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Beach Show - edição 63

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BEACH SHOW - PERFIL<br />

SAULO BARROS<br />

SURFISTA, CAMPEÃO E EMPRESÁRIO<br />

Por Mardônio Paz Filho<br />

Em uma conversa descontraída com o cearense, Saulo Barros, 22<br />

anos, falamos sobre o atual cenário do surf nacional e mundial.<br />

O atleta que possui oito importantes títulos (campeão cearense<br />

iniciantes, mirim e junior, top 4 nordestino junior e open 2012,<br />

campeão brasileiro open 2013, vice campeão cearense profisional<br />

2014 e top 5 brasileiro pro junior 2015) também é empresário e<br />

nos falou um pouco sobre como foi a sua principal conquista,<br />

patrocínios e ainda desabafou sobre a atualidade das competições<br />

em nosso país.<br />

Foto: Mardônio Paz Filho<br />

Quem é o Saulo Barros como pessoa?<br />

Eu sou um cara muito brincalhão, amigo e<br />

companheiro, gosto muito de desfrutar cada<br />

momento, até os mais simples, pois são eles que<br />

fazem a diferença. Para mim a família é a base de<br />

tudo, adoro estar com eles e faço tudo para vê-los<br />

bem, sou muito feliz com a vida que tenho.<br />

Como foi se tornar Campeão Brasileiro Open<br />

2013 e qual a sensação após essa importante<br />

conquista?<br />

Foi um título muito importante pra mim, pois foi um<br />

ano bem difícil. Eu estava voltando de uma lesão<br />

no joelho direito e mesmo com toda dificuldade<br />

para treinar por conta de dores, não desanimei,<br />

tive acompanhamento de fisioterapeuta, em<br />

seguida fiz treinos de fortalecimento muscular.<br />

Confesso que a recuperação foi mais rápida do que<br />

eu imaginava, treinei muito dentro e fora d’água<br />

porque sabia do nível dos meus adversários, tudo<br />

foi se encaixando no decorrer dos meses e no final<br />

de tudo consegui meu objetivo, me consagrar<br />

Campeão Brasileiro Open, um título que muitos<br />

atletas gostariam de ter em sua carreira como<br />

amador.<br />

Todo mérito também vai à minha família que<br />

estava comigo apesar de todos os contratempos,<br />

foi demais esse título!<br />

Como você enxerga a atual situação do surf<br />

competição, no Nordeste e no Brasil ?<br />

É um fato que nós atletas competimos muito,<br />

até porque sobrevivemos disso, se não tem<br />

campeonatos como vamos sobreviver? Não dá!<br />

Temos que achar formas para sobreviver e ter mais<br />

qualidade de vida.<br />

78 / BS<br />

Por exemplo, os tops brasileiros do WSL batendo<br />

frente a frente com os gringos do mesmo nível ou<br />

até melhores, sendo também campeões mundiais,<br />

como o Gabriel Medina que foi o primeiro, no ano<br />

seguinte o Adriano de Souza, e aí como ficam os<br />

eventos no Brasil? Na mesma.<br />

No ano que o Medina foi campeão mundial<br />

pensamos que tudo iria melhorar, o mundo iria<br />

olhar para o Brasil de uma forma diferente, com<br />

mais eventos profissionais, investimentos em<br />

nossas categorias de base, campeonatos PRO<br />

Juniors, mas não, o ano que pensei que fosse<br />

melhorar, ficou até pior do que estava. Isso vem<br />

prejudicando bastante o desenvolvimento e a<br />

continuidade da minha carreira e de vários outros<br />

atletas, pois precisamos das competições para<br />

construirmos nossas histórias.<br />

Quais seus principais objetivos como<br />

competidor?<br />

Inicialmente, meu objetivo era competir os<br />

eventos profissionais nacionais, como o Super Surf,<br />

Circuito Paulista, Carioca, Catarinense e Cearense.<br />

No ano que passou aconteceram apenas 3 eventos<br />

profissionais, 2 Paulistas e 1 Cearense, assim fica<br />

difícil ter um objetivo.<br />

Queria muito poder estar nas etapas do WSL<br />

e WQS (divisão de acesso à elite mundial), é o<br />

único circuito que está atualmente em plena<br />

atividade, porém o custo é muito alto, me esforcei<br />

bastante para ir mesmo sem patrocínio, mas não<br />

dá, é um investimento muito acima das minhas<br />

condições hoje. Vamos aguardar o calendário de<br />

competições de 2017 e só então podemos traçar<br />

novos objetivos.<br />

Existe algum projeto seu paralelo ao surf<br />

competição?<br />

Eu, juntamente com meu pai, Carlos Barros, temos<br />

a loja, Wind Zone, no Cumbuco, lugar onde moro,<br />

e que hoje é um dos mais belos e visitados do<br />

Ceará. Também sou Produtor de eventos, no<br />

período de maior atividade confesso que é meio<br />

puxado, pois ocupa muito meu tempo, mas<br />

nunca deixo de treinar, esses são os meios para<br />

conseguir sobreviver hoje em dia e me manter nas<br />

competições.<br />

Em relação à apoio e patrocínios, quais<br />

empresas estão com você?<br />

Patrocínios hoje em dia tá muito difícil, e não só<br />

pra mim, também para muitos outros atletas de<br />

grande talento e dedicação. Em abril de 2015<br />

fiquei sem patrocinador principal, finalizei uma<br />

parceria de 7 anos com a Zangs, uma empresa<br />

cearense, onde obtive a maioria dos meus títulos,<br />

sempre vestindo a camisa com amor, e sei que foi<br />

uma finalização de parceria com um sentido de<br />

“missão cumprida!”.<br />

Quem me acompanhou sabe o quanto eu fiz para<br />

somar no crescimento dessa empresa. Hoje tenho<br />

um co-patrocínio da loja Wind Zone - Cumbuco,<br />

apoio da principal academia do nosso estado a<br />

AYO Fitness Club onde tenho um suporte master<br />

nos treinos e na orientação para a alimentação<br />

como um atleta realmente merece, e também o<br />

apoio da marca de pranchas Airguns. Sou muito<br />

grato à todos eles!

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