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Jornal da Bairrada
região
OLIVEIRA DO BAIRRO
7 | setembro | 2017
9
AUTÁRQUICAS’17
PSD O. BAIRRO
PSD organiza
1.ª sessão de
cinema no QA
No próximo dia 10 de setembro,
a JSD e o PSD de Oliveira
do Bairro, no âmbito da campanha
eleitoral para as eleições
de 1 de outubro, vão organizar a
1.ª Sessão de Cinema no Quartel
das Artes Dr. Alípio Sol.
O filme será Gru - o maldisposto.
A sessão está marcada
para as 16h e será de entrada livre,
sujeita à lotação do espaço.
De seguida, no largo dos Paços
do Concelho será feita a apresentação
da candidatura à Assembleia
Municipal.
UPOB
Grupo organiza
jantar convívio
O Grupo de Cidadãos Eleitores
Unidos por Oliveira do Bairro
- UPOB- realiza um jantar
convívio no dia 23 de setembro
(sábado), pelas 19h, no Hotel
Paraíso. Mais informações
junto dos elementos do UPOB.
OLIV. BAIRRO
“Rabo de Saia”
estreia no QA
O Quartel das Artes Dr. Alípio
Sol (QA) recebe este sábado,
9 de setembro, às 22h, a sua
primeira estreia nacional, com
um elenco já bem conhecido do
público oliveirense. A comédia
“Rabo de Saia” reúne em palco
Almeno Goncalves, Joaquim
Nicolau, António Melo e Fernando
Ferrão.
Os bilhetes para a peça
(maiores de 12) custam 10
euros. Aquisição no QA ou através
da bilheteira online BOL.
BUSTOS
“Foi muito fácil
pôr um fim ao Colégio Frei Gil”
O dia 1 de setembro foi
de trabalho para alguns
funcionários do IPSB. O
secretariado abriu, permitindo
que docentes e
pessoal não docente pudessem
tratar de algumas
situações pendentes. No
entanto, nem todas. “Estão
a entregar alguns documentos,
por exemplo
declarações necessárias
para quem vai concorrer
para outros Agrupamentos,
mas estão-nos a vedar
o acesso a outro tipo de documentação,
como os contratos,
o que supostamente
não poderiam fazer”, confirmou
ao JB o professor
André Moreira.
Aconselhados pelos advogados
a apresentar-se
neste que seria o primeiro
dia do novo ano letivo,
apesar de terem recebido
uma comunicação da administração
do Colégio,
via e-mail, dando nota de
que não teriam de o fazer,
vários professores e funcionários
fizeram-no e vão
continuar a fazer. “Há pessoas
que vão continuar a
vir, todos os dias, há outras
que ficarão à espera de ser
chamadas, o que provavelmente
não acontecerá. Há
também funcionários que
foram contactados pela administração,
para assegurar
o funcionamento diário
corrente, até que chegue a
administração judicial, se
tal vier a acontecer”, continua
André Moreira.
Professor no IPSB há 17
anos, André Moreira lamenta
que “uma conjugação
extraordinária de fatores”
tenha levado a este
desfecho, “ao nível do governo,
ao nível da Igreja
- curiosamente quando
até deveriam estar em polos
opostos - e houve outra
condicionante importante,
que foi o facto de o
atual presidente da Câmara
não se candidatar
e o seu consequente desinteresse”.
O docente lamenta
ainda que “a comunidade
que é servida pelo
IPSB, que esteve envolvida
na doação de terrenos
e na construção deste património,
se tenha desligado
com uma facilidade incrível
disto tudo”. “É algo
que me custa a aceitar. Foi
muito fácil pôr um fim ao
Colégio Frei Gil.”
Ligeireza por parte da
Igreja. Tal como André
Moreira, Pedro Diogo tem
dois salários em atraso e
metade de dois subsídios,
fora a indemnização pelo
fim de contrato. “Estou
aqui a meio termo há 20
anos e choca-me que tenha
havido tanto esforço para
se construir este património
para as gentes de Bustos
e dos arredores, e que
se deixe cair desta forma,
que era previsível e esperada,
no entanto toda a gente
facilitou o trabalho a quem
veio cá para fazer apenas
isso”, considera esta professor.
Quanto ao futuro,
“não se pode esperar nada.
Estranhamente, as pessoas
têm uma imagem da Igreja
que não é esta. A Igreja que
protege os mais desfavorecidos
foi aquela que veio
aqui dizer que não havia
aqui gente desfavorecida
e que não era preciso haver
uma escola com essas
características aqui; houve
uma ligeireza por parte da
Igreja, quando muita gente
confiava na Igreja e nunca
pensou que pudesse fazer
o que está a fazer.”
O que está a acontecer
não é uma surpresa para
Pedro Diogo, que chegou
a intervir, numa reunião
entre professores, funcionários,
pais e administração,
alertando para este
fim esperado “e disse que
podíamos fechar isto com
dignidade… infelizmente,
isso não aconteceu”.
Pedro Diogo ressalva
“os requintes de malvadez
com que fizeram isto,
quando quinze dias tínhamos
tido uma reunião com
a administração e foi dito
aos colaboradores todos,
que não se sabia qual era o
futuro do IPSB! Quando já
se sabia perfeitamente qual
era!”, exclama, num tom de
revolta, frisando que este
processo “deve ser devidamente
esmiuçado e as
pessoas devem ser responsabilizados
por estes atos”.
“Porque isto é gestão danosa,
não só para este património,
mas também para a
comunidade e para as pessoas
que aqui trabalham,
que aqui construíram a
sua casa e sua vida e que
sempre deram o máximo.
Sair daqui, lavar as mãos
apresentando insolvência
antes de férias, quando as
pessoas estão distraídas, é
uma falta de verticalidade
e honestidade que tem de
ser salientado.”
O encerramento do
IPSB (apenas o pré-escolar
do Frei Gil fica em funcionamento)
deixa sem trabalho
mais de uma centena
de funcionários, entre docentes
(perto de 80) e não
docentes (cerca de 30).
Entretanto, muitos dos
alunos do IPSB foram
transferidos para o Agrupamento
de Escolas, que
tem neste ano letivo, 2502
alunos (mais 384 do que no
ano letivo anterior), tendo
sido contratados cerca de
80 novos professores.
Oriana Pataco
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