14.10.2016 Views

Revista Dr Plinio 143

Fevereiro de 2010

Fevereiro de 2010

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

T. Ring<br />

ideal.<br />

vida gostosa.<br />

as outras determinadas relações,<br />

certos modos de se impostar, formando<br />

uma espécie de organismo vivo.<br />

Para compreendermos a diferença<br />

entre povo e massa, consideremos<br />

o seguinte:<br />

Nestas três salas conjugadas em<br />

que estou falando, há aproximadamente<br />

cem pessoas. Imaginem<br />

meus ouvintes que não fossem membros<br />

de nosso Movimento e estivessem<br />

num grande ônibus, sem se conhecerem,<br />

não tendo, portanto, entre<br />

si relações individuais e pessoais,<br />

mas apenas as vinculações anônimas<br />

existentes entre os passageiros<br />

de um veículo coletivo.<br />

Quer dizer, eles têm o interesse<br />

comum de que o ônibus ande, pare<br />

nos locais solicitados para o desembarque<br />

de alguns passageiros e<br />

chegue até o ponto terminal. Por isso<br />

não querem briga nem encrenca<br />

dentro do veículo; desejam boa paz e<br />

mais nada. Cada um gosta de ser um<br />

anônimo para o outro.<br />

Se alguém pergunta de repente a<br />

um passageiro “O senhor, quem é?”,<br />

ele fica desagradado e pensa: “Para<br />

que deseja saber quem sou eu? Sou<br />

um passageiro de ônibus como ele,<br />

um anônimo. O que esse indivíduo<br />

está querendo comigo?”<br />

O anonimato é a regra da massa,<br />

a qual vale pelo número de seus<br />

componentes: cinco, dez, cem indivíduos.<br />

Entre os que estão aqui presentes<br />

a situação é bem diferente: não<br />

constituem massa, e sim um organismo,<br />

uma gota<br />

de povo. Quer<br />

dizer, todos se<br />

conhecem individualmente<br />

e, pelo convívio<br />

cotidiano,<br />

cada um acaba<br />

tendo uma<br />

espécie de situação<br />

criada<br />

por ele mesmo,<br />

a qual —<br />

por inabilidade<br />

ou qualquer<br />

outra razão<br />

— pode<br />

não ser a que<br />

desejaria. A<br />

vida se faz com base nessas relações<br />

pessoais; não é um mecanismo que<br />

se reduz a um número, mas algo vivo,<br />

uma interseção de várias personalidades<br />

que, dando graças a Nossa<br />

Senhora, tenho diante de mim e<br />

constituem um conjunto de filhos.<br />

Vejo que são de várias partes da<br />

Espanha e também de outras nações,<br />

formando um conjunto vivo,<br />

orgânico, em que cada um é, não<br />

como uma gotinha de metal fundido,<br />

integrando uma máquina, mas<br />

uma célula viva dentro de um tecido.<br />

Se olharmos pelo microscópio um<br />

tecido celular vivo, discerniremos<br />

grande quantidade de células; cada<br />

uma atua como se fosse uma pequena<br />

personalidade: tem sua dose<br />

de vitalidade e de reatividade sobre<br />

Praça Real - Madri.<br />

as outras, análoga à de um indivíduo<br />

dentro de uma família ou numa organização<br />

como a nossa.<br />

É da vida de cada pessoa encontrando-se<br />

com a das outras que se<br />

forma um tecido, daí resultando um<br />

povo.<br />

Considerado nosso Movimento<br />

como um tecido, um organismo vivo,<br />

qual a repercussão de nossa campanha<br />

na Espanha, que é um tecido,<br />

um organismo incomparavelmente<br />

maior? A campanha está conseguindo<br />

sua finalidade?<br />

O mais baixo grau<br />

onde o ente humano<br />

pode chegar<br />

A vitória sobre a opinião pública<br />

não consiste em obter a maioria,<br />

25

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!