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Revista Dr. Plinio 231

Junho de 2017

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seu. Porém, essa impressão passou e<br />

esqueci a questão.<br />

Mais tarde, entrei para o colégio<br />

e conheci meus colegas. Quando comecei<br />

a ver aquela meninada, refleti<br />

que Santo Eliseu tinha razão de fazer<br />

o que fez... Mas depois pensava:<br />

“Seriam aqueles meninos tão canalhas<br />

quanto estes? Enfim, pelo menos<br />

pode-se conceber que eram. Para<br />

estes aqui, ursos!”<br />

Contudo, depois eu cogitava que<br />

se alguém mandasse vir os ursos para<br />

comerem os meninos, encontraria<br />

a oposição daquilo que, mais tarde,<br />

chamaria de “heresia branca” 1 . Então<br />

o Profeta Eliseu começou a ser um<br />

advogado no meu debate interno. Em<br />

minha primeira grande briga da vida,<br />

que foi contra a “heresia branca”,<br />

Santo Eliseu era meu defensor. Pelo<br />

Divulgação (CC3.0)<br />

Arquivo <strong>Revista</strong><br />

menos ele amava as coisas direitas<br />

como eu amo. E é assim mesmo:<br />

atacou uma coisa boa, urso em cima!<br />

Se não for isso, não compreendo<br />

a Religião Católica. Ora, eu<br />

a entendo, graças a Deus. Logo,<br />

na concepção da “heresia branca”<br />

há qualquer coisa de errado.<br />

De acordo com a “heresia<br />

branca”, o “Santo” deve ser uma<br />

pessoa sem segundas intenções,<br />

sem astúcia. As recomendações<br />

de Nosso Senhor de que se deve<br />

unir a simplicidade da pomba à<br />

astúcia da serpente, para a “heresia<br />

branca” não valem nada.<br />

Ela pensa apenas na pomba, realizando<br />

com isso aquilo de que<br />

fala o Profeta Oseias: “...como pomba<br />

imbecil e sem inteligência” (cf. Os<br />

7, 11). Ora, os adeptos da “heresia<br />

branca” são precisamente pombas<br />

imbecis e sem inteligência.<br />

É, portanto, muito formativo sabermos<br />

que um grande Santo, como<br />

São Vicente de Paula – merecidamente<br />

tido como o Santo da caridade<br />

–, fundou uma sociedade que<br />

atuava na corte de Luís XIV, e que<br />

reunia várias figuras importantes do<br />

clero e da nobreza, as quais, sem o<br />

conhecimento do restante da corte,<br />

combinavam atividades para desenvolver<br />

na própria corte e na sociedade<br />

francesa a influência da verdadeira<br />

Religião.<br />

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