Revista Penha | setembro 2017
O que acontece, quem são as pessoas que marcam a Freguesia e ainda algumas curiosidades sobre a Penha de França. Uma revista editada pela Junta de Freguesia da Penha de França.
O que acontece, quem são as pessoas que marcam a Freguesia e ainda algumas curiosidades sobre a Penha de França.
Uma revista editada pela Junta de Freguesia da Penha de França.
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<strong>Revista</strong> Mensal<br />
Junta de Freguesia da <strong>Penha</strong> de França<br />
jf-penhafranca.pt<br />
f Freguesia<strong>Penha</strong>DeFranca<br />
nr. 19<br />
set ‘ 17
FICHA<br />
TÉCNICA<br />
Propriedade<br />
Junta de Freguesia da<br />
<strong>Penha</strong> de França<br />
Directora<br />
Sofia Oliveira Dias<br />
Coordenadora<br />
Teresa Oliveira<br />
Design e Grafismo<br />
WL Partners<br />
Fotografia<br />
André Roma<br />
Colaboração<br />
Cometa Mágico<br />
Impressão<br />
Sogapal<br />
Tiragem<br />
23.500 exemplares<br />
Distribuição Gratuita<br />
Depósito Legal 408969/16
EDITORIAL<br />
TODOS CONTARAM,<br />
TODOS CONTAM<br />
Neste Setembro, em que<br />
regressam muitas das rotinas que<br />
pontuam as nossas vidas, chega<br />
ao fim um mandato autárquico<br />
em que tivemos a oportunidade de<br />
procurar dar um contributo cívico<br />
para responder às necessidades e<br />
às expectativas das pessoas e do<br />
território da Freguesia da <strong>Penha</strong> de<br />
França.<br />
Mais do que uma oportunidade,<br />
foi um privilégio de serviço público<br />
para dinamizar as respostas<br />
da Junta para as pessoas, para<br />
valorizar o espaço público e para<br />
lançar sementes para que exista<br />
uma maior participação, um maior<br />
sentido de procura da qualidade<br />
de vida para os seres vivos e<br />
um reforço da identidade, das<br />
tradições e da energia que existe<br />
neste território de Lisboa.<br />
Lançadas as sementes do<br />
orçamento participativo, da<br />
valorização do espaço público,<br />
da melhoria dos serviços<br />
de proximidade, também na<br />
sequência da descentralização<br />
das competências da Câmara<br />
para a Junta, e dinamizado um<br />
conjunto de iniciativas para as<br />
novas realidades da Freguesia,<br />
estão criadas as condições para<br />
um futuro melhor, com ainda mais<br />
identidade, tradição e inovação.<br />
Este é um momento para<br />
agradecer a compreensão,<br />
a mobilização e o sentido<br />
construtivo das críticas e<br />
sugestões que foram sendo<br />
formuladas por quem nasceu,<br />
vive, estuda, trabalha ou visita<br />
a nossa Freguesia da <strong>Penha</strong> de<br />
França. Só com o contributo de<br />
cada um, na sua diversidade de<br />
pensamento e de acção, podemos<br />
construir uma comunidade mais<br />
viva, forte e coesa. Só com o<br />
contributo democrático de todos,<br />
conseguimos construir soluções<br />
sustentáveis e sólidas que<br />
correspondam às expectativas<br />
de bem-estar, de realização e de<br />
participação das populações.<br />
Foi a conjugação destas vontades<br />
e das respetivas energias que<br />
permitiu a conclusão deste<br />
mandato com a consciência da<br />
importância do trabalho realizado,<br />
com proximidade, humanismo e<br />
espírito de missão, e com a noção<br />
dos desafios que se colocam a<br />
um território como o da <strong>Penha</strong> de<br />
França em que as pessoas têm de<br />
estar sempre no centro da gestão<br />
autárquica.<br />
Do Rio à Colina temos realidades,<br />
competências e ambições<br />
suficientes para reforçar a<br />
importância da Freguesia na<br />
cidade de Lisboa, colocando<br />
Sofia Oliveira Dias<br />
Presidente da Junta de Freguesia<br />
da <strong>Penha</strong> de França<br />
sofia.dias@jf-penhafranca.pt<br />
sempre quem cá vive, trabalha<br />
ou estuda como prioridade das<br />
opções, no presente e no futuro.<br />
Uma comunidade tão<br />
comprometida com a memória<br />
como com as respostas para o<br />
presente, para a inovação e para a<br />
modernização, num território que<br />
queremos cada vez mais amigo<br />
das pessoas e dos animais.<br />
Um território solidário e<br />
empreendedor, mobilizado para<br />
que a proposta e a crítica tenham<br />
espaço de afirmação. Foi esse<br />
o caminho que humildemente<br />
procurámos percorrer, pela <strong>Penha</strong>,<br />
por si.<br />
1
SABIA QUE:<br />
A PENHA DE<br />
OUTROS TEMPOS<br />
Foto de grupo de casamento tirada na Rua Frei Manuel do<br />
Cenáculo, anos 40. Procedência: Margarida da Silva<br />
Casal de noivos junto ao 'Fogareiro', 1961.<br />
Procedência: Margarida da Silva<br />
Procissão junto à Capela que existia no Alto da Eira,<br />
Anos 50 ou 60. Procedência: Maria Helena Cleto<br />
Praia fluvial da Marabana, 23/07/1942<br />
Procedência: Alda de Oliveira<br />
Agradecemos à Biblioteca Municipal da <strong>Penha</strong><br />
de França a cedência destas fotografias,<br />
pertencentes ao seu acervo<br />
2
COMEÇOU O<br />
PRAIA CAMPO<br />
SÉNIOR <strong>2017</strong><br />
São oito horas da manhã e já o<br />
autocarro espera em frente ao Polo<br />
Morais Soares. Irá levar os seniores<br />
do primeiro turno da Praia Campo<br />
Sénior <strong>2017</strong> até às praias da Costa da<br />
Caparica.<br />
Como sempre, estas semanas serão de<br />
lazer, praia, cultura e, sobretudo, muito<br />
convívio.<br />
Com passagem pela Estufa Fria de<br />
Lisboa, pelo Aquário Vasco da Gama e<br />
por muitos outros pontos de interesse<br />
da nossa cidade, estas são semanas<br />
pelas quais muitos dos participantes<br />
aguardam com expetativa, são dias em<br />
que se celebra o prazer partilhado por<br />
estes grupos de seniores da Freguesia<br />
da <strong>Penha</strong> de França em viver a vida<br />
com alegria.<br />
3
SOU FELIZ<br />
Parece ter sido há menos tempo,<br />
mas D. Albertina nasceu há 91<br />
anos. Não nasceu em Lisboa e chegou<br />
às proximidades da Rua Morais<br />
Soares há mais de seis décadas, já<br />
casada e com um filho.<br />
Ainda vive no mesmo prédio para<br />
onde se mudou em 1954 porque o<br />
marido trabalhava na Freguesia, “já<br />
há sete anos”, e a casa onde antes<br />
viviam ficava distante.<br />
Foi nestas ruas que os filhos brincaram.<br />
Recorda a <strong>Penha</strong> de França<br />
com “muitos campos”; recorda<br />
um “grande chafariz” que existia<br />
na esquina da Calçada do Poço<br />
dos Mouros com a Morais Soares,<br />
onde os cavalos iam beber; recorda<br />
os tempos em que “a Praça Paiva<br />
Couceiro era só terra”; recorda<br />
que a Rua Morais Soares tinha um<br />
separador com árvores ao centro e<br />
elétricos nas laterais.<br />
Aliás, lembra com particular<br />
saudade esta artéria: “Chegava a<br />
ir à Baixa procurar coisas e só as<br />
encontrava na Morais Soares, que<br />
era uma zona muito fina, com lojas<br />
lindas e montras muito arranjadas”,<br />
como as da Britânia, da Esperança<br />
& Pina ou da Isabela.<br />
Mas também não esquece o tempo<br />
em que havia “muita droga” na sua<br />
rua, os prédios sujos onde os toxicodependentes<br />
chegavam a entrar para<br />
se injetar. “Desapareceu tudo, está<br />
tudo lavado, nesta Freguesia nota-se<br />
uma evolução, têm feito muita coisa,<br />
sim senhor”.<br />
Nota também que agora há um<br />
maior esforço “para dar mais atenção<br />
aos velhotes, esforçam-se por nos<br />
facilitar a vida”. Houve uma altura em<br />
que deixou de ir às atividades da Junta,<br />
porque se sentia “um bocadinho<br />
mais para baixo”. Mas acabou por se<br />
decidir a voltar: “A D. Capitolina não<br />
deixou, dizia ‘não faça isso, não faça<br />
isso!’, de maneira que agora tenho<br />
ido”.<br />
Participou também no projeto<br />
‘Memórias do Bairro’, da Biblioteca<br />
Municipal da <strong>Penha</strong> de França, de<br />
que “gostou muito”. E onde teve uma<br />
boa surpresa: encontrou uma colega<br />
da irmã mais nova, que com ela vivia,<br />
e que ia a sua casa com a mãe pedir-<br />
-lhe autorização para a irmã sair. “Ela<br />
velha e eu velha” - já não se viam há<br />
quarenta anos e fizeram uma festa<br />
quando se reconheceram.<br />
“Nota-se que há vontade de que a<br />
gente seja feliz nesta freguesia” afirma<br />
a D. Albertina. “Sou feliz” – resume<br />
– “e gosto de estar aqui”.<br />
4
Há oito décadas que a D. Alda vive<br />
na <strong>Penha</strong> de França, para onde<br />
veio, com tenra idade, morar para<br />
uma das muitas vilas operárias que<br />
existem na Freguesia.<br />
A sua infância foi quase exclusivamente<br />
passada nessa vila. Era<br />
lá que vivia, que brincava e que até<br />
tinha aulas. “Não tínhamos ordem<br />
para sair”, relembra. Com a curiosidade<br />
própria da infância, às vezes<br />
ia com os outros meninos espreitar<br />
ao fim da rua: sem sucesso porque<br />
a mãe “aparecia logo à janela a<br />
ralhar”.<br />
80 ANOS<br />
DE VIDA<br />
NA PENHA<br />
A sua escola era também ali, uma<br />
delegação de A Voz do Operário.<br />
D. Alda não tem boas recordações<br />
desse tempo: “A professora era tão<br />
má que por causa dela quis sair da<br />
escola”, conta. Batia nas mãos dos<br />
alunos com “uma régua, mas de<br />
lado, para doer mais” e sempre que<br />
não correspondiam às expetativas<br />
pendurava-lhes uma “folha a dizer<br />
‘mandriona’ ou ‘malcriada’”. Depois,<br />
obrigava-os a ir para a porta da escola<br />
para que todos vissem a folha.<br />
A sua vida ficou condicionada pela<br />
má experiência e não quis estudar<br />
mais do que a 4.ª classe (atual 4.º<br />
ano). Ficou um ou dois anos em<br />
casa e aos 13 ou 14 anos a mãe<br />
explicou-lhe que já tinha “idade para<br />
aprender um ofício”. Foi trabalhar<br />
em acessórios para senhoras, em<br />
Arroios, tendo depois passado para<br />
uma fábrica do mesmo ramo, já na<br />
<strong>Penha</strong> de França, em que chegou a<br />
ser encarregada.<br />
Na nossa Freguesia conheceu o marido,<br />
que conhecia desde que ambos<br />
eram crianças. Quando casou, ficou<br />
a viver em casa dos pais. Acabou por<br />
mudar de casa, mas ainda vive na<br />
<strong>Penha</strong>.<br />
Da sua vida de menina não recorda<br />
apenas do lado mais difícil. Lembra<br />
os passeios de domingo, à praia<br />
da Marabana que até aos anos 40<br />
existia em frente à Igreja da Madre<br />
de Deus. Outro destino era a Quinta<br />
de São Vicente, agora Telheiras, onde<br />
passavam o dia e almoçavam: “Levavam-se<br />
uns carapaus fritos e fazia-se<br />
uma patuscada”, conta.<br />
D. Alda divide agora o tempo entre a<br />
lida da casa, as visitas à Biblioteca<br />
da <strong>Penha</strong> de França (onde também<br />
participou no projeto das ‘Memórias<br />
do Bairro’) ou as atividades físicas<br />
que pratica na Junta de Freguesia.<br />
Voltando às memórias, diz que<br />
onde foi construída a escola Nuno<br />
Gonçalves existia uma “quinta com<br />
muita fruta”. Já no local ocupado<br />
pela escola Arq. Vítor Palla havia a<br />
“Quinta da Bandeira. Quando a escola<br />
foi construída, as pessoas que lá<br />
viviam e tinham oficinas foram para<br />
Alvalade”.<br />
Guarda ainda memória de que havia<br />
muita gente “a pedir à porta” da casa<br />
dos pais e a “sopa dos pobres que<br />
havia na Rua da <strong>Penha</strong> de França”.<br />
“Passavam-se muitas dificuldades,<br />
as pessoas tinham de ser muito<br />
orientadas para sobreviver”. Agora<br />
as coisas estão diferentes. “A nossa<br />
freguesia tem evoluído muito”, considera.<br />
5
NUNCA É<br />
TARDE PARA<br />
APRENDER<br />
Maria Fernanda é uma mulher que<br />
vive no presente. Prestes a completar<br />
76 anos, um dos seus maiores aliados<br />
é um tablet que lhe foi oferecido pelo<br />
tio, já nonagenário.<br />
Foi só depois de reformada que<br />
começou a lidar com computadores.<br />
“Fui empregada administrativa muitos<br />
anos” – relata – “mas nunca trabalhei<br />
com computadores, no meu tempo<br />
não se usava”. Nada que a impedisse<br />
de se adaptar perfeitamente.<br />
A D. Maria Fernanda é muito<br />
interessada em trabalhos manuais e<br />
tem também grandes preocupações<br />
com o ambiente: “Deve ver-se a<br />
parte ecológica. Já ouviu falar da<br />
degradação dos plásticos? Para que<br />
é preciso tanto plástico? Leva-se uma<br />
caixinha e compra-se só o que se<br />
precisa”, diz, aprovando as lojas que<br />
voltam a vender produtos a granel.<br />
A preocupação com o ambiente<br />
também se manifesta nos trabalhos<br />
que executa. E é aqui que o tablet<br />
é uma ajuda preciosa. “Se quero<br />
saber como posso reciclar calças de<br />
ganga ou capsulas de café, é simples:<br />
pergunto ao computador”, diz,<br />
divertida. “Sou muito curiosa, tenho<br />
sempre o espírito a trabalhar” e o<br />
jeito de mãos vem de pequena. “Uma<br />
das minhas professoras dizia que eu<br />
tinha muito jeito para os trabalhos<br />
manuais”, mas os planos acabaram<br />
por sair gorados e, com “muita pena”,<br />
não foi para Belas Artes. Acabou por<br />
tirar o curso comercial na Escola<br />
Patrício Prazeres, empregou-se logo e<br />
depois casou.<br />
Não nasceu na Freguesia, mas os<br />
avós vieram viver para as imediações<br />
do Alto de S. João – “a minha<br />
avó gostava muito de ver casas e<br />
encantou-se com a cozinha desta” – e<br />
o resto da família acompanhou-os. Só<br />
aqui não morou durante 10 anos.<br />
Participou no projeto ‘Memórias no<br />
Bairro’ da Biblioteca Municipal da<br />
<strong>Penha</strong> de França, onde se sentiu<br />
“como peixe na água”. Ia para lá no<br />
transporte da Junta e considera que “a<br />
Presidente está a fazer um belíssimo<br />
trabalho, é muito empreendedora”.<br />
A sua grande queixa é a pouca<br />
frequência de autocarros 730.<br />
De quando era mais novinha<br />
recorda que “as pessoas eram muito<br />
fechadas”. E a vida não era fácil: “Nas<br />
‘Memórias do Bairro’ mostraram-nos<br />
fotos antigas. A gente está a ver como<br />
era antigamente e a comparar com a<br />
realidade presente … ficamos mesmos<br />
impressionados com o que se viveu.<br />
Era duro”.<br />
6
Havia muita carência económica, conta,<br />
mas também “afeto nas famílias e<br />
muitos, nos primeiros dias, choravam<br />
à noite cheios de saudades de casa”.<br />
A “pobreza agora é algumas famílias<br />
não priorizarem o amor aos seus<br />
filhos”, desabafa.<br />
UMA VIDA<br />
DEDICADA<br />
AOS OUTROS<br />
Aos 15 anos, Isabel Serras começou a<br />
colaborar com o Centro Social Paroquial<br />
Nossa Senhora da <strong>Penha</strong> de<br />
França. Agora, já reformada, coordena<br />
as atividades sociais deste espaço<br />
que tem um jardim-de-infância,<br />
Atividades de Tempos Livres (ATL)<br />
para crianças e adolescentes, e várias<br />
valências para seniores.<br />
Destinado a amparar quem luta<br />
contra a escassez de bens materiais,<br />
mas também os que estão isolados,<br />
doentes e marginalizados, o Centro<br />
foi formalmente criado em 1967 pelos<br />
Padres dos Sagrados Corações. À<br />
época eram estes os párocos da Igreja<br />
de Nossa Senhora da <strong>Penha</strong> de França,<br />
originários de uma congregação<br />
que trabalha na rua e se dedica aos<br />
mais carenciados.<br />
Há 50 anos a realidade da <strong>Penha</strong> de<br />
França era muito diferente da atual.<br />
Isabel Serras, que trabalhou 37 anos<br />
na Santa Casa da Misericórdia de Lisboa,<br />
recorda que havia “muitas barracas,<br />
onde as pessoas, além de outros<br />
bens, não tinham nem água, nem luz”.<br />
E o trabalho do Centro começou com<br />
os mais novos, porque “não havia jardins-de-infância,<br />
não havia acolhimento<br />
para crianças, e este era prioritário",<br />
recorda.<br />
Foi, aliás, com meninos de um dos<br />
bairros da Freguesia à época composto<br />
por barracas que começou o seu<br />
voluntariado no Centro. Ficava com<br />
eles “noite e dia durante as colónias<br />
de férias, havia os que nunca tinham<br />
dormido numa cama, não tinham casa<br />
de banho, não comiam com talheres”.<br />
Economicamente, ao longo dos anos<br />
“as coisas mudaram muito, melhoraram<br />
muito!”. A “Freguesia está diferente”,<br />
comenta, “a Junta tem respondido<br />
e feito um trabalho bom com crianças<br />
e idosos”.<br />
Anos depois de ter iniciado o trabalho<br />
com as crianças, o Centro Paroquial<br />
abriu um convívio: inicialmente as<br />
pessoas eram “muito novas”, na casa<br />
dos 50 anos, e “a maioria não tinha<br />
ocupação profissional”. À medida que<br />
a população foi envelhecendo, “conforme<br />
as necessidades, o Centro tem<br />
respondido”, explica. Criou-se então o<br />
Centro de Dia, a seguir os serviços de<br />
apoio domiciliário, e depois o Lar para<br />
quem já está mais debilitado e dependente.<br />
No final dos anos 80 foram<br />
construídas pela Câmara Municipal<br />
de Lisboa as Casas do Padre Damião,<br />
cuja gestão foi entregue ao Centro, e<br />
são constituídas por 15 apartamentos<br />
para seniores autossuficientes, mas<br />
cujas casas não tinham condições<br />
adequadas às suas necessidades.<br />
As admissões são feitas em parceria<br />
com a Junta de Freguesia e o acompanhamento<br />
destes idosos é feito pelo<br />
Centro Social. “As primeiras residências<br />
assistidas em Portugal!” recorda<br />
Isabel Serras, com orgulho na voz.<br />
7
NA<br />
FREGUESIA<br />
POR AMOR<br />
“Olá D. Lola! Como vai?” saúda uma<br />
senhora que está a passear o cão.<br />
Não podia ser mais natural, já que a<br />
D. Leonor – Lola, como é conhecida –<br />
e o marido tiveram durante anos uma<br />
mercearia na zona do Alto do Pina.<br />
A loja já era do marido, que Leonor<br />
conheceu quando trabalhava em<br />
publicidade. Era promotora de vendas<br />
e veio em trabalho ao estabelecimento<br />
comercial conhecer o homem com<br />
quem casaria “depois de nove meses<br />
de namoro”.<br />
O seu sotaque não deixa margem<br />
para dúvidas, nasceu no Alentejo.<br />
Veio para Lisboa na juventude, “para<br />
alargar horizontes” e empregou-se<br />
em “costura que era o que sabia fazer;<br />
costurar e bordar”. Só depois iria para<br />
a publicidade.<br />
Do Alentejo trouxe também convicções<br />
políticas, que nunca abandonou.<br />
A sua família era “de simpatizantes<br />
comunistas, de opositores à ditadura”.<br />
Conta que “foram quase todos<br />
presos pela PIDE” por causa das suas<br />
opiniões políticas ou por terem sido<br />
denunciados.<br />
Recorda em especial um tio, que esteve<br />
catorze anos preso porque “diziam<br />
que uma bomba contra Salazar tinha<br />
sido fabricada lá na terra” – Leonor refere-se<br />
a um atentado contra o ditador<br />
que aconteceu a julho de 1937, em<br />
Lisboa. “Eu era pequena, são coisas<br />
que marcam muito”, diz.<br />
D. Lola manteve as mesmas convicções<br />
políticas e admite que perdeu<br />
muitos clientes porque não se coibia<br />
de lhes manifestar as suas “ideias”.<br />
Esta sua maneira de pensar nunca<br />
levantou problemas no casal: “Limpávamos<br />
os pés à porta e em casa não<br />
havia conversas sobre a mercearia”.<br />
Enquanto conversamos, fuma um cigarro<br />
e não deita a beata para o chão,<br />
guarda-a num saquinho que traz consigo.<br />
“Não gosto da falta de higiene”,<br />
afirma, acrescentando que na Freguesia<br />
“está tudo muito mais limpo”.<br />
Pensa que a <strong>Penha</strong> de França foi<br />
ficando “muito melhor ao longo dos<br />
anos” e recorda com tristeza a antiga<br />
Curraleira: “Não conseguia ver as<br />
pessoas naquela miséria tremenda,<br />
compravam 5 tostões de café, 5<br />
tostões de marmelada, tinham uma<br />
carrada de filhos para criar”. Por isso<br />
ficou muito contente quando a Câmara<br />
Municipal de Lisboa fez os prédios<br />
para “realojar quem ali vivia, no tempo<br />
de João Soares e do meu camarada<br />
Ruben Carvalho”.<br />
Agora, gostava que “houvesse mais<br />
transporte para idosos, apesar de a<br />
Junta de Freguesia já ter feito muita<br />
coisa”. E também “era bom que<br />
houvesse semáforos sonoros para as<br />
pessoas cegas”, acrescenta.<br />
8
DESTACÁVEL INÍCIO<br />
GUIA PARA AS ELEIÇÕES<br />
AUTÁRQUICAS <strong>2017</strong><br />
1 OUTUBRO
LOCAIS DE VOTO<br />
NA PENHA DE FRANÇA<br />
Escola Básica 2/3 Nuno Gonçalves:<br />
da 1ª à 10ª Secção<br />
10
LOCAIS DE VOTO<br />
NA PENHA DE FRANÇA<br />
Escola Básica 2/3Patrício Prazeres:<br />
da 11ª à 18ª Secção<br />
11
LOCAIS DE VOTO<br />
NA PENHA DE FRANÇA<br />
Escola Artística António Arroio:<br />
da 19ª à 24ª Secção<br />
12
ESCOLAS MAIS<br />
ACESSÍVEIS E SEGURAS<br />
As escolas Nuno Gonçalves e Patrício Prazeres são dois dos estabelecimentos de ensino<br />
da Freguesia onde serão instaladas mesas de voto. Dois locais onde foram efetuados<br />
melhoramentos que permitem um novo acesso a pessoas com dificuldades de locomoção<br />
e mais segurança na circulação de peões.<br />
Em espaços como os estabelecimentos de ensino, que se querem inclusivos, a acessibilidade<br />
é um elemento fundamental. Nesse sentido, na<br />
Escola Básica 2/3 de Nuno Gonçalves foi colocada uma<br />
rampa de acesso ao pátio, permitindo aceder ao edifício<br />
sem subir escadas.<br />
Já na Escola Básica 2/3 Patrício Prazeres foi feita uma<br />
obra que prolongou o passeio que contorna a escola e<br />
dá acesso ao espaço de lazer construído junto àquele<br />
estabelecimento de ensino. Neste espaço foi colocado<br />
um piso que agora permite percorrer em segurança este<br />
troço do Alto Varejão onde dantes tinha de se andar pela<br />
estrada.<br />
Pequenas melhorias que fazem uma grande diferença<br />
para todos que se deslocam a estes estabelecimentos de<br />
ensino.<br />
Escola Básica 2/3 de Nuno Gonçalves<br />
Escola Básica 2/3 Patrício Prazeres (antes)<br />
Escola Básica 2/3 Patrício Prazeres (depois)<br />
13
TIRE AS SUAS<br />
DÚVIDAS<br />
SOBRE AS<br />
PRÓXIMAS<br />
ELEIÇÕES<br />
AUTÁRQUICAS<br />
??<br />
14
Em que dia calham as próximas eleições?<br />
As próximas eleições vão acontecer no dia 1 de<br />
outubro, que calha a um domingo.<br />
Para o que vamos votar?<br />
As eleições são para os órgãos das autarquias<br />
locais e vai haver três boletins de voto:<br />
> um para a Assembleia de Freguesia;<br />
> um para a Câmara Municipal;<br />
> um para a Assembleia Municipal.<br />
O presidente da Junta de Freguesia será o<br />
primeiro nome da lista mais votada para a<br />
Assembleia de Freguesia.<br />
Onde vou votar?<br />
Pode obter essa informação a partir do dia 16<br />
de <strong>setembro</strong>, até ao dia das eleições inclusive,<br />
de quatro maneiras diferentes.<br />
1. No Pólo Morais Soares da Junta de Freguesia<br />
(apenas no dia das eleições)<br />
2. Pela linha de apoio ao eleitor (custo de<br />
chamada local): 808 206 206<br />
3. Por SMS (gratuito) para o número 3838, com<br />
a seguinte mensagem:<br />
RE número de Cartão de Cidadão/BI<br />
data de nascimento AAAAMMDD<br />
(Exemplo de sms a enviar por uma pessoa com<br />
o cartão de cidadão/ BI n.º 1444880 e nascida a<br />
07 de outubro de 1953: RE 1444880 19531007)<br />
4. Na Internet em<br />
www.recenseamento.mai.gov.pt<br />
A sua mesa de voto estará localizada numa de<br />
três escolas da Freguesia:<br />
> Escola Básica 2,3 Nuno Gonçalves: da 1.ª à<br />
10.ª Secção;<br />
> Escola Básica 2,3 Patrício Prazeres: da 11.ª à<br />
18.ª Secção.<br />
> Escola Artística António Arroio: da 19.ª à 24.ª<br />
Secção;<br />
Entre que horas se pode votar?<br />
A votação pode ser feita entre as 8h00 e as<br />
19h00.<br />
Que documentos são necessários?<br />
O Cartão de Cidadão ou o Bilhete de Identidade<br />
e saber o seu número de eleitor. Se não o tiver<br />
consigo o Cartão de Cidadão ou o Bilhete de<br />
Identidade, pode apresentar um documento<br />
que tenha fotografia atualizada e que seja<br />
habitualmente utilizado para identificação<br />
(exemplo: passaporte ou carta de condução).<br />
Pode também identificar-se através de dois<br />
eleitores que atestem sob compromisso<br />
de honra a sua identidade ou ainda pelo<br />
reconhecimento unânime dos membros de<br />
mesa.<br />
É preciso levar o cartão de eleitor?<br />
Não, basta conhecer o seu número de eleitor.<br />
O cartão de eleitor deixou de ser emitido em<br />
outubro de 2008 não sendo, por isso, necessário<br />
para votar.<br />
Como posso saber qual é o meu número de<br />
eleitor?<br />
Pode saber o seu número eleitor, mesmo no dia<br />
da eleição, de cinco maneiras diferentes.<br />
1. No Pólo Morais Soares da Junta de Freguesia<br />
(apenas no dia das eleições)<br />
2. Na sala de apoio existente nas escolas<br />
António Arroio, Nuno Gonçalves ou Patrício<br />
Prazeres (apenas no dia das eleições)<br />
3. Pela linha de apoio ao eleitor (custo de<br />
chamada local): 808 206 206<br />
4. Por SMS (gratuito) para o número 3838, com<br />
a seguinte mensagem:<br />
RE número de Cartão de Cidadão/BI<br />
data de nascimento AAAAMMDD<br />
(Exemplo de sms a enviar por uma pessoa com<br />
o cartão de cidadão/ BI n.º 1444880 e nascida a<br />
07 de outubro de 1953: RE 1444880 19531007)<br />
5. Na Internet em<br />
www.recenseamento.mai.gov.pt<br />
Tenho dificuldades em deslocar-me à mesa de<br />
voto. O que posso fazer?<br />
Pode, quinze dias antes, pedir para ser<br />
transportado pelo Corpo de Bombeiros do Beato<br />
e <strong>Penha</strong> de França (tel. 21 868 8304 , valor do<br />
transporte 30€).<br />
15
DESTACÁVEL FIM<br />
Preciso de ajuda para votar. Posso votar acompanhado?<br />
Sim, mas o voto acompanhado apenas é permitido a<br />
pessoas afetadas por doença ou incapacidade física<br />
notória que a mesa de voto verifique estarem impedidas<br />
de votar sem ajuda.<br />
Essas pessoas votam acompanhadas de um cidadão<br />
eleitor por si escolhido e que fica obrigado a segredo<br />
absoluto.<br />
Se a mesa deliberar que não se verifica a notoriedade da<br />
doença ou incapacidade física, pode exigir que o eleitor<br />
em causa lhe apresente atestado comprovativo, emitido<br />
pelo médico que exerça poderes de autoridade sanitária<br />
na área do município. Para o efeito, os eleitores devem<br />
dirigir-se aos centros de saúde que se mantêm abertos no<br />
dia da eleição, das 8h00 às 19h00.<br />
Acabei de fazer 18 anos. Posso votar?<br />
Sim, se for cidadão português residente em território<br />
nacional. Foi inscrito a título provisório no recenseamento<br />
e a sua inscrição passa automaticamente a definitiva<br />
no dia em que completa os 18 anos, mesmo que o<br />
aniversário aconteça no dia das eleições.<br />
Por motivos profissionais estou ausente no dia das<br />
eleições. Posso votar?<br />
Sim, em algumas circunstâncias. Mais informações pelo<br />
808 206 206 ou em www.portaldoeleitor.pt.<br />
Se me enganar a assinalar a minha opção no boletim de<br />
voto o que posso fazer?<br />
Deve pedir outro ao Presidente da mesa de voto<br />
devolvendo-lhe o primeiro boletim. O Presidente escreve<br />
no boletim devolvido a nota de ‘inutilizado’, rubrica-o e<br />
conserva-o em separado.<br />
Posso passar uma procuração para votarem por mim?<br />
Não. O voto é exercido pessoalmente.<br />
Posso votar pela Internet?<br />
Não.<br />
Mudei de residência mas ainda não alterei o cartão de<br />
cidadão. Onde voto?<br />
Vota no local em que está recenseado e que é o<br />
correspondente à anterior morada. Só com a atualização<br />
de morada no Cartão de Cidadão se faz a transferência<br />
automática da inscrição no recenseamento.<br />
Mudei de freguesia e atualizei os meus documentos,<br />
exceto o cartão de eleitor. O que devo fazer?<br />
Nada. Se ainda não recebeu, vai receber na sua nova<br />
residência uma comunicação informando-o do seu novo<br />
número de eleitor.<br />
Para qualquer dúvida adicional<br />
contacte a Linha de apoio ao eleitor:<br />
808 206 206<br />
Fontes: www.cne.pt, www.portaldoeleitor.pt e www.sg.mai.gov.pt<br />
16
FUTEBOLISTAS<br />
DESDE PEQUENINOS<br />
Aos três anos e meio, o filho mais<br />
velho de Ricardo Gomes começou<br />
a treinar futsal. Se o primogénito foi<br />
precoce, o que dizer do mais novo?<br />
“Na altura ainda só tinha 19 meses,<br />
mas como queria fazer tudo igual ao<br />
irmão mais velho, começou também<br />
a ir aos treinos”.<br />
Débora, a mulher de Ricardo, também<br />
tem um filho do primeiro casamento<br />
– que partilha o gosto por jogar<br />
à bola. Com seis anos iniciou-se<br />
também no futsal, na Associação Frasatti,<br />
tal como os filhos do marido da<br />
mãe, tendo ficado no mesmo escalão<br />
do mais novo. “Aliás, os dois ainda<br />
agora são do mesmo escalão”.<br />
Em comum, Ricardo e Débora tiveram<br />
uma menina, que ainda é muito pequenina<br />
para pensar em desporto.<br />
Há um ano, os três rapazes passaram<br />
do futsal para o futebol e são agora<br />
atletas do Operário Futebol Clube de<br />
Lisboa. “O Operário é um clube com<br />
condições, uma mais valia para esta<br />
zona da Freguesia porque é o único<br />
clube de futebol, tem campo próprio,<br />
balneários, equipamento médico,<br />
fisioterapia. Precisa de alguns melhoramentos,<br />
mas estamos satisfeitos”,<br />
afirma Ricardo. Aliás, a fisioterapia<br />
é um dos aspetos que admira, fruto<br />
de um problema nos joelhos que<br />
teve um dos filhos: “O fisioterapeuta<br />
trabalhava com ele uma hora depois<br />
dos treinos, isto não acontece em<br />
todo o lado”.<br />
Ricardo tinha jeito para a bola. “Fiz<br />
testes no Benfica e fiquei, mas depois<br />
esqueci-me de ir ao segundo treino.<br />
Nessa altura não havia esta cultura<br />
de os pais acompanharem os filhos…<br />
Depois ainda fiz uns treinos no Chelas,<br />
mas não ia sempre”.<br />
Trabalha como mediador imobiliário o<br />
que lhe concede, portanto, uma visão<br />
privilegiada do parque imobiliário na<br />
<strong>Penha</strong> de França, onde vive há mais<br />
de 25 anos. “As pessoas valorizam<br />
a vista rio da Freguesia, a relação<br />
preço/ qualidade, os bairros antigos”,<br />
explica, “no entanto também era bom<br />
haver mais transportes, mais sensibilização<br />
para a limpeza…”.<br />
“Lisboa, no seu cômputo geral, tem<br />
vindo a melhorar”, aprecia este profissional,<br />
”e todas as freguesias têm<br />
vindo a adaptar-se a esta melhoria,<br />
no que tem constituído uma evolução<br />
positiva”. Na <strong>Penha</strong> de França, realça<br />
um fator em particular: “Liga-se para<br />
a Junta de Freguesia e a maior parte<br />
dos problemas resolve-se”.<br />
17
DE TUDO<br />
UM POUCO<br />
NA PENHA<br />
Cláudia Cardoso gosta de viver na<br />
<strong>Penha</strong> de França. “Porque é bairrista,<br />
porque toda a gente conhece toda a<br />
gente, porque tem as escolas perto,<br />
porque temos de tudo um pouco aqui<br />
mesmo ao lado, polícia, farmácias,<br />
temos tudo”, explica.<br />
Tem quatro filhos, que frequentam<br />
estabelecimentos de ensino no Agrupamento<br />
de Escolas Nuno Gonçalves<br />
com bons resultados escolares.<br />
“Passaram todos”, diz Cláudia com<br />
orgulho.<br />
Crianças e adolescentes, são utilizadores<br />
habituais dos programas<br />
promovidos pela Junta de Freguesia,<br />
como a Componente de Apoio à<br />
Família (CAF), a Ludobiblioteca ou os<br />
programas de férias Verão <strong>Penha</strong> Infância<br />
e Verão <strong>Penha</strong> Jovem. “O mais<br />
pequeno não tinha idade para ir a<br />
estas férias, mas agora já vai. Para as<br />
mais velhas antigamente não havia<br />
nada, mas agora felizmente já há”.<br />
O mais novo “adora as atividades no<br />
CAF” e Cláudia ficou satisfeita quando<br />
foi criada a Ludobiblioteca. “Até as<br />
crianças irem para o 2.º ciclo têm a<br />
CAF, onde podem ficar em segurança<br />
quando acabam as aulas”, explica,<br />
“mas quando passavam para o 5.º ou<br />
6.º ano já não havia nada, tinham de<br />
ficar sozinhos, o que me fazia muita<br />
confusão, apesar de estar sempre<br />
atenta”. Ficou “muito interessada”<br />
quando soube do projeto e inscreveu<br />
dois dos filhos.<br />
Apesar de ter casa na <strong>Penha</strong> de França<br />
há 13 anos, Cláudia Cardoso esteve<br />
fora, a trabalhar no estrangeiro, e<br />
só voltou em 2010. Notou diferenças<br />
“para melhor”. Apesar de tudo, acha<br />
que ainda há “muita falta de civismo,<br />
muitos cocós de cão nas ruas” e que<br />
a Junta de Freguesia “deveria promover<br />
mais que nas Farmácias oferece<br />
sacos” para colocar estes dejetos.<br />
Da sua vivência no estrangeiro, reteve<br />
as passadeiras que, além da rampa<br />
para cadeira de rodas ou carrinhos<br />
de bebés, têm um sinal sonoro para<br />
quem não vê: “Tenho muita pena que<br />
aqui não existam”.<br />
Uma atividade especial na <strong>Penha</strong> de<br />
França? O miradouro, ao pé do ‘Fogareiro’.<br />
“Gosto de lá ir quando há chuva<br />
de estrelas cadentes, é mais escuro,<br />
os aviões não perturbam a vista,<br />
vê-se muito bem. Vamos lá muitas<br />
vezes ver as estrelas”, conta.<br />
18
MUITO<br />
TRABALHO<br />
E GOSTO<br />
PELO QUE<br />
SE FAZ<br />
Luís Calisto já tinha um pequeno<br />
quiosque móvel perto do Padrão dos<br />
Descobrimentos, em Belém. Residente<br />
na Freguesia da <strong>Penha</strong> de França, a Praça<br />
Paiva Couceiro era um espaço que<br />
“sempre” lhe chamava a atenção.<br />
Não era pelas melhores razões. “Passava<br />
por aqui e custava-me, porque<br />
o Jardim estava decadente”, conta.<br />
Depois, também o incomodava assistir<br />
à evolução do quiosque onde viria a<br />
instalar o seu segundo Dom Fruto, “que<br />
estava fechado e a degradar-se”.<br />
Foi esta curiosidade e preocupação que<br />
o levaram a fazer perguntas, a tentar<br />
saber se aquele espaço iria a concurso<br />
para exploração. “Tinha vontade de<br />
perceber como agarrar a oportunidade”,<br />
relembra Luís. Acabou por ter uma<br />
resposta satisfatória, o concurso estava<br />
para breve e decidiu avançar com a sua<br />
candidatura.<br />
Soube em “<strong>setembro</strong> ou outubro de 2015”<br />
que tinha vencido o concurso para a<br />
adjudicação do quiosque. A 2 de dezembro<br />
a Presidente da Junta de Freguesia<br />
da <strong>Penha</strong> de França, Sofia Oliveira Dias,<br />
entregou-lhes as chaves e abriram as<br />
portas – aliás, no caso particular deste<br />
estabelecimento, abriram as janelas.<br />
“Aqui à volta da Praça há uma oferta<br />
ótima, boa comida a preços acessíveis”,<br />
por isso a preocupação do proprietário<br />
do Dom Fruto foi “ser uma alternativa:<br />
oferecer sumos naturais, fruta, saladas,<br />
tostas”.<br />
Uma aposta ganha, que foi evoluindo, tal<br />
como a Praça Paiva Couceiro evoluiu.<br />
Na primavera de <strong>2017</strong> o “ambiente já era<br />
completamente diferente” afirma Luís,<br />
“tornou-se um local em que as várias gerações<br />
convivem, onde vêm crianças, idosos,<br />
donos de animais, artistas, pessoas<br />
que dantes passavam por aqui, mas não<br />
paravam. Todos aqui estão em harmonia”.<br />
Pensa que o novo jardim infantil ali<br />
construído, com as famílias que atrai,<br />
bem como os concertos e outras iniciativas<br />
“deram uma nova dinâmica à Paiva<br />
Couceiro”, onde passam “centenas de<br />
pessoas por dia”. O que “faz todo o sentido”,<br />
acrescenta, “porque tudo o que traga<br />
vida a este espaço central da Freguesia faz<br />
sentido”.<br />
O Dom Fruto foi o seu primeiro negócio,<br />
“bem-sucedido, com muito trabalho e gosto<br />
pelo que se faz”. Que conselho daria a quem<br />
se quiser aventurar como empreendedor?<br />
Primeiro que tudo, “aventure-se!”. Depois,<br />
“trabalhar, trabalhar, fazer melhor a cada<br />
dia que passa, o que só se consegue em<br />
equipa, ouvindo a equipa”. Porque “uma boa<br />
ideia, só por si, não é garantia de sucesso”,<br />
considera.<br />
19
O Sr. Carlos nasceu em casa, na<br />
mesma rua do Alto do Pina onde<br />
ainda hoje mora. “Ali nuns prédios<br />
à frente” conta, sentado no Jardim<br />
Bulhão Pato – também conhecido<br />
pelo Jardim da Nêspera.<br />
Com 78 anos, recorda a rir o tombo<br />
que deu na antiga rampa que existia<br />
neste espaço: “Vinha de trotineta<br />
e fiquei aqui com uma mossa na<br />
cabeça!”.<br />
Apontando para os lados da Escola<br />
António Arroio, explica que “até ao<br />
Areeiro isto dantes era só quintas”.<br />
Já o conjunto de prédios que<br />
existem em frente à escola António<br />
Arroio, do início dos anos 70, foram<br />
construídos “por um tipo do Algarve,<br />
o Uva. Já reparou que são quase<br />
todos iguais?”.<br />
Durante mais de 40 anos trabalhou<br />
no município de Lisboa. Conhece<br />
toda a gente – “privei com todos os<br />
Presidentes” – e é conhecido por<br />
todos. Aliás, as suas funções fizeram-no<br />
‘mudar’ de apelido, tendo<br />
passado a ser conhecido como o<br />
‘Carlos da Câmara’, diz, voltando a<br />
rir.<br />
A boa disposição e o pensamento<br />
positivo são uma constante neste<br />
homem com uma forte história nas<br />
coletividades do Alto do Pina: “Fui<br />
diretor no Clube Musical União, o<br />
CMU, com quem ainda colaboro,<br />
estive no Ginásio do Alto do Pina…<br />
aliás sou mais antigo lá do que no<br />
CMU”.<br />
BOA<br />
DISPOSIÇÃO<br />
E PENSAMENTO<br />
POSITIVO<br />
Diz que agora “é um caso sério arranjar<br />
uma direção para uma coletividade”.<br />
Pensa que só na periferia<br />
de Lisboa há hipóteses de ter este<br />
tipo de clubes mais ativos porque<br />
são localidades onde “existe mais<br />
malta nova”. “Aqui, desde que veio a<br />
TV… E os jovens só querem ir para as<br />
docas”, afirma.<br />
Das atuais atividades do Clube Musical<br />
União, destaca a Luta Olímpica,<br />
modalidade onde o clube tem dado<br />
cartas muito pelo “trabalho da Fátima”<br />
(Travancinha, a atual presidente<br />
do clube). Também refere a ginástica<br />
sénior e as sessões de fado, que<br />
ainda se realizam.<br />
E o Carlos, cantava o fado? “Eu?<br />
Cantava lá! Eu gostava era de dançar<br />
e namorar”, brinca. E acrescenta:<br />
“Grandes casamentos se fizeram nos<br />
bailes aqui das coletividades, bailes<br />
com música ao vivo”.<br />
O Sr. Carlos não gosta nada de estar<br />
parado e anda cerca de 1,5 km a pé<br />
todos os dias. Nestes seus passeios<br />
já apreciou o renovado chafariz<br />
do Alto do Pina. “Ainda bem que a<br />
Fátima (Travancinha) fez a proposta<br />
no orçamento participativo” – recorde-se<br />
que foi uma das vencedoras do<br />
POP <strong>Penha</strong> 2016. “O chafariz – onde<br />
lavei muitas vezes a cara quando saí<br />
do CMU às 4h da manhã – precisava<br />
de ser arranjado”, considera.<br />
Para fim de conversa manifesta o<br />
desejo de ver acontecer mais uma<br />
reabilitação. Neste caso do Lavadouro,<br />
também no Alto do Pina.<br />
20
DAS ILHAS<br />
PARA<br />
A PENHA<br />
Sofia Costa trocou uma pacata<br />
cidade dos Açores por Lisboa. “Vim<br />
para estudar, aos 17 anos, mas<br />
também porque queria agitação”,<br />
conta a rir.<br />
Da sua vida nas ilhas para a capital,<br />
o que mais nota é que aqui “as<br />
pessoas têm muito o hábito de não<br />
incomodar ninguém. Lá, as pessoas<br />
tocavam à porta para pedir um<br />
bocadinho de açúcar ao vizinho, ou<br />
outra coisa que precisassem”. Aqui,<br />
nas raras vezes em que lhe fizeram<br />
o mesmo, sentiu “uma grande alegria”.<br />
O “pior é quando me pedem o<br />
que não tenho”, desabafa Sofia, que<br />
se preocupa com temas sociais.<br />
Chegou a ser voluntária de um<br />
projeto antigo da freguesia, o Banco<br />
do Tempo, e agora é no da Refood.<br />
Mas não ajuda o facto de ter uma<br />
profissão que a obriga a estar<br />
“muitas vezes ausente”. Explica que<br />
“gostava de poder fazer mais”, mas<br />
que agora não consegue, e acrescenta<br />
uma esperança: “Talvez quando<br />
as crianças forem maiores…”.<br />
É com elas que frequenta os parques<br />
infantis da Freguesia, onde notou<br />
“que há melhoria”. Mas refere o da<br />
Av. General Roçadas, no qual gostaria<br />
de ver “equipamentos para crianças<br />
mais pequenas”.<br />
Acredita que as cidades “só têm a<br />
ganhar com a reabilitação” e, por isso,<br />
também apreciou a obra que organizou<br />
o estacionamento na Rua Eduardo<br />
Costa, entre a EB Arq. Victor Palla<br />
e a Biblioteca Municipal da <strong>Penha</strong> de<br />
França, para os lados da sua casa.<br />
“Um dia estacionámos lá e de manhã<br />
não conseguimos sair porque estava<br />
completamente tapado. Agora está<br />
mais ordenado”.<br />
Já nas ruas da Freguesia, o que mais<br />
lhe desagrada são os “cocós dos<br />
cães, o que tem muito a ver com o<br />
civismo das pessoas”. O mesmo<br />
acontece com bancos ou passeios,<br />
por exemplo, que são reparados, diz,<br />
“e tão depressa está tudo bem como<br />
de repente está tudo estragado”.<br />
Uma falta de civismo que considera<br />
não existir apenas no espaço público.<br />
Nos vários prédios onde já viveu<br />
surpreende-a o facto de “muita gente<br />
não limpar o que suja” – “Se vou pôr<br />
o lixo e por acaso entorno, limpo logo<br />
de seguida. Não há muitos a preocuparem-se<br />
em fazer o mesmo”.<br />
Mora num “sítio sossegado, com<br />
comércio próximo, nomeadamente a<br />
Rua Morais Soares e os supermercados”.<br />
E, por isso, Sofia gosta de viver<br />
na <strong>Penha</strong> de França.<br />
21
A Assembleia de Freguesia é o Órgão<br />
Autárquico representativo de todas<br />
as Forças Políticas, logo de todos os<br />
Cidadãos da Freguesia. É o Órgão<br />
Deliberativo, é o Órgão Fiscalizador.<br />
Na Assembleia de Freguesia da <strong>Penha</strong><br />
de França, composta por dezanove<br />
Membros, neste mandato estavam<br />
presentes representantes do PS, do<br />
PSD, do PCP, do BE, do CDS/PP e do<br />
MAPES.<br />
A Assembleia de Freguesia teve<br />
quinze reuniões ordinárias e seis<br />
extraordinárias. Foram constituídas<br />
cinco Comissões Permanentes (de<br />
Líderes de Bancada, de Urbanismo,<br />
de Habitação e Intervenção Social, de<br />
Acompanhamento das Transferências<br />
de Competências da CML para a<br />
JF, de Acompanhamento das Obras<br />
de Reabilitação das Torres do Alto da<br />
Eira), que acompanharam mais minuciosamente<br />
os assuntos em causa.<br />
Neste mandato, foi criado o Logotipo<br />
da Assembleia de Freguesia, que<br />
resultou de um concurso de ideias na<br />
Escola António Arroio, concurso esse,<br />
promovido pela própria Assembleia.<br />
Em todas as reuniões, fossem<br />
Ordinárias ou Extraordinárias, foi<br />
dada em primeiro lugar, a palavra aos<br />
Cidadãos.<br />
As reuniões da Assembleia de Freguesia<br />
foram sempre ‘vivas’ no debate<br />
político, mas pautaram-se também<br />
sempre, pelo respeito pelas ideias e<br />
convicções de cada um.<br />
Neste final de mandato, podemos<br />
dizer que democraticamente Todos<br />
CUMPRIMOS, defendendo o que consideramos<br />
melhor para os Cidadãos<br />
e, assim, o melhor para a Freguesia<br />
da <strong>Penha</strong> de França.<br />
Luisa Vicente Mendes<br />
Presidente da Assembleia de<br />
Freguesia<br />
ssembleia<br />
de Freguesia <strong>Penha</strong> de França<br />
22
ssembleia<br />
de Freguesia <strong>Penha</strong> de França<br />
MANDATO 2013/<strong>2017</strong><br />
Assembleia de Freguesia<br />
Luísa Vicente Mendes<br />
Presidente da Assembleia<br />
de Freguesia<br />
Nuno Carvalho<br />
1º Secretário da Mesa da<br />
Assembleia de Freguesia<br />
Carlos Rodrigues<br />
2º Secretário da Mesa da<br />
Assembleia de Freguesia<br />
Manuel Lage<br />
José Borges<br />
Celeste Alves<br />
António Neira<br />
Nunes<br />
Elsa Sacramento<br />
João Ramos<br />
Afonso Pereira<br />
Costa<br />
Rui Jorge Ferreira<br />
Carla Marina<br />
Ferreira<br />
António Mendes<br />
de Almeida<br />
Teresa Ricardo de<br />
Almeida<br />
Carlos Alberto<br />
Tibúrcio<br />
Pedro Samora<br />
António Lemos<br />
de Manoel<br />
Hugo Pereira<br />
Evangelista<br />
Junta de Freguesia<br />
Luís Costa<br />
Matias<br />
Sofia Oliveira Dias<br />
Presidente da Junta<br />
Manuel Ferreira<br />
Secretário<br />
Manuel Duarte<br />
Tesoureiro<br />
Capitolina Marques<br />
Vogal<br />
Fátima Duarte<br />
(IND)<br />
Vogal<br />
David Erlich<br />
Vogal<br />
Paulo Lemos<br />
Vogal<br />
23
APOIE A<br />
MERCEARIA<br />
SOCIAL<br />
A Mercearia Social da <strong>Penha</strong> de<br />
França, situada na Quinta do Lavrado,<br />
tem uma oferta de bens essenciais,<br />
maioritariamente alimentos e produtos<br />
de higiene. Existe para que os seus<br />
clientes, previamente referenciados<br />
pelos serviços de ação social, tenham<br />
acesso a estes bens numa perspetiva<br />
condigna e integradora.<br />
A presidente da Junta de Freguesia da <strong>Penha</strong> de França, Sofia Oliveira Dias, e a vogal Capitolina<br />
Marques com os padrinhos da Mercearia: a atriz Sílvia Rizzo e o empresário Marco Galinha<br />
Foi criada a pensar nos seniores e<br />
pessoas com desafios motores que<br />
ali residem, uma vez que na Quinta<br />
do Lavrado não existe comércio local.<br />
Mas apoia ainda famílias da <strong>Penha</strong> de<br />
França em situação de desvantagem<br />
social.<br />
O projeto vai também fornecer<br />
ferramentas em áreas como a<br />
gestão do orçamento familiar e<br />
aproveitamento de ‘desperdícios’,<br />
trabalhando para que estas famílias<br />
possam tomar decisões de consumo<br />
mais informadas.<br />
de higiene e de limpeza, que podem entregues<br />
nas secretarias da Junta de Freguesia.<br />
Para que a Mercearia Social possa<br />
funcionar em boas condições é vital o<br />
contributo de cidadãos e empresas da<br />
<strong>Penha</strong> de França com bens alimentares<br />
não perecíveis, mas também produtos<br />
A Mercearia Social é um projeto BIPZIP –<br />
Bairros e Zonas de Intervenção Prioritária de<br />
Lisboa promovido pela Junta de Freguesia<br />
da <strong>Penha</strong> de França em consórcio com várias<br />
entidades da Freguesia.<br />
24
LAVAGENS PARA O MÊS<br />
DE SETEMBRO DE <strong>2017</strong><br />
AGENDA SETEMBRO<br />
Setembro<br />
<strong>2017</strong><br />
04 e 05 <strong>setembro</strong> (2.ª e 3.ª feira):<br />
EB Actor Vale<br />
06 e 07 <strong>setembro</strong> (4.ª e 5.ª feira):<br />
EB Oliveira Marques<br />
08 <strong>setembro</strong> (6.ª feira):<br />
Rua Sabino de Sousa, Rua Quatro de<br />
Agosto, Rua Melo Gouveia<br />
09 <strong>setembro</strong> (Sábado):<br />
Rua Morais Soares (da Paiva Couceiro à<br />
Praça do Chile, dos dois lados)<br />
11 e 12 <strong>setembro</strong> (2.ª e 3.ª feira):<br />
Parada do Alto de São João<br />
13 e 14 <strong>setembro</strong> (4.ª e 5.ª feira):<br />
Rua Joseph Piel, Rua Lopes, Rua David<br />
Lopes (parcial), Rua Adolfo Coelho<br />
(parcial)<br />
15 e 16 <strong>setembro</strong> (6.ª feira e sábado):<br />
Rua Sousa Viterbo, Rua David Lopes<br />
(parcial), Rua Adolfo Coelho (parcial),<br />
Rua Brancamp Freire<br />
18 <strong>setembro</strong> (2.ª feira):<br />
Avenida Afonso III (da Parada do Alto de<br />
São João à Calçada das Lages, do lado<br />
dos prédios)<br />
19 e 20 <strong>setembro</strong> (3.ª e 4.ª feira):<br />
Rua Dom Domingos Jardo, Rua Dom<br />
Fuas Roupinho, Rua Paio Peres Correia<br />
21 e 22 <strong>setembro</strong> (5.ª e 6.ª feira):<br />
Avenida Afonso III (da Rua Dom<br />
Domingos Jardo à Rua Cruzado Osberno)<br />
23 <strong>setembro</strong> (Sábado):<br />
Rua Morais Soares (da Paiva Couceiro à<br />
Praça do Chile, dos dois lados)<br />
25 e 26 <strong>setembro</strong> (2.ª e 3.ª feira):<br />
Rua Cruzado Osberno, Rua do Forte de<br />
Santa Apolónia<br />
27 e 28 <strong>setembro</strong> (4.ª e 5.ª feira):<br />
Calçada das Lages, Praça Ernesto Roma,<br />
Alto do Varejão (da Rua Lopes à Escola<br />
Patrício Prazeres), Rua Matilde Rosa<br />
Araújo<br />
29 <strong>setembro</strong> (6.ª feira):<br />
Largo das Comendadeiras, Pátio das<br />
Comendadeiras<br />
Dia 1 até inicio ano letivo<br />
Férias AAAF/CAF | AAAF/CAF<br />
08h00 às 19h00<br />
Dia 1<br />
Competição de Futsal<br />
Campo Polidesportivo da Quinta do<br />
Lavrado / 09h00h às 12h30h<br />
Abertura da Mercearia Social<br />
Quinta do Lavrado / 16h30<br />
Abertura da Praça ‘Liga-te ao Bairro’<br />
Quinta do Lavrado / 17h00<br />
Dias 2, 9, 16, 23 e 30<br />
Curso pós-laboral Proteção Civil<br />
Salão Polo Morais Soares e<br />
Regimento de Sapadores de Lisboa /<br />
09h30 às 17h30<br />
Dias 4 a 28<br />
Inscrições Ludobiblioteca | Polo<br />
Morais Soares | 14h00 às 19h00<br />
Dia 4<br />
Início da Troca de Manuais Escolares<br />
Espaço Multiusos / 10h00 às 21h00<br />
Dia 8<br />
Jazz na Praça – Swing na Guelra<br />
Praça Paiva Couceiro / 19h00 às<br />
20h30<br />
Dia 9<br />
Baile Popular do Clube Musical União<br />
- Chafariz Alto do Pina<br />
Rua 4 de Agosto / 19h00 às 22h00<br />
Dias 11 a 22<br />
Inscrições para o Centro de Estudos<br />
‘Em<strong>Penha</strong>-te’ | Secretarias Polo<br />
Morais Soares e Espaço Multiusos<br />
/ 10h00 às 18h00<br />
Dia 13<br />
Abertura da Sala Snoezelen<br />
EB 2-3 Patrício Prazeres<br />
/ 11h00<br />
Dia 15<br />
Receção aos alunos do Jardim de<br />
Infância e 1.º Ciclo EB do ensino<br />
público<br />
Campo de Futebol Operário Futebol<br />
Clube de Lisboa / 09h30 às 17h30<br />
Jazz na Praça – Vicente – Marjamaki<br />
Praça Paiva Couceiro / 19h00 às<br />
20h30<br />
Dia 16<br />
Palestra ‘Dar voz ao silêncio’ com a<br />
escritora e psicóloga Sara João<br />
Salão do Polo Morais Soares / 15h00<br />
Dia 17<br />
Festa dos Animais<br />
Praça Paiva Couceiro / 10h00<br />
18 a 22<br />
Curso Horário Laboral Proteção Civil<br />
Salão do Polo Morais Soares e<br />
Regimento de Sapadores de Lisboa<br />
/ 09h30 às 17h30<br />
Dia 20<br />
Apresentação das propostas<br />
vencedoras do POP <strong>Penha</strong> <strong>2017</strong>,<br />
Orçamento Participativo da <strong>Penha</strong> de<br />
França<br />
Biblioteca Municipal da <strong>Penha</strong> de<br />
França / 18h30<br />
Dia 22<br />
Jazz na Praça - Gonçalo Prazeres<br />
Quinteto<br />
Praça Paiva Couceiro / 19h00 às<br />
20h30<br />
25
FESTA DOS<br />
ANIMAIS<br />
DA<br />
PENHA<br />
17/<strong>setembro</strong>/<strong>2017</strong><br />
a partir das 10h<br />
Na Praça Paiva Couceiro<br />
26<br />
do rio à colina<br />
Para mais informações:<br />
218 160 720<br />
geral@jf-penhafranca.pt