Agosto/2015 - Referência Industrial 166
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ESPECIAL - Toda a versatilidade da teca, a madeira nobre que se consolidou em solo brasileiro<br />
I N D U S T R I A L<br />
Resina para<br />
compensados<br />
Dólar valorizado encarece insumo<br />
Resin for<br />
plywood<br />
Higher valued dollar makes<br />
this input more expensive<br />
WOOD TAIWAN – Fabricantes asiáticos de máquinas querem novos mercados e Brasil está na mira
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
SUMÁRIO<br />
SUMÁRIO<br />
ANUNCIANTES DA EDIÇÃO<br />
30<br />
Abrafati 81<br />
Affemaq 23<br />
Arch Química/Lonza 83<br />
AWK Indústria de Máquinas 17<br />
Brasmetal 05<br />
Cola Sempre 79<br />
Engecass 51<br />
Fhaizer <strong>Industrial</strong> 59<br />
Fiep 45<br />
42<br />
04 Editorial<br />
06 Cartas<br />
08 Bastidores<br />
52<br />
Formar 27<br />
Gaidzinski 41<br />
Giacomelli Máquinas 09<br />
H. Bremer 11<br />
Icavi 07<br />
Indumec 21<br />
Jowat Adesivos 29<br />
Máquinas Dallabona 67<br />
Mill Indústrias 84<br />
Montana Química 02<br />
MSM Química 15<br />
Pilana 19<br />
Planeta <strong>Industrial</strong> 67<br />
Razi Máquinas 39<br />
Rossin 63<br />
Vantec 13<br />
10 Coluna Flavio C. Geraldo<br />
12 Notas<br />
18 Aplicação<br />
20 Alta e Baixa<br />
22 Frases<br />
24 Entrevista<br />
28 Coluna Abimci Paulo Pupo<br />
30 Principal<br />
42 Construção Civil<br />
46 Marcenaria<br />
52 Especial<br />
60 Madeira Tratada<br />
64 Química na Madeira<br />
68 Internacional<br />
76 Artigo<br />
80 Agenda<br />
82 Espaço Aberto<br />
AGOSTO | 03
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
EDITORIAL<br />
Ano XVII - Edição n.º <strong>166</strong> - <strong>Agosto</strong> <strong>2015</strong><br />
Year XVII - Edition n.º <strong>166</strong> - August <strong>2015</strong><br />
Segmento de<br />
compensados vive momento<br />
de retomada de vendas<br />
externas com a alta do dólar, o<br />
que, por outro lado, também<br />
encarece insumos importantes<br />
como as resinas fenólicas. Este<br />
tema inspirou a ilustração da<br />
capa desta edição<br />
SINCRONICIDADE<br />
A edição de agosto é uma união de matérias que se<br />
complementam. A começar pela reportagem de capa, que<br />
faz a relação entre o desempenho do mercado de compensados<br />
e os impactos da indústria de resinas fenólicas, um<br />
dos principais insumos para a produção do painel. Um dos<br />
grandes destaques desta edição é, sem dúvida, a cobertura<br />
da Wood Taiwan <strong>2015</strong>. Tivemos a satisfação de estar entre os<br />
três veículos de comunicação no mundo a serem convidados<br />
pela organização do evento e o único das Américas. Acompanhe<br />
com exclusividade o que a indústria de máquinas para<br />
madeira de Taiwan tem à oferecer aos brasileiros. Já nossa<br />
matéria especial conta um pouco da história da teca e de<br />
como alguns fabricantes estão se valendo deste nicho de<br />
mercado para confeccionar produtos diferenciados. O tema<br />
também é abordado por graduandos na seção Artigo Técnico.<br />
O assunto madeira tratada aparece em duas partes. A primeira<br />
na construção de quiosques e a segunda ressalta a importância<br />
correta de seu descarte. Construção verde e logística reversa,<br />
tema tratado na entrevista principal concedida por Cris Baluta,<br />
conselheira da Câmara de Comércio Brasil-Alemanha,<br />
também fazem parte do casamento de matérias da edição.<br />
SYNCHRONICITY<br />
Our August Issue is a marriage, intentional or not, of stories<br />
that complement each other. It starts with the cover story,<br />
which defines the relationship between the plywood market<br />
performance and the impact of the phenolic resin industry,<br />
responsible for one of the main inputs in the manufacture of<br />
the wood panel. One of the major highlights of this Issue is<br />
undoubtedly the coverage of Wood Taiwan <strong>2015</strong>. We had the<br />
satisfaction of being amongst the three media outlets in the<br />
world to be invited by the organization of the event, and the<br />
only one from the Americas. With exclusivity, we tell you what<br />
the forest machinery industry in Taiwan has to offer Brazilians.<br />
Our special article tells the story of teak and how some manufacturers<br />
are taking advantage of this niche market to produce<br />
differentiated products. The theme is continued by students in<br />
the article in the Technical Section. The subject of treated wood<br />
appears in two parts. The first is about the construction of kiosks,<br />
and the second stresses the importance of its disposal. Green<br />
Building Construction and Reverse Logistics, the latter covered<br />
in the main interview granted by Cris Baluta, Councilor for the<br />
Brazilian–German Chamber of Commerce, are also part of the<br />
marriage of stories in this Issue.<br />
EXPEDIENTE<br />
JOTA COMUNICAÇÃO<br />
Diretor Comercial / Commercial Director<br />
Fábio Alexandre Machado<br />
fabiomachado@revistareferencia.com.br<br />
Diretor Executivo / Executive Director<br />
Pedro Bartoski Jr<br />
bartoski@revistareferencia.com.br<br />
Diretora de Negócios / Business Director<br />
Joseane Knop<br />
joseane@jotacomunicacao.com.br<br />
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pesquisa, estudantes universitários, orgãos governamentais, ONG’s, entidades de<br />
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04 |<br />
www.referenciaindustrial.com.br
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
CARTAS<br />
Capa da Edição 165 da<br />
Revista REFERÊNCIA INDUSTRIAL,<br />
mês de julho de <strong>2015</strong><br />
Ligna <strong>2015</strong><br />
Marcenaria<br />
Por Jose Gilberto Longo,<br />
de Piracicaba (SP) -<br />
proprietário de uma<br />
empresa de móveis sob<br />
medida<br />
Por Lucas Juarez<br />
Cunha, marceneiro<br />
de São João de<br />
Meriti (RJ)<br />
Gostei muito da reportagem<br />
de cobertura da Ligna<br />
<strong>2015</strong>. Parabéns pelo trabalho!<br />
Foto: REFERÊNCIA<br />
Muito boa a matéria<br />
sobre a serra circular,<br />
a série está bem elaborada.<br />
Foto: Valterci Santos<br />
Exportação<br />
Construção civil<br />
Por Roberto de Carvalho,<br />
São Paulo (SP)<br />
Por Ailson A. Loper,<br />
gerente executivo da<br />
Apre<br />
A reportagem: O melhor<br />
da madeira, da edição de<br />
julho, ficou muito bem<br />
feita, parabéns!<br />
Exportação é sempre um<br />
tema que gosto e procuro ler.<br />
O mercado precisa de mais<br />
reportagens assim, como a<br />
entrevista realizada com o<br />
consultor da Abracomex, da<br />
edição de julho.<br />
Foto: divulgação<br />
Foto: divulgação<br />
Leitor, participe de nossas pesquisas online respondendo os<br />
e-mails enviados por nossa equipe de jornalismo.<br />
As melhores respostas serão publicadas em CARTAS. Sua opinião<br />
é fundamental para a Revista REFERÊNCIA INDUSTRIAL.<br />
revistareferencia@revistareferencia.com.br<br />
06 |<br />
www.referenciaindustrial.com.br<br />
E-mails, críticas e sugestões podem ser<br />
enviados para redação ou siga:
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
BASTIDORES<br />
Na foto, o diretor da Twma<br />
(Taiwan Woodworking<br />
Machinery Association),<br />
Pedon Wang e o presidente<br />
da entidade, Shin Jsung Po<br />
DO OUTRO LADO<br />
DO MUNDO<br />
Durante nossa visita à<br />
Wood Taiwan tivemos a oportunidade<br />
de conhecer os dirigentes<br />
da principal associação<br />
de fabricantes de máquinas<br />
para madeira do país asiático.<br />
Na foto (esq. p/ dir.)<br />
Bernardino Damiani,<br />
Thiago Flores, Fabio<br />
Furlin.<br />
Foto: REFERÊNCIA Foto: REFERÊNCIA<br />
CONSTRUSUL <strong>2015</strong><br />
Na primeira semana de agosto a equipe da Jowat marcou<br />
presença na Construsul, XVIII Feira Internacional da Construção,<br />
em Novo Hamburgo (RS).<br />
08 |<br />
www.referenciaindustrial.com.br
Própria para<br />
produção de pallets,<br />
caixas, estrados,<br />
grades e caixas para<br />
cama box<br />
Tecnologia<br />
exclusiva no Brasil<br />
Máquina<br />
totalmente<br />
adequada a NR-12<br />
Disponibilização de<br />
técnicos para<br />
manutenção em<br />
todo o Brasil e<br />
países vizinhos<br />
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REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
COLUNA<br />
Flavio C. Geraldo<br />
Arch Proteção de Madeiras - Grupo Lonza<br />
Contato: flavio.geraldo@lonza.com<br />
LENHA NA FOGUEIRA<br />
Madeira tratada deve receber uma destinação correta de descarte, sendo segura apenas em circunstâncias<br />
normais de uso<br />
Foto: divulgação<br />
V<br />
ez por outra surgem alguns fatos relacionados ao<br />
correto descarte da madeira tratada. Isto ocorre<br />
devido à existência de sobras de alguma obra<br />
ou quando da substituição após uso por alterações de<br />
projetos ou vida útil completada. Há relatos de destinações<br />
inadequadas com potenciais consequências, como<br />
por exemplo, a queima em ambientes fechados, assim<br />
como há relatos, investigados e não comprovados, de<br />
consequências graves originadas pela queima de madeira<br />
tratada em churrasqueiras ou fogões. Madeira tratada é<br />
segura em circunstâncias normais de uso. As formulações<br />
de preservativos utilizadas hoje no Brasil possuem ingredientes<br />
que reagem com os componentes celulósicos da<br />
madeira para formarem complexos químicos altamente<br />
insolúveis e resistentes à lixiviação. Na madeira com o<br />
teor de umidade apropriado, os preservativos hidrossolúveis<br />
penetram nas camadas permeáveis e, após as<br />
reações de fixação, permanecerão por um longo tempo<br />
dentro da madeira, protegendo-a contra a ação dos<br />
agentes deterioradores. As empresas responsáveis que<br />
atuam no setor de proteção de madeiras divulgam normalmente<br />
recomendações que objetivam assegurar as<br />
boas práticas de manipulação e uso àqueles que estão<br />
construindo ou utilizando de qualquer outra forma a madeira<br />
tratada. As recomendações vão além do descarte.<br />
Em algumas obras, é comum a produção de partículas<br />
leves que podem ser inaladas ou acumuladas nas roupas,<br />
em especial durante as operações de lixamento. Nestes<br />
casos, a utilização de óculos protetores, toucas de cabelo<br />
e máscaras contra pó são muito importantes. As roupas,<br />
normalmente utilizadas e que estejam sujeitas ao acumulo<br />
de poeiras de madeira tratada devem ser lavadas<br />
separadamente. Quanto às práticas de descarte, a gestão<br />
de resíduos da construção e demolição deve atender à<br />
Resolução Conama 307/2002 e às legislações municipais,<br />
estaduais e federais. Essas legislações determinam as<br />
responsabilidades e ações dos agentes envolvidos, entre<br />
eles o gerador, o transportador, as empresas de transbordo<br />
e triagem, as empresas de tratamento e as áreas<br />
de destinação. Todo tipo de desperdício deve ser evitado<br />
e a reutilização de sobras de materiais deve sempre ser<br />
considerada. Durante uma obra, todo e qualquer tipo de<br />
resíduo que seja de madeira tratada deve ser segregado<br />
dos outros materiais para que sejam posteriormente<br />
facilitadas as ações de destinação final. Os resíduos de<br />
madeira tratada podem ser encaminhados para uma<br />
ATT (Área de Transbordo e Triagem) para posterior<br />
remoção e destinação adequada e a partir de então serem<br />
destinados a Ecopontos, neste caso para pequenos<br />
volumes, até um metro cúbico. Acima desse volume,<br />
esses resíduos podem ser reciclados, destinados à geração<br />
energética em unidades credenciadas para tal, ou<br />
destinados a aterros industriais. Existem normas da Abnt<br />
que orientam quanto à amostragem e caracterização de<br />
resíduos sólidos que permitem a classificação como não<br />
perigosos ou inertes ou perigosos. Os tempos mudaram,<br />
valendo destacar que resíduos de outros materiais, como<br />
plásticos, metais, sobras de tintas e suas embalagens,<br />
entre inúmeros outros, seguem outras regras de gestão<br />
específicas. No caso da madeira tratada, em nenhuma<br />
hipótese os resíduos podem ter contato com alimentos<br />
ou água potável, servirem de camas para animais, granjas,<br />
por exemplo, ou serem queimados a céu aberto ou<br />
em fogões, churrasqueiras, lareiras, fornos de padarias,<br />
pizzarias e domésticos ou, ainda, em caldeiras de baixa<br />
temperatura. Nada de esquentar as marmitas do almoço<br />
no fogareiro da obra sem antes assegurar se a lenha não<br />
é de madeira tratada.<br />
Durante uma obra, todo e qualquer tipo de resíduo que<br />
seja de madeira tratada deve ser segregado dos outros<br />
materiais para que sejam posteriormente facilitadas as<br />
ações de destinação final<br />
10 |<br />
www.referenciaindustrial.com.br
Gerando energia para o mundo.<br />
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REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
NOTAS<br />
Nova fábrica<br />
de MDF<br />
Imagem: Abimóvel<br />
Seminário sobre<br />
exportação<br />
O Seminário Abimóvel de Exportação acontece<br />
no dia 13 de agosto, na Fiesp (Federação das Indústrias<br />
do Estado de São Paulo), na capital paulista, e<br />
é uma oportunidade de aprendizado para empresas<br />
e profissionais do setor moveleiro. Cenário, mercado<br />
exportador, dentre outros, serão alguns dos temas<br />
abordados. Dois painéis compõem o evento. O primeiro<br />
sobre o cenário da indústria moveleira no país e<br />
o segundo sobre a experiência do móvel brasileiro no<br />
mercado internacional, com empresas convidadas,<br />
entre elas: A Lot Of, Artefama, Butzke e Saccaro, que<br />
participarão de uma mesa redonda com mediação do<br />
presidente da Abimóvel (Associação Brasileira das<br />
Indústrias do Mobiliário), Daniel Lutz. O encontro é<br />
realizado pela Abimóvel, com apoio da Brazilian Furniture,<br />
Apex Brasil, Design Weekend e Fiesp.<br />
Foi lançada a pedra fundamental que dará início<br />
às obras da indústria do grupo Asperbras – Tecnologia<br />
<strong>Industrial</strong> e Agronegócios, em Água Clara<br />
(MS). O município, que receberá a fábrica de MDF<br />
e MDP, já está com a área, que será utilizada para<br />
a construção, desocupada. A chegada da indústria<br />
trará, em média, R$ 380 milhões em investimentos<br />
para a região. A expectativa é que a empresa<br />
produza 200 mil m³ (metros cúbicos) de placas a<br />
partir de 2017. A prefeitura de Água Clara é parceira<br />
no projeto, doando uma área de 500 mil metros<br />
quadrados para montagem da indústria, situada às<br />
margens da rodovia BR-262, e garantindo isenção<br />
tributária municipal. Também há previsão de geração<br />
de pelo menos 400 empregos, 200 deles diretos<br />
e outros 200 indiretos.<br />
Foto: Prefeitura de Água Clara<br />
Mudança no ranking<br />
Foto: divulgação<br />
De acordo com o Iemi (Instituto de Marketing e Estudos Industriais),<br />
em <strong>2015</strong>, Santa Catarina passou a ocupar o primeiro<br />
lugar no ranking nacional de móveis vendidos para o exterior. O<br />
Estado é responsável por aproximadamente US$ 102 milhões,<br />
crescendo 6,7% em relação ao mesmo período de 2014. Os catarinenses<br />
tomaram o lugar do Rio Grande do Sul, que agora é o<br />
segundo em exportações. No primeiro semestre deste ano, o Estado<br />
registrou queda de 7%, gerando US$ 91,4 milhões em vendas<br />
internacionais. Segundo o presidente da Movergs (Associação<br />
das Indústrias de Móveis do Estado do Rio Grande do Sul), Ivo<br />
Cansan, em <strong>2015</strong>, mesmo com a valorização do câmbio, o setor<br />
não consegue ser competitivo perante os produtores mundiais.<br />
Para ele, outro motivo é a grave oscilação econômica e a política<br />
interna, que prejudica a confiança dos importadores.<br />
12 |<br />
www.referenciaindustrial.com.br
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
NOTAS<br />
Mostra Affemaq<br />
desembarca em solo<br />
catarinense<br />
No período de 25 a 27 de agosto de <strong>2015</strong> a 17ª edição da Mostra<br />
Affemaq será realizada no Centro de Eventos Promosul, das 16h às 21h,<br />
em São Bento do Sul (SC). A feira itinerante de máquinas, ferramentas,<br />
acessórios, insumos e serviços para a indústria de madeira e móveis tem<br />
como objetivo aproximar fornecedores de fabricantes, na troca de informações<br />
e no fechamento de negócios.<br />
Imagem: Affemaq<br />
Imagem: divulgação<br />
Escola da<br />
Construção<br />
Com previsão de término da obra para outubro de 2016,<br />
a Escola da Construção do Senai, em Campo Grande (MS),<br />
custará R$ 18 milhões, segundo pronunciamento do presidente<br />
da Fiems (Federação das Indústrias do Mato Grosso),<br />
Sérgio Longen. Ele afirma que esta é uma obra que atenderá<br />
a demanda da indústria da construção da região por mão de<br />
obra qualificada. A escola vai trabalhar o profissionalismo de<br />
toda a cadeia da construção. Está previsto o curso de marcenaria<br />
em diversos níveis e modalidades, desde a aprendizagem<br />
até os superiores, além de assistências e consultorias<br />
às indústrias do Estado. No primeiro ano de funcionamento,<br />
a Escola da Construção de Campo Grande vai ofertar os<br />
cursos de pedreiro, armador, carpinteiro, pintor, encanador,<br />
gesseiro, técnico em edificações, tecnólogo em construção,<br />
técnico em móveis, marceneiro, desenhista em CAD e técnico<br />
em segurança do trabalho, que terão previsão de disponibilizar<br />
2.100 vagas.<br />
Manual de<br />
pisos laminados<br />
A Ibá (Indústria Brasileira de Árvores) lançou<br />
recentemente o Manual de Uso e Manutenção de<br />
Pisos Laminados. A publicação, voltada a construtoras<br />
e profissionais da área da construção civil e<br />
consumidores, reúne informações sobre as aplicações<br />
e procedimentos para a escolha e instalação<br />
do piso, além de cuidados.<br />
O manual foi elaborado no âmbito do PSQ (Programa<br />
Setorial da Qualidade ) e atende o regimento<br />
do SimaC (Sistema de Qualificação de Materiais,<br />
Componentes e Sistemas Construtivos), do Pbqp-H<br />
(Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade<br />
do Habitat), Ministério das Cidades e pode ser conferido<br />
no site da entidade: www.iba.org<br />
Foto: Duratex<br />
14 |<br />
www.referenciaindustrial.com.br
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
NOTAS<br />
Homenagem<br />
A Revista REFERÊNCIA INDUSTRIAL faz uma homenagem em<br />
memória de Anderson Kaiser, diretor comercial da Bruno <strong>Industrial</strong>.<br />
Anderson nasceu em Videira (SC), no dia 14 de janeiro de 1977. Na adolescência<br />
mudou-se com a família para Campos Novos (SC). Filho de<br />
Arlete e Ivo Kaiser, era formado em Engenharia Mecânica e dedicou a<br />
vida profissional à Bruno <strong>Industrial</strong>. Trabalhou intensamente no avanço<br />
tecnológico dos equipamentos para o setor florestal e de biomassa<br />
fabricados no Brasil. Parte da evolução destas máquinas se deve ao esforço incansável de Anderson por um mercado mais competitivo.<br />
Ele faleceu no dia 27 de julho, após um acidente de carro quando viajava à trabalho. O empresário deixa esposa e dois filhos.<br />
Foto: divulgação<br />
Foto: divulgação<br />
Inovações em<br />
revestimento<br />
A primeira edição da Movelprint será realizada no<br />
dia 12 de agosto em Arapongas (PR) e consiste em um<br />
seminário técnico de impressão de padrões e texturas<br />
para a indústria moveleira. Temas como “Inovação em<br />
pintura como diferencial estratégico”, Revestimentos<br />
dos Cilindros e Impressão no setor moveleiro serão<br />
abordados. O evento será realizado nas dependências<br />
do Senai de Arapongas. As inscrições não têm custo e<br />
podem ser realizadas em www.movelprint.com.br<br />
Orchestra Brasil<br />
As ações do Projeto Orchestra Brasil de promoção das<br />
exportações vêm impulsionando o alcance das fornecedoras<br />
do setor moveleiro no mercado externo. Em um cenário de<br />
queda das exportações da indústria brasileira, no primeiro<br />
semestre de <strong>2015</strong>, os valores em dólares das exportações das<br />
empresas apoiadas caíram 4,1%, enquanto das empresas<br />
não apoiadas registraram uma queda de 33,2%.<br />
Além disso, entre 2010 e 2014, o projeto teve um aumento<br />
de 40 para 76 destinos. Nesse período, o crescimento dos<br />
valores em dólares exportados pelas empresas apoiadas foi<br />
156,3% superior ao das empresas não apoiadas.<br />
Foto: divulgação<br />
Prêmio<br />
Brasil-Alemanha<br />
Na terceira edição, o Pbai (Prêmio Brasil-Alemanha<br />
de Inovação), iniciativa da AHK-SP (Câmara de Comércio<br />
e Indústria Brasil-Alemanha de São Paulo), pretende aumentar a visibilidade e a articulação de empresas inovadoras de todo o<br />
Brasil. Os projetos serão avaliados de acordo com o grau de inovação e também por aspectos como impacto na empresa, na<br />
sociedade e no meio ambiente, assim como possíveis relações com organizações alemãs utilizadas para o seu desenvolvimento.<br />
As inscrições são gratuitas e vão até o dia 24 de agosto. Já o anúncio dos vencedores ocorrerá no dia 12 de novembro, após o Seminário<br />
Brasil-Alemanha de Inovação. Outras informações podem ser obtidas pelo site oficial: www.inobrasilalemanha.com.br.<br />
16 |<br />
www.referenciaindustrial.com.br
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
APLICAÇÃO<br />
DO LADO DE<br />
FORA<br />
Ó<br />
tima opção para quem busca agregar<br />
sofisticação e refinamento às<br />
áreas externas, os pergolados se<br />
adéquam facilmente a qualquer projeto. Apesar<br />
dos padrões clássicos serem os mais conhecidos,<br />
com linhas retas, surge uma novidade, os<br />
com acabamento curvo. Na foto, a pérgola deste<br />
ambiente foi feita em madeira de Garapeira<br />
e Itaúba. Especificamente na viga curva, foi utilizado<br />
a técnica de sobreposição, com seções<br />
intercaladas de madeiras, cortadas através de<br />
molde pré-definido em projeto e distribuído sobre<br />
pés direito, a fim de garantir a resistência<br />
necessária. Com torninhos feitos na carpintaria,<br />
é uma peça única de quase 4 m de 3“x 6“ que dá<br />
um toque especial ao projeto.<br />
Foto: The Log<br />
DO LADO DE<br />
DENTRO<br />
A<br />
escolha do piso para compor<br />
ambientes como salas<br />
e dormitórios pode contribuir<br />
não só para deixá-los mais charmosos,<br />
mas também para conferir<br />
um clima acolhedor e aconchegante<br />
ao local, principalmente durante os<br />
dias e noites de temperaturas mais<br />
baixas. A Indusparquet, oferece as linhas<br />
Majestic e Rustik, que possuem<br />
como característica em comum não<br />
só a composição em lamelas de madeiras<br />
nobre e de alta densidade, mas<br />
também oferecerem um acabamento rústico e fosco, sustentando a aparência natural da madeira. Já a linha Reale foi desenvolvida<br />
semelhante ao taco, permitindo, durante o processo de instalação, a possibilidade de compor diversas opções<br />
de desenhos como espinha de peixe, diagonal, amarração, montagem em tabuleiro de dama, entre outros.<br />
Foto: Indusparquet<br />
18 |<br />
www.referenciaindustrial.com.br
www.pilana.com<br />
PILANA Knives no Brasil<br />
Petr Mol e<br />
Ronaldo Dias<br />
Macedo<br />
A empresa PILANA Knives Ltda., com<br />
seus 250 colaboradores, é uma das<br />
maiores empresas de produção de facas<br />
industriais para a indústria de madeira e<br />
reciclagem na Europa. A principal planta<br />
produtiva situa-se em Hulin, na República<br />
Checa. Nosso portfólio inclui mais de<br />
18 mil itens. Mais de 97% da produção<br />
é exportada para todo o mundo. A maior<br />
parte é destinada para Alemanha, EUA,<br />
Rússia, Itália, Grã-Bretanha, Suécia e outros<br />
80 países.<br />
A primeira fábrica para serras e ferramentas<br />
foi criada em 1934, na cidade de Morávia.<br />
Inicialmente, a empresa era focada<br />
na produção de pequenas ferramentas e<br />
componentes para várias máquinas. Gradualmente,<br />
a produção foi crescendo e<br />
direcionada para produtos para a indústria<br />
da madeira. Com a expansão em diversos<br />
setores, a empresa foi dividida de<br />
acordo com a especialização da produção<br />
em novas empresas, PILANA Knives<br />
Ltda., PILANA Wood Ltda. PILANA Saw<br />
Bodies Ltda., PILANA Metal Ltda., que<br />
fornecem ferramentas de alta produtividade.<br />
A indústria possui a própria fundição.<br />
Em 2008, a empresa comprou a concorrente<br />
norueguesa, Mesna, e em 2013<br />
outra concorrente sueca, Mesna Stribi.<br />
No ano passado a PILANA comemorou o<br />
80º aniversário de fundação. Nesta ocasião<br />
especial foram convidados 200 grandes<br />
clientes de todo o mundo.<br />
A empresa utiliza tecnologias modernas<br />
como laser, plasma, centros CNC, fornos<br />
atmosféricos e a vácuo, e outras máquinas<br />
automáticas e semiautomáticas. Para<br />
atender as normas DIN e ISO, a indústria<br />
usa aço de alta qualidade de fabricantes<br />
líderes como a Böhler Uddeholm, além<br />
de fornecedores da Alemanha e Suécia.<br />
A empresa investe, constante, em processos<br />
inovadores, novos equipamentos<br />
e melhoria do desempenho dos produtos,<br />
facas para lâminas de madeira, sapatas<br />
e acessórios para moinhos usando as<br />
tecnologias mais recentes. Para manter a<br />
qualidade da produção, as instalações foram<br />
submetidas a extensas renovações.<br />
As máquinas são seguradas pelo Grupo<br />
Vienna Insurance contra quebras devido<br />
a falha do material. Os produtos segurados<br />
incluem facas para picadores móveis<br />
e fixos e para outras industrias.<br />
Devido à crescente demanda dos produtos<br />
da PILANA no Brasil, a empresa<br />
decidiu estabelecer uma filial em São<br />
Paulo. Durante um curto período de visitas<br />
aos grandes clientes na região sul do<br />
País observamos uma grande demanda<br />
e a carência das empresas por produtos<br />
com alta tecnologia fabricados pela PI-<br />
LANA. Como o território Brasileiro é um<br />
dos maiores no mundo e a diversidade de<br />
produtos fabricados para atender a demanda<br />
mundial também, a Pilana Knives<br />
decidiu investir em uma unidade, em região<br />
central afim de facilitar a todos com<br />
estrutura, rapidez e logística.<br />
O escritório em São Paulo conta com<br />
funcionários permanentes e capacitados<br />
técnica e comercialmente. Eles completaram<br />
o treinamento em Hulin, na República<br />
Checa. Também possuímos um<br />
local de armazenamento, e que vamos<br />
expandir gradualmente nossos estoques<br />
permanentes.<br />
“Queremos estar mais perto de nossos<br />
clientes e assim fornecer um serviço melhor.<br />
Atualmente, estamos preenchendo<br />
nosso armazém com itens mais comuns,”<br />
diz Petr Mol, Gerente de vendas para PI-<br />
LANA do Brasil e parte do continente.<br />
Os Gerentes de vendas, Petr Mol e Ronaldo<br />
Dias Macedo estão em contato<br />
com os clientes diariamente. “A prioridade<br />
principal é adquirir novos clientes,<br />
difundir a boa reputação de nossos produtos<br />
e promover a PILANA Knives,” adiciona<br />
Petr Mol.<br />
No ano passado, a empresa participou da<br />
feira ExpoForest Brasil 2014, onde apresentou<br />
produtos, e recebeu visitas de dezenas<br />
de novos clientes em potencial.<br />
Tradicionalmente, a empresa participa<br />
da maior feira do mundo, Ligna <strong>2015</strong>,<br />
em Hannover, Alemanha. Sob a marca<br />
PILANA, estiveram presentes na feira as<br />
empresas PILANA Knives, PILANA Wood<br />
and PILANA Saw Bodies.<br />
O número total de empresas expositoras<br />
desta edição foi 1.567 nos 120 mil metros<br />
quadrados de espaço. O número total de<br />
visitantes foi 96 mil em cinco dias de duração<br />
da feira, do que 96% foram profissionais<br />
da indústria de madeira e 40 mil<br />
pessoas foram os visitantes do exterior.<br />
Também apresentamos a nova empresa<br />
subsidiária recém-criada, PILANA Service,<br />
que trata das atividades de manutenção,<br />
reparos, reconstrução e fornecimento<br />
de novas máquinas e equipamentos.<br />
Oferece serviço regular e manutenção<br />
em vários tipos de máquinas. Também<br />
efetua a manutenção durante a paralisação<br />
da máquina (soldagem, montagem<br />
e trabalhos em metal) em correias transportadoras.<br />
Na Ligna, os visitantes tiveram<br />
a oportunidade de ver o trabalho do<br />
PILANA Service e a nova faca para processamento<br />
de cavacos. O estande de<br />
PILANA Knives foi visitado por mais de<br />
1200 clientes de 50 países. O objetivo da<br />
empresa é não apenas fornecer produtos,<br />
mas também assistência pós-venda<br />
aos clientes.<br />
Para mais informações sobre as empresas,<br />
PILANA Knives and PILANA Service,<br />
visite www.pilana.com<br />
PILANA DO BRASIL<br />
Guarulhos - São Paulo<br />
(11) 4178.0262 (11) 4969.9855<br />
www.pilana.com.br - contato@pilana.com.br
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
ALTA E BAIXA<br />
BAIXA<br />
ALTA<br />
20 |<br />
www.referenciaindustrial.com.br
50 ANOS DE EXPERIÊNCIA<br />
NA INDÚSTRIA MADEIREIRA<br />
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Sistemas Especiais<br />
de Manuseio<br />
• Mesas elevadoras<br />
• Manipulação<br />
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Linhas de Acabamento<br />
para Painéis de Madeira<br />
• Resfriamento de chapas<br />
• Manipulação<br />
• Lixamento<br />
• Armazenamento<br />
Preparação de<br />
Partículas & Reciclagem<br />
• Pátios de toras<br />
• Sistemas de alimentação<br />
• Linhas de picagem<br />
Tecnologia de Secagem<br />
• Secadores de lâminas de madeira<br />
• Secadores Industriais<br />
Tecnologia de Prensagem<br />
• Prensas para linha de revestimento<br />
• Prensas para linha de portas<br />
• Prensas para indústria de madeira<br />
• Prensas de ciclo curto<br />
• Prensas industriais<br />
Madeira Sólida<br />
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REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
FRASES<br />
Não podemos acreditar que tudo está<br />
perdido, a direção que devemos seguir<br />
é a de muito trabalho. Essa é a linha<br />
que temos procurado avançar com a<br />
consolidação da indústria<br />
Sérgio Longen, presidente da Fiems (Federação das Indústrias<br />
do Estado de Mato Grosso do Sul), sobre como a indústria fará a<br />
diferença para reverter a crise econômica<br />
Foto: Fiems<br />
Os empregadores têm a preocupação com a saúde e<br />
segurança dos trabalhadores, mas as normas de segurança<br />
têm de ser razoáveis e exequíveis<br />
Luciana Freire, diretora executiva jurídica da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de<br />
São Paulo), sobre os ajustes da NR 12 na Portaria nº 857/<strong>2015</strong> que não contemplarem todas as<br />
reivindicações da indústria<br />
A gente espera um terceiro trimestre melhor do que o<br />
segundo. Tivemos um mês de junho que foi bastante fraco e<br />
a gente sente alguns pontos de melhora em julho, mas temos<br />
que aguardar. A visibilidade é pouca<br />
Antonio Joaquim de Oliveira, presidente-executivo da Duratex, a respeito da demanda e<br />
expectativas para os próximos meses<br />
É preciso priorizar despesas e discutir o<br />
quanto que essas despesas nos levam a<br />
resultados. Temos que avaliar a eficácia,<br />
eficiência do gasto para podermos ver<br />
a trajetória fiscal. Uma trajetória que dê<br />
segurança aos agentes econômicos<br />
Foto: Agência Brasil<br />
Joaquim Levy, ministro da Fazenda, reconhecendo o momento<br />
de incertezas da economia brasileira<br />
22 |<br />
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MOSTRA
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
ENTREVISTA<br />
CRIS BALUTA<br />
DATA DE NASCIMENTO<br />
DATE OF BIRTH:<br />
3/12/1964, em Curitiba (PR)<br />
March 12, 1964, in Curitiba (PR)<br />
FORMAÇÃO PROFISSIONAL<br />
EDUCATION:<br />
Marketing Internacional e Gestão Ambiental<br />
International Marketing and Environmental Management<br />
Foto: Editora Senac<br />
CARGO<br />
PROFESSION:<br />
Conselheira da Câmara de Comércio Brasil-Alemanha (AHK Paraná),<br />
Coordenadora do Giema (Grupo de Intercâmbio de Experiências<br />
em Meio Ambiente) e diretora comercial e de Eco Relacionamento<br />
com clientes Roadimex Ambiental<br />
Councilor for the Brazilian-German Chamber of Commerce (AHK<br />
Paraná), Coordinator for Giema (Environmental Experience<br />
Interchange Group) and Director of Sales and Customer<br />
Eco Relationships for Roadimex Ambiental<br />
Desafios para a logística<br />
reversa<br />
Challenges for reverse logistics<br />
A<br />
LR (Logística Reversa) consiste no retorno dos materiais<br />
ao ciclo produtivo, seja por defeito ou por<br />
fim de vida útil. Nas indústrias, os canais reversos<br />
são necessários devido ao aumento da descartabilidade dos<br />
produtos. Com a crescente preocupação ecológica e as criações<br />
de legislações ambientais, esses canais colaboram para<br />
que as empresas sejam competitivas. No cenário atual, Cris<br />
Baluta afirma que é possível se deparar com empresas que<br />
utilizam ferramentas de gestão, a fim de reduzir ao máximo<br />
o dano ambiental causado por suas atividades.<br />
R<br />
L (Reverse Logistics) is the return of materials to the<br />
production cycle, either by default or by end-of-life.<br />
In industries, reverse channels are required due to<br />
the increasing disposability of products. With the growing<br />
ecological concern and the creation of environmental legislation,<br />
these channels collaborate so that companies can be<br />
competitive. In the current scenario, Cris Baluta asserts that<br />
it is possible to come across companies using management<br />
tools, in order to reduce the environmental damage caused<br />
by their activities.<br />
24 |<br />
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Com as<br />
exigências<br />
legais (da Logística<br />
Reversa), uma parcela<br />
significativa das<br />
empresas está mudando o<br />
seu comportamento<br />
AGOSTO | 25
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
ENTREVISTA<br />
Com a<br />
globalização, não<br />
importa em que ponta<br />
do barco está o furo,<br />
somos todos responsáveis<br />
26 |<br />
www.referenciaindustrial.com.br
14 16 a<br />
outubro <strong>2015</strong><br />
das 13h às 20h<br />
Centro de Exposições Imigrantes - São Paulo<br />
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Promoção e realização: Filiada à: Cia Aérea Oficial<br />
Mídia Oficial:<br />
Sindicatos Parceiros:<br />
Agência de viagens oficial:
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
COLUNA ABIMCI<br />
Paulo Pupo<br />
Superintendente da Associação Brasileira da Indústria de<br />
Madeira Processada Mecanicamente<br />
Contato: abimci@abimci.com.br<br />
Foto: divulgação<br />
INFORMAÇÃO PARA ENFRENTAR OS DESAFIOS<br />
Abimci lança informativo impresso como parte das ações da associação no intuito de dialogar com os diferentes<br />
atores envolvidos na cadeia da madeira<br />
Neste momento preocupante que estamos vivenciando<br />
com a economia nacional, a troca de informações e<br />
experiências entre os atores do setor é crucial para<br />
melhorarmos nossa representatividade<br />
28 |<br />
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Colagens de primeira classe<br />
Jowatherm® 281.40<br />
Jowatherm-Reaktant® 607.30<br />
Colagem de fitas<br />
de borda<br />
Sistemas de adesivos<br />
modernos<br />
Bordas de móveis com<br />
"linha de cola zero"<br />
Adesivos hot melt para<br />
as tecnologias atuais<br />
Recobrimento<br />
de perfis<br />
Recobrimento de perfis com<br />
adesivos hot melt<br />
Adesivos adaptados para<br />
seus processos<br />
Adesivos de alto desempenho<br />
com tecnologia de<br />
polímeros moderna<br />
Jowatherm® 291.45<br />
Jowat-Toptherm® 236.50<br />
Jowat-Hightherm® 221.00<br />
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Obs.: Os produtos listados representam apenas uma seleção limitada do portfólio de produtos disponíveis. Nossa equipe técnica<br />
e de vendas terá prazer em fornecer informações específicas para selecionar o produto adequado para o seu processo.<br />
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Telefone: +55 (51) 3594 1404<br />
vendas@jowat.com.br | www.jowat.com.br
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
PRINCIPAL<br />
Foto: divulgação<br />
THE PLYWOOD SECTOR<br />
SEEKS EQUILIBRIUM<br />
EVEN WITH A MAJOR FOCUS ON EXPORTS, THE<br />
HIGH DOLLAR VALUE HAS NOT ONLY PROVIDED<br />
ADDED REVENUE, BUT ALSO, WITH SEVERAL INPUTS<br />
BEING IMPORTED, CREATED A NEED TO ADJUST<br />
PRODUCTION EQUILIBRIUM<br />
30 |<br />
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SETOR DE<br />
COMPENSADOS<br />
BUSCA<br />
EQUILÍBRIO<br />
MESMO COM GRANDE FOCO NAS<br />
EXPORTAÇÕES O DÓLAR EM ALTA NÃO<br />
TRAZ SOMENTE RECEITA, COM PARTE DE<br />
INSUMOS IMPORTADOS É PRECISO AJUSTAR A<br />
PRODUÇÃO DE FORMA BALANCEADA<br />
AGOSTO | 31
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
PRINCIPAL<br />
NO PROCESSO DE COLAGEM<br />
DEVEM SER CONSIDERADAS:<br />
• Temperatura<br />
• Tempo de prensagem<br />
• Pressão<br />
• Quantidade de cola e<br />
viscosidade do adesivo<br />
• Teor de umidade das lâminas<br />
• Grau de limpeza da superfície<br />
Foto: Fabio Ortolan<br />
32 |<br />
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COLAGEM<br />
Dentro do processo de produção dos compensados a colagem representa a etapa em que a lâmina<br />
recebe cola e/ou resina. A cola é preparada de acordo com as exigências de resistência do compensado<br />
e tipo de madeira a ser colocada. As principais matérias-primas utilizadas no processo de colagem são:<br />
• Resinas Fenólicas WBP<br />
• Extensores (substâncias á base de amido ou proteína com alguma ação adesiva e que são<br />
adicionados na composição dos compensados)<br />
• Água: ajusta a viscosidade da cola pronta<br />
Foto: Fabio Ortolan<br />
Fonte: Compensados Schmitz<br />
AGOSTO | 33
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
PRINCIPAL<br />
Foto: Fabio Ortolan<br />
34 |<br />
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Foto: Fabio Ortolan<br />
AGOSTO | 35
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
PRINCIPAL<br />
RESINAS FENÓLICAS<br />
[RESINAS DE FENOL FORMALDEÍDO]<br />
GRUPO RESINAS TERMOFIXAS<br />
PRODUÇÃO E VENDAS DECLARADAS (T/ANO)<br />
ANO<br />
2009<br />
2010<br />
2011<br />
2012<br />
2013<br />
PRODUÇÃO<br />
108.925,0<br />
115.762,3<br />
114.348,3<br />
n.d.<br />
n.d.<br />
VENDAS INTERNAS<br />
105.847,5<br />
108.184,3<br />
111.270,7<br />
n.d.<br />
n.d.<br />
IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO (T/ANO E US$-FOB)<br />
ANO<br />
t<br />
IMPORTAÇÃO<br />
US$ 1.000 FOB<br />
2009<br />
2010<br />
2011<br />
2012<br />
2013<br />
5.418,4<br />
5.726,8<br />
4.981,2<br />
6.628,0<br />
7.053,8<br />
14.432,3<br />
18.016,6<br />
16.863,3<br />
19.673,3<br />
21.955,1<br />
t<br />
13.275,3<br />
19.538,0<br />
21.824,0<br />
14.592,8<br />
11.950,4<br />
VENDAS EXTERNAS<br />
1.730,0<br />
5.942,,0<br />
2.683,0<br />
n.d.<br />
n.d.<br />
EXPORTAÇÃO<br />
US$ 1.000 FOB<br />
22.602,1<br />
37.286,3<br />
47.401,5<br />
32.226,2<br />
26.981,2<br />
Fonte: Sistema Alice (base: junho/2014)<br />
36 |<br />
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Foto: Fabio Ortolan<br />
AGOSTO | 37
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
PRINCIPAL<br />
EMBARQUE DE COMPENSADO<br />
PINUS FENÓLICO<br />
M³ (METROS CÚBICOS)<br />
2014 NCM 4412.39.00<br />
ANO<br />
2007<br />
2008<br />
2009<br />
2010<br />
2011<br />
2012<br />
2013<br />
2014<br />
* <strong>2015</strong><br />
TOTAL<br />
1.536.792<br />
1.389.973<br />
1.034.731<br />
1.014.181<br />
865.639<br />
983.619<br />
1.164.213<br />
1.272.171<br />
802.519<br />
Pela tabela acima, nota-se a retomada da<br />
exportação nos últimos três anos<br />
* até o mês de julho de <strong>2015</strong><br />
Foto: Fabio Ortolan<br />
38 |<br />
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Setor de fabricação de cola<br />
da Randa Compensados<br />
Foto: Randa Portas e Compensados
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
PRINCIPAL<br />
“O BRASIL DEIXA DE IMPORTAR E<br />
SOMENTE EXPORTA, OS CUSTOS DE<br />
PRODUÇÃO INVIABILIZAM OS PROCESSOS<br />
PRODUTIVOS, ONDE SOMENTE QUEM<br />
CONSEGUE CONTROLE TOTAL DAS PERDAS<br />
E DESPERDÍCIOS VAI SE MANTER VIVO NO<br />
MERCADO”<br />
GUILHERME DAMIANI RANSSOLIN,<br />
DIRETOR CORPORATIVO DA RANDA PORTAS E COMPENSADOS<br />
Foto: Fabio Ortolan<br />
40 |<br />
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PLEITOS ATUAIS<br />
A Abimci protocolou no último dia 31 de julho<br />
petição formal junto ao Ustr (The Office Of The<br />
United States Trade Representative) solicitando a<br />
revisão do status e da redesignação do compensado<br />
brasileiro de pinus dentro do sistema SGP (Sistema<br />
Geral de Preferências), atualmente taxado em 8%.<br />
O compensado de pinus do Brasil está excluído<br />
desse benefício da isenção da tarifa desde 1995,<br />
quando o país representou 55,13% do total de importações<br />
desse produto, o que levou o governo<br />
dos EUA a suspender o benefício.<br />
Daquele período para cá, o volume exportado<br />
pelo Brasil diminuiu muito devido à crise norte-<br />
-americana. Agora, está novamente em patamares<br />
que permitem a revisão desse status para que o<br />
produto possa então se beneficiar com a eliminação<br />
da taxa de importação, fator imprescindível<br />
para o aumento das exportações brasileiras para<br />
aquele país.<br />
CURRENT FILINGS<br />
On July 31 of this year, Abimci filed a formal request<br />
with the Ustr (The Office of the United States<br />
Trade Representative) requesting a review of the<br />
status and reassignment of Brazilian pine plywood<br />
within the GSP (General System of Preferences),<br />
currently taxed at 8%.<br />
Pine plywood from Brazil has been excluded from<br />
that tariff exemption benefit since 1995, when Pine<br />
plywood from Brazil represented 55.13% of total imports<br />
of that product, which led the U.S. Government<br />
to suspend the benefit.<br />
From this period on, the volume exported by Brazil<br />
has very much declined due to the crisis. Now, we’re<br />
again at levels that allow for a review of that status<br />
so that the product can then benefit from the elimination<br />
of the import tax, an essential factor to the<br />
increase in Brazilian exports to that Country.
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
CONSTRUÇÃO CIVIL<br />
Foto: divulgação<br />
PELA<br />
NORMATIZAÇÃO<br />
DO WOOD FRAME<br />
42 |<br />
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Foto: divulgação<br />
APÓS CONSEGUIR A LIBERAÇÃO<br />
DO USO DA TECNOLOGIA EM<br />
OBRAS FINANCIADAS PELO<br />
GOVERNO, A COMISSÃO CASA<br />
INTELIGENTE QUER ESTABELECER<br />
AS NORMAS TÉCNICAS PARA<br />
GARANTIR PADRONIZAÇÃO<br />
A<br />
Comissão Casa Inteligente, formada por diversas<br />
entidades representativas dos setores da Construção<br />
Civil, Madeira, e da Fiep (Federação das<br />
Indústrias do Paraná), criou um GT (Grupo de Trabalho) que<br />
deverá atuar em uma nova etapa do uso da tecnologia de<br />
wood frame em construções no Brasil.<br />
Formada em 2009 para pesquisar técnicas de construção<br />
civil mais sustentáveis, a partir da utilização de madeira<br />
certificada e tratada, a comissão Casa Inteligente deve agora<br />
propor normas técnicas para garantir um mesmo padrão de<br />
segurança a qualquer obra que utilize o sistema. Os integrantes<br />
do grupo também querem a revisão do Sinat (Sistema de<br />
Avaliação Técnica de Produtos Inovadores) 05, voltado ao<br />
uso de wood frame.<br />
AGOSTO | 43
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
CONSTRUÇÃO CIVIL<br />
Foto: Fabio Ortolan Foto: Fabio Ortolan Foto: Fabio Ortolan<br />
Foto: Tecverde<br />
Foto: divulgação<br />
O CB (COMITÊ BRASILEIRO) É<br />
UM ÓRGÃO TÉCNICO DA ABNT<br />
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE<br />
NORMAS TÉCNICAS), FORMADO<br />
POR COMISSÕES DE ESTUDO, EM<br />
QUE AS NORMAS BRASILEIRAS<br />
SÃO DESENVOLVIDAS. A ABNT<br />
POSSUI 55 COMITÊS BRASILEIROS<br />
E QUATRO ORGANISMOS DE<br />
NORMALIZAÇÃO SETORIAL,<br />
CHAMADOS GENERICAMENTE DE<br />
COMITÊS TÉCNICOS<br />
44 |<br />
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REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
MARCENARIA<br />
O uso incorreto pode resultar<br />
em desgaste prematuro de<br />
peças. Na foto, o uso correto<br />
da ferramenta<br />
Foto: Bosch<br />
46 |<br />
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Foto: Bosch<br />
PULSO FIRME<br />
Por Marina Werneck de Capistrano<br />
POR MAIS SIMPLES QUE PAREÇA, O USO CORRETO DA<br />
FURADEIRA É PRIMORDIAL PARA A EXECUÇÃO DE UM BOM<br />
TRABALHO DENTRO DA MARCENARIA<br />
AGOSTO | 47
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
MARCENARIA<br />
A<br />
s furadeiras em geral são muito fáceis de serem<br />
utilizadas, desde que sejam respeitadas as normas<br />
de segurança recomendadas. Cláudio Cardoso,<br />
técnico de ensino pleno do Senai (Serviço Nacional<br />
de Aprendizagem <strong>Industrial</strong>) de Arapongas (PR), explica<br />
que com a escolha do modelo e brocas apropriadas,<br />
pode-se obter o resultado desejado em poucos instantes.<br />
Antes da origem dessa ferramenta tão comum nos<br />
dias de hoje, não havia toda essa facilidade. Cláudio conta<br />
um pouco da história. “Talvez fosse necessário utilizar um<br />
trado (broca com olhal para colocar um cabo de madeira)<br />
ou arco de pua (antecessor da furadeira, já com mandril,<br />
mas que necessitava de força humana para girar o eixo),<br />
a parafusadeira automática.”<br />
Temos hoje no mercado diversos tipos e modelos,<br />
tais como furadeira elétrica comum, à bateria (sem fio),<br />
furadeira com encaixe para broca SDS (engate rápido),<br />
furadeira horizontal, furadeira vertical, furadeira múltipla,<br />
cada uma com sua característica própria, especificações<br />
e utilizações. Existem lojas e fabricantes de máquinas<br />
portáteis que disponibilizam treinamentos de curta<br />
duração (três a quatro horas), como também eventos,<br />
feiras e workshops em que fazem a demonstração de<br />
como utilizar a furadeira.<br />
UTILIZAÇÃO CORRETA<br />
Cláudio comenta que o primeiro passo é ler com<br />
atenção o manual de instrução do modelo adquirido.<br />
Foto: Senai/Arapongas<br />
Furadeira horizontal<br />
Furadeira de bancada<br />
ou de coluna<br />
Foto: Senai/Arapongas<br />
48 |<br />
www.referenciaindustrial.com.br
Foto: Bosch<br />
Arco de pua,<br />
ferramenta manual<br />
para fazer furos em<br />
madeira<br />
Foto: Senai/Arapongas<br />
DIFERENÇAS ENTRE A MANUAL E A ELÉTRICA<br />
“A furadeira manual possui pouca precisão, com força motriz<br />
variada, e o operador tem que fazer muita força, para a<br />
utilização da mesma. A elétrica, se a ferramenta estiver com<br />
a manutenção correta, o serviço a ser executado com muito<br />
mais precisão e esforço do operador”<br />
Cláudio Cardoso<br />
Técnico de ensino pleno do Senai de Arapongas<br />
AGOSTO | 49
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
MARCENARIA<br />
Fotos: Bosch<br />
50 |<br />
www.referenciaindustrial.com.br
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
ESPECIAL<br />
ÁSIA<br />
EM SOLO<br />
BRASILEIRO<br />
ESPÉCIE RELATIVAMENTE<br />
NOVA NO PAÍS, A TECA<br />
TEM SIDO UTILIZADA NA<br />
FABRICAÇÃO DE PORTAS E<br />
MÓVEIS PARA ÁREA EXTERNA,<br />
DADA SUA DURABILIDADE E<br />
BELEZA EXÓTICA<br />
52 |<br />
www.referenciaindustrial.com.br<br />
Foto: Portobello
A TECA É A MATÉRIA-PRIMA<br />
PARA OS MOSAICOS<br />
DECORATIVOS DA LINHA TECA<br />
DECOR DA PORTOBELLO<br />
AGOSTO | 53
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
ESPECIAL<br />
Tectona grandis, também chamada<br />
comercialmente de teca, teak ou<br />
djati, é uma espécie com árvores<br />
de madeira de densidade média<br />
com marcantes características que<br />
a vocacionam para a construção<br />
naval, entre elas:<br />
- Durabilidade: devido a presença<br />
de oleosidade e sílica<br />
- Coeficiente de retratibilidade baixo<br />
- Relativa leveza<br />
- Pertencente à família das<br />
verbenáceas, é nativa da Ásia,<br />
mais precisamente das florestas<br />
tropicais de monção do sudeste<br />
asiático<br />
Fotos: Floresteca<br />
LINHA DE REVESTIMENTOS<br />
DECORATIVOS, CHAMADA<br />
TEAKTILE, DA TWBRAZIL<br />
Foto: TWBrazil<br />
54 |<br />
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PORTA MACIÇA<br />
ACIFER FABRICADA EM<br />
MADEIRA DE TECA<br />
Foto: Acifer<br />
AGOSTO | 55
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
ESPECIAL<br />
CORTES DIVERSOS QUE ORIGINAM<br />
FORMATOS E SUPERFÍCIES<br />
PIGMENTADOS OU NATURAIS<br />
SURPREENDEM FORMANDO<br />
RELEVOS NAS PAREDES INTERNAS<br />
O CULTIVO FLORESTAL DE TECA<br />
TAMBÉM É REALIDADE NA EMPRESA<br />
DE PAINÉIS BERNECK, COM SEDE NO<br />
PARANÁ. A PRODUÇÃO DE MÓVEIS E<br />
ARTEFATOS COM A LINHA BERTECA<br />
BRASIL AJUDA A PROTEGER<br />
AS FLORESTAS TROPICAIS,<br />
UMA VEZ QUE A EMPRESA VEM<br />
REFLORESTANDO A MADEIRA COM<br />
EXCELENTES RESULTADOS. ALÉM<br />
DOS PAINÉIS FABRICADOS A PARTIR<br />
DELA, SOMAM-SE A LINHA MADEIRA<br />
SERRADA E DECKS<br />
56 |<br />
www.referenciaindustrial.com.br
“ESCOLHEMOS<br />
TRABALHAR COM<br />
A TECA POR SUA<br />
BELEZA EXÓTICA<br />
E DURABILIDADE”<br />
NADIR ANTÔNIO CECCHIN,<br />
DA ACIFER<br />
Foto: Acifer<br />
Foto: Acifer<br />
PORTA MACIÇA<br />
ACIFER FABRICADA EM<br />
MADEIRA DE TECA<br />
AGOSTO | 57
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
ESPECIAL<br />
TEXTURAS DA LINHA TECA DECOR<br />
REVELAM A CONTEMPORANEIDADE<br />
DO AMBIENTE<br />
58 |<br />
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TODA A MADEIRA DA TWBRAZIL<br />
É SUBMETIDA AO TRATAMENTO<br />
TÉRMICO (TMT - THERMALLY<br />
MODIFIED TIMBER)<br />
Foto: TWBrazil<br />
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operação da<br />
autoclave de seu<br />
celular ou tablet!<br />
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REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
MADEIRA TRATADA<br />
QUIOSQUES COM<br />
MADEIRA TRATADA SÃO<br />
ÓTIMA OPÇÃO PARA<br />
QUEM BUSCA ESPAÇOS<br />
EM CONTATO COM A<br />
NATUREZA<br />
A CÉUABERTO<br />
Fotos: divulgação<br />
60 |<br />
www.referenciaindustrial.com.br
AGOSTO | 61
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
MADEIRA TRATADA<br />
Quiosques são<br />
geralmente<br />
utilizados em:<br />
- Clubes<br />
- Hotéis<br />
- Fazendas<br />
- Áreas de lazer<br />
- Pousadas<br />
- Condomínios<br />
- Jardins<br />
- Parques<br />
A<br />
bertos por todos os lados e em sua essência<br />
de planta octogonal, os quiosques são ótimas<br />
alternativas de ambientes descontraídos e<br />
que remetem a uma extensão da natureza. Desde 1999<br />
no mercado, a Alpina Eucaliptos, empresa de São José<br />
dos Campos (SP), trabalha com madeira tratada e um<br />
dos nichos que a marca atende é o fornecimento de<br />
matéria-prima para a construção destes espaços.<br />
Feitos com madeira de eucalipto tratado, a versatilidade<br />
deste tipo de estrutura está entre os pontos fortes,<br />
dada a diversidade de comprimento, bitolas e formas.<br />
João Marcelo Bondesan de Oliveira, sócio-proprietário<br />
da Alpina Eucaliptos, explica que o tratamento da<br />
madeira é feito com CCA (Cobre, Cromo e Arsênio) em<br />
autoclave com a medida de I. A./m³ (Ingrediente Ativo<br />
por metro cúbico) de concentração. “Estando pronta e<br />
seca, a madeira demora quatro horas para ser tratada<br />
e mais uma semana de descanso para fixar o produto,<br />
para assim poder ser utilizada”, explica.<br />
Segundo ele, a madeira dura 20 anos neste tipo de<br />
tratamento. E são escolhidas normalmente variedades<br />
de densidade, com boa proporção de alburno (parte tratável),<br />
que possibilitam vida longa à estrutura. “A manutenção<br />
a ser feita durante este período é a aplicação de<br />
stain, resina de efeito decorativo que ressalta a tonalidade<br />
natural da madeira, repele água (hidrorrepelente)<br />
e combate a formação de fungos, a cada dois anos, dependendo<br />
da exposição às intempéries”.<br />
Engana-se quem pensa que não existe especificação<br />
técnica para a construção de um quiosque. João<br />
afirma que como em qualquer construção, deve ser levado<br />
em consideração vários fatores, como inclinação<br />
da cobertura, peso, diâmetro das peças, vãos livres, tipos<br />
de terreno, fixação dos esteios, tipo de insolação,<br />
direção mais frequente de chuvas, entre outros.<br />
Ao ser questionado se a madeira usada pode ser<br />
reutilizada em outras construções, o proprietário comenta<br />
que a vida útil do material tratado vai se esgotando.<br />
“Pode-se até reutilizar mourões para cerca, por<br />
exemplo, só que a vida útil será menor. Neste caso, o<br />
custo de mão de obra e outros materiais é fundamental<br />
na decisão de reutilizá-la ou não”, conclui.<br />
62 |<br />
www.referenciaindustrial.com.br
1 2 3<br />
Após a secagem e o<br />
preparo, a primeira<br />
etapa é introduzir a<br />
madeira na autoclave,<br />
e então o tratamento a<br />
vácuo, para retirar o ar<br />
das células da<br />
madeira.<br />
Depois do tratamento<br />
a vácuo, começa o<br />
tratamento com a<br />
solução do CCA, a<br />
qual é injetada na<br />
madeira, em alta<br />
pressão.<br />
A madeira fica<br />
submersa na solução<br />
até atingir a saturação.<br />
5Finalmente, um último<br />
tratamento a vácuo<br />
final para eliminar o<br />
excesso do produto<br />
da superfície da<br />
madeira.<br />
4<br />
A<br />
pressão é aliviada e<br />
o restante da solução<br />
volta ao tanque.<br />
Infraestrutura completa em<br />
produção, instalação e<br />
treinamento em autoclaves<br />
para madeira, borracha e<br />
placas de acrílico.<br />
101 UTMs<br />
Instaladas e<br />
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no Brasil e na<br />
América do Sul<br />
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Machado, 86 - Distrito<br />
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CEP 14176-110<br />
Sertãozinho - SP<br />
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REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
QUÍMICA NA MADEIRA<br />
Foto: O. Usher (UCL Maps)<br />
64 |<br />
www.referenciaindustrial.com.br
REVESTIMENTOS<br />
DO FUTURO<br />
Pesquisa, desenvolvimento e inovação movem o mundo dos negócios.<br />
Fabricantes de acabamentos que agregam proteção às superfícies, ou<br />
outras funcionalidades, estão na linha de frente dessa nova realidade<br />
AGOSTO | 65
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
QUÍMICA NA MADEIRA<br />
A<br />
ideia de revestimentos e tintas do futuro aponta<br />
para a especialização em desenvolvimento<br />
de soluções para proteção e acabamento das<br />
mais diversas superfícies: madeiras, compósitos, vidros,<br />
metais, cerâmica, alvenaria, entre outros. Dependendo<br />
do tipo de superfície, o produto deverá ter propriedades<br />
específicas em função do ambiente e da exposição. Por<br />
exemplo, uma superfície em ambiente abrigado exigirá<br />
um grau menor de proteção do que aquela exposta ao<br />
intemperismo. Além dessa, há uma gama crescente de<br />
funcionalidades demandadas pelo mercado em relação<br />
a produtos de pintura, seja ela imobiliária, mobiliária,<br />
automotiva, naval ou aeronáutica.<br />
Novas soluções vêm de novos caminhos tecnológicos,<br />
como é o caso da nanotecnologia, estudo de manipulação<br />
da matéria em uma escala atômica e molecular.<br />
A incorporação de avanços como esse, irá impactar<br />
positivamente as linhas industriais de acabamentos<br />
protetores para superfícies de madeira tratada. Outra<br />
novidade é a chamada tinta autocorretiva, sua característica<br />
principal será a autorregeneração do filme após<br />
sofrer pequenos danos causados por agentes externos.<br />
A tudo isso chamamos de smarts coatings, a proteção<br />
inteligente.<br />
IMPACTO<br />
TECNOLÓGICO<br />
Foto: Olivia Henry<br />
66 |<br />
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“Deus cuida de nós”<br />
PLANETA INDUSTRIAL<br />
DE MADEIRAS LTDA.<br />
Madeira serrada de Eucalyptus Grandis<br />
seco em estufa, madeira estabilizada,<br />
própria para indústrias de móveis, portas<br />
e batentes. Com três tipos de<br />
classificações para atender um mercado<br />
exigente.<br />
Foto: Divulgação Montana Química<br />
DULCÍDIO RAMIRES MACEDO,<br />
diretor industrial da<br />
Montana Química S.A.<br />
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REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
INTERNACIONAL<br />
68 |<br />
www.referenciaindustrial.com.br
DE TAIWAN<br />
PARA O<br />
BRASIL<br />
ENVIADO ESPECIAL RAFAEL MACEDO - TAIPEI (TAIWAN)<br />
FABRICANTES DE MÁQUINAS<br />
PARA MADEIRA DO PAÍS ASIÁTICO<br />
QUEREM AMPLIAR MERCADOS E<br />
NÓS ESTAMOS NA MIRA<br />
Fotos: REFERÊNCIA e divulgação<br />
AGOSTO | 69
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
INTERNACIONAL<br />
N<br />
esta edição trazemos notícias do outro lado<br />
do mundo. A REFERÊNCIA INDUSTRIAL foi<br />
um dos três veículos de comunicação selecionados<br />
pela organização da Wood Taiwan para cobrir<br />
o evento que aconteceu na capital da ilha, Taipei, nos<br />
dias 2 a 5 de julho. Como os únicos representantes da<br />
América fomos com a missão de observar o que os fabricantes<br />
de máquinas para trabalhar madeira de lá têm<br />
para oferecer para as empresas daqui. Sem sombra de<br />
dúvidas o grande foco foi mostrar que eles têm tecnologia<br />
de ponta com preços acessíveis. Mas entrar no<br />
mercado brasileiro não é algo fácil, a distância, a língua<br />
e principalmente os impostos de importação são barrerias<br />
que terão que ser contornadas.<br />
A abertura do evento foi uma atração. Estiveram<br />
presentes autoridades governamentais e representantes<br />
da indústria de máquinas e equipamentos para madeira.<br />
O discurso de Peter Huang, presidente da Taitra<br />
(Taiwan External Trade Development Council), uma das<br />
organizadoras do evento, mostrou o tom do evento,<br />
que pela primeira vez foi exclusivamente voltado para<br />
o setor industrial da madeira, em edições anteriores<br />
outras indústrias como de metal e plástico também faziam<br />
parte da feira.<br />
“Taiwan é atualmente o quarto maior exportador<br />
de máquinas para madeira do mundo”, comemorou<br />
Huang. Em 2014 o país, alcançou US$ 585 milhões em<br />
vendas externas somente destes equipamentos. Foi<br />
70 |<br />
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sar de normalmente serem um pouco mais baratos que<br />
os europeus. Em segundo lugar pela briga política. Enquanto<br />
a China continental considera Taiwan uma província<br />
rebelde, a ilha age com independência, apesar de<br />
não ser oficial. Tanto que China e Taiwan são governadas<br />
separadamente.<br />
Já o presidente da Twma (Taiwan Woodworking Machinery<br />
Association), outra entidade responsável pela<br />
feira, comemorou a edição de estreia dedicada somente<br />
para as máquinas para madeira. “Pequenas e médias<br />
empresas não conseguem atingir todo o potencial diante<br />
do mercado globalizado, a tendência hoje é a cooum<br />
aumento de 15,4% em relação ao ano anterior. Para<br />
<strong>2015</strong> a expectativa é manter essa taxa de crescimento.<br />
O recado mais importante veio em seguida. “Os fabricantes<br />
de Taiwan passaram do estágio de máquinas<br />
para trabalhar somente madeira sólida para centros de<br />
usinagem CNC de última geração”, afirmou. “A qualidade<br />
dos equipamentos produzidos aqui está no mesmo<br />
nível dos fabricados na Itália e Alemanha”, garantiu.<br />
A verdade é que se alguém comparar a qualidade<br />
das máquinas chinesas com as de Taiwan vai arrumar<br />
confusão. Primeiro porque eles investem pesado nas<br />
plantas industrias e não tentam brigar pelo preço, ape-<br />
A MODERNA TAIPEI, CAPITAL DE TAIWAN, É<br />
CERCADA POR MONTANHAS ONDE SÃO CULTIVADOS<br />
DIVERSAS VARIEDADES DE CHÁS, BEBIDA MUITO<br />
APRECIADA PELA POPULAÇÃO LOCAL<br />
AGOSTO | 71
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
INTERNACIONAL<br />
MADE IN TAIWAN<br />
O evento foi de médio porte, cerca de 188 expositores,<br />
com uma visitação de pouco mais de cinco mil pessoas.<br />
Mas a intenção da organização não era mostrar<br />
algo grandioso, até porque trata-se de uma ilha com<br />
apenas 36 mil km² (quilômetros quadrados) e abriga 23<br />
milhões de habitantes. A ideia mesmo era mostrar soluções<br />
inovadoras e muita tecnologia.<br />
Entre estas empresas estava a CPT Carpenter Machinery,<br />
que inclusive tem presença no Brasil por meio<br />
de representante. O destaque no evento foi a otimizadora<br />
de corte, um conceito que vem desenvolvendo<br />
ao longo de 15 anos. Os maiores compradores da emperação<br />
e a realização de parcerias complementares.<br />
Exatamente o que pode ser visto durante este evento”,<br />
avaliou Shin Jsung Po.<br />
A intenção dos fabricantes da ilha asiática é de abrir<br />
novos mercados. De acordo com o diretor da Twma, Pedon<br />
Wang, o Brasil é uma região que merece atenção e<br />
a expectativa é ampliar a participação no país, que ainda<br />
não é muito expressiva. “Taiwan sempre teve uma<br />
ligação muito forte com metalurgia e computação, por<br />
isso nossas máquinas são voltadas para serem tecnologicamente<br />
avançadas”, garante. Atualmente os cinco<br />
maiores importadores das máquinas fabricadas por lá<br />
são os EUA (Estados Unidos da América), China, Vietnã,<br />
Canadá e Indonésia.<br />
Porém algo que preocupa é a instalação de fábricas<br />
na China. De acordo com ele outros setores como<br />
o têxtil e calçados estão migrando sua produção em<br />
massa para o outro país. O mesmo não acontece com<br />
tanta intensidade no segmento de máquinas para ma-<br />
deira, mas algumas empresas também adotaram esta<br />
estratégia, já que o custo de produção chinês é muito<br />
inferior. Além disso a falta de interesse da nova geração<br />
por trabalhar na indústria é outro ponto que preocupa<br />
o setor.<br />
72 |<br />
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presa estão na América do Norte. “Estamos há 10 anos<br />
no Brasil e esperamos um pequeno crescimento neste<br />
ano”, avaliou Kaysie Chang, do departamento de vendas.<br />
O faturamento da empresa é de US$ 5 milhões por<br />
ano e as máquinas custam entre US$ 5 mil a US$ 150<br />
mil.<br />
A segunda parada foi o estande da OAV Equipment<br />
and Tools, fabricante de coladeiras de bordo, esquadrejadeiras<br />
e coletores de pó. A empresa também tem presença<br />
no mercado brasileiro e afirmou que nos últimos<br />
5 anos os resultados começaram a aparecer. “Existe a<br />
preocupação em mostrar que nossas máquinas não são<br />
chinesas, nossa qualidade é semelhante à europeia,<br />
porém 20% mais barata”, garantiu Mary Wu, diretora<br />
comercial. Ela afirma que 5% a 10% do faturamento da<br />
indústria é convertido em pesquisas tecnológicas.<br />
Após os primeiros encontros foi possível notar uma<br />
particularidade que só o Oriente possui. Algumas delas<br />
são quase que imperceptíveis, mas têm muito sig-<br />
nificado. Se para nós trocar cartões é algo quase que<br />
sem importância, o mesmo não se pode dizer para os<br />
taiwaneses. Eles seguram o cartão com as duas mãos<br />
e mostrando que estão segurando algo importante, os<br />
entregam fazendo uma reverência com a cabeça.<br />
O terceiro estande visitado, pertencente a Side Machinery<br />
Company, mostrou algumas máquinas diferentes.<br />
Entre elas uma unidade cinco eixos, pouco utilizada<br />
no Brasil, em dois modelos. Além de centros CNC com<br />
mesas na vertical e na horizontal. “Temos 50 anos de<br />
experiência e estamos pensando em iniciar as operações<br />
no Brasil”, afirmou Paul Lin, vice-presidente. Por<br />
enquanto o grande mercado da empresa é a China, que<br />
abocanha 60% das vendas.<br />
Já a fabricante de ferramentas, Arden, adotou, há<br />
cinco anos, a estratégia de montar uma fábrica na China.<br />
Na planta em Taiwan são empregados 150 colaboradores,<br />
e no país continental 250. Apesar de não atuar<br />
diretamente no Brasil, a indústria produz para grandes<br />
AGOSTO | 73
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
INTERNACIONAL<br />
vezes mais e em breve o custo da mão de obra na China<br />
vai aumentar”, aposta Richard.<br />
A novidade no estande da Titan K era a SDC que<br />
corta painéis de madeira em tamanhos diferentes em<br />
uma única operação. O diretor comercial, Kuma Shon,<br />
até gostaria de desbravar o mercado brasileiro. “Mas<br />
com uma taxa de importação de 45% para a América do<br />
Sul fica inviável. Sem ter uma fábrica no país é muito<br />
difícil”, desabafa.<br />
A fabricante de lixadeiras customizadas Sanderson<br />
possui duas linhas: uma industrial, que é vendida para<br />
EUA, Ásia e Europa e outra para carpintaria, com bastante<br />
procura pelos consumidores norte-americanos.<br />
São produzidas 600 unidades por ano. A América do<br />
Sul está fora do mapa por causa do custo logístico. Para<br />
bater os europeus, eles confeccionam as máquinas em<br />
função da produção do cliente, assim normalmente<br />
conseguem um valor de venda mais barato.<br />
A High Point foi uma das representantes de máquimarcas<br />
que têm presença nacional e estão muito bem<br />
estabelecidas. Aproximadamente 35% da produção vai<br />
para a China, 30% fica na América do Norte, 20% na Europa<br />
e 15% no Japão e Malásia.<br />
VISÃO DIFERENTE<br />
Sabe aquelas empresas que saem do convencional?<br />
Então, a Ching Feng está entre elas. Para começar o diretor<br />
geral, Richard Hsieh, é o principal projetista dos<br />
equipamentos. O lançamento na Wood Taiwan foi a<br />
CF-80S-SD2, nome longo para um equipamento que já<br />
chama atenção pela cor rosa. Trata-se de uma máquina<br />
em duas, ela produz peças arredondadas em madeira<br />
como cabos de vassouras e outras aplicações, e ainda<br />
lixa as peças na mesma operação. E olha a ironia, não<br />
atende o Brasil porque não consegue competir com os<br />
preços chineses. Os maiores compradores ficam na Europa.<br />
“Fazemos máquinas customizadas por isso a competição<br />
é difícil, mas as nossas duram pelo menos cinco<br />
74 |<br />
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nas para o trabalho com madeira maciça. O lançamento<br />
na feira foi a serraria HP-42DF. Capaz de processar<br />
toras com a até 1.300 mm (milímetros), possui serras<br />
móveis e tudo é comandado por joystick. “A máquina<br />
faz o corte lateral e horizontal na tora, um produto que<br />
é muito bem aceito na Rússia”, explicou Haley Huang,<br />
representante da empresa. A máquina foi projetada<br />
para trabalhar com madeira tropical, por isso também<br />
é consumida na Malásia.<br />
Outra empresa que também tem um conceito diferente<br />
é a Chiu Ting Machinery. Eles fabricam uma<br />
máquina para aquele hobista que não tem a menor habilidade<br />
no trabalho com a madeira, mas gostaria de<br />
produzir peças exclusivas.<br />
Ela vem equipada com um software capaz de reproduzir<br />
em madeira e outros materiais praticamente qualquer<br />
foto ou desenho. “A ideia foi inovar e proporcionar<br />
para pessoas comuns a possibilidade de produzir algo<br />
só delas, sem a intenção de chegar à uma escala indus-<br />
trial”, explica Andersen Shuai, diretor comercial.<br />
Algumas empresas com presença no mundo todo<br />
também participaram da feira.<br />
O Anderson Group, que tem sede Taiwan e é detentora<br />
da Giben do Brasil, prestigiou o evento no quintal<br />
de casa. O grupo é especializado na produção de equipamentos<br />
como fresas, centros CNC, centros de pintura<br />
em 3D entre outros. O público asiático aprovou os lançamentos<br />
da marca, que ocupou um grande estande<br />
bem ao centro da feira.<br />
O grupo italiano SCM também marcou presença<br />
por meio da representante asiática, que levou a Morbidelli<br />
Tech Z5. Trata-se de um centro de trabalho com<br />
cinco eixos voltado para seccionar painéis, que ainda<br />
permite o beneficiamento de madeira sólida. De acordo<br />
com a empresa, ela tem capacidade de otimizar tempo<br />
e matéria-prima graças a integração com a Netline,<br />
sistema que compreende o projeto, planejamento, programação,<br />
produção e apuração de custos.<br />
AGOSTO | 75
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
ARTIGO<br />
DIMENSIONAMENTO<br />
DE UMA ESTRUTURA EM<br />
WOOD FRAME UTILIZANDO<br />
TECTONA GRANDIS E<br />
PINUS SP<br />
Fotos: REFERÊNCIA<br />
76 |<br />
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HELOISA FUGANTI<br />
CAMPOS<br />
DEPARTAMENTO DE<br />
CONSTRUÇÃO CIVIL DA UFPR<br />
(UNIVERSIDADE FEDERAL<br />
DO PARANÁ)<br />
FERNANDO<br />
AUGUSTO MARINS<br />
DEPARTAMENTO DE<br />
ENGENHARIA E TECNOLOGIA<br />
FLORESTAL UFPR<br />
ALAN SULATO<br />
DE ANDRADE<br />
DEPARTAMENTO DE<br />
ENGENHARIA E TECNOLOGIA<br />
FLORESTAL UFPR<br />
AGOSTO | 77
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
ARTIGO<br />
Imagem: Tecverde<br />
78 |<br />
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Líder do mercado<br />
brasileiro na<br />
fabricação de Fios e<br />
Fitas para a junção de<br />
lâminas de madeira<br />
e sarrafeados<br />
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São José dos Pinhais - PR<br />
Tel: (41) 3382-1876 - Fax: (41) 3544-0452<br />
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REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
AGENDA<br />
AGOSTO <strong>2015</strong><br />
III Simpósio Madeira &<br />
Construção<br />
13 e 14<br />
Curitiba (PR)<br />
www.expomadeira.com.br<br />
EXPO Mueble<br />
Internacional Verano <strong>2015</strong><br />
19 a 22<br />
Guadalajara (México)<br />
www.expomuebleverano.<br />
com.mx<br />
SETEMBRO <strong>2015</strong><br />
XVII Feira Mineira de<br />
Móveis e Decoração<br />
7 a 14<br />
Belo Horizonte (MG)<br />
www.feiramineirademoveis.<br />
com.br<br />
Ciff (China Internacional<br />
Furniture Fair)<br />
8 a 12<br />
Xangai (China)<br />
http://en.cecsh.com/<br />
Congresso Moveleiro<br />
16 e 17<br />
Curitiba (PR)<br />
www.fiepr.org.br/congressomoveleiro<br />
VII Feira da Construção<br />
Civil, Mobiliário e<br />
Decoração<br />
22 a 27<br />
Lajeado (RS)<br />
www.construmobil.com.br<br />
OUTUBRO <strong>2015</strong><br />
Formar<br />
14 a 16<br />
São Paulo (SP)<br />
www.feiraformar.com.br<br />
Vietnamwood<br />
14 a 17<br />
Tân Phú (Vietnam)<br />
secc.com.vn<br />
DESTAQUE<br />
SIMPÓSIO DA MADEIRA & CONSTRUÇÃO<br />
13 e 14 de agosto<br />
Curitiba (PR)<br />
www.expomadeira.com.br<br />
A terceira edição do Simpósio da Madeira & Construção acontece<br />
nos dias 13 e 14 de agosto, em Curitiba (PR). O evento apresenta<br />
aos participantes as soluções construtivas, as atualidades e a<br />
potencialidade futura do uso da madeira de florestas plantada<br />
na construção civil e seus benefícios ambientais. Composto por<br />
palestras e painéis de especialistas, abordará o tema Construções<br />
sustentáveis com madeira de florestas plantadas.<br />
Imagem: reprodução<br />
80 |<br />
www.referenciaindustrial.com.br
13 a 15 de outubro de <strong>2015</strong><br />
Transamerica Expo Center | São Paulo | SP<br />
EXPOSIÇÃO INTERNACIONAL<br />
DE FORNECEDORES PARA TINTAS<br />
A principal vitrine do setor de tintas e a maior oportunidade<br />
para fazer negócios com o setor na América Latina. Presença de mais<br />
de 250 expositores, incluindo os maiores fornecedores globais e as mais<br />
importantes empresas do Brasil.<br />
CONGRESSO INTERNACIONAL DE TINTAS<br />
Apresentações das mais recentes pesquisas de especialistas<br />
do Brasil e do exterior, com enfoque concentrado<br />
na sustentabilidade.<br />
Site www.ABRAFATI<strong>2015</strong>.com.br<br />
INSCRIÇÕES para assistir ao Congresso<br />
CREDENCIAMENTO para visitar a Exposição<br />
ABRAFATI<br />
Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas<br />
marketing@abrafati.com.br | (11) 4083 0504 – (11) 4083 0505<br />
PATROCINADORES
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
ESPAÇO ABERTO<br />
O HOMEM E A BUSCA PELA<br />
FORMA 3D<br />
D<br />
esde os primórdios da humanidade o homem cria<br />
objetos 3D para sua sobrevivência, constrói suas armas<br />
para defesa e caça, e como forma de expressão<br />
desenha e esculpe figuras que marcam seu tempo e costumes.<br />
Acelerando a história chegamos ao século XVIII, no meio<br />
deste inicia-se a revolução industrial com o surgimento das<br />
primeiras máquinas e com elas os primeiros profissionais.<br />
No século XIX para o século XX a evolução das máquinas<br />
ocorreu de forma significativa. Em 1949, a Persons aliou-se<br />
a Cincinnati Milling Machine Company (grande fabricante de<br />
tornos) para desenvolverem a Teoria do CNC (Controle Numérico<br />
Computadorizado), conectando um computador da época<br />
a uma fresadora de três eixos de automação eletromecânica a<br />
pedido da Força Aérea Americana, para que pudesse produzir<br />
peças complexas para aviões e mísseis.<br />
Nos anos 60 as ferramentas CAD começaram a ser utilizadas<br />
na criação de aeronaves, automóveis e componentes<br />
eletrônicos. Na década de 70 surgem os tornos CNC programados<br />
via software. Na de 80, os centros de usinagem e, nos<br />
anos 90, os tornos CNC com múltiplos carros.<br />
Essas máquinas fantásticas estão presentes na maioria<br />
das indústrias principalmente do setor metalúrgico. Produzem<br />
moldes 3D ou peças em série com qualidade e grande<br />
produtividade.<br />
Atualmente temos as impressoras 3D, tecnologia recente<br />
que vem conquistando diversos segmentos e as mais diversas<br />
aplicações principalmente na elaboração de moldes, peças<br />
técnicas e de pesquisas.<br />
As Impressoras 3D criam peças a partir da deposição<br />
de materiais e oferecem o modelo pronto e funcional, já as<br />
Fresadoras Routers CNC ou Centros de Usinagem produzem<br />
peças ou moldes pelo processo de desbaste de materiais,<br />
também chamado de usinagem.<br />
A tecnologia 3D é possível pela combinação do projeto<br />
desenvolvido em softwares CAD e transformado através de<br />
softwares específico em linguagem de máquina G Code para<br />
que esta execute todas as etapas do processo.<br />
Os Centros de Usinagem são equipamentos para produção<br />
industrial, já as impressoras são equipamentos para modelagens<br />
e protótipos normalmente aplicados em peças únicas.<br />
Foto: divulgação<br />
Por João da Mata Ribeiro<br />
Gerente comercial da 3D Transform<br />
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