Prop796_Ok
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
O que esperar da mídia da Talent Marcel daqui para frente? Violeta Noya,<br />
recém-contratada para dirigir a área, não tem experiência em trabalhar em<br />
agência de publicidade. Mas traz na bagagem atuação em novos negócios<br />
em diversas empresas. “Vim com a missão estratégica de pensar diferente,<br />
melhorar resultados do digital e turbinar novas frentes”, revela.<br />
O primeiro capítulo da nova empreitada começou muito antes do dia 1º de<br />
agosto, data em que começou a trabalhar na agência. Ela já atuou de finanças<br />
ao marketing em várias companhias e também criou um veículo de comunicação,<br />
a Otima. “Foi quando me apaixonei pela publicidade. Considero-me<br />
uma publicitária, o que faltava era trabalhar em agência. Em conversas com o<br />
João (Livi), a oportunidade apareceu. Ele precisava de uma pessoa empreendedora,<br />
obcecada por melhorar resultados para os clientes. O desafio veio no<br />
momento em que a Otima estava sendo vendida. Considerei que cumpri um<br />
ciclo, a Otima era meu bebê, da criação à venda eu estava presente”.<br />
Foram quatro anos e meio até a Otima ser vendida. De acordo com Violeta,<br />
dentro da Odebrecht Transport era a empresa mais rentável. Com uma marca<br />
consolidada que ajudou a desenvolver o mercado de mídia exterior no Brasil<br />
e ganhou vários prêmios. “Eu brincava que a gente vendia pinga às oito da<br />
manhã, porque o natural das marcas era publicidade na televisão. O que eu<br />
fiz de novo foi usar as práticas da indústria para um veículo de comunicação.”<br />
Violeta chegou à Odebrecht para montar uma incorporadora de baixa renda,<br />
uma joint venture com a Gafisa, chamada Bairro Novo, destinada à população<br />
com renda entre quatro e 10 salários-mínimos, que não conseguiam<br />
financiamento bancário, pois na época era preciso dar 30% de entrada à<br />
compra do imóvel. Com sua experiência em bancos (Sudameris e Citibank),<br />
desenvolveu um produto financeiro que garantisse o financiamento de 90%.<br />
Uma nova oportunidade surgiu quando a parceria com a Gafisa foi desfeita.<br />
O combustível para a criação da Otima veio de uma viagem ao exterior para<br />
conhecer uma companhia que explorava o segmento de mídia out home no<br />
Brasil. Na época, a decretação da chamada Lei da Cidade Limpa havia mudado<br />
radicalmente esse mercado na cidade de São Paulo. A prefeitura paulistana<br />
abrira uma licitação para explorar os poucos espaços que sobraram – basicamente<br />
abrigos em pontos de ônibus e relógios de rua. Na França, ouviu que<br />
ela até poderia entrar numa parceria, mas que, como lhe faltava conhecimento<br />
sobre o ramo, a multinacional abocanharia cerca de 80% do negócio. “Voltei ao<br />
Brasil e contei aos acionistas. Parti para cima: eram apenas duas pessoas e eu.<br />
Trabalhava dia e noite. Fizemos 1.500 páginas para licitação. Além disso, era necessário<br />
produzir os protótipos, fui pinçando as pessoas capacitadas, pois era<br />
“Vim com a missão estratégica de pensar diferente,<br />
melhorar resultados do digital e turbinar novas frentes”<br />
agosto de 2017 31