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Beach Show - edição 63

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BEACH SHOW - WINDSURF<br />

BRA250<br />

O PRODÍGIO DOS VENTOS<br />

Foto: Emanuela Cauli<br />

Jericoacoara é muito conhecida por seus<br />

encantos, direitinhas perfeitas para longboards,<br />

águas cristalinas, lindas lagoas, ideal para o relax,<br />

dunas maravilhosas, entre outras coisas. Mas o<br />

que pouca gente sabe, é que Jeri, com ventos que<br />

chegam até 45knos, é também um dos destinos<br />

mais procurados no mundo pelos velejadores de<br />

windsurf.<br />

Enquanto para o surfista a presença de vento<br />

pode ser um ponto negativo para o surf, no<br />

windsurf a presença dele é essencial. Constituído<br />

por uma prancha e uma vela, o primeiro protótipo<br />

do windsurf foi criado na década de 1960, pelo<br />

casal Naomi e Newman Darby, em Portugal. No<br />

entanto, a criativa ideia não foi bem recebida e eles<br />

desistiram da invenção antes mesmo de patenteála.<br />

Anos mais tarde, em 1965, na Califórnia, Hoyle<br />

Schweitzer (surfista e empresário) e Jim Drake<br />

(velejador e engenheiro aeronáutico), uniram as<br />

características do surf com o velejo, e em 1970<br />

patentearam o equipamento e o batizaram de<br />

windsurf.<br />

O sucesso do windsurf foi tão grande, que apenas<br />

14 anos depois, em 1984, já foi reconhecido<br />

como esporte olímpico, e nesse mesmo ano,<br />

aqui no Brasil, foi criada a representação da<br />

classe no Conselho da Confederação Brasileira<br />

de Vela e Motor - CBVM, com a fundação da<br />

Associação Brasileira de Prancha a Vela (ABPV),<br />

hoje renomeada Associação Brasileira de Windsurf<br />

- ABWS. A primeira prancha de windsurf que<br />

chegou aqui no Brasil foi trazida pelo Fernando<br />

Germano, do Clube de Campo do São Paulo, e os<br />

pioneiros foram Klaus Peters e Marcelo Aflalo.<br />

E quando falamos de windsurf brasileiro, não<br />

podemos deixar de mencionar José Edvan de<br />

Souza Pedro. Nascido em Camocim e radicado em<br />

Jericoacoara, o “voador das ondas” (conhecido pela<br />

altura alcançada de seus saltos nas manobras),<br />

já coleciona títulos importantes para o windsurf<br />

brasileiro, e com 29 anos ainda tem muito a<br />

oferecer à esse esporte e ao Brasil.<br />

Edvan começou bem cedo no windsurf, e seu<br />

sucesso foi um misto de talento, muita dedicação,<br />

foco e sorte; e ainda teve essa sorte dobrada, pois<br />

além de ter o privilégio de ter um patrocinador, o<br />

que é fundamental no windsurf, como ele mesmo<br />

diz, ainda conheceu através do esporte que ama,<br />

sua esposa, Aurora, fonoaudióloga e também<br />

velejadora, e juntos criaram a Jeri250, escola de<br />

windsurf e outros esportes aquáticos, localizada<br />

na paradisíaca praia.<br />

Em termos de competição, o windsurf está dividido<br />

nas seguintes categorias: formula, freestyle,<br />

slalom, speed racing, super X e wave. E nosso<br />

Edvan coleciona alguns títulos em quase todas<br />

as categorias. Já foi 9 vezes Campeão Brasileiro<br />

Freestyle, Campeão no South American Freestyle<br />

Contest, Campeão no International Freestyle<br />

Contest, Campeão na World Freestyle Contest,<br />

segundo lugar no European Freestyle Contest, e 13º<br />

colocado no ranking mundial na World CUP, entre<br />

outros tantos títulos nas categorias wave, slalom e<br />

formula.<br />

Foto: Alma en Foto<br />

60 / BS

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