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OPINÃO LITERÁRIA
Fazer do livro uma festa
Um homem da palavra.
Um escritor. Um autor
que contempla – também
– os jovens e as crianças. Professor
por vocação. Escritor por vontade.
Comunicador. Contador de histórias.
Resiliente. Firme no sonho
de semear palavras pela Ilha que
ama, traduz, divulga e reinventa.
Sempre afável ao encontro da concretização
de múltiplas atividades.
Sempre recetivo à solicitação das
escolas, da capital do arquipélago
à freguesia mais escondida, por
entre o verde das serras. Exímio
na arte de saber interagir com os
mais novos, fazendo incendiar alegrias
e sonhos, incentivando partilhas
e vontades de descoberta.
Falo de ANTÓNIO CASTRO. Um
escritor que, ao longo dos anos, já
partilhou experiências em todos os
Concelhos e praticamente todas as
freguesias e escolas da Madeira. E
assim vai acontecendo, em generosidade
e alegria, o contacto direto
com o escritor e os estabelecimentos
de ensino, organismos e instituições,
através das suas obras
infantis e juvenis (de entre as 32
que já publicou): «Ser Criança»
(1988); «Contos» (1990); «Cantamos
para ti» (1991); «História
em histórias» (1992); histórias
com História» (1992); «Maior do
que a Lenda» (2008); «Funchal,
uma promessa de Vida» (2010);
«Água, Passaporte para a Vida»
(2010); «Uma Amizade com Asas»
(2010); «Lendas da Madeira para
Crianças», 2011, com outros autores;
«A Fogueira Dorme na Bruma»
(2011); «No Reino dos Penteados»
(2012) e «Da Minha Rua…
Chego até à Lua» (2013). “Nunca
pensei que um encontro com um
escritor fosse tão interessante e
divertido! Espero que o autor volte
aqui muito em breve!” – declara
a Ana Mafalda, de Câmara de
Lobos. “Acho que agora vou passar
a ler mais! Vou, com a minha
mãe, à procura de mais um livro
deste escritor! Ele já tinha ido à
minha escola do 1.º ciclo falar de
«Uma Amizade com Asas», que
tenho em casa” – diz o Marco
António, no final de uma atividade
com o autor, no espaço infantojuvenil
da Feira do Livro do Funchal.
ANTÓNIO CASTRO já coordenou
o Plano Municipal de Leitura,
a Ludoteca de Santa Catarina
e o Projeto Ler no Mar (CMF) e é,
atualmente, um dos dinamizadores
do Projeto “Arquipélago da Leitura”
da Escola Básica e Secundária
Gonçalves Zarco. O contacto
direto com as escolas faz parte
das suas grandes motivações: “O
livro deve ser encarado com toda
a naturalidade e estar tão presente
como um brinquedo, na vida de
uma criança. Não deve ser ostensivamente
imposta a sua presença e
não deve o livro ser encarado como
uma obrigação ou um dever. Por
vezes, os que menos leem são os
que mais querem forçar as crianças
à leitura, ao invés de motivá-las.”
E assim se vão lançando as sementes,
em prol de uma sociedade mais
culta e mais esclarecida! >
O Liberal
Fotos: D.R. (A.M.A)
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saber | NOVEMBRO | 2016