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Revista Dr Plinio 143

Fevereiro de 2010

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A sociedade analisada por <strong>Dr</strong>. <strong>Plinio</strong><br />

<strong>Dr</strong>. <strong>Plinio</strong> toma apontamentos<br />

durante a campanha.<br />

Pouco importa que<br />

grande número de<br />

pessoas recuse cooperar<br />

conosco. Não se trata<br />

de transformar<br />

tudo em fermento,<br />

mas de fermentar a<br />

massa. Assim se<br />

reconquista o país.<br />

não prestam atenção. Esses estão<br />

dormindo também? O que se passa<br />

na alma deles?<br />

Um deles é, digamos, um advogado<br />

que vai ao escritório de um outro<br />

para discutir uma questão, e está<br />

preparando seu raciocínio para derrotar<br />

o colega. Ele passa tão preocupado,<br />

que não presta atenção em<br />

nossa campanha ou a observa muito<br />

por alto.<br />

O mesmo pode acontecer com<br />

um médico que se dirige à casa de<br />

um cliente, o qual ele examinou na<br />

véspera, consultou alguns livros e<br />

colegas, mas está na dúvida quanto<br />

ao diagnóstico. Às vezes, a vida de<br />

um paciente depende do diagnóstico<br />

de seu médico: opera ou não<br />

opera? Se for feita a cirurgia, provavelmente<br />

ele morrerá. O que fazer?<br />

É possível que isso também suceda<br />

a um homem de negócios, o qual<br />

Poder-se-ia perguntar:<br />

como é possível<br />

uma pessoa achar gostoso<br />

enfrentar complicações?<br />

A resposta é simples.<br />

Em vários jornais do<br />

mundo há uma secção<br />

onde se publicam problemas<br />

de xadrez. Viajando<br />

de ônibus ou de<br />

trem, às vezes há passageiros<br />

procurando solucioná-los.<br />

Tomam as<br />

questões existentes somente<br />

no tabuleiro, não<br />

na própria vida, e gostam<br />

de resolver problemas<br />

difíceis porque pertencem a<br />

uma categoria um pouco mais elevada<br />

do que os amantes do gostoso,<br />

sentados em torno dos chafarizes.<br />

Eles usam a inteligência, que é<br />

uma faculdade tão nobre, não para<br />

conhecer a verdade, o bem, o belo,<br />

Deus, mas porque acham gostoso<br />

acionar o intelecto. Assim, são eles<br />

semelhantes aos indivíduos dos chafarizes.<br />

É comum verem-se nas ruas pessoas<br />

correndo a pé, usando traje o<br />

mais sumário possível, achando que<br />

estão fazendo um bonito papel junto<br />

aos outros.<br />

Antes desse desastre de automóvel<br />

que me semi-imobilizou 3 , eu andava<br />

pouco, pois não gostava de fazê-lo.<br />

E pensava o seguinte: “As minhas<br />

pernas foram feitas para me<br />

carregar e não para que eu as carregue.<br />

Um homem que anda pelo gosto<br />

de andar, vai carregando as perse<br />

pergunta: “Telegrafo ou não para<br />

os Estados Unidos ou Canadá a fim<br />

de fechar um negócio?”<br />

Porém, a maior parte dos passantes<br />

está pensando nos seus próprios<br />

interesses, muito menos cogentes.<br />

Um caminha para o seu escritório,<br />

mas não tem nada de muito importante<br />

para tratar; outro é médico<br />

que vai ver um cliente atingido por<br />

um resfriado muito forte, ao qual ele<br />

quer receitar um remedinho; um terceiro<br />

é homem de negócios que, para<br />

fechar um negociozinho em algum<br />

lugar da Espanha, precisa dar<br />

um telefonema. São coisas que não<br />

preocupam.<br />

Entretanto, são da mesma categoria<br />

daqueles que estão em torno<br />

dos chafarizes. Eles fazem andando<br />

o que os outros fazem sentados. Julgam<br />

que os trabalhos e os problemas<br />

da vida são interessantes e a eles se<br />

dedicam para ganhar dinheiro, pois<br />

este proporciona facilidades<br />

gostosas para a<br />

vida.<br />

Alguns acionam<br />

o intelecto<br />

porque acham<br />

gostoso<br />

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