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Revista Dr Plinio 38

Maio de 2001

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DATAS NA VIDA DE UM CRUZADO<br />

Inocência primaveril<br />

Maio de 1967. Segundo seu costume,<br />

<strong>Dr</strong>. <strong>Plinio</strong>, após fazer sua última conferência<br />

do dia e atender a algumas<br />

consultas, saiu para fazer uma refeição ligeira no<br />

Giordanno, um dos poucos restaurantes que funcionavam<br />

na noite paulistana. Invariavelmente ele<br />

pedia pizza.<br />

Era uma época em que <strong>Dr</strong>. <strong>Plinio</strong> estava aprofundando<br />

suas reflexões e observações a respeito<br />

de um tema que só considerará explicitado satisfatoriamente<br />

alguns anos depois: a inocência “primaveril”<br />

da criança, tornada ainda mais preciosa<br />

pelas graças do Batismo.<br />

Naquele noite, muitos o haviam acompanhado,<br />

formando uma roda grande de conversa. Entre um<br />

prato e outro, <strong>Dr</strong>. <strong>Plinio</strong> passou a discorrer sobre<br />

o tesouro que é a inocência. “Infelizmente”, dizia<br />

ele, “com exceção de Nossa Senhora, e talvez de São<br />

José, ninguém pode ter certeza de que pelo menos um<br />

pouquinho dessa graça primeiríssima, não se tenha<br />

perdido ao longo do caminho”. E exortava os circuns-<br />

tantes a rezarem, pedindo a restauração dessa inocência.<br />

Tocado pela graça, um dos que o ouviam<br />

pediu-lhe que compusesse uma oração neste sentido.<br />

“Vou ditá-la a vocês” — respondeu <strong>Dr</strong>. <strong>Plinio</strong>,<br />

sem hesitar. E começou: “Há momentos, minha<br />

Mãe, em que minha alma se sente, no que tem de<br />

mais fundo, tocada por uma saudade indizível...”<br />

As palavras foram brotando do coração de <strong>Dr</strong>.<br />

<strong>Plinio</strong> num só jorro, demonstrando o quanto já meditara<br />

sobre o assunto.<br />

Nascia a mais bela prece que ele nos deixou,<br />

com termos cogentes, que calam no fundo da alma,<br />

constituindo uma verdadeira oração de contemplação.<br />

Alerta-nos para a importância capital da recuperação<br />

da inocência, e nos faz um premente convite<br />

para a implorarmos a Nossa Senhora.<br />

Sendo agora <strong>Dr</strong>. <strong>Plinio</strong> nosso intercessor junto à<br />

Rainha dos Céus, peçamos-lhe que apresente a Maria<br />

esta súplica que ele mesmo nos ensinou: “Lembrai-Vos,<br />

Senhora, deste David e de toda a doçura<br />

que nele púnheis. Assim seja”.<br />

<strong>Dr</strong>. <strong>Plinio</strong>, em março de 1968, poucos meses após compor a sua mais bela prece<br />

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