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ENTREVISTA
“É preciso agilizar a nossa Justiça para que
Ireneu Cabral Barreto
Recebe-nos com um sorriso e um aperto de mão caloroso
no seu gabinete de trabalho, no Palácio de São Lourenço.
Também conhecido por Fortaleza de São Lourenço, este
monumento de arquitetura militar, manuelina e maneirista,
sofreu alterações ao longo dos tempos que o transformaram,
progressivamente, num “palácio nacional” que tem sido a
residência oficial dos Representantes da República para a
Madeira e sede do Quartel-general da Zona Militar da Madeira.
Na sala de paredes brancas e decorada de forma elegante e
funcional, domina uma fotografia do Prof. Marcelo Rebelo de
Sousa, o Chefe do Estado português que em 2016, conferiu
posse do cargo de Representante da República para a Madeira,
ao Juíz Conselheiro madeirense. Ireneu Cabral Barreto é o
primeiro madeirense no cargo de Representante da República
para a Madeira. Das responsabilidades do cargo, passando
pelo tempo de infância na Ponta do Sol, a juventude em
Coimbra e os cargos de prestígio internacional, são diversos
os motivos de interesse desta entrevista/ conversa com este
distinto Juíz Conselheiro madeirense agraciado com a Grã-
Cruz da Ordem do Infante D. Henrique. Entre os anos 1984 e
1992, foi agente do Governo Português perante a Comissão
e o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos. A 11 de Abril de
2011, foi nomeado por despacho do Presidente da República,
Prof. Aníbal Cavaco Silva, como Representante da República
para a Região Autónoma da Madeira. É o primeiro madeirense
neste cargo. Ireneu Cabral Barreto nasceu em Ponta do Sol,
no dia 5 de Fevereiro de 1941. Na Coimbra de 1963, concluiu a
sua licenciatura em Direito. Participou em diversas ações da
Organização das Nações Unidas. É casado com a Professora
Doutora Carla Maria Lopes Ferreira Barreto, pai de dois filhos
e avô de duas netas, gémeas. Tem na observação de aves e nos
jogos de bridge no computador, alguns dos seus passatempos
preferidos. O Juíz Conselheiro Ireneu Cabral Barreto como
nunca o leu.
Dulcina Branco
Fotos: Cícero Castro
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saber | NOVEMBRO | 2016