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BEACH SHOW - WINDSURF<br />
BRA250<br />
O PRODÍGIO DOS VENTOS<br />
Foto: Emanuela Cauli<br />
Jericoacoara é muito conhecida por seus<br />
encantos, direitinhas perfeitas para longboards,<br />
águas cristalinas, lindas lagoas, ideal para o relax,<br />
dunas maravilhosas, entre outras coisas. Mas o<br />
que pouca gente sabe, é que Jeri, com ventos que<br />
chegam até 45knos, é também um dos destinos<br />
mais procurados no mundo pelos velejadores de<br />
windsurf.<br />
Enquanto para o surfista a presença de vento<br />
pode ser um ponto negativo para o surf, no<br />
windsurf a presença dele é essencial. Constituído<br />
por uma prancha e uma vela, o primeiro protótipo<br />
do windsurf foi criado na década de 1960, pelo<br />
casal Naomi e Newman Darby, em Portugal. No<br />
entanto, a criativa ideia não foi bem recebida e eles<br />
desistiram da invenção antes mesmo de patenteála.<br />
Anos mais tarde, em 1965, na Califórnia, Hoyle<br />
Schweitzer (surfista e empresário) e Jim Drake<br />
(velejador e engenheiro aeronáutico), uniram as<br />
características do surf com o velejo, e em 1970<br />
patentearam o equipamento e o batizaram de<br />
windsurf.<br />
O sucesso do windsurf foi tão grande, que apenas<br />
14 anos depois, em 1984, já foi reconhecido<br />
como esporte olímpico, e nesse mesmo ano,<br />
aqui no Brasil, foi criada a representação da<br />
classe no Conselho da Confederação Brasileira<br />
de Vela e Motor - CBVM, com a fundação da<br />
Associação Brasileira de Prancha a Vela (ABPV),<br />
hoje renomeada Associação Brasileira de Windsurf<br />
- ABWS. A primeira prancha de windsurf que<br />
chegou aqui no Brasil foi trazida pelo Fernando<br />
Germano, do Clube de Campo do São Paulo, e os<br />
pioneiros foram Klaus Peters e Marcelo Aflalo.<br />
E quando falamos de windsurf brasileiro, não<br />
podemos deixar de mencionar José Edvan de<br />
Souza Pedro. Nascido em Camocim e radicado em<br />
Jericoacoara, o “voador das ondas” (conhecido pela<br />
altura alcançada de seus saltos nas manobras),<br />
já coleciona títulos importantes para o windsurf<br />
brasileiro, e com 29 anos ainda tem muito a<br />
oferecer à esse esporte e ao Brasil.<br />
Edvan começou bem cedo no windsurf, e seu<br />
sucesso foi um misto de talento, muita dedicação,<br />
foco e sorte; e ainda teve essa sorte dobrada, pois<br />
além de ter o privilégio de ter um patrocinador, o<br />
que é fundamental no windsurf, como ele mesmo<br />
diz, ainda conheceu através do esporte que ama,<br />
sua esposa, Aurora, fonoaudióloga e também<br />
velejadora, e juntos criaram a Jeri250, escola de<br />
windsurf e outros esportes aquáticos, localizada<br />
na paradisíaca praia.<br />
Em termos de competição, o windsurf está dividido<br />
nas seguintes categorias: formula, freestyle,<br />
slalom, speed racing, super X e wave. E nosso<br />
Edvan coleciona alguns títulos em quase todas<br />
as categorias. Já foi 9 vezes Campeão Brasileiro<br />
Freestyle, Campeão no South American Freestyle<br />
Contest, Campeão no International Freestyle<br />
Contest, Campeão na World Freestyle Contest,<br />
segundo lugar no European Freestyle Contest, e 13º<br />
colocado no ranking mundial na World CUP, entre<br />
outros tantos títulos nas categorias wave, slalom e<br />
formula.<br />
Foto: Alma en Foto<br />
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