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Filipe Alexandre de Andrade Sá Moura<br />

para se fazer dentro da prisão, não tinha outra hipótese, era<br />

sem escape, vencer ou morrer.<br />

Foi tudo feito pela condenação que eu levei, consegui apesar<br />

de tudo isso, encontrar o caminho duro, sabia que poderia<br />

sair no meio da pena, poderia saber que também podia sair<br />

no final da pena, inverti tudo, ou seja, não me preocupei,<br />

porque estava bem, tinha a cadeia sob meu comando, foram<br />

todos os meus companheiros, foi aí que eu me enfureci mais<br />

pelo sentido do ser, sabia que tinha aliados. Prossegui o<br />

caminho da maldade, fui interpretado como tal, julguei-me<br />

o leão, mas estava viciado na heroína, uma coisa dura de se<br />

fazer, de se consumir. Parti para o combate, o combate que<br />

não existe igual, enfrentei: juízes e educadoras e assistentes,<br />

chefe de guardas, beneficiei algumas vezes com eles, mas<br />

não foram muitas, mas não foram suficientes para dizer<br />

que estava bem, pois o seguimento da questão, trouxe-me<br />

um problema, o problema maior de todo o ser, sou ou não<br />

sou, quero ou não quero, ou seja, tudo o que nós podemos<br />

ambicionar, foi a continuação de tudo, tinha aprendido,<br />

melhor ainda, tinha vivido uma situação após a separação do<br />

meu pai e da minha mãe. O meu pai era militar, a minha mãe<br />

na altura não trabalhava, depois veio a trabalhar na limpeza<br />

do Curry e Cabral, ainda trabalha lá. Gostava da minha mãe,<br />

não aprendi a viver com o meu pai, ou seja, vivi, mas fiquei<br />

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