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A Revista <strong>Beach</strong> <strong>Show</strong> teve uma conversa com o<br />
“voador das ondas” e mostramos pra vocês um<br />
pouco mais desse grande nome do windsurf,<br />
esporte ainda não muito difuso, porém muito<br />
desafiante e encantador.<br />
Você veleja desde criança, como e quando<br />
exatamente iniciou esse caso de amor?<br />
Tudo comecou em 2000, com um amigo italiano,<br />
o Maurizio Gussella, ele foi a primeira pessoa que<br />
vi velejando e fazendo manobras, desde então me<br />
apaixonei pelo esporte.<br />
Quando você virou profissional do esporte?<br />
Aí já foi um pouco mais tarde, em 2009, com o<br />
“paitrocínio” (risos) de Gianluca Amadori, uma<br />
pessoa que até hoje considero como um pai, foi ele<br />
quem sempre me ajudou, me apoiou, incentivou e<br />
patrocinou ao longo das muitas viagens que já fiz<br />
como windsurfista profissional.<br />
Qual foi o melhor mar da sua vida e a pior vaca?<br />
O melhor mar com certeza foi em Moulay, no<br />
Marrocos, vento muito forte e ondas perfeitas pra<br />
saltar. Já tomei algumas vacas bem duras durante<br />
esses anos como velejador, mas graças a Deus<br />
não houve nenhuma que rendesse uma memória<br />
exclusiva. (risos)<br />
Qual o seu sonho?<br />
Meu sonho já estou vivendo! Poder viajar o mundo<br />
e trabalhar diretamente com o que eu amo e ainda<br />
por cima poder contar com o apoio incondicional<br />
da minha esposa e parceira pra tudo, já é por si só<br />
o meu sonho, e o vivo diariamente.<br />
Qual foi o título mais difícil?<br />
Todos foram muito difícies, sempre competi com<br />
vários atletas importantes no mundo do windsurf,<br />
mas treinamento e foco fizeram toda diferença,<br />
além da torcida, claro, que sempre foi de grande<br />
incentivo.<br />
Para você que compete e conhece bem essa<br />
galera, na sua opinião, quem tem o velejo que<br />
mais impressiona?<br />
Marcílio Browne e Philip Köster, meu olhar está<br />
sempre neles, pra mim são os melhores em estilo,<br />
variação e combinação de manobras.<br />
Como você vê o velejo brasileiro hoje em dia?<br />
No que diz respeito aos atletas somos muito<br />
fortes, nós temos velejadores de grande<br />
potencial, mas como na maioria dos esportes<br />
dito “recentes”, infelizmente ainda falta muito<br />
patrocínio. O windsurf é um esporte de alto custo,<br />
lamentavelmente nem todos da classe baixa e<br />
média têm a sorte que eu tive de ter patrocínio e<br />
suporte. Falta assistência para atletas, já vi grandes<br />
talentos desistirem por falta de ajuda financeira.<br />
Somos uma revista que cobre todo o Nordeste,<br />
em sua opinião, como estão os campeonatos<br />
regionais em relação a infraestrutura e<br />
premiação no windsurf?<br />
Na minha modalidade (wave) aqui no Brasil,<br />
o único evento que eu conheço é o que eu<br />
mesmo organizo todos os anos, em Jericoacoara.<br />
Aqui ainda é muito precário nos esportes, e na<br />
premiação entao, nem se fala.<br />
Quais picos já enfrentou que mais te marcaram?<br />
Todos! Cada viagem nos dá uma experiência<br />
diferente, pessoas e culturas novas e todas com<br />
suas características e inesquecíveis a seu modo.<br />
Até o vento, quando tem a mesma velocidade no<br />
Marrocos ou na Itália, mesmo assim ele ainda é<br />
diferente, a posição, o ângulo, tudo; lembro com<br />
detalhe de todos os picos que velejei.<br />
Deixe uma mensagem para a galera da Revista<br />
<strong>Beach</strong> <strong>Show</strong> e para os futuros velejadores:<br />
Nunca desista dos seus sonhos, não é facil<br />
chegar onde você quer, tem que ser persistente,<br />
determinado, ter foco e não se abalar facilmente.<br />
Galera da <strong>Beach</strong> <strong>Show</strong>, vocês estão fazendo um<br />
ótimo trabalho, continuem estimulando o esporte<br />
e o comércio esportivo, o trabalho de vocês é<br />
muito lindo, estão de parabens.<br />
Por Dárica Bolinelli<br />
Fundadora e Diretora da ONG AMEM<br />
Longboarder e windsurfista<br />
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