REVISTA COLETIVA MARÇO ABRIL 2016_web
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80 | turismo<br />
turismo |<br />
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As cavernas da região constituem um mundo<br />
único, belo, diferente e instigante. É um dos<br />
maiores complexos espeleológicos das Américas.<br />
Visitá-las é uma experiência de contemplação<br />
e mistério e também uma oportunidade<br />
de olhar e testemunhar a longa passagem do<br />
tempo. Ali marcada gota a gota por uma água<br />
que, quase sem parar, vai levando e depositando<br />
minúsculos grãos de rocha e formando impressionantes<br />
esculturas ou espeleotemas - as<br />
estalactites (que descem do teto) e as estaligmites<br />
(que sobem do solo).<br />
O principal ponto de convergência<br />
é o Parque Estadual de<br />
Terra Ronca, que reúne grutas<br />
imensas e rios de águas claras e<br />
mornas, em 57 mil hectares. São<br />
quatro cavernas abertas ao público:<br />
Angélica, São Bernardo,<br />
São Mateus e Terra Ronca, todas<br />
com incríveis salões que fazem<br />
o visitante perder o fôlego. A<br />
caverna que batiza o parque é<br />
uma das maiores do Brasil, com<br />
uma entrada de 120 metros de<br />
largura por 96 metros de altura.<br />
Os passeios duram de três a seis<br />
horas, com trechos entre um<br />
quilômetro e meio e três quilômetros<br />
e variando de fáceis a<br />
médios - mas podem ser expandidos<br />
conforme o combinado.<br />
Também é possível dormir<br />
dentro das cavernas, o que<br />
acontece em geral em locais<br />
próximos a cursos d’água subterrâneos<br />
por serem ventilados.<br />
A segurança é garantida. Além<br />
da quase inexistência de animais<br />
nestes locais (exceto e às<br />
vezes morcego), os turistas recebem<br />
equipamentos apropriados<br />
(como capacete e lanterna) e são<br />
acompanhados de guias, que,<br />
por sua vez, têm apoio de um<br />
serviço de radiomonitoramento.<br />
Os apaixonados garantem<br />
que não se vai a uma caverna<br />
apenas uma vez. Depois do<br />
primeiro passeio, dizem, o visitante<br />
“pega o vírus”, e voltar<br />
outras vezes torna-se necessidade.<br />
Magnetismo, obviamente,<br />
tem de sobra. “É maravilhoso.<br />
Não tem como não se encantar”,<br />
afirma o guia Wellington Peskero,<br />
que também é dono de uma<br />
pousada no Povoado de São<br />
João, a 40 quilômetros da cidade<br />
de São Domingos. O que ele<br />
diz é uma síntese do que seus<br />
clientes dizem.<br />
Coletiva | março • abril/<strong>2016</strong><br />
Coletiva | março • abril/<strong>2016</strong>