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BEACH SHOW - MIDIA<br />
O NORDESTE EM PAUTA, COMPONDO<br />
A HISTÓRIA VIVA DO SURF BRASILEIRO.<br />
Idealizado pelo paraibano e surfista veterano,<br />
Helder Amaral, e realizado nos dias 15 e 16 de<br />
outubro de 2016, na paradisíaca praia de Baía<br />
Formosa, no Rio Grande do Norte, a iniciativa<br />
teve como premissa o resgate de memórias<br />
e acontecimentos que marcaram o esporte<br />
ao longo desses mais de 50 anos de registros<br />
que se tem documentado da prática do surf<br />
na região Nordeste. Inúmeros profissionais de<br />
mídia especializada marcaram presença, e ainda<br />
historiadores, surfistas, shapers e entusiastas de<br />
várias gerações estavam lá para registrar esse<br />
marco na história do surf.<br />
O grande objetivo foi catalogar parte da história<br />
do surf nordestino para uma publicação inédita<br />
que está sendo produzida por um dos convidados<br />
ilustres do evento, o paulista, Reinaldo Andraus<br />
(Dragão), ex-editor da Fluir, Hardcore e Alma Surf.<br />
Dragão, como é mais conhecido no surf, desde a<br />
década de 60 viaja o mundo surfando e produzindo<br />
conteúdo, e dedicou décadas de trabalho ao<br />
mercado editorial. Agora o desafio é compilar todo<br />
esse conteúdo em uma enciclopédia: “A Grande<br />
História do Surf Brasileiro”. Ele também fez um<br />
breve relato de como está sendo organizada toda<br />
a informação para a publicação da enciclopédia:<br />
“Os capítulos ímpares irão falar das memórias do<br />
surf, numa ordem cronológica, o capítulo 1 vai<br />
falar dos modelos de pranchas em Santos nos anos<br />
30, modelos Tom Blake, pranchas ocas de madeira.<br />
O capítulo 3 vai falar do início do surf no Rio de<br />
Janeiro, da época das ‘madeirites’, que vai do final<br />
dos anos 50 até início dos anos 60. O capítulo 5 vai<br />
abordar as pranchas de fibra de vidro que tiveram<br />
início na São Conrado Surfboards, que foi a primeira<br />
grande fábrica de prancha de surf do Brasil. Já no<br />
capítulo 7, vamos falar do início do surf em São<br />
Paulo, lá o surf nasceu em Santos, no Guarujá e em<br />
Ubatuba, ou seja, em vários começos simultâneos,<br />
ao contrário do Rio de Janeiro, que começou lá no<br />
Arpoador.<br />
Os capítulos pares serão da seguinte maneira: o<br />
capítulo 2, irá abordar a cidade do Rio de Janeiro,<br />
teremos um mapa da cidade onde vou relatar o<br />
lugar e o surf, falando sobre o passado, o presente<br />
e o que esperamos do futuro do surf. O capítulo 4<br />
vai falar do primeiro ícone do surf brasileiro, nosso<br />
querido Rico de Souza, que foi campeão de surf<br />
em 1972 no festival em Ubatuba e idealizador da<br />
primeira escola de surf do Brasil, relatando o seu<br />
pioneirismo.<br />
O capítulo 6 será dedicado aos grandes<br />
campeonatos que dividi em eras. Em 1972 teve<br />
o festival em Ubatuba, em Saquarema no ano<br />
de 1975 com muitos shows de Rock, e como<br />
deu início o formato dos campeonatos no Brasil,<br />
depois continuamos com Waimea 5000, e assim<br />
por diante. O Olímpicos na Joaquina – SC, o Marte<br />
Balin, como o primeiro grande campeonato no<br />
Nordeste. Depois o Circuito Brasileiro da ABRASP,<br />
que começou com o OP na Joaquina, o Fico<br />
Festival na Bahia, seguindo para Town & Country<br />
em Saquarema, que consagrou Paulo Matos como<br />
primeiro campeão brasileiro. Em suma, o livro irá<br />
reunir memórias, surfistas ícones, regiões de surf<br />
no Brasil, campeonatos e muito mais.”, comenta<br />
Dragão.<br />
Dando sequência a essa apresentação, seguimos<br />
com relatos e histórias regionais, com seus ícones<br />
e acontecimentos. O objetivo era descrever<br />
com riqueza de detalhes, todo o movimento<br />
sociocultural desencadeado pelo surf no Brasil<br />
ao longo dos anos. A abertura do evento ocorreu<br />
no dia 15 de outubro com uma solenidade no<br />
auditório da Câmara de Vereadores de Baía<br />
Formosa, com a pauta “Nordeste em Foco”.<br />
Em formato de mesa redonda, com debate<br />
mediado por nosso anfitrião, Helder Amaral,<br />
foram compartilhadas diversas histórias, registros<br />
e fatos marcantes, como por exemplo o primeiro<br />
brasileiro a ser capa de uma revista internacional<br />
de surf, o nosso cearense Odalto de Castro.<br />
Em Pernambuco, a primeira foto de Surf feita no<br />
Acaiaca, berço do surf pernambucano, fotografada<br />
por Regi Galvão, em 1967; relatos de Henrique<br />
Oliveira com documentos que comprovam<br />
o surgimento do surf potiguar em 1962. O<br />
evento também contou com uma platéia de<br />
grandes personalidades locais de Baía Formosa.<br />
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