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Beach Show - edição 63

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BEACH SHOW - MIDIA<br />

O NORDESTE EM PAUTA, COMPONDO<br />

A HISTÓRIA VIVA DO SURF BRASILEIRO.<br />

Idealizado pelo paraibano e surfista veterano,<br />

Helder Amaral, e realizado nos dias 15 e 16 de<br />

outubro de 2016, na paradisíaca praia de Baía<br />

Formosa, no Rio Grande do Norte, a iniciativa<br />

teve como premissa o resgate de memórias<br />

e acontecimentos que marcaram o esporte<br />

ao longo desses mais de 50 anos de registros<br />

que se tem documentado da prática do surf<br />

na região Nordeste. Inúmeros profissionais de<br />

mídia especializada marcaram presença, e ainda<br />

historiadores, surfistas, shapers e entusiastas de<br />

várias gerações estavam lá para registrar esse<br />

marco na história do surf.<br />

O grande objetivo foi catalogar parte da história<br />

do surf nordestino para uma publicação inédita<br />

que está sendo produzida por um dos convidados<br />

ilustres do evento, o paulista, Reinaldo Andraus<br />

(Dragão), ex-editor da Fluir, Hardcore e Alma Surf.<br />

Dragão, como é mais conhecido no surf, desde a<br />

década de 60 viaja o mundo surfando e produzindo<br />

conteúdo, e dedicou décadas de trabalho ao<br />

mercado editorial. Agora o desafio é compilar todo<br />

esse conteúdo em uma enciclopédia: “A Grande<br />

História do Surf Brasileiro”. Ele também fez um<br />

breve relato de como está sendo organizada toda<br />

a informação para a publicação da enciclopédia:<br />

“Os capítulos ímpares irão falar das memórias do<br />

surf, numa ordem cronológica, o capítulo 1 vai<br />

falar dos modelos de pranchas em Santos nos anos<br />

30, modelos Tom Blake, pranchas ocas de madeira.<br />

O capítulo 3 vai falar do início do surf no Rio de<br />

Janeiro, da época das ‘madeirites’, que vai do final<br />

dos anos 50 até início dos anos 60. O capítulo 5 vai<br />

abordar as pranchas de fibra de vidro que tiveram<br />

início na São Conrado Surfboards, que foi a primeira<br />

grande fábrica de prancha de surf do Brasil. Já no<br />

capítulo 7, vamos falar do início do surf em São<br />

Paulo, lá o surf nasceu em Santos, no Guarujá e em<br />

Ubatuba, ou seja, em vários começos simultâneos,<br />

ao contrário do Rio de Janeiro, que começou lá no<br />

Arpoador.<br />

Os capítulos pares serão da seguinte maneira: o<br />

capítulo 2, irá abordar a cidade do Rio de Janeiro,<br />

teremos um mapa da cidade onde vou relatar o<br />

lugar e o surf, falando sobre o passado, o presente<br />

e o que esperamos do futuro do surf. O capítulo 4<br />

vai falar do primeiro ícone do surf brasileiro, nosso<br />

querido Rico de Souza, que foi campeão de surf<br />

em 1972 no festival em Ubatuba e idealizador da<br />

primeira escola de surf do Brasil, relatando o seu<br />

pioneirismo.<br />

O capítulo 6 será dedicado aos grandes<br />

campeonatos que dividi em eras. Em 1972 teve<br />

o festival em Ubatuba, em Saquarema no ano<br />

de 1975 com muitos shows de Rock, e como<br />

deu início o formato dos campeonatos no Brasil,<br />

depois continuamos com Waimea 5000, e assim<br />

por diante. O Olímpicos na Joaquina – SC, o Marte<br />

Balin, como o primeiro grande campeonato no<br />

Nordeste. Depois o Circuito Brasileiro da ABRASP,<br />

que começou com o OP na Joaquina, o Fico<br />

Festival na Bahia, seguindo para Town & Country<br />

em Saquarema, que consagrou Paulo Matos como<br />

primeiro campeão brasileiro. Em suma, o livro irá<br />

reunir memórias, surfistas ícones, regiões de surf<br />

no Brasil, campeonatos e muito mais.”, comenta<br />

Dragão.<br />

Dando sequência a essa apresentação, seguimos<br />

com relatos e histórias regionais, com seus ícones<br />

e acontecimentos. O objetivo era descrever<br />

com riqueza de detalhes, todo o movimento<br />

sociocultural desencadeado pelo surf no Brasil<br />

ao longo dos anos. A abertura do evento ocorreu<br />

no dia 15 de outubro com uma solenidade no<br />

auditório da Câmara de Vereadores de Baía<br />

Formosa, com a pauta “Nordeste em Foco”.<br />

Em formato de mesa redonda, com debate<br />

mediado por nosso anfitrião, Helder Amaral,<br />

foram compartilhadas diversas histórias, registros<br />

e fatos marcantes, como por exemplo o primeiro<br />

brasileiro a ser capa de uma revista internacional<br />

de surf, o nosso cearense Odalto de Castro.<br />

Em Pernambuco, a primeira foto de Surf feita no<br />

Acaiaca, berço do surf pernambucano, fotografada<br />

por Regi Galvão, em 1967; relatos de Henrique<br />

Oliveira com documentos que comprovam<br />

o surgimento do surf potiguar em 1962. O<br />

evento também contou com uma platéia de<br />

grandes personalidades locais de Baía Formosa.<br />

70 / BS

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