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Revista Visão nº 5

A Solução da Lavoura, Pecuária e Piscicultura

A Solução da Lavoura, Pecuária e Piscicultura

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CAMPO MELHOR<br />

CAFEICULTURA<br />

Clonal reacende<br />

esperança na Zona da Mata<br />

O café clonal, definitivamente, caiu nas graças dos produtores da Zona da Mata. As<br />

mudas reproduzidas com estacas de plantas selecionadas aumentam a produtividade<br />

para até 110 sacas por hectare e garantem maior resistência a pragas e doenças. Em<br />

um ciclo que varia entre um ano e meio a dois anos, a safra do clonal apresenta uma<br />

produtividade até 70% maior que o café de lavouras formadas com sementes.<br />

Por Edenilson Florentino<br />

Fotos: Edenilson Florentino<br />

Reconhecida no estado<br />

como uma região de terras<br />

altamente produtivas,<br />

a Zona da Mata vem abocanhando<br />

uma fatia importante da produção<br />

do grão no estado de Rondônia. O<br />

município de Alta Floresta do Oeste<br />

é famoso pelas mudas de café<br />

clonal que produz. “Elas são mais<br />

resistentes e produzem mais”, dizem<br />

os produtores. Cafeicultores de vários<br />

estados da federação procuram<br />

viveiros instalados no município.<br />

Para garantir melhor posição de<br />

Rondônia no ranking de produção<br />

nacional, o governo do estado<br />

entregou 300 mil mudas de café<br />

clonal para atender produtores<br />

cadastrados na Emater. Do total<br />

distribuído, 45 mil mudas foram<br />

para substituição de lavouras em<br />

Rolim de Moura e devem assegurar<br />

um aumento nas próximas safras.<br />

Alto Alegre dos Parecis é outro<br />

município da Zona da Mata com<br />

grande vocação para cafeicultura.<br />

Conhecido em Rondônia<br />

pela produção de tomates, Alto<br />

Alegre se rendeu ao café clonal,<br />

principalmente ao BRS Ouro Preto,<br />

clone recomendado pela Embrapa,<br />

garante maior produtividade em<br />

menor área plantada e, ainda, reduz<br />

o emprego de mão de obra.<br />

Iracy Ramos de Oliveira, 52 anos,<br />

é morador de Alto Alegre desde<br />

1984. Depois de arriscar variadas<br />

formas de cultura, o produtor rural<br />

resolveu também investir no café.<br />

Ele contou à equipe da VISÃO que<br />

separou um pedaço da proprieda-<br />

de, localizada na linha P–34, para<br />

a nova lavoura. Atualmente, Iracy<br />

tem 10 mil pés do café clonal e<br />

cerca de quatro mil estão em plena<br />

produção. O produtor destacou<br />

que ao longo do cultivo foi se<br />

adaptando a cultura. Para ele, as facilidades<br />

oportunizadas pelo clonal<br />

contribuem para que mais pessoas<br />

escolham esta forma de cultivar.<br />

O produtor revela que o<br />

aumento da produção do café<br />

clonal é muito atrativo. “Percebi<br />

um aumento significativo<br />

na quantidade de sacas por<br />

hectare, em relação à lavou-<br />

ra antiga”, disse.<br />

A procura pelo café clonal<br />

é tão grande no município<br />

que vários produtores se<br />

especializaram na produção de<br />

mudas. Hoje, há comercialização<br />

em Alto Alegre e toda a região. A<br />

lavoura do mais novo cafeicultor,<br />

Iracy Ramos de Oliveira, foi formada<br />

com mudas produzidas do<br />

próprio município de Alto Alegre<br />

dos Parecis.<br />

26 REVISTA VISÃO RONDÔNIA I FEVEREIRO 2016

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