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Filipe Alexandre de Andrade Sá Moura<br />

e falar diretamente com o Marine, deu-me a cana, caí no<br />

castigo, eu sabia que Alfredo M. iria ter comigo, mas foi aí<br />

que eu me enganei. Tentaram-me matar quando me dirigia<br />

ao balneário para tomar banho, não conseguiram, com ele<br />

estavam mais dois bófias na proteção que nada conseguiram<br />

contra mim. Foi na altura que mostrei o querer da minha<br />

razão de viver, tinha sido incutida por uma questão de ser<br />

bairrista, pois já tinha, vivi no bairro.<br />

Cedo perdi o meu pai, tornei-me adulto mais cedo, isso<br />

veio-se repercutir na vida que depois levei, lá está é vivência<br />

é transcendência do futuro, cai sobre ela o modo de vida<br />

da criação e quando ela é dura, somos obrigados a ter<br />

uma educação mais severa, precocemente trás aquilo que<br />

provadamente ninguém deseja de desejar.<br />

Foi nessa altura que já havia passado a fase do Marcão, foi<br />

nessa altura que comecei a querer mais a razão, tinha que<br />

se ter uma decisão a nível de companheiro e da direção,<br />

mas eu sabia que no meio se intrometia a vigilância que<br />

era composta por guardas e chefias, consegui, consegui<br />

adquirir e me intrometer num outro ser, mas que não era<br />

mais que um ser igual a mim, por vezes é uma questão de<br />

oportunidades, eu procurei, procuro e procurarei ter a alma<br />

do Lusitano, sou descendente da raça lusa da raça brava,<br />

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