Revista Visão nº 5
A Solução da Lavoura, Pecuária e Piscicultura
A Solução da Lavoura, Pecuária e Piscicultura
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INFORME PUBLICITÁRIO - Sindur<br />
PRIVATIZAÇÃO DAS DISTRIBUIDORAS DO<br />
SISTEMA ELETROBRAS REPRESENTA UM<br />
RETROCESSO NO SETOR ELÉTRICO<br />
O fantasma da sanha privatista<br />
ameaça, mais uma vez, tomar de assalto<br />
as empresas públicas deste país.<br />
Estamos assistindo neste momento<br />
a uma tentativa de privatização das<br />
distribuidoras do Sistema Eletrobras,<br />
dos Estados do Acre, Alagoas, Amazonas,<br />
Piauí, Rondônia, Roraima, e Goiás.<br />
Para barrar esse retrocesso, os<br />
trabalhadores eletricitários, organizados<br />
pelo Coletivo Nacional dos Eletricitários<br />
- CNE e Centrais Sindicais,<br />
CUT, CTB, CONLUTAS e movimentos<br />
sociais, a exemplo do MST, MAB, MTST<br />
dentre outros, vêm realizando grandes<br />
mobilizações e paralisações em<br />
diversos Estados e no Distrito Federal.<br />
As entidades entendem, por<br />
exemplo, que o PL 131/2015, de autoria<br />
do senador José Serra (PSDB),<br />
propõe retirar da Petrobras a função<br />
de operadora única do Pré-sal,<br />
eliminando a obrigatoriedade de a<br />
estatal participar de 30% das áreas<br />
exploratórias.<br />
Tal como a CELG de Goiás, incluída<br />
no PND através do decreto<br />
8.449/2015, a Eletrobras Distribuição<br />
Alagoas (CEAL), a Eletrobras Distribuição<br />
Acre (ELETROACRE), a Eletrobras<br />
Distribuição Amazonas, a Eletrobras<br />
Distribuição Piaui (CEPISA), a Eletrobras<br />
Distribuição Rondônia (CERON)<br />
e a Eletrobras Distribuição Roraima<br />
(Boa Vista Energia) foram incluídas<br />
pelo governo federal para serem<br />
vendidas.<br />
Os trabalhadores estão mobilizados<br />
nos seus respectivos Estados,<br />
as lideranças sindicais tem feito inúmeras<br />
articulações política e a união<br />
das bases, para impedir a privatização<br />
desse seguimento do setor elétrico<br />
brasileiro de grande importância para<br />
o desenvolvimento e implementação<br />
de políticas públicas.<br />
É inconcebível que o governo<br />
federal, que é o acionista majoritário,<br />
inclua empresas de importância estratégica<br />
do Setor Elétrico, indutoras<br />
do desenvolvimento regional e do<br />
País, no programa de privatização,<br />
contrariando o compromisso assumido<br />
a classe trabalhadora e os<br />
movimentos sindicais e sociais.<br />
O governo federal não pode entregar<br />
as empresas distribuidoras de<br />
energia elétrica do Sistema Eletrobras<br />
ao mercado, sob o frágil argumento<br />
de que não há recursos para atender<br />
as necessidades do setor. A alegação<br />
do governo de que, para manter as<br />
distribuidoras, prestando serviço de<br />
qualidade, que atenda a demanda<br />
da população, serão necessários<br />
grandes investimentos da ordem de<br />
18 bilhões, não pode servir de argumento<br />
para ensejar a privatização<br />
dessas empresas.<br />
Ainda que a decisão do governo<br />
até aqui seja a de que todo o segmento<br />
de distribuição será desestatizado,<br />
começando pela CELG, ficando o Estado<br />
responsável apenas pelo sistema<br />
de geração e transmissão, é indubitável<br />
que os movimentos sindicais<br />
e sociais reagirão com indignação a<br />
esse “revés neoliberal” do governo.<br />
Não se pode bater o martelo à privatização<br />
sem antes analisar e discutir à<br />
exaustão as alternativas apresentadas<br />
pela classe trabalhadora.<br />
Existem alternativas para superar<br />
a crise do setor energético sem<br />
recorrer à venda das estatais. Mas é<br />
preciso que haja disposição e vontade<br />
do governo, o que está faltando, para<br />
estabelecer uma ampla mesa negocial<br />
de discussão de alternativas junto<br />
aos trabalhadores, que são os maiores<br />
defensores do patrimônio nacional.<br />
“O governo está com uma característica<br />
anatômica muito esquisita,<br />
escreve com a mão esquerda e age<br />
com a mão direita, ou seja, assumiu<br />
o compromisso com a classe trabalhadora<br />
de não privatização, da<br />
não entrega do patrimônio e agora<br />
pressionado pelo “mercado” age,<br />
entregando as empresas de um setor<br />
estratégico para desenvolvimento<br />
regional a iniciativa privada”, afirmou<br />
Nailor Gato, presidente do SINDUR.<br />
Ainda, acreditamos que o governo,<br />
retorne ao leito natural do seu<br />
programa politico e reveja a decisão<br />
de levar adiante esse processo de<br />
privatização das distribuidoras do<br />
Sistema Eletrobras, em nome da preservação<br />
do caráter público dessas<br />
empresas e da importância que elas<br />
representam para todos os brasileiros.<br />
34 REVISTA VISÃO RONDÔNIA I FEVEREIRO 2016