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Espaço Phília<br />
Plutarco e a Ocidentalização de Cleópatra<br />
Gregory da Silva Balthazar 1<br />
Introdução<br />
Enfrentar o tema Cleópatra é verdadeiramente algo instigante, pois sua história e<br />
pessoa provocam todos os tipos de paixão. O pesquisador, ao escolher a última rainha<br />
egípcia como objeto de pesquisa, se depara, sempre, com dois questionamentos: era ela<br />
realmente bela? Era grega ou egípcia? Ou melhor: era branca ou negra? Como se a cor de<br />
sua pele pudesse definir a qual cultura ela pertencia.<br />
O egiptólogo Zahi Hawass, atual secretário-geral do Conselho Supremo de<br />
Antiguidades, escreveu em um pequeno artigo, intitulado Cleópatra: Queen of Magic, que:<br />
Talvez a mais famosa egípcia de todos os tempos seja Cleópatra <strong>VI</strong>I, a<br />
última rainha do Egito. Quando eu era um rapaz, meu querido amigo<br />
Kamal El-Mallakh, descobridor da barca solar em Gizé, trouxe Elizabeth<br />
Taylor com ele para ver as pirâmides. Taylor trouxe Cleópatra a vida nas<br />
telas de Hollywod e, quando conheci essa intrigante atriz, eu pude ver em<br />
seus olhos o charme desta carismática rainha. 2<br />
1 Bolsista PIBIC/CNPq e pesquisador adjunto da Comissão de Estudos e Jornadas de História Antiga (CEJHA)<br />
e do Grupo de Pesquisa Africanidades, Ideologias e Cotidiano (AIC) da Pontifícia Universidade Católica do<br />
Rio Grande do Sul, sob orientação da Profa. Dra. Margaret Marchiori Bakos. gsbalthazar@gmail.com<br />
2 HAWASS, Zahi. Cleópatra: Queen of Magic. Horus the Inflight Magazine of Egypt, Jan/Fab, 2006, p. 20.<br />
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