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A GUERRA AS DROGAS<br />
`<br />
NO CAMINHO<br />
por João Henriques<br />
DA INTERVENCAO<br />
S<br />
S<br />
O<br />
Rio de Janeiro virou um símbolo<br />
de tudo que deu errado na<br />
política de segurança pública<br />
brasileira. A Cidade Maravilhosa<br />
está longe de ser a mais<br />
violenta do país, mas tudo que acontece<br />
aqui ganha repercussão nacional. Agora,<br />
o Rio virou laboratório para uma pitoresca<br />
intervenção federal na segurança<br />
pública. O governador Pezão (PMDB)<br />
perdeu o comando das polícias, que<br />
agora são controladas por um general<br />
das Forças Armadas, designado pelo<br />
Vampirão que ocupa a cadeira de Presidente<br />
da República.<br />
A notícia da intervenção despertou<br />
uma euforia em parte da sociedade,<br />
animada com a chegada do exército<br />
nas ruas e aguardando dias mais tranquilos<br />
pela simples mudança na cor das<br />
fardas. O governo Temer tentou se aproveitar<br />
do retorno positivo da população<br />
e transformou a ação, que deveria ser<br />
essencialmente técnica, em um espetáculo<br />
com intenções eleitoreiras.<br />
No meio deste circo, um debate que<br />
foi totalmente negligenciado é capaz<br />
deixar a intervenção federal condenada<br />
ao fracasso. A questão é simples: se<br />
nada mudar na política de proibição das<br />
drogas não vai ter força ou inteligência<br />
militar capaz de combater, com resulta-<br />
Fernando Frazão<br />
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