Jornal Paraná Julho 2015

DOIS
Maior exportador
O Brasil assumirá a liderança
das exportações mundiais
do setor agrícola em
2024, consolidando os
avanços registrados nos últimos
anos, segundo a Organização
para a Cooperação
e Desenvolvimento da
Europa e Organização das
Nações Unidas para Agricultura
e Alimentação.
Crescimento se baseará na
melhora da produtividade e
da expansão das lavouras.
As plantações ocuparão
uma área total 69,4 milhões
de hectares em 2024, crescimento
de 20% em relação
à média do período entre
2012/14 e um aumento
anual de 1,5%. Boa parte
dessa expansão ocorrerá por
meio da cana de açúcar
(com alta de 37%), do algodão
(35%) e das oleaginosas
(23%), especialmente a soja.
Hidrogênio
Desde junho circulam em
São Paulo os primeiros
ônibus de transporte urbano
movidos a hidrogênio,
com tecnologia de
propulsão que não emite
poluentes, apenas vapor
d’água. Estes apresentam
45% de energia renovável,
31% a mais que o resto do
mundo, o que coloca o
Brasil em posição de destaque.
Além do Brasil, os
únicos países capazes de
O investimento em tecnologia
feito nas últimas
décadas para o agronegócio
deu ao Brasil know how
para atuar no uso eficiente
do solo e garantir uma produção
agrícola e pecuária
sustentável. Nos últimos 25
anos, a área utilizada para a
plantação de grãos aumentou
50%, enquanto a produção
aumentou 200%. Se
a produtividade fosse a
mesma de 25 anos atrás seriam
necessários 60% a
desenvolver e operar esse
tipo de coletivos são Alemanha,
Canadá e EUA. O
projeto é totalmente brasileiro,
desenvolvido sob
contrato de pesquisa financiado
pelo Programa das
Nações Unidas para o
Desenvolvimento, com recursos
do Global Environment
Facility e da Agência
Brasileira de Inovação, por
meio do Ministério de
Minas e Energia.
Sustentabilidade
mais de área plantada. O
mesmo vale para a pecuária,
cuja produção de carne
aumentou 30% enquanto o
tamanho da área ocupada
diminuiu 20%. O agronegócio
representa 24% do
Produto Interno Bruto,
30% dos empregos no País
e 43% do valor das exportações
brasileiras. Na última
década, o agronegócio
saiu de uma exportação de
US$ 39 bilhões para US$
89 bilhões.
PONTOS
A expectativa do setor de
renovar pelo menos 18%
dos canaviais no Centro Sul
do País não deve se concretizar
neste ano. Por conta
do endividamento, são poucas
as usinas que têm acesso
ao Prorenova e os recursos
previstos para este fim no
Plano Safra 2015/16 ficaram
abaixo da necessidade.
Segundo a Unica, o ideal
seriam R$ 10 bilhões para a
renovação dos canaviais. Só
que foram disponibilizados
Demanda
Prorenova
apenas R$ 1,5 bilhão, metade
do que foi alocado no
ano-safra anterior. Outra
preocupação do setor é com
Energia renovável
A demanda por etanol em abril e maio se igualou à
da gasolina A pela primeira vez desde o fim de 2010,
segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural
e Biocombustíveis. Ao todo, foram consumidos em
torno de 2,4 bilhões de litros de anidro e de hidratado,
mesmo volume no caso da gasolina A. Os números
mostram que a utilização de etanol é crescente, o que
não ocorre com o derivado de petróleo.
Caminhos da Cana
O “Caminhos da Cana
em 2014” superou metas
com os 10 mil quilômetros
percorridos, a realização de
eventos em 25 cidades do
interior de São Paulo e
mais de 3 mil produtores
entrevistados. O projeto,
coordenado pelo professor
doutor. Marcos Fava Neves,
segue neste ano com a
sua segunda edição e as expectativas
são de em 6 meses
alcançar novamente a
marca dos 10 mil quilômetros
em 25 cidades em todo
o Brasil. A aposta para alavancar
o Setor Sucroenergético
é o Etanol. Mais
informações: fpenariol@
markestrat.org ou (16)
3456-5555.
os juros, que subiram para
TJPL mais 2,7% ao ano.
No ciclo 2014/15 a renovação
ficou em torno de 14%.
O acordo recente sobre
clima firmado entre os
presidentes do Brasil e
EUA deverá beneficiar a
agropecuária brasileira disse
a ministra da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento,
Kátia Abreu, para
quem a inclusão do etanol
e da bioenergia nas discussões
representam “um forte
sinalizador de que o fomento
ao comércio internacional
de biocombustíveis
será fortalecido". A
meta é dobrar o uso de
biocombustíveis e energia
renovável e o comércio
com os EUA em dez anos,
além da adoção de medidas
ambiciosas de reduções
de gases de efeito estufa no
período 2020/30, no âmbito
da agenda da COP 21.
O Brasil busca atingir uma
participação de 28% a 33%
de fontes renováveis na
matriz energética, sem
contar a geração hidráulica,
até 2030.
Etanol
A demanda por etanol no
Brasil poderia chegar a 79
bilhões de litros em 2030
caso 60% da frota de veículos
flex utilizasse o biocombustível,
estimou o Instituto
de Energia e Meio Ambiente.
O cálculo leva em
conta a perspectiva de a
frota total do País dobrar
até lá e a produção de gasolina
nas refinarias se manter
relativamente estável.
Usinas
O setor vai continuar "sofrendo"
neste ano e pelo
menos oito usinas brasileiras
devem fechar as portas,
segundo a Datagro. Com
isso, 91 empresas saem de
cena sobrando 354 usinas .
18 Jornal Paraná - Julho 2015