da aplicação é dado por:<br />

M<br />

<br />

2<br />

20000(1,01)<br />

10000(1,0201)<br />

20402<br />

Portanto, o montante da primeira etapa da aplicação é de R$ 20.402,00. Agora, efetuando o<br />

saque de R$ 10.000,00, o saldo no mês dois ficou em R$ 10.402,00. Então, o montante da<br />

segunda etapa da aplicação é dado por:<br />

M<br />

10402(1,01)<br />

10506,02<br />

Portanto, o saldo final dessa aplicação é de R$ 10.506,02. Observe o diagrama a seguir:<br />

0 2 4<br />

meses<br />

20.000,00<br />

20.402,00<br />

− 10.000,00<br />

10.402,00<br />

10.506,02<br />

2.1.5 Juros Compostos × Juros Simples Para Prazo Menor do Que Um<br />

O montante na capitalização composta é uma função exponencial em relação ao período de<br />

capitalização, já o montante na capitalização simples é uma função do primeiro grau em<br />

relação ao período de capitalização. Então, para 0 n 1, o montante na capitalização<br />

simples é maior do que o montante na capitalização composta.<br />

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Montante<br />

28<br />

Observe a figura a seguir:<br />

C<br />

1<br />

Prazo<br />

Observação 2.5 No quadro a seguir temos os juros da simulação de uma aplicação de R$<br />

1.000,00, à taxa de juros de 4% ao mês:<br />

Período Juros simples (R$) Juros compostos (R$)<br />

0,1 mês 4,00 3,93<br />

0,3 mês 12,00 11,84<br />

0,5 mês 20,00 19,80<br />

0,8 mês 32,00 31,87<br />

1 mês 40,00 40,00<br />

1,5 mês 60,00 60,60<br />

2 meses 80,00 81,60<br />

3 meses 120,00 124,86<br />

Exemplo 2.11 Considere que o capital de R$ 10.000,00 foi aplicado por 15 dias à taxa de<br />

juros de 4% ao mês. Determine:<br />

a) O montante no sistema de capitalização simples.<br />

b) O montante no sistema de capitalização composta.<br />

Solução. Coletando os dados do problema, temos:<br />

C 10000<br />

i 4% ao mês, isto é, i 0, 04 ao mês<br />

n 15 dias, ou seja, n 0, 5 mês<br />

M<br />

?<br />

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29<br />

a) Substituindo os dados na fórmula M C [ 1in]<br />

, temos:<br />

M<br />

10000 [1<br />

(0,04) (0,5)] 10000<br />

[1,02]<br />

10200<br />

Então, o montante na capitalização simples é igual a R$ 10.200,00.<br />

b) Substituindo os dados na fórmula<br />

M C ( 1<br />

i)<br />

n<br />

, temos:<br />

M<br />

10000<br />

(1 0,04)<br />

0,5<br />

10000<br />

(1,04)<br />

0,5<br />

10198,04<br />

Então, o montante na capitalização composta é igual a R$ 10.198,04.<br />

Observe que o prazo é de 0,5 mês e que o montante da capitalização simples é maior do que o<br />

montante da capitalização composta.<br />

2.2 Equivalência de Capitais na Capitalização Composta<br />

Os capitais C 1 , C 2 , , C k com respectivos vencimentos nas datas d 1, d 2 , , d k , são<br />

equivalentes numa determinada data focal, quando atualizados nessa data focal, à mesma taxa<br />

de juros, gerarem valores iguais.<br />

Observação 2.6 Na capitalização composta, capitais equivalentes numa determinada data<br />

focal, serão equivalentes em qualquer outra data focal.<br />

Exemplo 2.12 Verifique se, no sétimo mês, o investimento de R$ 5.000,00, com vencimento<br />

no quinto mês, é equivalente ao investimento de R$ 5.306,04 com vencimento no oitavo mês.<br />

Considere uma taxa de juros compostos de 2% ao mês.<br />

Solução. Observando os dados do problema temos o seguinte fluxo de caixa:<br />

0<br />

5 7 8<br />

5.000,00 x<br />

5.306,04<br />

Meses<br />

O investimento de R$ 5.000,00 em relação ao sétimo mês é um valor presente, pois seu<br />

vencimento ocorre no quinto mês. Atualizando este investimento para o sétimo mês, temos o<br />

seguinte valor futuro:<br />

FV<br />

5000 (1,02)<br />

2<br />

5000 (1,0404) 5202<br />

Então, no sétimo mês, o investimento de R$ 5.000,00 é equivalente a R$ 5.202,00.<br />

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30<br />

O investimento de R$ 5.306,04 em relação ao sétimo mês é um valor futuro, pois seu<br />

vencimento ocorre no oitavo mês. Atualizando este investimento para o sétimo mês, obtemos<br />

a seguinte expressão:<br />

Isolando o valor presente obtemos:<br />

PV<br />

5306,04<br />

PV (1,02)<br />

5306,04<br />

<br />

1,02<br />

5202<br />

Então, no sétimo mês, o investimento de R$ 5.306,04 é equivalente a R$ 5.202,04. Portanto,<br />

no sétimo mês, o investimento de R$ 5.000,00, com vencimento no quinto mês é equivalente<br />

ao investimento de R$ 5.306,04, com vencimento no oitavo mês.<br />

Exemplo 2.13 Verifique se os mesmos investimentos do exemplo anterior são equivalentes<br />

no sexto mês.<br />

Solução. Observando os dados do problema temos o seguinte fluxo de caixa:<br />

0<br />

5 6 8<br />

5.000,00 x<br />

5.306,04<br />

Meses<br />

O investimento de R$ 5.000,00 em relação ao sexto mês é um valor presente, pois seu<br />

vencimento ocorre no quinto mês. Atualizando este investimento para o sexto mês, temos o<br />

seguinte valor futuro:<br />

FV<br />

5000 (1,02) 5100<br />

Então, no sexto mês, o investimento de R$ 5.000,00 é equivalente a R$ 5.100,00.<br />

O investimento de R$ 5.306,04 em relação ao sexto mês é um valor futuro, pois seu<br />

vencimento ocorre no oitavo mês. Atualizando este investimento para o sexto mês, obtemos a<br />

seguinte expressão:<br />

Isolando o valor presente obtemos:<br />

PV<br />

5306,04<br />

PV (1,02)<br />

5306,04<br />

<br />

1,0404<br />

5100<br />

2<br />

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31<br />

Então, no sexto mês, o investimento de R$ 5.306,04 é equivalente a R$ 5.100,00. Portanto, no<br />

sexto mês, o investimento de R$ 5.000,00, com vencimento no quinto mês é equivalente ao<br />

investimento de R$ 5.306,04, com vencimento no oitavo mês.<br />

Exemplo 2.14 Uma empresa fez um financiamento para ser quitado em duas parcelas. Uma<br />

parcela de R$ 10.000,00 já venceu há dois meses e a outra parcela de R$ 18.540,00 vai vencer<br />

daqui a um mês. Essa empresa fez uma negociação com o credor para quitar seus débitos por<br />

meio de um único pagamento hoje.<br />

Considerando, que a taxa de juros compostos cobrados pelo credor é de 3% ao mês, determine<br />

o valor desse pagamento único que líquida a dívida da empresa.<br />

Solução. Coletando os dados do problema temos o seguinte fluxo de caixa:<br />

Hoje<br />

2 0<br />

1<br />

Meses<br />

10.000,00 x<br />

18.540,00<br />

O valor de R$ 10.000,00 que já venceu há dois meses, financeiramente para ser atualizado<br />

para a data de hoje, ele é considerado como valor presente e queremos o valor futuro dele. O<br />

valor futuro é dado por:<br />

FV<br />

10000(1,<strong>03</strong>)<br />

2<br />

10000(1,0609)<br />

10609<br />

O valor de R$ 18.540,00 em relação à data de hoje é um valor futuro, pois seu vencimento<br />

ocorre daqui um mês, logo queremos o seu valor presente. Atualizando este valor para a data<br />

de hoje obtemos a seguinte expressão:<br />

Isolando o valor presente obtemos:<br />

18540 PV (1,<strong>03</strong>)<br />

PV<br />

18540 18000<br />

1,<strong>03</strong><br />

Logo, a parcela que liquida a dívida da empresa é dada por:<br />

x 10609 18000<br />

28609<br />

Portanto, a empresa vai pagar hoje R$ 28.609,00 para liquidar a dívida.<br />

Exemplo 2.15 (FCC – TC-PI 2002) Observe o fluxo de caixa abaixo, que se refere a uma<br />

aplicação feita a juros compostos.<br />

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32<br />

0<br />

1 2<br />

R$ 1.864.000,00<br />

3<br />

R$ 233.000,00<br />

A taxa de juros por período é de:<br />

a) 54,4%<br />

b))100%<br />

c) 200%<br />

d) 233%<br />

e) 267%<br />

Solução. O valor do fluxo de caixa que está na data focal zero pode ser considerado como um<br />

valor presente, isto é, PV 233000.<br />

Já o valor que está na data focal três pode ser<br />

considerado como um valor futuro, isto é, FV 1864000.<br />

Como o intervalo de tempo entre o<br />

valor presente e o valor futuro é de três períodos, temos n 3. Para obter a taxa de juros por<br />

período, basta utilizar a fórmula<br />

FV PV ( 1<br />

i)<br />

n<br />

. Então:<br />

1864000 233000 (1 i)<br />

3<br />

Isolando o fator<br />

3<br />

( 1<br />

i)<br />

, temos:<br />

1864000<br />

(1 i)<br />

233000<br />

3<br />

Efetuando a divisão, obtemos:<br />

8 (1 i)<br />

Extraindo a raiz cúbica de ambos os membros da equação anterior, temos:<br />

3<br />

3 3 ) 3<br />

8 (1 i<br />

Efetuando as operações da equação anterior, temos 2 1i<br />

, ou seja, i 1, que corresponde a<br />

uma taxa de juros de 100% por período. Portanto, a alternativa correta é a b.<br />

2.3 Taxas de Juros Variáveis na Capitalização Composta<br />

A taxa de juros de algumas operações financeiras é geralmente variável de um período para<br />

outro. Como exemplo tem a taxa de juros da poupança, a taxa de juros de certificado de<br />

depósito bancário (CDB), a taxa de rendimento de aplicação em bolsa de valores etc.<br />

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33<br />

Para obtermos o montante ao final de n períodos, temos que adaptar a fórmula do montante<br />

com taxa de juro constante para taxas de juros variáveis.<br />

2.3.1 Taxa de juros acumulada<br />

A taxa de juros acumulada na capitalização composta é dada por:<br />

iAC<br />

( 1<br />

i1 ) (1 i2)<br />

(1 i3)<br />

(1 in)<br />

1<br />

(2.10)<br />

Sendo i 1<br />

, i 2<br />

, i 3<br />

, , i<br />

n<br />

as respectivas taxas de juros desde o primeiro período do<br />

investimento até o período de ordem n .<br />

Exemplo 2.16 Os rendimentos mensais do Fundo de Investimento HSBC MULTIM SMART<br />

2 nos primeiros três meses de 2007 foram respectivamente 0,87%, 0,23% e 2,43%.<br />

Determine o rendimento acumulado desses três meses.<br />

Solução. Substituindo os dados do problema na fórmula da taxa acumulada de juros,<br />

obtemos:<br />

i<br />

AC<br />

( 1<br />

0,0087) (1<br />

0,0023) (1<br />

0,0243) 1<br />

Efetuando as operações, obtemos:<br />

i<br />

AC<br />

( 1,0087) (1,0023)<br />

(1,0243)<br />

11,<strong>03</strong>5588<br />

1<br />

0,<strong>03</strong>5588<br />

Portanto, O rendimento acumulado desses três meses foi de 3,5588%.<br />

2.3.2 Montante Resultante de Taxa de Juros Variáveis<br />

Sejam i 1<br />

, i 2<br />

, i 3<br />

, , i<br />

n<br />

as respectivas taxas de juros desde o primeiro período do<br />

investimento até o período de ordem n . Então, o montante desse investimento ao final de n<br />

períodos é dado por:<br />

M<br />

C 1<br />

i )<br />

(2.11)<br />

(<br />

AC<br />

Sendo C o valor investido e i<br />

AC<br />

a taxa de juros acumulada desde o primeiro período do<br />

investimento até o período de ordem n .<br />

Exemplo 2.17 As taxas de juros mensais de uma aplicação nos últimos dois meses foram<br />

respectivamente 5% e 10%. Então, o valor de resgate da aplicação de um capital de R$<br />

10.000,00 nesses dois meses foi de:<br />

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34<br />

a) R$ 12.270,00<br />

b) R$ 13.980,00<br />

c) R$ 11.875,00<br />

d) R$ 11.550,00<br />

e) R$ 14.350,00<br />

Solução. Inicialmente vamos calcular a taxa acumulada de juros:<br />

i<br />

AC<br />

( 1<br />

0,05) (1<br />

0,1) 1<br />

(1,05) (1,1)<br />

1<br />

0,155<br />

Agora, vamos obter o valor de resgate da aplicação utilizando a fórmula M C 1<br />

i ) :<br />

(<br />

AC<br />

M<br />

10000(1<br />

0,155) 10000(1,155)<br />

11550<br />

Portanto, o resgate dessa aplicação foi de R$ 11.550,00. Então, a alternativa correta é a d.<br />

Exemplo 2.18 Uma Bolsa de Valores desvalorizou nos últimos dois meses, 2% e 3%<br />

respectivamente. Para que essa bolsa chegue ao final do terceiro mês com um ganho<br />

acumulado de 2% considerando somente esses três meses, quanto ela terá que valorizar no<br />

terceiro mês?<br />

a) 7%<br />

b) 8%<br />

c) 7,3%<br />

d) 6,2%<br />

e) 7,5%<br />

Solução. Sabendo-se que as desvalorizações dos dois últimos meses foram de 2% e 3%, os<br />

fatores que correspondem a essas desvalorizações são, respectivamente, ( 1 0,02)<br />

e ( 1<br />

0,<strong>03</strong>)<br />

.<br />

O sinal negativo que aparece nesses fatores é devido ao fato de que a bolsa desvalorizou.<br />

Agora, considere x o percentual que esta bolsa terá que valorizar no terceiro mês para que o<br />

ganho atinja 2% no final desse mês. De acordo com esses dados, temos a seguinte equação:<br />

0,02 (1 0,02) (1 0,<strong>03</strong>) (1 x ) 1<br />

Na equação anterior, o valor 0,02 corresponde a taxa acumulada (ganho acumulado) dos três<br />

meses. Já, o fator ( 1 x)<br />

corresponde ao ganho da bolsa no terceiro mês.<br />

Efetuando as operações da equação 0,02<br />

(1 0,02)<br />

(1<br />

0,<strong>03</strong>)<br />

(1<br />

x ) 1, obtemos:<br />

1,02<br />

(0,98) (0,97) (1 x)<br />

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35<br />

Efetuando a multiplicação do fator ( 0,98)<br />

pelo fator ( 0,97)<br />

do segundo membro da equação<br />

1,02<br />

(0,98) (0,97)<br />

(1<br />

x)<br />

e isolando o fator ( 1<br />

x)<br />

, obtemos:<br />

1,02<br />

0,9506<br />

1 x<br />

Efetuando a divisão e isolando a variável x , obtemos x 0, 073007 , ou seja, 7,30%. Portanto,<br />

a bolsa terá que valorizar no terceiro mês 7,30% para que ganho acumulado desses três meses<br />

seja de 2%. Então, a alternativa correta é a c.<br />

Exemplo 2.19 As taxas de juros mensais de uma aplicação nos últimos três meses foram<br />

respectivamente 10%, 20%<br />

e 10%. Então, é correto afirmar que:<br />

a) Houve um ganho de 10% nesses três meses.<br />

b) Não houve ganho e nem perda nesses três meses.<br />

c) Houve uma perda de 3,2% nesses três meses.<br />

d) A taxa de juros acumulada foi de 40% nesses três meses.<br />

e) Houve um ganho de 5% nesses três meses.<br />

Solução. Substituindo os dados do problema na fórmula da taxa acumulada de juros,<br />

obtemos:<br />

i<br />

AC<br />

( 1<br />

0,1) (1<br />

0,2)<br />

(1<br />

0,1) 1<br />

Efetuando as operações, obtemos:<br />

i<br />

AC<br />

( 1,1) (0,8)<br />

(1,1)<br />

1<br />

0,968 1<br />

0,<strong>03</strong>2<br />

Portanto, a taxa acumulada desses três meses foi de 3,2%<br />

, ou seja, houve uma perda de<br />

3,2%. Então, a alternativa correta é a c.<br />

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36<br />

Capítulo 3 – Taxas de Juros<br />

3.1 Taxas de Juros Nominal e Efetiva<br />

3.1.1 Taxa nominal<br />

Uma taxa de juros é denominada nominal se a unidade de tempo do período de capitalização<br />

for diferente da unidade de tempo da taxa de juros.<br />

Exemplo 3.1 A taxa de juros de 18% ao ano com capitalização mensal é nominal, pois a<br />

unidade de tempo do período de capitalização é mensal e não coincide com a unidade de<br />

tempo da taxa de juros que é anual.<br />

Exemplo 3.2 A taxa de juros de 3% ao trimestre com capitalização diária é nominal, pois a<br />

unidade de tempo do período de capitalização é diária e não coincide com a unidade de tempo<br />

da taxa de juros que é trimestral.<br />

3.1.2 Taxa efetiva<br />

Uma taxa de juros é chamada efetiva se a unidade de tempo do período de capitalização<br />

coincidir com a unidade de tempo da taxa de juros.<br />

Exemplo 3.3 A taxa de juros de 12% ao ano com capitalização anual é efetiva, pois a unidade<br />

de tempo do período de capitalização é anual e coincide com a unidade de tempo da taxa de<br />

juros que também é anual.<br />

Exemplo 3.4 A taxa de juros de 2% ao mês com capitalização mensal é efetiva, pois a<br />

unidade de tempo do período de capitalização é mensal e coincide com a unidade de tempo da<br />

taxa de juros que também é mensal.<br />

3.1.3 Taxas Efetivas Equivalentes<br />

Duas taxas de juros são equivalentes se, aplicadas ao mesmo capital C , durante o mesmo<br />

período de tempo, com diferentes partições do período de capitalização, produzirem o mesmo<br />

montante.<br />

Para a determinarmos as expressões envolvendo taxas de juros efetivas equivalentes,<br />

considere i a , i s , i q , i t , i b , i m e i d os símbolos que representarão as respectivas taxas de<br />

juros ao ano, ao semestre, ao quadrimestre, ao trimestre, ao bimestre, ao mês e ao dia.<br />

A seguir será determinada a expressão para obter a taxa mensal dada a anual ou para obter a<br />

taxa anual dada a mensal.<br />

O montante M 1 gerado pela aplicação do capital C ao final do primeiro ano, com<br />

capitalização anual, é dado por: M 1 C (1 i a ) . Já o montante M 2 gerado pela aplicação<br />

do capital C ao final do primeiro ano, com capitalização mensal é dado por:<br />

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37<br />

M<br />

12<br />

2 C ( 1 i m)<br />

. Pela definição de taxas equivalentes, as taxas i a e i m são equivalentes se<br />

12<br />

M1 M 2 . Então, C ( 1<br />

ia<br />

) C (1 im)<br />

. Dividindo ambos os membros da equação<br />

anterior por C obtemos a seguinte expressão que relaciona a equivalência entre a taxa efetiva<br />

anual e a taxa efetiva mensal:<br />

( a m<br />

12<br />

1 i ) (1 i )<br />

(3.1)<br />

Observação 3.1 As expressões que relacionam as taxas de juros efetivas equivalentes estão<br />

resumidas a seguir:<br />

2<br />

Relação entre anual e semestral 1<br />

i ) (1 i )<br />

Relação entre anual e quadrimestral<br />

( a s<br />

( 1<br />

ia<br />

) (1 iq<br />

)<br />

Relação entre anual e trimestral 1<br />

i ) (1 i )<br />

4<br />

Relação entre anual e bimestral<br />

3<br />

( a t<br />

6<br />

( 1<br />

ia<br />

) (1 ib<br />

)<br />

12<br />

Relação entre anual e mensal 1<br />

i ) (1 i )<br />

( a m<br />

2<br />

Relação entre semestral e trimestral 1<br />

i ) (1 i )<br />

( s t<br />

Relação entre semestral e bimestral 1<br />

i ) (1 i )<br />

3<br />

( s b<br />

Relação entre semestral e mensal 1<br />

i ) (1 i )<br />

6<br />

Relação entre quadrimestral e bimestral<br />

Relação entre quadrimestral e mensal<br />

( s m<br />

2<br />

( 1<br />

iq<br />

) (1 ib<br />

)<br />

( 1<br />

iq<br />

) (1 im)<br />

Relação entre trimestral e mensal 1<br />

i ) (1 i )<br />

3<br />

( t m<br />

2<br />

Relação entre bimestral e mensal 1<br />

i ) (1 i )<br />

( b m<br />

360<br />

Relação entre anual e diária 1<br />

i ) (1 i )<br />

Relação entre mensal e diária<br />

( a d<br />

( 1<br />

im)<br />

(1 id<br />

)<br />

4<br />

30<br />

3.1.4 Conversão de Taxa Nominal em Taxa Efetiva na HP 12C<br />

1) Pressione .g. END<br />

2) Pressione .f. FIN para zerar os registros financeiros<br />

3) Informe a taxa nominal referente ao período em que se deseja obter a taxa efetiva e<br />

pressione ENTER<br />

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38<br />

4) Informe o número de períodos de capitalização que particiona o período de referência da<br />

taxa nominal e pressione .n. .÷. .i.<br />

5) Digite 100 e pressione CHS ENTER PV<br />

6) Pressione FV .+. para obter a taxa de juros efetiva<br />

Exemplo 3.5 Determine o montante gerado pela aplicação do capital de R$ 10.000,00 pelo<br />

prazo de 2 bimestres, à taxa de juros compostos de 12% ao ano, com capitalização mensal.<br />

Solução, Coletando os dados do problema temos:<br />

M<br />

?<br />

C 10000<br />

n 2 bimestres<br />

i 12% ao ano, com capitalização mensal<br />

Observe que a taxa fornecida no problema é uma taxa nominal, pois a unidade de tempo da<br />

taxa é diferente da unidade de tempo do período de capitalização. A taxa efetiva mensal é<br />

dada por:<br />

i m<br />

12% a.<br />

a.<br />

<br />

12 meses<br />

1%<br />

a.<br />

m.<br />

O prazo de 2 bimestres corresponde a 4 meses. Então, os dados ajustados do problema são:<br />

M ?<br />

C 10000<br />

n 4 meses<br />

i 1% ao mês ou i 0, 01 em valor decimal<br />

m<br />

Então, o montante é dado por:<br />

m<br />

M<br />

10000(1,01)<br />

4<br />

10000(1,040604)<br />

10406,04<br />

Portanto, o montante gerado é de R$ 10.406,04.<br />

Exemplo 3.6 Uma instituição financeira anuncia para uma determinada aplicação uma taxa de<br />

juros de 20% ao ano, com capitalização trimestral. Determine a taxa de juros efetiva anual<br />

dessa aplicação.<br />

Solução. A taxa anunciada por essa instituição financeira é nominal. Então, a taxa efetiva<br />

trimestral é dada por:<br />

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39<br />

i t<br />

<br />

20% a.<br />

a.<br />

4 trimestres<br />

5%<br />

a.<br />

t.<br />

Assim, a taxa efetiva anual é determinada utilizando a seguinte expressão:<br />

1<br />

( 1<br />

ia<br />

) (1 it<br />

)<br />

4<br />

Substituindo i t 0, 05 na expressão anterior, obtemos<br />

na expressão anterior, obtemos:<br />

1 i a (1,05)<br />

4<br />

. Isolando o valor de i a<br />

i a<br />

<br />

4<br />

(1,05) 11,215506<br />

1<br />

0,215506<br />

Portanto, a taxa efetiva anual dessa aplicação é de 21,55%.<br />

Utilizando a HP 12C: Os procedimentos a seguir convertem a taxa nominal de 20% ao ano,<br />

com capitalização trimestral, para taxa efetiva anual.<br />

Pressione Visor Registros<br />

.g. END 0,00<br />

.f. FIN 0,00 Limpa a memória dos registros financeiros<br />

20 ENTER 20,00 Registra a taxa nominal anual<br />

4 .n. .÷. .i. 8,00<br />

Armazena os 4 trimestres do ano e também a taxa<br />

efetiva trimestral de 8%<br />

100 CHS ENTER PV 100, 00 Armazena o valor 100 como valor presente<br />

FV .+. 21,55 Calcula a taxa efetiva anual de 21,55%<br />

Exemplo 3.7 A taxa efetiva de juros compostos do cheque especial de um Banco é de 5,5%<br />

ao mês. Então, a taxa anual cobrada pelo banco é igual a:<br />

a) 85,22%<br />

b) 66,00%<br />

c) 90,12%<br />

d) 78,45%<br />

e) 80,25%<br />

Solução. Como a taxa de juros mensal é de 5,5%. A taxa anual é determinada utilizando a<br />

seguinte expressão:<br />

1<br />

( 1<br />

ia<br />

) (1 im<br />

)<br />

12<br />

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40<br />

Substituindo i 0, 055 na expressão anterior obtemos:<br />

m<br />

1 i (1,055)<br />

a<br />

Isolando i a da expressão anterior obtemos:<br />

12<br />

i a<br />

<br />

12<br />

(1,055) 1<br />

1,901207<br />

1<br />

0,901207<br />

Portanto, a taxa anual cobrada por esse banco é de 90,12%. Então, a alternativa correta é a c.<br />

Exemplo 3.8 Em uma campanha promocional, o Banco A anuncia uma taxa de juros de 60 %<br />

ao ano com capitalização semestral.<br />

O Banco B, por sua vez, anuncia uma taxa de juros de 30% ao semestre com capitalização<br />

mensal. Determine os valores mais próximos das taxas de juros efetivas anuais dos Bancos A<br />

e B.<br />

Solução. Observe que as taxas anunciadas pelos Bancos A e B são nominais. A taxa<br />

anunciada pelo Banco A, de 60% ao ano com capitalização semestral, é nominal. Então, a taxa<br />

efetiva semestral é dada por:<br />

i s<br />

<br />

60% a.<br />

a.<br />

2 semestres<br />

30%<br />

a.<br />

s.<br />

Assim, a taxa efetiva anual do Banco A é determinada utilizando a seguinte expressão:<br />

1<br />

( 1<br />

ia<br />

) (1 is<br />

Substituindo i s 0, 30 na expressão anterior, obtemos<br />

obtemos:<br />

)<br />

2<br />

1 i a (1,30)<br />

2<br />

. Isolando o valor de i a ,<br />

i a<br />

<br />

2<br />

(1,30) 1<br />

1,69 1<br />

0,69<br />

Portanto, a taxa efetiva anual do Banco A é de 69%.<br />

A taxa anunciada pelo Banco B, de 30% ao semestre com capitalização mensal, é nominal. A<br />

taxa efetiva mensal é dada por:<br />

i m<br />

30% a.<br />

s.<br />

5%<br />

6 meses<br />

a.<br />

m.<br />

Já a taxa efetiva anual do Banco B é determinada utilizando a seguinte expressão:<br />

1<br />

( 1<br />

ia<br />

) (1 im<br />

)<br />

12<br />

CNB 11 Lote 09 Salas 1101/1102 – Centro Empresarial Pinheiro de Brito<br />

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41<br />

Substituindo i 0, 05 na expressão anterior, obtemos<br />

i a , obtemos:<br />

m<br />

1 i (1,05)<br />

a<br />

12<br />

. Isolando o valor de<br />

i a<br />

<br />

12<br />

(1,05) 1<br />

1,795856 1<br />

0,795856<br />

Portanto, a taxa efetiva anual do Banco B é de 79,59%, ou seja, aproximadamente 80%.<br />

Utilizando a HP 12C: Os procedimentos a seguir convertem a taxa nominal do Banco A de<br />

60% ao ano, com capitalização semestral, para taxa efetiva anual.<br />

Pressione Visor Registros<br />

.g. END 0,00<br />

.f. FIN 0,00 Limpa a memória dos registros financeiros<br />

60 ENTER 60,00 Registra a taxa nominal anual de 60%<br />

2 .n. .÷. .i. 30,00<br />

Armazena os 2 semestres do ano e também a taxa<br />

efetiva semestral de 30%<br />

100 CHS ENTER PV 100, 00 Armazena o valor 100 como valor presente<br />

FV .+. 69,00 Calcula a taxa efetiva anual de 69%<br />

Utilizando a HP 12C: Os procedimentos a seguir convertem a taxa nominal do Banco B de<br />

30% ao semestre, com capitalização mensal, para taxa efetiva anual.<br />

Pressione Visor Registros<br />

.g. END 0,00<br />

.f. FIN 0,00 Limpa a memória dos registros financeiros<br />

30 ENTER 2 .x. 60,00 Registra a taxa nominal ao ano de 60%<br />

12 .n. .÷. .i. 5,00<br />

Armazena os 12 meses do ano e também a taxa<br />

efetiva mensal de 5%<br />

100 CHS ENTER PV 100, 00 Armazena o valor 100 como valor presente<br />

FV .+. 79,59 Calcula a taxa efetiva anual de 79,59%<br />

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Fones: +55 (61) 3046-2500 / 3042-2929 / 4141-4745 Suporte<br />

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42<br />

3.2 Relação Entre Taxa de Juros Aparente e Taxa de Juros Real<br />

A taxa efetiva de juros é igual a taxa real de juros mais a taxa de inflação mais a inflação<br />

vezes a taxa real de juros. Então, considerando i para a taxa efetiva aparente, r a taxa real de<br />

juros e I a taxa de inflação, temos a seguinte fórmula:<br />

i r I r I<br />

(3.2)<br />

Colocando I em evidência nas duas últimas parcelas do segundo membro da equação<br />

i r I r I obtemos:<br />

i r I ( 1<br />

r)<br />

Somando o valor 1 em ambos os membros da equação anterior obtemos:<br />

1<br />

i 1<br />

r I (1<br />

r)<br />

Colocando 1 r em evidência no segundo membro da equação 1<br />

i 1<br />

r I (1<br />

r)<br />

obtemos outra relação entre a taxa de juros efetiva aparente, inflação e a taxa de juros real:<br />

1 i (1 r)<br />

(1<br />

I)<br />

(3.3)<br />

Exemplo 3.9 O rendimento aparente de um investimento no ano passado foi de 27,2% e a<br />

inflação desse ano foi de 6%, determine o rendimento real desse investimento.<br />

a) 21,2%<br />

b) 22,0%<br />

c) 20,5%<br />

d) 20,0%<br />

e) 20,3%<br />

Solução. Coletando os dados do problema temos:<br />

i 27,2% ao ano, ou seja, 0,272 ao ano em valor decimal<br />

I 6% ao ano, ou seja, 0,06 ao ano em valor decimal<br />

r ?<br />

Substituindo os dados na expressão 1<br />

i (1 r)<br />

(1<br />

I)<br />

, obtemos:<br />

1,272<br />

(1 r ) (1,06)<br />

Isolando r na expressão 1,272<br />

(1 r ) (1,06)<br />

obtemos:<br />

1,272<br />

r 1<br />

1,20 1<br />

0,20<br />

1,06<br />

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43<br />

Portanto, o rendimento real desse investimento foi de 20% ao ano. Alternativa d.<br />

Exemplo 3.10 Uma aplicação de R$ 10.000,00 pelo período de um ano produziu um<br />

montante de R$ 12.600,00. A inflação desse ano foi de 5%, determine a taxa de juros real<br />

dessa aplicação.<br />

Solução. Coletando os dados do problema temos:<br />

C 10000<br />

M 12600<br />

I 5%<br />

i ?<br />

r ?<br />

Como o período é de um ano, então podemos utilizar a fórmula dos juros simples para<br />

calcular a taxa efetiva aparente i . O valor dos juros é dado por:<br />

J<br />

M C<br />

12600 10000<br />

2600<br />

Substituindo os dados na expressão<br />

J<br />

C i<br />

n obtemos:<br />

2600 10000i<br />

1<br />

Isolando i na expressão 2600 10000i 1<br />

obtemos:<br />

i <br />

2600 <br />

10000<br />

0,26<br />

Então, a taxa aparente de juros dessa aplicação é igual a 26%.<br />

Agora utilizando a fórmula<br />

( 1 r)<br />

(1<br />

I)<br />

1<br />

i vamos calcular a taxa real de juros:<br />

( 1 r ) (1,05)<br />

1,26<br />

Isolando r na equação ( 1 r ) (1,05)<br />

1,<br />

26 obtemos:<br />

1,26<br />

r 1<br />

1,20 1<br />

0,20<br />

1,05<br />

Portanto, a taxa real de juros dessa aplicação foi de 20% ao ano.<br />

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44<br />

Capítulo 4 – Desconto Simples e Desconto Composto<br />

4.1 Introdução<br />

Desconto é um prêmio concedido pela antecipação da quitação de um título. Denotaremos o<br />

valor do desconto pelo símbolo D .<br />

Para obtermos as expressões envolvendo desconto serão necessários alguns conceitos, que<br />

estão listados a seguir:<br />

Valor nominal, valor de face ou valor futuro do título: é o valor do título na data futura, na<br />

data em que foi combinado para o seu resgate. Denotaremos o valor nominal de um título pelo<br />

símbolo N .<br />

Valor atual, valor descontado, valor líquido ou valor presente do título: é o valor pago ou<br />

recebido pelo título na data de antecipação. Denotaremos o valor atual de um título pelo<br />

símbolo A .<br />

De acordo com as denominações anteriores, o desconto é dado pela diferença entre o valor<br />

nominal e o valor atual do título. Isto é:<br />

D N A<br />

(4.1)<br />

Exemplo 4.1 Se por um título de R$ 8.000,00, que deveria ser quitado numa data futura foi<br />

pago hoje R$ 6.000,00, então o valor do desconto foi de R$ 2.000,00. De fato, observe que o<br />

valor nominal do título é de R$ 8.000,00 e o valor atual ou descontado do título é de R$<br />

6.000,00. Então, o desconto obtido pela antecipação da quitação do título é dado por:<br />

D N A 8000 6000 2000<br />

Observação 4.1 Para um melhor esclarecimento da diferença entre desconto comercial e<br />

desconto racional que veremos na sequência observe o diagrama abaixo:<br />

10%<br />

Desconto Comercial<br />

ou Por Fora<br />

R$ 1.000,00<br />

R$ 900,00<br />

O desconto comercial<br />

é calculado sobre o valor<br />

nominal do título, ou seja,<br />

10% de R$ 1.000,00 é<br />

igual a R$ 100,00<br />

Desconto Racional<br />

ou Por Dentro<br />

R$ 1.000,00<br />

R$ 909,09<br />

10%<br />

O desconto Racional é<br />

calculado sobre o valor<br />

atual do título, ou seja,<br />

10% de R$ 909,09 é igual<br />

a R$ 90,91<br />

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45<br />

Observe que ao descontarmos 10% de R$ 1.000,00 no sistema comercial obtemos o valor<br />

atual do título, ou seja, R$ 1.000,00 menos 10% de R$ 1.000,00 é igual a R$ 900,00. Já no<br />

sistema racional os 10% são calculados sobre o valor atual do título, ou seja, R$ 909,09 mais<br />

10% de R$ 909,09 é igual a R$ 1.000,00.<br />

4.2 Desconto Nominal ou Comercial Simples, ou Ainda, Desconto “Por Fora”<br />

O desconto nominal ou comercial é concedido sobre o valor nominal do título, isto é, sobre<br />

N . Esse desconto é também conhecido com desconto “por fora”.<br />

Um título descontado n períodos antes do seu vencimento, à taxa d de desconto comercial,<br />

tem a seguinte expressão para determinar o desconto:<br />

D C<br />

N d<br />

n<br />

(4.2)<br />

Para obter uma expressão que relacione o valor nominal, o valor atual, a taxa de desconto<br />

comercial e o prazo de antecipação da quitação do título, basta substituir N d<br />

n<br />

na<br />

equação<br />

equação<br />

A<br />

A C<br />

C<br />

N D que obtemos N N d<br />

n. Colocando N em evidência na<br />

C<br />

N N d<br />

n, obtemos:<br />

A C<br />

D C<br />

A C<br />

N [ 1<br />

d n]<br />

(4.3)<br />

Exemplo 4.2 Um título no valor de R$ 100.000,00 foi descontado 2 anos antes do seu<br />

vencimento. Sabendo-se que a taxa de desconto comercial simples foi de 10% ao ano, então,<br />

pode-se afirmar que o valor pelo qual o título foi descontado é igual a:<br />

a) R$ 20.000,00<br />

b) R$ 80.000,00<br />

c) R$ 72.000,00<br />

d) R$ 90.000,00<br />

e) R$ 81.000,00<br />

Solução. Coletando os dados do problema, temos:<br />

N 100000<br />

n 2 anos<br />

d 10% ao ano, ou 0,1 ao ano em valor decimal<br />

A C<br />

?<br />

Agora, substituindo esses dados na equação N [ 1<br />

d n]<br />

, obtemos:<br />

A C<br />

A C<br />

100000[1<br />

2(0,10)]<br />

100000[0,80]<br />

80000<br />

Portanto, o valor pelo qual o título foi descontado é igual a R$ 80.000,00. Alternativa b.<br />

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46<br />

Outra forma de resolver esse problema: como são dois anos de antecipação do título e a<br />

taxa anual de desconto comercial simples é de 10%, então temos 20% de desconto para os<br />

dois anos. Logo, R$ 100.000,00 menos 20% de R$ 100.000,00 é igual a R$ 80.000,00.<br />

Observe o diagrama abaixo:<br />

10% em cada mês<br />

corresponde a 20%<br />

R$ 100.000,00<br />

R$ 80.000,00<br />

Exemplo 4.3 (ESAF – AFC-STN 2005) Considere três títulos de valores nominais iguais a<br />

R$ 5.000,00, R$ 3.000,00 e R$ 2.000,00. Os prazos e as taxas de desconto bancário simples<br />

são, respectivamente, três meses a 6 % ao mês, quatro meses a 9 % ao mês e dois meses a 60<br />

% ao ano. Desse modo, o valor mais próximo da taxa média mensal de desconto é igual a:<br />

a) 7 %<br />

b) 6 %<br />

c) 6,67 %<br />

d) 7,5 %<br />

e) 8 %<br />

Solução. Para calcular a taxa média mensal de desconto, basta utilizar a fórmula a seguir:<br />

Taxa média<br />

i1<br />

N1<br />

n1<br />

i2<br />

N2<br />

n2<br />

i<br />

<br />

N n N n N<br />

1<br />

1<br />

2<br />

2<br />

3<br />

3<br />

N<br />

n<br />

3<br />

3<br />

n<br />

3<br />

Nessa fórmula as taxas de juros são os valores da variável em que se deseja obter a média, já<br />

os pesos são formados pelo produto de cada valor nominal do título pelo respectivo prazo de<br />

antecipação do título. Coletando os dados do problema, temos:<br />

Valor Nominal do<br />

Título<br />

Prazo de Antecipação Taxa de Juros<br />

N 1 5000<br />

n 1 3 meses i 1 6%<br />

ao mês<br />

N 2 3000<br />

n 2 4 meses i 2 9%<br />

ao mês<br />

N 3 2000<br />

n 3 2 meses i 3 5%<br />

ao mês<br />

Então, a taxa média mensal de desconto é dada por:<br />

6 (5000) 3 9 (3000) 4 5<br />

(2000) 2 218000<br />

Taxa média mensal <br />

7, <strong>03</strong><br />

(5000) 3 (3000) 4 (2000) 2 31000<br />

Portanto, a taxa média mensal de desconto é aproximadamente 7%. Alternativa a.<br />

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47<br />

Exemplo 4.4 Um título de valor nominal de R$ 600.000,00 foi descontado à taxa de 18% ao<br />

mês, 15 dias antes do vencimento (desconto comercial simples). O Banco cobrou uma<br />

comissão de 3% sobre o valor nominal do título. Determine o valor líquido recebido.<br />

a) R$ 565.000,00<br />

b) R$ 549.000,00<br />

c) R$ 537.000,00<br />

d) R$ 528.000,00<br />

e) R$ 465.000,00<br />

Solução. Coletando os dados do problema, temos:<br />

N 600000<br />

A C<br />

?<br />

n 15 dias<br />

d 18% ao mês, ou, d 0,6%<br />

ao dia, que é o mesmo que d 0, 006 ao dia em valor<br />

decimal.<br />

No enunciado do problema está descrito que o banco cobrou uma comissão de 3% sobre o<br />

valor nominal do título, ou seja, 3% de R$ 600.000,00, que dá R$ 18.000,00.<br />

Substituindo os dados do problema na fórmula do desconto comercial simples, que é dada por<br />

N [ 1<br />

d n]<br />

, obtemos:<br />

A C<br />

A C<br />

600000[1<br />

15(0,006)]<br />

600000[0,91]<br />

546000<br />

Então, o valor que deveria ter sido pago por este título seria R$ 546.000,00, mas como o<br />

banco cobrou uma comissão de R$ 18.000,00, o valor líquido recebido pela antecipação do<br />

título foi: R$ 546.000,00 – R$ 18.000,00 = R$ 528.000,00. Alternativa d.<br />

4.3 Desconto Racional Simples ou Desconto “Por Dentro”<br />

O desconto racional é concedido sobre o valor atual<br />

como desconto “por dentro”.<br />

A R . Esse desconto é também conhecido<br />

Um título descontado pelo valor A R , n períodos antes do seu vencimento, à taxa i de<br />

desconto racional, apresenta a seguinte expressão para determinar o desconto racional:<br />

D<br />

R<br />

A i<br />

n<br />

(4.4)<br />

R<br />

Para a dedução de uma fórmula que relacione o valor nominal, o valor atual, a taxa de<br />

desconto racional e prazo de antecipação de um título, basta substituir a expressão<br />

DR<br />

AR<br />

i<br />

n<br />

na equação N A R DR<br />

, que obtemos N AR<br />

AR<br />

in<br />

.<br />

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48<br />

Colocando<br />

A R em evidência no segundo membro da equação<br />

N A<br />

R<br />

A<br />

R<br />

in<br />

, obtemos:<br />

N AR [ 1in]<br />

(4.5)<br />

Exemplo 4.5 Uma nota promissória no valor de R$ 8.800,00 foi quitada 2 meses antes do seu<br />

vencimento por R$ 8.000,00. Então, pode-se afirmar que a taxa de desconto racional simples<br />

foi de:<br />

a) 3%<br />

b) 4%<br />

c) 5%<br />

d) 6%<br />

e) 7%<br />

Solução. Coletando os dados do problema, temos:<br />

N 8800<br />

A R<br />

8000<br />

n 2 meses<br />

i ?<br />

Substituindo esses dados na equação N AR [ 1<br />

i n]<br />

obtemos:<br />

8800 8000[1<br />

i<br />

2]<br />

Isolando a expressão entre os colchetes obtemos:<br />

8800<br />

1<br />

2i<br />

8000<br />

Efetuando a divisão do primeiro membro da equação anterior obtemos:<br />

1,1<br />

1<br />

2i<br />

Isolando o fator 2 i da expressão 1,1<br />

1<br />

2i<br />

obtemos:<br />

2i<br />

1,1<br />

1<br />

0,1<br />

Isolando a taxa i da expressão 2i 0, 1 obtemos:<br />

0,1<br />

i 0,05<br />

2<br />

Portanto, a taxa de desconto racional simples foi de 5% ao mês. Alternativa c.<br />

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49<br />

Exemplo 4.6 Um cheque pré-datado é adquirido com um desconto de 20% por uma empresa<br />

especializada, quatro meses antes de seu vencimento. Calcule a taxa de desconto mensal da<br />

operação considerando um desconto simples por dentro:<br />

a) 6,25%.<br />

b) 6%.<br />

c) 4%.<br />

d) 5%.<br />

e) 5,5%.<br />

Solução. O desconto simples “por dentro” é o mesmo que o desconto racional simples. O<br />

valor do cheque pré-datado é o valor nominal do título. Como o valor do título é<br />

desconhecido, considere N x . Então, o valor atual do título é dado por A R 0, 8x<br />

, pois o<br />

mesmo vale 20% menos que o valor nominal do título. Então, coletando os dados do<br />

problema, temos:<br />

N x<br />

A R 0, 8x<br />

n 4 meses<br />

i ?<br />

Substituindo os dados na fórmula do desconto racional simples, que é dada por<br />

N AR [ 1<br />

i n]<br />

, obtemos:<br />

x 0,8x<br />

[1<br />

i4]<br />

Dividindo ambos os membros da equação anterior por<br />

0 ,8x<br />

, obtemos:<br />

x<br />

0,8x<br />

1<br />

4i<br />

Cancelando x do numerador e do denominador do quociente do primeiro membro da equação<br />

anterior, obtemos:<br />

1<br />

0,8<br />

1<br />

4i<br />

Efetuando a divisão do primeiro membro da equação anterior, obtemos:<br />

1,25<br />

1<br />

4i<br />

Subtraindo o valor 1 de ambos os membros da equação 1,25<br />

1<br />

4i<br />

, obtemos 0,25<br />

4i<br />

.<br />

Dividindo por 4 membros da expressão 0,25<br />

4i<br />

, obtemos i 0, 0625. Portanto, a taxa de<br />

desconto da operação é igual a 6,25% ao mês. Alternativa a.<br />

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50<br />

4.4 Relação Entre Taxa de Juros Simples e Taxa de Desconto Comercial Simples<br />

A expressão do desconto racional simples, que corresponde ao sistema usual de capitalização<br />

simples, é dada por N AR [ 1i<br />

n]<br />

. E a expressão do desconto comercial simples é dada<br />

por N [ 1<br />

d n]<br />

.<br />

A C<br />

Se considerarmos o mesmo valor do desconto para os dois sistemas, o que geraria o mesmo<br />

valor descontado, ou seja, AC<br />

AR<br />

A. Então, obtemos as expressões A N [ 1<br />

d n]<br />

e<br />

N A[ 1<br />

i n]<br />

. Substituindo A N [ 1<br />

d n]<br />

em N A[ 1<br />

i n]<br />

obtemos<br />

N N [ 1<br />

d n]<br />

[1<br />

in]<br />

. Efetuando as simplificações e isolando a taxa de juros simples i<br />

obtemos a seguinte expressão:<br />

d<br />

i 1 d n<br />

(4.6)<br />

A expressão acima estabelece uma relação entre a taxa efetiva de juros simples e a taxa de<br />

desconto comercial simples, ou seja, se um título for descontado no sistema comercial simples<br />

com n períodos de antecedência, a uma taxa de desconto d , então para alcançar o mesmo<br />

valor do título numa eventual aplicação por n períodos, a taxa dessa aplicação deve ser igual<br />

a i .<br />

Exemplo 4.7 Um título de R$ 10.000,00 foi descontado 5 meses antes do seu vencimento, à<br />

taxa de desconto comercial simples de 4% ao mês, determine o valor descontado desse título e<br />

a taxa efetiva de juros simples dessa operação.<br />

Solução. Coletando os dados do problema temos:<br />

N 10000<br />

n 5 meses<br />

d 4% ao mês<br />

A ? (valor descontado do título)<br />

C<br />

i ?<br />

Substituindo os dados na fórmula do desconto comercial simples N [ 1<br />

d n]<br />

obtemos:<br />

A C<br />

A C<br />

10000 [1<br />

(0,04) 5]<br />

10000<br />

[0,8]<br />

8000<br />

Portanto, o valor descontado do título é igual a R$ 8.000,00.<br />

A taxa efetiva de juros simples da operação é dada por:<br />

0,04 0,04<br />

i 0,05<br />

1<br />

(0,04) 5<br />

0,8<br />

Portanto, a taxa efetiva de juros simples dessa operação é igual a 5% ao mês.<br />

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51<br />

Observação 4.2 A taxa efetiva de juros simples de 5% ao mês significa que a aplicação de<br />

um capital de R$ 8.000,00, por 5 meses, geraria um montante de R$ 10.000,00. Observe o<br />

cálculo a seguir utilizando a fórmula do montante simples M C [ 1in]<br />

:<br />

4.5 Desconto Racional Composto<br />

M 8000[1<br />

(0,05) 5]<br />

8000[1,25]<br />

10000<br />

O desconto racional composto é concedido sobre o valor atual, ou seja, sobre A R . Então, para<br />

um período de antecipação temos DR<br />

AR<br />

i<br />

. Substituindo DR<br />

AR<br />

i<br />

na equação<br />

N1 A R D R , obtemos N1 AR<br />

AR<br />

i<br />

. Colocando A R em evidência na equação<br />

N1 AR<br />

AR<br />

i<br />

, temos N1 AR (1<br />

i)<br />

.<br />

Para o segundo período de antecipação, o desconto é concedido sobre o valor atual do final do<br />

primeiro período de antecipação, ou seja, sobre N 1. Então, o desconto no segundo período de<br />

antecipação é dado por DR<br />

AR<br />

i<br />

. Substituindo DR<br />

AR<br />

i<br />

na equação N A R DR<br />

,<br />

obtemos N AR<br />

AR<br />

i<br />

. Colocando A R em evidência na equação N AR<br />

AR<br />

i<br />

, temos<br />

N AR ( 1i)<br />

.<br />

Seguindo esse raciocínio, temos para n períodos de antecipação:<br />

n<br />

N A R ( 1<br />

i)<br />

(4.7)<br />

Exemplo 4.8 (FCC – TJ-SE – Analista Jurídico – Contabilidade 2009) O valor presente de<br />

um título descontado 2 (dois) anos antes de seu vencimento é igual a R$ 25.000,00. Utilizouse<br />

o critério do desconto composto real a uma taxa de 8% ao ano. O valor do desconto<br />

correspondente é de:<br />

a) R$ 3.120,00<br />

b) R$ 3.160,00<br />

c) R$ 3.200,00<br />

d) R$ 4.000,00<br />

e) R$ 4.160,00<br />

Solução. O desconto real composto é o desconto racional composto, pois o desconto racional<br />

composto corresponde ao sistema usual (real) de capitalização composta. Coletando os dados<br />

do problema, temos:<br />

A R<br />

25000<br />

n 2 anos<br />

i 8% ao ano<br />

N ?<br />

D<br />

R<br />

N A<br />

R<br />

?<br />

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52<br />

Substituindo esses dados na expressão<br />

N A R ( 1<br />

i)<br />

obtemos:<br />

n<br />

N 25000(1,08)<br />

2<br />

25000(1,1664)<br />

29160<br />

Substituindo os valores de N 29160 e A R 25000 na expressão DR<br />

N AR<br />

obtemos:<br />

D R<br />

29160 25000 4160<br />

Portanto, o valor do desconto correspondente é de R$ 4.160,00. Alternativa e.<br />

4.6 Desconto Nominal ou Comercial Composto<br />

O desconto nominal ou comercial é concedido sobre o valor nominal N . Então, um título<br />

resgatado um mês antes do seu vencimento gera um desconto dado por N d<br />

D C 1 .<br />

Substituindo D C 1 N d na expressão AC<br />

1 N DC1<br />

obtemos um valor líquido do título<br />

para um período de antecipação dado por:<br />

A C<br />

1 N N d N (1 d)<br />

Se o título for resgatado dois meses antes do seu vencimento, o desconto concedido a N é<br />

equivalente ao desconto concedido ao valor atual A C1, com um mês de antecipação. Esse<br />

desconto é dado por DC<br />

2 AC<br />

1 d . Substituindo DC<br />

2 AC<br />

1 d na expressão<br />

A A D do valor líquido do título para dois períodos de antecipação, obtemos:<br />

C2 C1<br />

C2<br />

AC<br />

2 AC<br />

1 AC<br />

1 d AC<br />

1 (1 d)<br />

Substituindo N (1 ) em A A (1 ) , obtemos:<br />

A C 1 d<br />

C2 C1<br />

d<br />

2<br />

A C 2 N ( 1<br />

d)<br />

(1 d)<br />

N (1 d)<br />

Se o título for resgatado três meses antes do seu vencimento, o desconto concedido a N é<br />

equivalente ao desconto concedido ao valor atual A C2<br />

, com um mês de antecipação. Esse<br />

desconto é dado por DC<br />

3 AC<br />

2 d . Substituindo DC<br />

3 AC<br />

2 d na expressão<br />

A A D do valor líquido do título para três períodos de antecipação, obtemos:<br />

C3 C2<br />

C3<br />

AC<br />

3 AC<br />

2 AC<br />

2 d AC<br />

2 (1 d)<br />

Substituindo<br />

2<br />

A C 2 N ( 1<br />

d)<br />

em A A (1<br />

) , obtemos:<br />

C3 C2<br />

d<br />

2<br />

3<br />

A C 3 N ( 1<br />

d)<br />

(1 d)<br />

N (1 d)<br />

Seguindo esse raciocínio, o valor líquido de um título quitado n períodos antes do seu<br />

vencimento é dado por:<br />

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53<br />

C<br />

n<br />

A N ( 1<br />

d)<br />

(4.8)<br />

Exemplo 4.9 Um título no valor de R$ 10.000,00 foi resgatado 2 meses antes do seu<br />

vencimento. Sabendo-se que a taxa de desconto comercial composto foi de 5% ao mês,<br />

determine o valor descontado desse título.<br />

Solução. Coletando os dados do problema, temos:<br />

N 10000<br />

n 2 meses<br />

d 5% ao mês<br />

A C<br />

?<br />

Substituindo esses dados na expressão<br />

A N ( 1<br />

d)<br />

obtemos:<br />

C<br />

n<br />

A C<br />

10000<br />

(1 0,05)<br />

2<br />

10000<br />

(0,95)<br />

2<br />

10000<br />

(0,9025) 9025<br />

Portanto, o valor descontado desse título foi de R$ 9.025,00.<br />

Outra forma de resolver esse problema: como o desconto comercial é concedido sobre o<br />

valor nominal do título, descontando 5% do primeiro mês obtemos:<br />

A C1 10000<br />

(0,05)<br />

10000<br />

10000<br />

500<br />

9500<br />

Descontando 5% de R$ 9.500,00 do segundo mês obtemos:<br />

A C<br />

Observe a figura a seguir:<br />

2 9500 (0,05)<br />

9500<br />

9500 475 9025<br />

Desconto de 5%<br />

do primeiro mês<br />

Desconto de 5%<br />

do segundo mês<br />

R$ 10.000,00<br />

R$ 9.500,00<br />

R$ 9.025,00<br />

Exemplo 4.10 Um título no valor de R$ 10.000,00 foi resgatado 2 meses antes do seu<br />

vencimento. Sabendo-se que a taxa de desconto foi de 5% ao mês, determine qual sistema<br />

gera o maior desconto.<br />

Solução. a) Comercial simples: substituindo os dados na expressão N [ 1<br />

d n]<br />

,<br />

obtemos A 10000 [1<br />

(0,05) 2] 10000<br />

(0,9) 9000 . Então, o desconto foi de R$<br />

C<br />

1.000,00, ou seja, D 10000 9000 1000. Ou ainda, 5% em cada um dos dois meses<br />

C<br />

teríamos 10% nos dois meses, o que nos daria D 10000 (0,10) 1000<br />

.<br />

C<br />

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A C


54<br />

b) Racional simples: substituindo os dados do problema na expressão N AR [ 1<br />

i n]<br />

,<br />

temos 10000 A R [1<br />

(0,05) 2]<br />

, que nos fornece um valor líquido do título no sistema<br />

racional simples de R$ 9.090,91. Então, o desconto foi de R$ 909,09, ou seja,<br />

D 10000 9090,91 909,09.<br />

R<br />

c) Racional composto: substituindo os dados do problema na expressão<br />

2<br />

n<br />

N A R ( 1<br />

i)<br />

,<br />

temos 10000 A R (1,05) , que nos fornece um valor líquido do título no sistema racional<br />

composto de R$ 9.070,29. Então, o desconto foi de R$ 929,71, ou seja,<br />

D 10000 9.070,29 929,71.<br />

R<br />

d) Comercial composto: substituindo os dados do problema na expressão<br />

2<br />

5<br />

C<br />

n<br />

A N ( 1<br />

d)<br />

,<br />

temos A 10000<br />

(1 0,05) 10000<br />

(0,95) 9025. Então, o desconto foi de R$ 975,00,<br />

C<br />

ou seja, D 10000 9025 975 .<br />

C<br />

Portanto, o sistema que gerou o maior desconto foi o comercial simples. Observe a seguir a<br />

hierarquia dos descontos:<br />

Desconto comercial simples R$ 1.000,00<br />

Desconto comercial composto R$ 975,00<br />

Desconto racional composto R$ 929,71<br />

Desconto racional simples R$ 909,09<br />

4.7 Relação Entre Taxa de Juros Compostos e Taxa de Desconto Comercial Simples<br />

A expressão do desconto racional composto, que corresponde ao sistema usual de<br />

capitalização composta, é dada por N A R ( 1<br />

i)<br />

. E a expressão do desconto comercial<br />

simples é dada por N [ 1<br />

d n]<br />

. Se considerarmos o mesmo valor do desconto para os<br />

A C<br />

dois sistemas, o que geraria o mesmo valor descontado, ou seja,<br />

A N [ 1<br />

d n]<br />

em N A( 1<br />

i)<br />

obtemos<br />

simplificações obtemos a seguinte expressão:<br />

n<br />

n<br />

A<br />

C<br />

A<br />

R<br />

n<br />

N N [ 1<br />

d n]<br />

(1<br />

i)<br />

A. Substituindo<br />

. Efetuando as<br />

i n 1<br />

( 1<br />

) <br />

(4.9)<br />

1<br />

d n<br />

A expressão acima estabelece uma relação entre a taxa efetiva de juros compostos e a taxa de<br />

desconto comercial simples, ou seja, se um título for descontado no sistema comercial simples<br />

com n períodos de antecedência, a uma taxa de desconto d , então para alcançar o mesmo<br />

valor do título numa eventual aplicação por n períodos, a taxa de juros compostos dessa<br />

aplicação deve ser igual a i .<br />

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55<br />

Exemplo 4.11 Um título de R$ 10.000,00 foi descontado 2 meses antes do seu vencimento, à<br />

taxa de desconto comercial simples de 5% ao mês, determine o valor descontado desse título e<br />

a taxa efetiva de juros compostos dessa operação.<br />

Solução. Coletando os dados do problema temos:<br />

N 10000<br />

n 2 meses<br />

d 5% ao mês<br />

A ? (valor descontado do título)<br />

C<br />

i ?<br />

Substituindo os dados na fórmula do desconto comercial simples N [ 1<br />

d n]<br />

obtemos:<br />

A C<br />

A C<br />

10000[1<br />

(0,05)<br />

2]<br />

10000[0,9]<br />

9000<br />

Portanto, o título foi descontado por R$ 9.000,00.<br />

A taxa efetiva de juros compostos é obtida da expressão:<br />

(1 i )<br />

2<br />

1<br />

<br />

<br />

1<br />

(0,05) 2<br />

Isolando a taxa i da expressão anterior obtemos:<br />

1<br />

0,9<br />

1,111111<br />

i <br />

1,111111<br />

11,0540931<br />

0,054093<br />

Portanto, a taxa efetiva de juros compostos dessa operação é igual a 5,4093% ao mês.<br />

Observação 4.3 A taxa efetiva de juros compostos de 5,4093% ao mês significa que a<br />

aplicação de um capital de R$ 9.000,00, por 2 meses, geraria um montante de<br />

aproximadamente R$ 10.000,00. Observe o cálculo a seguir utilizando a fórmula do montante<br />

composto<br />

n<br />

M C ( 1<br />

i)<br />

:<br />

M<br />

9000(1,054093)<br />

2<br />

9000(1,111112)<br />

10000,01<br />

4.8 Relação Entre Taxa de Juros Compostos e Taxa de Desconto Comercial composto<br />

Se considerarmos o mesmo valor do desconto para os dois sistemas, o que geraria o mesmo<br />

valor descontado, ou seja, A A A, então a expressão do desconto racional composto,<br />

C<br />

R<br />

que corresponde ao sistema usual de capitalização composta, seria dada por<br />

a expressão do desconto comercial composto seria dada por<br />

n<br />

A N ( 1<br />

d)<br />

.<br />

N A<br />

( 1<br />

i)<br />

n<br />

. E<br />

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56<br />

n<br />

Substituindo A N ( 1<br />

d)<br />

em N A( 1<br />

i)<br />

obtemos<br />

as simplificações obtemos a seguinte expressão:<br />

n<br />

N N ( 1<br />

d)<br />

(1<br />

i)<br />

n<br />

n<br />

. Efetuando<br />

d<br />

i (4.10)<br />

1 d<br />

A expressão acima estabelece uma relação entre a taxa efetiva de juros compostos e a taxa de<br />

desconto comercial composto, ou seja, se um título for descontado no sistema comercial<br />

composto com n períodos de antecedência, à uma taxa de desconto d , então para alcançar o<br />

mesmo valor do título numa eventual aplicação por n períodos, a taxa de juros compostos<br />

dessa aplicação deve ser igual a i .<br />

Exemplo 4.12 Um título de R$ 50.000,00 foi descontado 2 meses antes do seu vencimento, à<br />

taxa de desconto comercial composto de 5% ao mês, determine o valor descontado desse<br />

título e a taxa efetiva de juros compostos dessa operação.<br />

Solução. Coletando os dados do problema temos:<br />

N 50000<br />

n 2 meses<br />

d 5% ao mês<br />

A ? (valor descontado do título)<br />

C<br />

i ?<br />

Substituindo os dados na fórmula do desconto comercial composto<br />

obtemos:<br />

A N ( 1<br />

d)<br />

C<br />

n<br />

A C<br />

50000(1<br />

0,05)<br />

2<br />

50000(0,95)<br />

2<br />

50000(0,9025)<br />

45125<br />

Portanto, o título foi descontado por R$ 45.125,00.<br />

A taxa efetiva de juros compostos é dada por:<br />

d<br />

i <br />

1<br />

d<br />

0,05 0,05<br />

0,052632<br />

1<br />

0,05 0,95<br />

Portanto, a taxa efetiva de juros compostos dessa operação é igual a 5,2632% ao mês.<br />

Observação 4.4 A taxa efetiva de juros compostos de 5,2632% ao mês significa que a<br />

aplicação de um capital de R$ 45.125,00, por 2 meses, geraria um montante de<br />

aproximadamente R$ 50.000,00. Observe o cálculo a seguir utilizando a fórmula do montante<br />

composto<br />

n<br />

M C ( 1<br />

i)<br />

:<br />

M 45125(1,052632)<br />

2<br />

45125(1,108<strong>03</strong>4)<br />

50000,<strong>03</strong><br />

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57<br />

Capítulo 5 – Séries Uniformes Periódicas<br />

5.1 Valor Futuro de Séries Uniformes Periódicas Com Parcelas Antecipadas<br />

Nesta seção serão descritos os sistemas de formação do valor futuro com parcelas antecipadas<br />

e com parcelas postecipadas. No sistema de parcelas antecipadas, a primeira parcela é<br />

depositada no ato do planejamento, já no sistema de parcelas postecipadas, a primeira parcela<br />

é depositada um período após o planejamento.<br />

O sistema de capitalização com depósito de n parcelas é também denominado de renda certa<br />

ou capitalização.<br />

5.1.1 Valor Futuro de Séries Uniformes Periódicas Com Parcelas Antecipadas<br />

No sistema de formação de valor futuro com parcelas antecipadas, a primeira parcela é<br />

aplicada no ato do planejamento, ou seja, na data focal zero.<br />

Para obter a expressão que determina o montante ou valor futuro de uma série uniforme e<br />

periódica com parcelas antecipadas, considere: PMT o valor constante das parcelas, n o<br />

número de parcelas, i a taxa periódica de juros e FV o valor futuro ou soma das n parcelas<br />

capitalizadas. Observe o fluxo de caixa a seguir:<br />

FV<br />

0 1 2 3 · · ·<br />

n 1<br />

n<br />

Períodos<br />

PMT PMT PMT PMT · · · PMT<br />

A primeira parcela depositada no período zero gera ao final de n períodos um montante igual<br />

a<br />

n<br />

PMT ( 1<br />

i)<br />

. A segunda parcela depositada no primeiro período gera ao final de n 1<br />

n1<br />

períodos um montante igual a PMT (1 i)<br />

. Seguindo esse raciocínio, a parcela depositada<br />

no período n 1<br />

gera ao final de um período um montante igual a PMT ( 1i)<br />

. Portanto, a<br />

soma das n parcelas capitalizadas é dada por:<br />

FV<br />

PMT (1 i)<br />

n<br />

PMT (1 i)<br />

n1<br />

PMT (1 i)<br />

n2<br />

<br />

PMT (1 i)<br />

Colocando PMT em evidência na expressão anterior, obtemos:<br />

FV<br />

PMT [(1<br />

i)<br />

n<br />

(1 i)<br />

n1<br />

(1 i)<br />

n2<br />

(1 i)]<br />

(5.1)<br />

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58<br />

n2<br />

n1<br />

A expressão (1 i ) (1 i)<br />

(1 i)<br />

(1 i)<br />

de dentro dos colchetes da expressão<br />

(5.1) representa a soma dos n termos de uma progressão geométrica, sendo o primeiro termo<br />

e a razão dados por 1 i . A fórmula da soma dos n termos de uma progressão geométrica é<br />

dada por:<br />

n<br />

S<br />

n<br />

<br />

n<br />

a1<br />

[<br />

q 1]<br />

q 1<br />

Sendo S n a soma dos n termos da progressão geométrica, a 1 o primeiro termo da progressão<br />

geométrica, q a razão da progressão geométrica e n o número de termos da progressão<br />

geométrica.<br />

Portanto a soma<br />

n2<br />

n1<br />

(1 i ) (1 i)<br />

(1 i)<br />

(1 i)<br />

é dada por:<br />

n<br />

S<br />

n<br />

n<br />

n1<br />

a1 [<br />

q 1]<br />

(1 i)<br />

[(1<br />

i)<br />

1]<br />

[(1 i)<br />

(1 <br />

<br />

<br />

q 1<br />

(1 i)<br />

1<br />

i<br />

n<br />

i)]<br />

Substituindo a expressão de S n na expressão (5.1), obtemos:<br />

FV<br />

[(1 i)<br />

PMT <br />

n1<br />

(1 i)]<br />

i<br />

(5.2)<br />

Exemplo 5.1 Depositando mensalmente 10 parcelas de R$ 1.000,00 em uma aplicação que<br />

rende 1% ao mês, qual o montante no décimo mês, considerando o primeiro depósito hoje?<br />

Solução. De acordo com a descrição do problema, o primeiro depósito é efetuado no período<br />

zero e o último no nono período, totalizando assim 10 depósitos.<br />

Coletando os dados do problema, temos:<br />

PMT 1000<br />

i 1% ao mês, ou seja, i 0, 01 ao mês<br />

n 10, pois do período zero até o nono período são 10 parcelas<br />

FV<br />

?<br />

Utilizando a fórmula (5.2) temos:<br />

FV<br />

11<br />

[(1,01) 1,01]<br />

[0,1056683]<br />

1000 <br />

1000 <br />

1000 (10,56683) 10566,83<br />

0,01<br />

0,01<br />

Portanto, o montante no décimo mês é de R$ 10.566,83.<br />

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59<br />

5.1.2 Determinação do Valor Futuro Com Parcelas Antecipadas Utilizando a HP 12C<br />

Para calcular o valor futuro basta utilizar os seguintes procedimentos:<br />

1) Pressione .g. BEG para configurar o modo de vencimento antecipado.<br />

2) Pressione .f. FIN para zerar os registros financeiros.<br />

3) Informe a taxa periódica utilizando .i. ou 12÷.<br />

4) Informe o número de depósitos utilizando .n. ou 12x.<br />

5) Informe o valor das parcelas da aplicação utilizando CHS PMT.<br />

6) Pressione FV para obter o valor futuro ou montante capitalizado.<br />

Exemplo 5.2 Depositando mensalmente 10 parcelas de R$ 1.000,00 em uma aplicação que<br />

rende 1% ao mês, qual o montante no décimo mês, considerando o primeiro depósito?<br />

Solução. Os procedimentos a seguir calculam o montante das 10 parcelas capitalizadas:<br />

Pressione Visor Registros<br />

.g. BEG 0,00 Configura o modo de vencimento antecipado<br />

.f. FIN 0,00 Limpa a memória dos registros financeiros<br />

1000 CHS PMT 1.000, 00 Armazena o valor das parcelas de R$ 1.000,00<br />

10 .n. 10,00 Armazena o número parcelas<br />

1 .i. 1,00 Armazena a taxa de 1% ao mês<br />

FV 10.566,83 Calcula o montante capitalizado das 10 parcelas<br />

5.1.3 Valor das Parcelas de Séries Uniformes Periódicas e Antecipadas<br />

Exemplo 5.3 Determine o valor que deve ser depositado mensalmente, por 12 meses, para<br />

obter um montante de R$ 10.000,00 em uma aplicação que rende 1% ao mês. Considere que o<br />

primeiro depósito será efetuado hoje.<br />

Solução. De acordo com a descrição do problema, o primeiro depósito será efetuado no<br />

período zero e o último no décimo segundo período, totalizando assim, 12 depósitos.<br />

Coletando os dados do problema, temos:<br />

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60<br />

PMT ?<br />

i 1% ao mês, ou seja, i 0, 01 ao mês em valor unitário<br />

n 12parcelas mensais<br />

FV 10000<br />

Utilizando a fórmula (5.2) temos:<br />

13 <br />

[(1,01) 1,01]<br />

10000 PMT <br />

0,01<br />

Efetuando os cálculos de dentro dos colchetes da expressão anterior, obtemos:<br />

[0,12809328]<br />

10000 PMT <br />

0,01<br />

Efetuando os cálculos do quociente da expressão anterior, obtemos:<br />

Isolando PMT obtemos:<br />

10000 PMT (12,809328)<br />

PMT<br />

<br />

10000<br />

12,809328<br />

780,68<br />

Portanto, o valor das parcelas é de R$ 780,68.<br />

5.1.4 Valor das Parcelas de Séries Uniformes Periódicas e Antecipadas na HP 12C<br />

Para calcular o valor das parcelas basta utilizar os seguintes procedimentos:<br />

1) Pressione .g. BEG para configurar o modo de vencimento antecipado.<br />

2) Pressione .f. FIN para zerar os registros financeiros.<br />

3) Informe a taxa periódica utilizando .i. ou 12÷.<br />

4) Informe o número de depósitos utilizando .n. ou 12x.<br />

5) Informe o valor futuro da aplicação utilizando FV.<br />

6) Pressione PMT para obter o valor futuro ou montante capitalizado.<br />

Exemplo 5.4 Determine o valor que deve ser depositado mensalmente, por 12 meses, para<br />

obter um montante de R$ 10.000,00 em uma aplicação que rende 1% ao mês. Considere que o<br />

primeiro depósito será efetuado hoje.<br />

CNB 11 Lote 09 Salas 1101/1102 – Centro Empresarial Pinheiro de Brito<br />

Fones: +55 (61) 3046-2500 / 3042-2929 / 4141-4745 Suporte<br />

Taguatinga – Brasília-DF / Brasil – CEP 72.115-115


61<br />

Solução. Os procedimentos a seguir calculam o valor das parcelas:<br />

Pressione Visor Registros<br />

.g. BEG 0,00 Configura o modo de vencimento antecipado<br />

.f. FIN 0,00 Limpa a memória dos registros financeiros<br />

10000 FV 10.000,00 Armazena o valor futuro de R$ 10.000,00<br />

12 .n. 12,00 Armazena o número parcelas<br />

1 .i. 1,00 Armazena a taxa de 1% ao mês<br />

PMT 780, 68 Calcula o valor das parcelas de R$ 780,68<br />

5.2 Valor Futuro de Séries Uniformes Periódicas Com Parcelas Postecipadas<br />

Para obter a expressão que determina o montante ou valor futuro de uma série uniforme e<br />

periódica com parcelas postecipadas, considere: PMT o valor constante das parcelas, n o<br />

número de parcelas, i a taxa periódica de juros e FV o valor futuro ou soma das parcelas<br />

capitalizadas. Observe o fluxo de caixa a seguir:<br />

FV<br />

0 1 2 3<br />

· · ·<br />

n 1<br />

n<br />

Períodos<br />

PMT PMT PMT · · · PMT<br />

PMT<br />

A primeira parcela é depositada ao final do primeiro período. Essa parcela gera em n 1<br />

períodos um montante igual a<br />

períodos um montante igual a<br />

n1<br />

PMT (1 i)<br />

. A segunda parcela gera ao final de n 2<br />

n2<br />

PMT (1<br />

i)<br />

.<br />

Seguindo esse raciocínio, a parcela depositada no penúltimo período, gera ao final de um<br />

período, um montante igual a PMT ( 1i)<br />

. Já a última parcela é depositada no momento em<br />

que o montante é obtido, então, o valor que essa parcela gera é igual à própria parcela PMT .<br />

Portanto, a soma dessas n parcelas capitalizadas é dada por:<br />

FV<br />

PMT (1 i)<br />

n1<br />

PMT (1 i)<br />

n2<br />

PMT (1 i)<br />

n3<br />

<br />

PMT (1 i)<br />

PMT<br />

Colocando PMT em evidência na expressão anterior, obtemos:<br />

FV<br />

PMT [(1<br />

i)<br />

n1<br />

(1 i)<br />

n2<br />

(1 i)<br />

n3<br />

(1 i)<br />

1]<br />

(5.3)<br />

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62<br />

n3<br />

A expressão 1<br />

(1 i)<br />

(1 i)<br />

(1 i)<br />

(1 i)<br />

de dentro dos colchetes da<br />

equação anterior representa a soma de n termos de uma progressão geométrica, sendo o<br />

primeiro termo e a razão dadas por 1 e 1 i , respectivamente. Portanto a soma<br />

n3<br />

n2<br />

n1<br />

n2<br />

1<br />

(1 i)<br />

(1 i)<br />

(1 i)<br />

(1 i)<br />

é dada por:<br />

n1<br />

S<br />

n<br />

<br />

n<br />

n<br />

n<br />

1 <br />

a [<br />

q 1]<br />

1[(1<br />

i)<br />

1]<br />

[(1 i)<br />

<br />

<br />

q 1<br />

(1 i)<br />

1<br />

i<br />

1]<br />

Substituindo a expressão de S<br />

n<br />

na equação (5.3), obtemos:<br />

FV<br />

n<br />

[( 1<br />

i)<br />

1]<br />

PMT <br />

(5.4)<br />

i<br />

Exemplo 5.5 A partir do próximo mês será depositado mensalmente R$ 1.000,00 em uma<br />

aplicação que rende 1% ao mês. Determine o montante capitalizado no dia do décimo<br />

depósito.<br />

Solução. Observe que o primeiro depósito será efetuado no final do primeiro período, ou seja,<br />

um mês após o planejamento, que é feito no período zero. Já o último depósito será efetuado<br />

no décimo período, totalizando assim 10 depósitos. Coletando os dados do problema, temos:<br />

PMT 1000<br />

i 1% ao mês, ou seja, i 0, 01 ao mês<br />

n 10<br />

FV<br />

?<br />

Utilizando a fórmula do valor futuro com parcelas postecipadas, temos:<br />

FV<br />

10<br />

[(1,01) 1]<br />

1000<br />

1000(10,462213)<br />

10462,21<br />

0,01<br />

Portanto, o montante capitalizado no dia do décimo segundo depósito é igual a R$ 10.462,21.<br />

5.2.1 Valor Futuro de Séries Uniformes e Postecipadas na HP 12C<br />

Para calcular o valor futuro basta utilizar os seguintes procedimentos:<br />

1) Pressione .g. END para configurar o modo de vencimento postecipado.<br />

2) Pressione .f. FIN para zerar os registros financeiros.<br />

3) Informe a taxa periódica utilizando .i. ou 12÷.<br />

4) Informe o número de depósitos utilizando .n. ou 12x.<br />

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63<br />

5) Informe o valor das parcelas da aplicação utilizando CHS PMT.<br />

6) Pressione FV para obter o valor futuro, montante ou soma das parcelas capitalizadas.<br />

Exemplo 5.6 A partir do próximo mês será depositado mensalmente R$ 1.000,00 em uma<br />

aplicação que rende 1% ao mês. Determine o montante capitalizado no dia do décimo<br />

depósito.<br />

Solução. A seguir temos os procedimentos para calcular o montante das 10 parcelas<br />

capitalizadas:<br />

Pressione Visor Registros<br />

.g. END 0,00 Configura o modo de vencimento postecipado<br />

.f. FIN 0,00 Limpa a memória dos registros financeiros<br />

1000 CHS PMT 1.000, 00 Armazena o valor das parcelas de R$ 1.000,00<br />

10 .n. 10,00 Armazena o número parcelas<br />

1 .i. 1,00 Armazena a taxa de 1% ao mês<br />

FV<br />

10.462,21 Calcula o montante capitalizado das 10 parcelas<br />

5.2.2 Valor das Parcelas de Séries Uniformes Periódicas e Antecipadas<br />

Exemplo 5.7 Determine o valor que deve ser depositado mensalmente, por 12 meses, para<br />

obter um montante de R$ 10.000,00 em uma aplicação que rende 1% ao mês. Considere que o<br />

primeiro depósito será efetuado hoje.<br />

Solução. De acordo com a descrição do problema, o primeiro depósito será efetuado no<br />

período zero e o último no décimo segundo período, totalizando assim, 12 depósitos.<br />

Coletando os dados do problema, temos:<br />

PMT ?<br />

i 1% ao mês, ou seja, i 0, 01 ao mês<br />

n 12parcelas mensais<br />

FV 10000<br />

Utilizando a fórmula (5.2) temos:<br />

13 <br />

[(1,01) 1,01]<br />

10000 PMT <br />

0,01<br />

Efetuando os cálculos de dentro dos colchetes da expressão anterior, obtemos:<br />

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64<br />

[0,12809328]<br />

10000 PMT <br />

0,01<br />

Efetuando os cálculos do quociente da expressão anterior, obtemos:<br />

Isolando PMT obtemos:<br />

10000 PMT (12,809328)<br />

PMT<br />

<br />

10000<br />

12,809328<br />

780,68<br />

Portanto, o valor das parcelas é de R$ 780,68.<br />

5.3 Valor Presente de Séries Uniformes e Periódicas<br />

O financiamento de um determinado bem ou serviço é geralmente pago em parcelas, que<br />

podem ser fixas ou variáveis. O sistema de financiamento com parcelas fixas é um dos mais<br />

utilizados pelos órgãos financiadores. Nesta seção trataremos somente de financiamento com<br />

parcelas fixas.<br />

5.3.1 Valor Presente de Séries Uniformes Periódicas Com Parcelas Postecipadas<br />

Seja PV um valor financiado à taxa de juros compostos igual a i , que será quitado em n<br />

parcelas fixas e postecipadas de valor igual a PMT . Observe o fluxo de caixa a seguir:<br />

0<br />

1 2 3 · · ·<br />

· · ·<br />

Observação 5.1 O fluxo de caixa anterior está descrito com a primeira parcela para o final do<br />

primeiro período. Esse tipo de parcela é denominado parcela postecipada. Na maioria das<br />

vezes o período utilizado em financiamentos é o mensal.<br />

A primeira parcela vence no final do primeiro período. Atualizando essa parcela para a data<br />

PMT<br />

focal zero, temos um valor presente igual a . A segunda parcela vence no final do<br />

1 i<br />

segundo período. Atualizando essa parcela para a data focal zero, temos um valor presente<br />

PMT<br />

igual a . A terceira parcela vence no final do terceiro período.<br />

2<br />

( 1<br />

i)<br />

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65<br />

PMT<br />

Atualizando essa parcela para a data focal zero, temos um valor presente igual a .<br />

3<br />

( 1<br />

i)<br />

Seguindo esse raciocínio, a última parcela atualizada na data focal zero gera um valor<br />

PMT<br />

presente igual a . Portanto, o valor presente dessas n parcelas é dado por:<br />

n<br />

( 1<br />

i)<br />

PV<br />

PMT PMT<br />

<br />

(1 i)<br />

PMT<br />

<br />

(1 i)<br />

PMT<br />

<br />

<br />

(1 i)<br />

1 i 2 3<br />

n<br />

1<br />

PMT<br />

<br />

(1 i)<br />

n<br />

Colocando PMT em evidência no segundo membro da expressão anterior, obtemos:<br />

PV<br />

1 1<br />

PMT <br />

<br />

1<br />

i (1 i)<br />

2<br />

1<br />

<br />

(1 i)<br />

3<br />

1<br />

<br />

<br />

(1 i)<br />

1<br />

<br />

(1 i)<br />

n1<br />

n<br />

<br />

<br />

<br />

Observe que, a expressão dentro dos colchetes representa a soma de n termos de uma<br />

progressão geométrica. A fórmula da soma dos n termos de uma progressão geométrica é<br />

dada por:<br />

S<br />

n<br />

a<br />

<br />

1<br />

n<br />

(<br />

q 1)<br />

q 1<br />

Sendo que numa progressão geométrica, S n representa a soma dos n termos, a 1 o primeiro<br />

termo, q a razão e n representa o número de termos.<br />

A soma<br />

1<br />

1<br />

<br />

1<br />

<br />

1<br />

1 1<br />

representa a soma dos n termos de<br />

i 2 3<br />

n1<br />

n<br />

(1 i)<br />

(1 i)<br />

(1 i)<br />

(1 i )<br />

uma progressão geométrica, sendo<br />

a<br />

1<br />

1 i<br />

1 e<br />

1<br />

q . Portanto, essa soma é dada por:<br />

1 i<br />

S<br />

n<br />

a<br />

<br />

1<br />

1 1<br />

<br />

<br />

<br />

( 1) 1<br />

<br />

1<br />

<br />

n<br />

q i<br />

<br />

i <br />

<br />

q 1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

i<br />

n<br />

<br />

1<br />

<br />

Realizando as devidas simplificações na expressão anterior obtemos o seguinte:<br />

S<br />

n<br />

n<br />

(1 i)<br />

1<br />

<br />

n<br />

i (1<br />

i)<br />

Isto nos dá a seguinte fórmula:<br />

n<br />

[(1 i)<br />

1]<br />

PV PMT <br />

(5.7)<br />

n<br />

i (1<br />

i)<br />

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66<br />

Exemplo 5.7 Uma mercadoria de valor à vista igual a R$ 2.346,00 pode ser comprada em 12<br />

prestações mensais e iguais, sendo a primeira em 30 dias, a uma taxa de 4% ao mês. Então, o<br />

valor das prestações é igual a:<br />

a) R$ 220,30<br />

b) R$ 350,25<br />

c) R$ 249,97<br />

d) R$ 312,50<br />

e) R$ 280,50<br />

Solução: O valor da mercadoria à vista é o valor que será financiado, ou seja, PV 2346 A<br />

primeira das 12 prestações será paga em 30 dias, ou seja, o pagamento é postecipado. A taxa<br />

de juros é de 4% ao mês, que representa uma taxa unitária de 0,04 ao mês. Substituindo os<br />

valores descritos anteriormente na fórmula (5.7), obtemos:<br />

12<br />

[(1,04) 1]<br />

2346 PMT <br />

(0,04) (1,04)<br />

Efetuando os cálculos do segundo membro da equação anterior, temos:<br />

Isolando PMT na expressão anterior, tem-se:<br />

2346 PMT (9,385074)<br />

12<br />

PMT<br />

<br />

2346<br />

9,385074<br />

249,97<br />

Portanto, o valor das prestações é igual a R$ 249,97. Então, a alternativa correta é a c.<br />

5.3.2 Valor Presente de Séries Uniformes Periódicas Com Parcelas Antecipadas<br />

Seja PV o valor presente de uma série de pagamento, à taxa de juros compostos i , que será<br />

quitado em n parcelas fixas e antecipadas de valor igual PMT . Observe o fluxo de caixa a<br />

seguir:<br />

0<br />

1 2 3 · · ·<br />

· · ·<br />

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67<br />

A primeira parcela que vence no período zero vale exatamente PMT . A segunda parcela<br />

vence no final do segundo período. Atualizando essa parcela para a data focal zero, temos um<br />

PMT<br />

valor presente igual a . A terceira parcela vence no final do segundo período.<br />

1 i<br />

PMT<br />

Atualizando essa parcela para a data focal zero, temos um valor presente igual a .<br />

2<br />

( 1<br />

i)<br />

Seguindo esse raciocínio, a parcela de ordem n , que vence na data focal n 1, gera na data<br />

PMT<br />

focal zero um valor presente igual a<br />

1 . Portanto, o valor presente dessas n parcelas é<br />

(1 i)<br />

n<br />

dado por:<br />

PMT PMT PMT PMT<br />

PV PMT <br />

<br />

(1 i)<br />

(1 i)<br />

(1 i)<br />

1 i 2 3<br />

n 1<br />

Colocando PMT em evidência no segundo membro da expressão anterior, obtemos:<br />

1 1 1<br />

1<br />

PV PMT 1<br />

<br />

<br />

<br />

1<br />

i 2 3<br />

(1 i)<br />

(1 i)<br />

(1 i)<br />

Observe que a expressão dentro dos colchetes representa a soma de n termos de uma<br />

1<br />

progressão geométrica, em que o primeiro termo e a razão são, respectivamente, 1 e <br />

1 i<br />

1 1 1<br />

1<br />

Então, a soma 1<br />

é dada por:<br />

1<br />

i 2 3<br />

n1<br />

(1 i)<br />

(1 i)<br />

(1 i)<br />

n1<br />

<br />

<br />

<br />

S<br />

n<br />

a<br />

<br />

1<br />

n<br />

1 <br />

1<br />

<br />

<br />

1<br />

( 1) 1<br />

<br />

n<br />

q <br />

i <br />

<br />

<br />

q 1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

i<br />

Efetuando as simplificações na expressão anterior, obtemos o seguinte:<br />

S<br />

n<br />

n<br />

(1 i)<br />

1<br />

<br />

i (1<br />

i)<br />

n1<br />

Portanto, temos a seguinte fórmula:<br />

n<br />

[(1 i)<br />

1]<br />

PV PMT <br />

(5.8)<br />

n1<br />

i(1<br />

i)<br />

Exemplo 5.8 O preço de um produto à vista é R$ 970,00. Esse produto pode ser adquirido em<br />

4 parcelas mensais e iguais, sendo a primeira no ato da compra. Sabendo-se que a taxa de<br />

juros para compra a prazo é de 5% ao mês, pode-se dizer que o valor das prestações é igual a:<br />

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68<br />

a) R$ 260,53<br />

b) R$ 280,45<br />

c) R$ 235,57<br />

d) R$ 206,80<br />

e) R$ 290,75<br />

Solução: O preço do produto à vista é o valor que será financiado, ou seja, PV 970,00.<br />

A<br />

primeira das 4 prestações será paga no ato da compra, ou seja, o pagamento é antecipado. A<br />

taxa de juros é de 5% ao mês, que representa uma taxa unitária de 0,05 ao mês. Substituindo<br />

esses dados na fórmula (28), obtemos:<br />

[(1,05) 1]<br />

970 PMT <br />

(0,05) (1,05)<br />

Efetuando os cálculos do segundo membro da equação anterior e isolando PMT , tem-se:<br />

4<br />

3<br />

PMT<br />

<br />

970<br />

3,723248<br />

260,53<br />

Portanto, o valor das prestações é igual a R$ 260,53. Então, a alternativa a é a correta.<br />

5.3 Séries de Pagamentos Uniformes Com Carências<br />

Considere uma série com parcelas iguais, sendo a primeira parcela com k períodos de<br />

carência e as demais parcelas com intervalos de tempo iguais. Observe o fluxo de caixa a<br />

seguir:<br />

0<br />

· · ·<br />

· · ·<br />

Atualizando as n parcelas para a data focal zero, temos:<br />

PMT PMT PMT PMT<br />

PV <br />

<br />

k k 1<br />

k 2<br />

(1 i)<br />

(1 i)<br />

(1 i)<br />

(1 i)<br />

k n2<br />

PMT<br />

<br />

(1 i)<br />

k n1<br />

Colocando PMT em evidência na expressão anterior, temos:<br />

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69<br />

1 1<br />

1<br />

PV PMT <br />

<br />

k k 1<br />

k<br />

(1<br />

i)<br />

(1 i)<br />

(1 i)<br />

1<br />

<br />

k<br />

(1 i)<br />

n2<br />

n1<br />

A soma de dentro dos colchetes da expressão anterior é a soma de n termos de uma<br />

1<br />

1<br />

progressão geométrica com a1<br />

e a razão q <br />

k<br />

, então a soma dos n termos dessa<br />

(1 i)<br />

1 i<br />

progressão geométrica é dada por:<br />

<br />

<br />

<br />

S<br />

n<br />

<br />

1<br />

(1 i)<br />

k<br />

1<br />

<br />

k<br />

(1 i)<br />

1<br />

1<br />

1<br />

i<br />

n1<br />

1<br />

<br />

1<br />

i<br />

Efetuando as simplificações na expressão anterior, obtemos:<br />

S<br />

n<br />

n1<br />

(1 i)<br />

(1 i)<br />

<br />

nk<br />

i (1<br />

i)<br />

Portanto, a expressão de uma série de pagamentos com k períodos de carência é dada por:<br />

PV<br />

n1<br />

[(1 i)<br />

(1 i)]<br />

PMT <br />

nk<br />

i (1<br />

i)<br />

(5.9)<br />

Exemplo 5.4 Um financiamento de R$ 30.000,00 foi efetuado para ser quitado em 24 parcelas<br />

mensais, sendo a primeira com um período de carência de 45 dias. Sabendo-se que a taxa de<br />

juros compostos cobrada foi de 2% ao mês, determine o valor das parcelas.<br />

Solução: Coletando os dados do problema, temos:<br />

PV 30000<br />

n 24 parcelas<br />

k 45 dias de carência, ou 1,5 mês<br />

i 2% ao mês<br />

PMT ?<br />

Substituindo os dados na fórmula (5.9), temos:<br />

Efetuando os cálculos do quociente, obtemos:<br />

25<br />

[(1,02) 1,02]<br />

3000 PMT <br />

25,5<br />

(0,02) (1,02)<br />

30000 PMT [18,727477]<br />

Isolando PMT obtemos um valor igual a R$ 1.601,92.<br />

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70<br />

Capítulo 6 – Amortização de Financiamentos<br />

6.1 Introdução<br />

Quando um determinado valor PV é financiado por n períodos, a uma taxa de juros<br />

composta igual i , esse financiamento deve ser quitado em n parcelas de acordo com o<br />

sistema de amortização acordado entre o credor e o devedor. Amortização é a parte da parcela<br />

que é subtraída do valor financiado periodicamente até a quitação do financiamento. O valor<br />

da parcela em cada período é dado pela soma do valor amortizado da dívida mais o valor dos<br />

juros desse mesmo período.<br />

A seguir temos a listagem da notação que utilizaremos:<br />

PV : Valor financiado<br />

n : Número de períodos<br />

i : Taxa periódica de juros<br />

PMT : Valor das parcelas<br />

Amort : Valor amortizado do financiamento em cada período<br />

J : Valor dos juros<br />

6.2 Sistema de Amortização Constante (SAC)<br />

No sistema de amortização constante (SAC) as amortizações do valor financiado são iguais,<br />

ou seja, constantes.<br />

6.2.1 Valor Constante das Amortizações<br />

Para obtermos o valor constante que deverá ser amortizado em cada período basta dividirmos<br />

o valor financiado PV pelo número de parcelas n .<br />

6.2.2 Saldo Devedor<br />

PV<br />

Amort <br />

n<br />

O saldo devedor do período t é dado pelo valor financiado PV menos t vezes o valor<br />

constante da amortização.<br />

SD t<br />

PV<br />

<br />

t Amort<br />

6.2.3 Juros<br />

O valor dos do período t é dado pelo saldo devedor do período t 1<br />

vezes a taxa periódica de<br />

juros.<br />

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71<br />

J<br />

t<br />

SD i<br />

t<br />

6.2.4 Valor das Parcelas<br />

O valor da parcela do período t é dado pela soma do valor constante da amortização com o<br />

valor dos juros.<br />

PMT t<br />

Amort<br />

<br />

J 3<br />

Exemplo 6.1 O valor de R$ 10.000,00 foi financiado à taxa de juros compostos de 1% ao<br />

mês, em 5 meses. Construa uma tabela que descreva a amortização da divida pelo sistema<br />

SAC.<br />

Solução. Coletando os dados do problema obtemos:<br />

PV<br />

10000<br />

n 5 meses<br />

i 10% ao mês<br />

O valor das amortizações é dado por:<br />

Amort <br />

PV<br />

n<br />

10000 <br />

5<br />

Então, a tabela no sistema de amortização constante é dada por:<br />

2000<br />

Meses<br />

Saldo Devedor<br />

Amortização Parcelas<br />

Juros (R$)<br />

(R$)<br />

(R$)<br />

(R$)<br />

0 10.000,00 − − −<br />

1 8.000,00 100,00 2.000,00 2.100,00<br />

2 6.000,00 80,00 2.000,00 2.080,00<br />

3 4.000,00 60,00 2.000,00 2.060,00<br />

4 2.000,00 40,00 2.000,00 2.040,00<br />

5 0,00 20,00 2.000,00 2.020,00<br />

Total − 300,00 10.000,00 10.300,00<br />

Exemplo 6.2 (CESGRANRIO – CAIXA – Técnico Bancário 2008) Um empréstimo de R$<br />

200,00 será pago em 4 prestações mensais, sendo a primeira delas paga 30 dias após o<br />

empréstimo, com juros de 10% ao mês, pelo Sistema de Amortização Constante (SAC). O<br />

valor, em reais, da terceira prestação será:<br />

a) 50,00<br />

b) 55,00<br />

c) 60,00<br />

d) 65,00<br />

e) 70,00<br />

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72<br />

Solução. O valor da terceira prestação pedido no problema é dado por:<br />

PMT<br />

Amort<br />

<br />

3<br />

J 3<br />

Como o valor financiado é igual R$ 200,00, ou seja, PV 200, e o número de parcelas é<br />

igual a 4, então o valor constante das amortizações é dado por:<br />

Amort <br />

PV<br />

n<br />

200 <br />

4<br />

Para calcularmos o valor dos juros do terceiro período precisamos do saldo devedor do<br />

segundo período, que é dado por:<br />

50<br />

SD PV 2<br />

Amort 200 2(50)<br />

100<br />

2<br />

Logo, o valor dos juros do terceiro período é dado por:<br />

J SD i<br />

100(0,10)<br />

10<br />

3 2<br />

Sendo assim, o valor da terceira prestação é dado por:<br />

PMT Amort J 50 10<br />

60<br />

3 3<br />

Portanto, o valor da terceira prestação é igual a R$ 60,00. Alternativa c.<br />

6.3 Sistema Francês de Amortização (Tabela Price)<br />

No sistema francês de amortização as parcelas são iguais. Como uma parte do valor das<br />

parcelas é composta pelos juros e a outra pelo valor amortizado, o valor dos juros decrescente<br />

período a período, pois o saldo devedor decresce à medida que as parcelas são liquidadas.<br />

Então, o valor amortizado no sistema Price é crescente.<br />

Para um valor financiado PV em n parcelas, à taxa de juros compostos i , o valor das<br />

parcelas postecipadas PMT é dado por:<br />

PMT<br />

n<br />

i (1 i)<br />

PV <br />

n<br />

(1 i)<br />

1<br />

Exemplo 6.3 O valor de R$ 10.000,00 foi financiado à taxa de juros compostos de 1% ao<br />

mês, em 5 meses. Construa uma tabela que descreva a amortização da dívida pelo sistema<br />

Price.<br />

Solução. Coletando os dados do problema obtemos:<br />

PV<br />

10000<br />

n 5 meses<br />

i 1% ao mês<br />

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73<br />

O valor constante das parcelas é dado por:<br />

PMT<br />

(0,01) (1,01)<br />

10000 <br />

5<br />

(1,01) 1<br />

5<br />

0,010510<br />

10000 10000 (0,206040) 2060,40<br />

0,051010<br />

O valor constante das parcelas é igual a R$ 2.060,40.<br />

Então, a tabela no sistema Price é dada por:<br />

Meses<br />

Saldo Devedor<br />

Amortização Parcelas<br />

Juros (R$)<br />

(R$)<br />

(R$)<br />

(R$)<br />

0 10.000,00 − − −<br />

1 8.<strong>03</strong>9,00 100,00 1.960,40 2.060,40<br />

2 6.059,60 80,40 1.980,00 2.060,40<br />

3 4.059,80 60,60 1.999,80 2.060,40<br />

4 2.040,00 40,60 2.019,80 2.060,40<br />

5 0,00 20,40 2.040,00 2.060,40<br />

Total − 302,00 10.000,00 10.302,00<br />

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74<br />

UNIDADE II<br />

Capítulo 1 – Análise de Investimentos<br />

7.1 Período de Recuperação do Investimento (Payback)<br />

Payback é período necessário para que o investimento inicial seja recuperado, ou seja, é o<br />

espaço de tempo entre o inicio do projeto e o momento em que o fluxo de caixa acumulado<br />

torna-se positivo.<br />

Exemplo 7.1 No quadro a seguir temos a descrição dos dados de um projeto de investimento,<br />

considerando uma taxa de 10% ao ano.<br />

Ano<br />

Fluxo (R$)<br />

0 − 180.000<br />

1 25.400<br />

2 57.900<br />

3 129.400<br />

4 96.900<br />

5 126.400<br />

Determine o payback.<br />

Solução. No quadro a seguir temos o fluxo de caixa normal e o fluxo de caixa acumulado.<br />

Ano<br />

Fluxo (R$)<br />

Fluxo Acumulado<br />

(R$)<br />

0 − 180.000 − 180.000<br />

1 25.400 − 154.600<br />

2 57.900 − 96.700<br />

3 129.400 32.700<br />

4 96.900 129.600<br />

5 126.400 256.000<br />

Observe que o payback está entre 2 e 3 anos. Suponha que as entradas ocorram de maneira<br />

uniforme durante o ano. Então, o período fracionário entre 2 e 3 anos é dado por:<br />

Período<br />

Frac<br />

<br />

| Último Fluxo Acumulado Negativo | 12<br />

meses<br />

Fluxo Normal do Próximo Período<br />

Logo:<br />

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75<br />

| 96700 | 12<br />

Período Frac <br />

8, 97<br />

129400<br />

meses<br />

Portanto, o payback é de 2 anos e 9 meses aproximadamente.<br />

7.2 Índice de Rentabilidade<br />

O índice de rentabilidade é dado pelo quociente entre o valor atual das entradas e o valor atual<br />

das saídas.<br />

Índice de Rentabilidade <br />

Valor Atual das Entradas<br />

Valor Atual das Saídas<br />

Exemplo 7.2 No quadro a seguir temos a descrição dos dados de um projeto de investimento,<br />

considerando uma taxa de 20% ao ano.<br />

Determine o índice de rentabilidade.<br />

Ano<br />

Fluxo (R$)<br />

0 − 40.000<br />

1 20.000<br />

2 30.000<br />

3 20.000<br />

4 25.000<br />

Solução. O valor atual das entradas é dado por:<br />

VAE<br />

20000 30000 20000 25000<br />

61130,40<br />

1,2 2 3 4<br />

(1,2) (1,2) (1,2)<br />

O valor atual das saídas é igual a VAS 40000<br />

. Portanto, o índice de rentabilidade é dado<br />

por:<br />

Índice<br />

de<br />

Rentabilidade<br />

<br />

61130,40<br />

1,528260<br />

40000<br />

7.3 Índice de Liquidez<br />

Índice de liquidez é a capacidade de uma empresa saldar suas obrigações de curto prazo à<br />

medida que as mesmas vencem.<br />

7.3.1 Índice de Liquidez Corrente<br />

O índice de liquidez corrente é calculado dividindo-se o ativo circulante da empresa pelo seu<br />

passivo circulante:<br />

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76<br />

Índice de Liquidez Corrente <br />

Ativo Circulante<br />

Passivo Circulante<br />

Exemplo 7.3 O ativo circulante da empresa KW Confecções é de R$ 560.000,00 e seu<br />

passivo circulante é de R$ 320.000,00. Determine o seu índice de liquidez corrente.<br />

Solução. O índice de liquidez corrente da KW Confecções é dado por:<br />

Índice<br />

de<br />

Liquidez<br />

Corrente<br />

<br />

560000 1,75<br />

320000<br />

Ou seja, a empresa paga suas dívidas e ainda teria uma margem para pagar 75% do mesmo<br />

valor.<br />

7.3.2 Índice de Liquidez Pessoal<br />

O índice de liquidez pessoal é calculado dividindo-se o ativo líquido total pelo passivo<br />

circulante total. Isso indica a porcentagem das obrigações de dívidas que alguém pode honrar<br />

com seus ativos líquidos correntes.<br />

Índice de Liquidez Pessoal <br />

Ativo<br />

Passivo<br />

Líquido Total<br />

Circulante Total<br />

Exemplo 7.4 O ativo líquido total mensal de Francisco é de R$ 8.115,00 e seu passivo<br />

(dívida) circulante total é de R$ 5.410,00. Determine o seu índice de liquidez.<br />

Solução. O índice de liquidez de Francisco é dado por:<br />

Índice<br />

de<br />

Liquidez<br />

Pessoal<br />

<br />

8115 1,50<br />

5410<br />

Ou seja, Francisco consegue quitar suas dívidas e ainda teria uma margem para pagar 50% do<br />

mesmo valor.<br />

7.3.4 Índice de Liquidez Seca<br />

O índice de liquidez seca é calculado dividindo-se o ativo circulante da empresa, menos os<br />

estoques, pelo seu passivo circulante:<br />

Índice<br />

de<br />

Liquidez<br />

Seca<br />

<br />

Ativo Circulante Estoques<br />

Passivo Circulante<br />

Exemplo 7.5 O ativo circulante da empresa KW Confecções é de R$ 560.000,00, o valor do<br />

estoque é de R$ 200.000,00 e seu passivo circulante é de R$ 320.000,00. Determine o seu<br />

índice de liquidez seca.<br />

Solução. O índice de liquidez seca da KW Confecções é dado por:<br />

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77<br />

Índice<br />

de<br />

Liquidez<br />

Corrente<br />

<br />

560000 200000 360000<br />

1,125<br />

320000 320000<br />

Ou seja, a empresa paga suas dívidas e ainda teria uma margem para pagar 12,5% do mesmo<br />

valor, sem contar com o estoque.<br />

7.4 Prazo Médio<br />

7.4.1 Prazo Médio de Recebimento<br />

O prazo médio de recebimento é o tempo médio que a empresa leva para receber as contas de<br />

clientes. O conhecimento do prazo médio de recebimento é útil para avaliar as políticas de<br />

crédito e cobrança.<br />

Prazo<br />

Médio de Recebimento <br />

Contas a Receber de Clientes<br />

Valor Médio Diário das Vendas<br />

Exemplo 7.6 O valor das contas a receber de clientes no fim de 2010 de uma empresa foi de<br />

R$ 125.000,00 e o valor das vendas no ano de 2010 foi de R$ 1.250.000,00.<br />

Determine o prazo médio de recebimento das contas dessa empresa.<br />

Solução. O prazo médio de recebimento das contas dessa empresa é dado por:<br />

Prazo<br />

Médio de Recebimento <br />

125000<br />

1250000<br />

36, 5<br />

365<br />

dias<br />

7.4.2 Prazo Médio de Pagamento<br />

O prazo médio de pagamento é o tempo médio que a empresa tem para pagar os fornecedores.<br />

O conhecimento do prazo médio de pagamento também é útil para avaliar as políticas de<br />

crédito e cobrança, assim como, o prazo médio de recebimento.<br />

Prazo<br />

Médio de Pagamento <br />

Dívidas<br />

Valor Médio<br />

a Fornecedores<br />

Diário das Compras<br />

Exemplo 7.7 O valor das dívidas a fornecedores no fim de 2010 de uma empresa foi de R$<br />

40.000,00 e o valor das compras no ano de 2010 foi de R$ 250.000,00.<br />

Determine o prazo médio de pagamento das contas dessa empresa.<br />

Solução. O prazo médio de pagamento das contas dessa empresa é dado por:<br />

Prazo<br />

Médio de Pagamento <br />

40000<br />

250000<br />

58, 4<br />

365<br />

dias<br />

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78<br />

7.5 Índice de Endividamento Geral<br />

O índice de endividamento geral mede a proporção do ativo total financiado pelos credores da<br />

empresa. Quanto mais elevado, maior o montante de capital de terceiros usado para gerar<br />

lucros.<br />

Índice de Endividamento Geral <br />

Passivo<br />

Ativo<br />

Total<br />

Total<br />

Exemplo 7.8 O passivo total de uma empresa no fim de 2010 era de R$ 150.000,00 e o ativo<br />

total dessa empresa no fim de 2010 era de R$ 225.000,00.<br />

Determine o índice de endividamento geral dessa empresa.<br />

Solução. O índice de endividamento geral dessa empresa é dado por:<br />

Índice<br />

de<br />

Endividamento<br />

Geral<br />

<br />

150000 <br />

225000<br />

0,67<br />

7.6 Margem de Lucro<br />

7.6.1 Margem de Lucro Bruto<br />

A margem de lucro bruto mede a porcentagem de cada unidade monetária de vendas que<br />

permanece na empresa após a empresa deduzir os custos dos bens vendidos.<br />

Margem<br />

de Lucro Bruto <br />

Lucro Bruto<br />

Receitas<br />

Sendo que o Lucro Bruto é dado pela Receita menos o Custo das Mercadorias Vendidas.<br />

Exemplo 7.9 A receita de uma empresa referente à venda das unidades de um determinado<br />

produto foi de R$ 220.000,00 e o custo dessas unidades vendidas foi de R$ 60.000,00.<br />

Determine a margem de lucro bruto dessa empresa.<br />

Solução. A margem de lucro bruto dessa empresa é dada por:<br />

M argem<br />

de<br />

Lucro<br />

Bruto<br />

<br />

220000 60000<br />

0,727 72,7%<br />

220000<br />

7.6.2 Margem de Lucro Operacional<br />

A margem de lucro operacional mede a porcentagem de cada unidade monetária de vendas<br />

que permanece na empresa após a empresa deduzir todos os custos e despesas, exceto juros,<br />

imposto de renda e dividendos.<br />

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79<br />

Margem<br />

de Lucro Operacional <br />

Lucro Operacional<br />

Receitas<br />

Sendo que o Lucro Operacional é dado pela Receita menos todos os Custos e Despesas,<br />

exceto juros, imposto de renda e dividendos.<br />

Exemplo 7.10 A receita de uma empresa referente à venda das unidades de um determinado<br />

produto foi de R$ 220.000,00 e o custo dessas unidades vendidas foi de R$ 60.000,00. As<br />

despesas com marketing e vendas foram de R$ 20.000,00 e as despesas com aluguel, telefone,<br />

energia elétrica, limpeza e insumos para escritório foram de R$ 10.000,00.<br />

Determine a margem de lucro operacional dessa empresa.<br />

Solução. A margem de lucro operacional dessa empresa é dada por:<br />

M argem<br />

de<br />

Lucro<br />

Operacional<br />

<br />

220000 60000 20000 10000<br />

0,591 59,1%<br />

220000<br />

7.6.2 Margem de Lucro Líquido<br />

A margem de lucro Líquido mede a porcentagem de cada unidade monetária de vendas que<br />

permanece na empresa após a empresa deduzir todos os custos e despesas, inclusive juros,<br />

imposto de renda e dividendos.<br />

Margem<br />

de Lucro Líquido <br />

Lucro Líquido<br />

Receitas<br />

Sendo que o Lucro Líquido é dado pela Receita menos todos os Custos e Despesas, inclusive<br />

juros, imposto de renda e dividendos.<br />

Exemplo 7.11 A receita de uma empresa referente à venda das unidades de um determinado<br />

produto foi de R$ 220.000,00 e o custo dessas unidades vendidas foi de R$ 60.000,00. As<br />

despesas com marketing e vendas foram de R$ 20.000,00 e as despesas com aluguel, telefone,<br />

energia elétrica, limpeza e insumos para escritório foram de R$ 10.000,00. Os impostos<br />

dessas unidades vendidas foram de R$ 30.000 e os dividendos foram de R$ 25.000,00.<br />

Determine a margem de lucro líquido dessa empresa.<br />

Solução. A margem de lucro líquido dessa empresa é dada por:<br />

M argem<br />

de<br />

Lucro<br />

Líquido<br />

<br />

220000 145000<br />

<strong>03</strong>41 34,1%<br />

220000<br />

7.7 Análise da Viabilidade de Investimentos<br />

A análise da viabilidade de um investimento pode ser feita pelo método do valor presente<br />

líquido (VPL) ou pela taxa interna de retorno (TIR).<br />

7.7.1 Método do Valor Presente Líquido<br />

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80<br />

O método do valor presente líquido consiste em avaliar na data de hoje os retornos futuros.<br />

0<br />

FC1<br />

FC2<br />

FC3<br />

FCn<br />

1<br />

. . .<br />

1 2 3 . . . n 1<br />

FCn<br />

n<br />

Períodos<br />

FC 0<br />

A expressão do VPL é dada por:<br />

VPL FC<br />

Na notação sigma temos:<br />

0<br />

FC<br />

<br />

FC<br />

FC<br />

FC<br />

1 2 3<br />

n1<br />

1 <br />

<br />

i 2 3<br />

n<br />

1<br />

(1 i)<br />

VPL FC<br />

(1 i)<br />

0<br />

<br />

n<br />

<br />

k 1<br />

FC<br />

k<br />

k<br />

(1 i)<br />

(1 i)<br />

FC<br />

<br />

(1 i)<br />

Se o VPL for positivo, o investimento é viável, se for negativo, o investimento é inviável,<br />

agora se for igual a zero, tanto faz investir ou não.<br />

Exemplo 7.12 A KW Confecção quer comprar uma máquina de bordado de última geração<br />

que custa R$ 100.000,00. Essa máquina deve gerar, ao longo de cinco anos, receitas líquidas<br />

de R$ 30.000,00; R$ 25.000,00; R$ 35.000,00; R$ 32.000,00 e R$ 40.000,00. A KW<br />

Confecção estima que ao final do quinto ano a máquina seja vendida por R$ 20.0000,00.<br />

Sabendo-se que o retorno esperado desse investimento é de 20% ao ano.<br />

Determine se esse investimento é viável ou não.<br />

Solução. A seguir temos o diagrama de fluxo de caixa que descreve o investimento:<br />

30.000 25.000 35.000 32.000 40.000 + 20.000<br />

n<br />

n<br />

0<br />

100.000<br />

1 2 3<br />

4 5<br />

Anos<br />

i 20%<br />

a.<br />

a.<br />

Efetuando os cálculos obtemos:<br />

30000 25000 35000 32000 60000<br />

VPL 100000 <br />

1,2 2 3 4 5<br />

(1,2) (1,2) (1,2) (1,2)<br />

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81<br />

VPL 100000 25000 17361,11<br />

20254,63 15432,10<br />

24112,65 2160,49<br />

Como o VPL é positivo, o investimento é viável.<br />

Na HP 12C o valor presente líquido – VPL – é obtido através da tecla NPV que significa Net<br />

Present Value.<br />

Utilizando a HP 12C: A seguir temos os procedimentos para calcular o valor presente<br />

líquido do investimento:<br />

Pressione Visor Registros<br />

.g. REG 0,00 Configura o modo do VPL<br />

.f. FIN 0,00 Limpa a memória dos registros financeiros<br />

100000 CHS .g. CF 0 – 100.000,00 Armazena o valor investido de R$ 100.000,00<br />

30000 .g. CF j 30.000,00 Armazena o retorno do primeiro ano<br />

25000 .g. CF j 25.000,00 Armazena o retorno do segundo ano<br />

35000 .g. CF j 35.000,00 Armazena o retorno do terceiro ano<br />

32000 .g. CF j 32.000,00 Armazena o retorno do quarto ano<br />

60000 .g. CF j 60.000,00 Armazena o retorno do quinto ano<br />

20 .i. 20,00 Armazena a taxa de 20% ao ano<br />

.f. NPV 2.160,49 Calcula o valor presente líquido<br />

7.7.2 Método da Taxa Interna de Retorno<br />

A taxa interna de retorno (TIR) de um investimento é a taxa de juros que faz com que o VPL<br />

se anule, ou seja, é a taxa que faz com que o valor investido retorne ao caixa do investidor.<br />

Portanto, a TIR é a taxa que satisfaz a equação a seguir:<br />

FC1<br />

FC2<br />

FC3<br />

FCn<br />

VPL FC<br />

<br />

<br />

i 2 3<br />

(1 i)<br />

(1 i)<br />

(1 i)<br />

Na notação sigma temos:<br />

FCn<br />

<br />

(1 i)<br />

1<br />

0 1 1 <br />

n<br />

n<br />

VPL FC<br />

n<br />

FC<br />

0 k<br />

k<br />

<br />

k <br />

1(1 i)<br />

Não temos uma fórmula para calcular a TIR. Para obtermos uma aproximação do valor da<br />

TIR precisamos calcular VPLs até obtermos um VPL positivo e um VPL negativo.<br />

0<br />

0<br />

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82<br />

Obtidos os VPLs positivo e negativo, utilizamos o método da interpolação linear para<br />

obtermos uma aproximação da TIR.<br />

Sendo:<br />

VPL : o valor do VPL negativo.<br />

VPL : o valor do VPL positivo.<br />

VPL<br />

i<br />

TIR <br />

VPL<br />

i : o valor da taxa que gerou o VPL negativo.<br />

i : o valor da taxa que gerou o VPL positivo.<br />

<br />

<br />

VPL<br />

VPL<br />

Exemplo 7.13 Uma indústria pretende adquirir equipamentos no valor de R$ 50.000,00, que<br />

deverão proporcionar receitas líquidas a partir de 2011 conforme quadro a seguir:<br />

<br />

<br />

i<br />

<br />

Ano Receitas Líquidas em Reais<br />

2011 15.000<br />

2012 18.000<br />

2013 19.000<br />

2014 20.000<br />

2015 22.000<br />

Sabendo-se que o valor de revenda dos equipamentos no ano 2015 é estimado em R$<br />

10.000,00 e que o retorno esperado é igual a 20% ao ano, determine a TIR e analise se o<br />

investimento planejado é rentável.<br />

Solução. Vamos calcular um VPL negativo e um VPL positivo:<br />

Efetuando os cálculos obtemos:<br />

15000 18000 19000 20000 32000<br />

VPL 50000 <br />

1,2 2 3 4 5<br />

(1,2) (1,2) (1,2) (1,2)<br />

VPL 50000 12500<br />

12500<br />

10995,37<br />

9645,06 12860,08<br />

8500,51<br />

O valor do VPL é positivo. Agora vamos encontrar um VPL negativo. Considere uma taxa de<br />

25% ao ano.<br />

15000 18000 19000 20000 32000<br />

VPL 50000 <br />

1,3 2 3 4 5<br />

(1,3) (1,3) (1,3) (1,3)<br />

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83<br />

Efetuando os cálculos obtemos:<br />

VPL 50000 11538,46<br />

10650,89<br />

8648,16 7002,56 8618,53 3541,40<br />

O valor do VPL é negativo. Então:<br />

VPL <br />

VPL <br />

i <br />

i <br />

20%<br />

30%<br />

8500,51<br />

3541,40<br />

Portanto, o valor aproximado da TIR é dado por:<br />

3541,40 (20) 8500,51<br />

(30) 325843,30<br />

TIR <br />

<br />

27,06%<br />

3541,40 8500,51 12041,91<br />

Como 27,06% é maior do que 20%, o investimento é rentável.<br />

Se VPL = 0, temos um investimento sem lucro. Neste caso, a taxa de juros é denominada taxa<br />

interna de retorno – TIR. Na HP 12C, a taxa interna de retorno – TIR – é obtida utilizando a<br />

tecla IRR.<br />

Utilizando a HP 12C: A seguir temos os procedimentos para calcular a TIR do investimento:<br />

Pressione Visor Registros<br />

.f. FIN 0,00 Limpa a memória dos registros financeiros<br />

50000 CHS .g. CF 0 – 50.000,00 Armazena o valor investido de R$ 50.000,00<br />

15000 .g. CF j 15.000,00 Armazena o retorno de 2011<br />

18000 .g. CF j 18.000,00 Armazena o retorno de 2012<br />

19000 .g. CF j 19.000,00 Armazena o retorno de 2013<br />

20000 .g. CF j 20.000,00 Armazena o retorno de 2014<br />

32000 .g. CF j 32.000,00 Armazena o retorno de 2015<br />

20 .i. 20,00 Armazena a taxa de 20% ao ano<br />

.f. IRR 26,66 Calcula a TIR de 26,66% ao ano<br />

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84<br />

UNIDADE III - Exercícios<br />

Trabalho Final - Biblioteca Virtual<br />

Exercício<br />

Senhores(as) Aluno(as), você deve baixar o arquivo de exercício “biblioteca virtual” da sua<br />

disciplina, realize a leitura da apostila e elabore as respostas, acesse a plataforma no fórum<br />

temático e compartilhar das ideias sobre o tema abordado.<br />

Depois de realizada a confecção do exercício, o aluno deverá postar no bloco de entrega de<br />

tarefas, no campo ambiente virtual de aprendizagem – AVA “Moodle”.<br />

Será entregue no prazo previsto para cada disciplina, as datas encontram-se editadas no<br />

calendário do AVA.<br />

Ementa da Disciplina<br />

Matemática Financeira e Investimentos<br />

Ementa: Regime de capitalização simples e composto, valor do dinheiro no tempo, valor<br />

presente e futuro, taxa de desconto, equivalência de taxas de juros, períodos de capitalização,<br />

taxas anuais, mensais e diárias, equivalência de fluxos de caixa, sistemas de amortização,<br />

tabela price, SAC, SAF, SAA, SAM, custo de capital, métodos VPL e TIR.<br />

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85<br />

BIBLIOGRAFIA<br />

ASSAF NETO, Alexandre. Matemática Financeira. São Paulo: Atlas, 2001.<br />

GUERRA, Fernando. Matemática financeira por meio da HP-12C. 3. ed. Florianópolis:<br />

UFSC, 2006.<br />

KUHNER, Osmar Leonardo; BAUER, Udibert Reinoldo. Matemática financeira aplicada e<br />

análise de investimentos. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2001.<br />

MATHIAS, Washington Franco; GOMES, José Maria. Matemática financeira. 4. ed. 2. tir.<br />

São Paulo: Atlas, 2004.<br />

SAMANEZ, Carlos Patrício. Matemática Financeira: Aplicações e Análise de<br />

Investimentos. 4 ed. São Paulo: Pearson, 20<strong>03</strong>.<br />

SHINODA, Carlos. Matemática Financeira para usuários do Excel. São Paulo: Atlas,<br />

1998.<br />

SPINELLI, Walter e; SOUZA, Maria Helena Soares de. Matemática Comercial e<br />

Financeira. São Paulo: Ática, 1998.<br />

VIEIRA SOBRINHO, José Dutra. Matemática Financeira. 7 ed. São Paulo: Atlas, 2000.<br />

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