TREINAMENTO DE NATAÇÃO - Aquabarra
TREINAMENTO DE NATAÇÃO - Aquabarra
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TEORIA DO <strong>TREINAMENTO</strong> <strong>DE</strong> <strong>NATAÇÃO</strong><br />
INTRODUÇÃO<br />
Ernest W. Maglischo, Ph.D.<br />
A proposta deste artigo é apresentar um plano de treinamento dos sistemas<br />
de energia nas provas de natação. As informações serão apresentadas em duas<br />
partes. O processo de metabolismo energético vai ser explicado na primeira seção<br />
e as variações das formas de treinamento será descrito na segunda.<br />
METABOLISMO ENERGÉTICO<br />
Nadar do final da piscina ao outro lado é feito possivelmente pela contração<br />
de certos músculos. Os músculos precisam de energia para estas contrações. O<br />
metabolismo energético é um processo no qual a contração muscular é feita e<br />
depois reposta.<br />
A energia é contido de certos metabólitos químicos estocados nos<br />
músculos. O elemento químico principal que suplementa a energia da contração<br />
muscular é o trifosfato de adenosina (ATP). Ele é estocado nas células<br />
musculares. ATP consiste de um componente complexo, adenosina e três<br />
complicados menores partes chamadas grupos de fosfato. Os três grupos de<br />
fosfatos são considerados ligas altamente energéticas, pois cada liga de<br />
adenosina tem um potencial energético. A energia para a contração muscular é<br />
feita quando alguma liga é quebrada, por exemplo, removido do descanso para<br />
um componente através de estimulação de um impulso nervoso. ATP é o único<br />
metabólito químico estocado na musculatura. Infelizmente, existe somente por<br />
poucos segundos. Conseqüentemente, isto deve ser reposto tão rapidamente<br />
quando for sendo utilizado enquanto os atletas nadam as provas.<br />
Existe muitos substâncias adicionais estocadas nos músculos que fornecem<br />
energia para a reposição do ATP. Eles são a fosfato de creatina (CP), o<br />
glicogênio, a gordura e a proteína muscular.<br />
O fosfato de creatina (CP) é a forma mais rápida de reposição do ATP. Estes<br />
passos são feitos de energia e fósforo que foram perdidos no metabolismo do<br />
ATP. Os suplementos musculares de CP são limitados. Existe somente o<br />
suficiente na musculatura por 10 a 15 segundos.<br />
ATP e CP são conhecidos como fosfatos altamente energéticos. Eles<br />
fornecem a maioria da energia utilizada nas provas rápidas nos primeiros 25<br />
metros. O glicogênio muscular começa como principal fonte de reposição quando<br />
o suplemento de CP é prematuramente depletado.<br />
O metabolismo anaeróbio é o termo utilizado para descrever o primeiro<br />
estágio na quebra do glicogênio muscular. Ele é o próximo rápido método para<br />
repor o ATP. Envolve 11 passos e finaliza com a formação do ácido lático. A<br />
maioria dos sérios problemas com o metabolismo anaeróbio é que a acumulação<br />
do ácido lático causa uma queda do pH muscular abaixo da neutralidade de 7.0,<br />
causando acidose. Quando isto acontece, os nadadores perdem coordenação,<br />
força e velocidade.<br />
Iª Clínica Internacional de Natação do Maranhão, São Luiz, 1998<br />
Coordenação Alexandre Pussieldi<br />
Tradução Guilherme Pussieldi<br />
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Um baixo, mas mais eficiente fonte de energia para a reposição do ATP<br />
provem do metabolismo aeróbio do glicogênio. Neste caso, o ácido lático não é<br />
formado, apenas os atletas podem continuar por um longo período de tempo sem<br />
um declínio sério do pH. Metabolismo aeróbio é o termo deste processo. Ele é<br />
lento porque centenas dos processos são envolvidos antes do ATP poder ser<br />
reposto. Conseqüentemente, velocidades de competição não podem ser mantidas<br />
isoladamente pelo metabolismo aeróbio. Atletas devem suplementar a energia<br />
gasta direta do metabolismo aeróbio com energia vinda do metabolismo<br />
anaeróbio, então eles poderão nadar mais rápido suficientemente para serem<br />
competitivos no treinamento e na competição. Este fato sem esquecer que atletas<br />
que estão bem treinados requerem menos energia das fontes anaeróbias durante<br />
as provas. O efeito mais importante para o treino de endurance é reduzir a<br />
quantidade requerida de suplementação anaeróbia para nadar na velocidade<br />
de prova.<br />
O teste de lactato é um método para estimar a quantidade desta redução.<br />
Este método pode quantificar o limiar anaeróbio no qual a velocidade aonde o<br />
metabolismo anaeróbio começa a ser o maior contribuidor de energia.<br />
Gordura e proteína fornecem energia utilizada para repor ATP quando o<br />
suplemento de glicogênio muscular é baixo e quando os atletas estão nadando em<br />
velocidades baixas. Ambos podem ser metabolizados aerobiamente quando o<br />
processo de gasto energético é baixo e quando o glicogênio é usado.<br />
Quando os atletas estão bem alimentados, existe glicogênio suficiente para<br />
suportar o exercício por uma ou duas horas, dependendo da intensidade do<br />
trabalho. Gordura e proteína começa a ser a principal fonte de energia depois<br />
disso. De qualquer modo, atletas deveriam evitar utilizar grandes quantidades de<br />
proteínas neste caso. Eles vão literalmente canibalizar seu próprio tecido<br />
muscular. Conseqüentemente eles vão perder força e endurance. Uma dieta<br />
quando está acima da metade das calorias diárias estão carbohidratadas, e vão<br />
manter o glicogênio muscular a um nível alto, então menos proteínas vão ser<br />
utilizadas para reposição do ATP.<br />
DUAS FORMAS <strong>DE</strong> <strong>TREINAMENTO</strong><br />
Existem duas categorias gerais de treinamento que os nadadores deveriam<br />
utilizar para melhorar as várias fases dos processos metabólicos. Elas são:<br />
Endurance e treino de sprint. Existem várias subcategorias com cada uma<br />
dessas duas fases. Estas duas formas gerais de treinamento vão ser discutidas<br />
nas próximas sessões.<br />
<strong>TREINAMENTO</strong> <strong>DE</strong> ENDURANCE<br />
Esta forma de treinamento melhora o metabolismo aeróbio, portanto os<br />
atletas podem nadar mais rapidamente com menos energia vinda do metabolismo<br />
anaeróbio. Deste modo, o treinamento de endurance faz ser possível para os<br />
atletas nadarem mais rápido direto do meio das provas sem começar a fadigar.<br />
Iª Clínica Internacional de Natação do Maranhão, São Luiz, 1998<br />
Coordenação Alexandre Pussieldi<br />
Tradução Guilherme Pussieldi<br />
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Efeitos do treinamento de endurance. Seguindo uma lista de importantes<br />
mudanças fisiológicas que são responsáveis por aumentar o metabolismo aeróbio.<br />
1. Uma redução do nível de produção de ácido lático quando nada<br />
em velocidades submáximas. Esta é uma dúvida primária para um<br />
aumento para suprimento da musculatura. Este aumento é feito através<br />
da respiração, circulação e mudanças musculares que aumentam: a)<br />
Abertura dos alvéolos; b)Capacidade de difusão pulmonar; c) Volume<br />
pulmonar; d) Capilares em volta da musculatura; e) Volume sangüíneo;<br />
f) Hemoglobina total; g) Tamanho e número de mitocôndrias nos<br />
músculos.<br />
2. Um aumento da quantidade de glicogênio estocados nos<br />
músculos natatórios. A quantidade pode ser duplicada em atletas bem<br />
treinados.<br />
3. Um aumento da atividade enzimática do metabolismo aeróbio.<br />
4. Um aumento do nível de remoção do ácido lático da musculatura<br />
natatória. Isto pose ser o mais importante dos efeitos do treinamento<br />
para provas de 100m ou mais.<br />
Subcategorias do treinamento de endurance: Treinamento de endurance<br />
deve ser conduzido em níveis de intensidade. Elas são chamadas limiar,<br />
sobrecarga e básico.<br />
Treinamento de endurance no limiar. Este é o mais efetivo modo de<br />
treinamento de endurance. O metabolismo aeróbio de sobrecarga deve ser no<br />
máximo sem entrar no metabolismo anaeróbio por uma grande extensão. A<br />
endurance vai aumentar tão rapidamente como ela pode, quando os nadadores<br />
treinam nesta intensidade. A velocidade das repetições no limiar devem<br />
corresponder aos níveis individuais do limiar do lactato para cada nadador. O<br />
limiar do lactato pode ser determinado pelo teste sangüíneo, pelo T-30 ou<br />
simplesmente nadando uma série longa de repetições com curto descanso numa<br />
velocidade média mais rápido possível.<br />
O glicogênio muscular é a primeira fonte de energia para este nível de<br />
treinamento de endurance. Conseqüentemente, os nadadores não vão ser<br />
capazes de fazer mais de duas séries com descanso de 24 a 36 horas sem<br />
começar a depletar esta substância. Por esta razão, os nadadores devem<br />
provavelmente nadar somente de 3 a 5 séries de limiar por semana, dependendo<br />
do que se quer ou eles estão treinando uma ou duas vezes por dia.<br />
Qualquer distância de série pode ser utilizada para o treinamento de limiar.<br />
As séries devem ser de 2000 a 3000m de distância para nadadores seniores. Elas<br />
podem ser de 800 a 2000m para nadadores jovens. O guia pode ser utilizado por<br />
nadadores de qualquer idade ou nível de habilidade que são séries de limiar<br />
requeridos de 20 a 40 minutos para completar.<br />
O tempo de intervalo deve ser pequeno. Eles devem ser não mais que 10 a<br />
30 segundos nas séries de 400m e menos. Eles podem ser de 30 segundos a 1<br />
minuto para séries longas.<br />
As séries devem ser nadadas no melhor tempo possível que os nadadores<br />
podem manter até completar a série. Menos exato, é que a FC deve ser de 170 a<br />
Iª Clínica Internacional de Natação do Maranhão, São Luiz, 1998<br />
Coordenação Alexandre Pussieldi<br />
Tradução Guilherme Pussieldi<br />
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190bpm. Um nível de esforço de 8 a 9 numa escala de 10 pontos corresponde a<br />
intensidade correta.<br />
Treinamento de endurance na sobrecarga: Os atletas devem nadar as<br />
séries de endurance pouco acima do limiar anaeróbio. Esta intensidade de<br />
treinamento provém um estímulo que encoraja futuros aumentos na capacidade<br />
aeróbia quando tem um platô. O treinamento de sobrecarga é estressante e deve<br />
ser utilizado poucas vezes.<br />
Séries de distâncias de 25 a 2000m podem ser utilizados para esta<br />
proposta. As séries devem ser de 1200 a 2000m ou de 15 a 25 minutos. Os<br />
nadadores não podem nadar freqüentemente acima do limiar por muito tempo,<br />
pois isto provocará uma acidose severa.<br />
Os intervalos devem ser curtos. Eles devem ser iguais aos recomendados<br />
no treinamento de limiar, embora eles podem ser aumentados para encorajar os<br />
atletas a nadarem mais rápido.<br />
A velocidade das séries devem ser de 1 a 2 segundos para 100m mais<br />
rápida que a velocidade média nas séries de limiar. A FC deve ser na mais alta<br />
sensação de esforço, entre 9 ou 10.<br />
O glicogênio muscular deve ser a primeira fonte energética que os<br />
nadadores podem começar a depletar, fazendo mais séries de sobrecarga por<br />
semana. Uma ou duas séries por semana é bom.<br />
Treinamento de endurance básico: Esta forma de treinamento de<br />
endurance é feito em velocidades moderadas. Isto vai aumentar a endurance e<br />
constituir a maior forma de treinamento de endurance para todos os atletas de<br />
endurance. Na teoria, treinamento de limiar e sobrecarga deveriam aumentar a<br />
endurance rapidamente e estende-la porque o metabolismo aeróbio é carregado<br />
de sobrecarga nesses níveis de treinamento. De qualquer modo, a visão dos<br />
métodos de treinamento indica que estes níveis são utilizados escassamente (dois<br />
ou três vezes por semana) por razões que não são completamente entendidas até<br />
este momento. Talvez seja porque o treinamento básico de endurance é a única<br />
maneira de treinamento de endurance que pode ser utilizado quando os atletas<br />
necessitam de tempo para encher seus músculos de suplementos de glicogênio.<br />
Muito da energia vinda do metabolismo das gorduras os atletas podem repor o<br />
glicogênio muscular rapidamente que está sendo utilizado quando eles estão<br />
treinando em velocidades de endurance básica. Talvez, por isso, isto pode fazer a<br />
possibilidade que o limiar e a sobrecarga produz acidose considerável na qual, se<br />
utilizado diariamente, irá conduzir a problemas musculares e overtraining.<br />
Alguma parte do treinamento de endurance básico pode e deve ser feito<br />
todos os dias. Qualquer distância de repetição pode ser utilizada. As séries devem<br />
Ter um mínimo de 1000 metros para proporcionar um efeito no treinamento. Eles<br />
poderão ser longas até quanto a motivação dos nadadores permitir.<br />
O tempo de descanso deve ser bem curto. O tempo de descanso varia de 5<br />
a 30 segundos, o que é o ideal.<br />
A velocidade das séries devem ser de 4 a 8 segundos mais lentos que a<br />
velocidade de limiar.<br />
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Coordenação Alexandre Pussieldi<br />
Tradução Guilherme Pussieldi<br />
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TREINO <strong>DE</strong> SPRINT<br />
A proposta desta categoria de treinamento é aumentar a velocidade de<br />
nado. Isto irá auxiliar os velocistas para ficarem mais rápidos em suas provas e irá<br />
auxiliar os nadadores em todas as provas a fazerem suas provas mais rápidas. As<br />
propostas são feitas de três maneiras:<br />
1. Aumentando a capacidade de tamponamento<br />
2. Aumentando o nível do metabolismo anaeróbio<br />
3. Aumentando a potência das braçadas<br />
Estas três subcategorias de treinamento de sprint podem executar nesta<br />
proposta. Elas são divididas em: treino de tolerância ao lactato, treino de produção<br />
de lactato e treino de potência.<br />
Treino de tolerância ao lactato (tamponamento): A maior proposta desta<br />
forma de treino de sprint é aumentar a capacidade de tamponamento da<br />
musculatura. Quando o músculo tampona o ácido lático, esta substância começa a<br />
enfraquecer mais que pode ser produzido sem causar um declínio rápido do pH<br />
muscular. Isto permitirá aos atletas utilizarem metabolismo anaeróbio por um<br />
tempo um pouco maior antes de começar a ficar fadigado. Aumentar a capacidade<br />
de tamponamento é útil para os atletas nas provas de 100 a 400 metros.<br />
Outro aspecto importante de aumentar a capacidade de tamponamento<br />
poderá ter benefícios psicológicos. Os atletas poderão aumentar a capacidade de<br />
suportar a dor. Eles forçarão mais quando sentirem a dor da acidose sem parar.<br />
O melhor tipo de série está entre 75 a 200 metros. Ela vai produzir níveis<br />
altos de ácido lático. Estas distâncias possibilitam um grande estímulo para o<br />
tamponamento. Séries de 50 metros podem ser utilizadas se elas forem feitas de<br />
duas a quatro repetições com intervalos curtos. As séries devem ter de 600 a 1000<br />
metros. As séries que são longas não podem ser feitas em uma intensidade<br />
suficiente.<br />
O período de intervalo deve ser longo o suficiente para permitir aos<br />
nadadores recuperarem-se da acidose de cada repetição (ou combinação de<br />
séries de 50) podem ser feitas com uma alta qualidade. De três a sete minutos<br />
deve ser suficiente. Atletas devem nadar solto entre as séries para apressar a<br />
recuperação.<br />
Os atletas devem nadar próximo de suas velocidades máximas nas séries.<br />
Elas devem ser pelo menos de 85 a 95% da velocidade de competição. A F.C.<br />
deve ser máxima com uma sensação de percepção de esforço de 10 na escala.<br />
Distância acima das provas podem ser nadadas para aumentar o senso dos<br />
atletas de passagem.<br />
Este tipo de treinamento é muito estressante. Uma ou duas séries por<br />
semana é provavelmente suficiente para a maioria dos nadadores. Os velocistas<br />
devem fazer de três a quatro séries por semana durante os períodos mais<br />
intensos da temporada.<br />
Treino de produção de lactato: O princípio desta proposta de treino é<br />
aumentar a velocidade de nado. Um aumento no nível do metabolismo anaeróbio<br />
proporciona energia rápida para a musculatura. Isto será importante depois dos<br />
primeiros 10 a 15 segundos das provas, quando o suplemento de CP foi reduzido.<br />
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O treino de produção de lactato deverá fazer, dentro do possível, os atletas<br />
nadarem mais rápido o final das provas de 50 e 100 metros.<br />
A melhor distância de série nesta proposta é de 25 a 50 metros. Estas<br />
distâncias são longas suficientes para encorajarem alto níveis de produção de<br />
ácido lático sem produzir uma longa acidose. A acidose reduzirá o nível de<br />
metabolismo anaeróbio e estragará a proposta deste tipo de treinamento. O<br />
volume ideal é entre 300 a 800 metros.<br />
O tempo de intervalo deve ser de 1 a 3 minutos para permitir uma remoção<br />
do ácido lático para uma subsequente repetição poder ser feita em velocidade<br />
altas. A velocidade deve ser máxima. Os esforços devem ser máximos, mas os<br />
nadadores não devem experimentar a dor. A dor indica acidose, e como<br />
mencionado anteriormente, acidose reduzirá o nível de produção de ácido lático.<br />
O treino de produção de lactato pode ser feito em pequenas partes todo o<br />
dia. Três a quatro séries por semana devem ser suficientes para produzir o efeito<br />
desejado.<br />
Treino de potência: Um aumento na potência de braçada é o desejo desta<br />
forma de treinamento. As razões porque o aumento da potência de braçada irá<br />
aumentar a velocidade de nado parecem ser óbvias. Os nadadores serão capazes<br />
de exercer mais potência com níveis rápidos de queda. A um tempo atrás<br />
acreditava-se que o aumento tinha que ser junto com um fosfato energético alto.<br />
Isto agora, aparentemente, tem que ter muito pouco . Os aumentos das forças<br />
musculares e o recrutamento neuromuscular são provavelmente a principal<br />
adaptação que permitem os nadadores nadar com mais potência.<br />
A melhor série de repetição é de 5 a 25 metros. Elas permitem aos atletas<br />
nadarem mais rápido do que nas provas. Portanto, elas proporcionarão uma<br />
sobrecarga de potência muscular por braçada com grande força e com níveis<br />
rápidos de queda As séries devem ser de 100 a 300 metros.<br />
O tempo de intervalo deve ser de 30 segundos a 3 minutos para permitir a<br />
reposição do fosfato de creatina para os atletas nadarem rapidamente novamente.<br />
Os esforços devem ser máximos. A dor não pode ser sentida, porque a acidose<br />
não deve tomar lugar.<br />
Os atletas devem utilizar os níveis de quedas das competições nestas<br />
séries. Eles devem tentar manter o máximo comprimento de braçada. Três ou<br />
quatro séries por semana devem ser suficientes para aumentar a potência<br />
muscular.<br />
Nadar contra a resistência na água pode auxiliar no aumento da potência.<br />
Esta forma de treinamento é chamado de velocidade de resistência. Os atletas<br />
devem ter certeza de manterem os níveis das quedas de competição o mais longo<br />
comprimento possível .<br />
Outra inovação no treino de potência tem sido utilizado artifícios para<br />
auxiliar nadadores para nadarem mais rápido do que eles podem nadar sem<br />
auxílio. Esta forma de treino tem, por razões óbvias, sido chamado de velocidade<br />
auxiliada. Velocidade com pé-de-pato e palmar são formas efetivas de executar<br />
este tipo de treino. Nadar puxando tubo cirúrgico é excelente. Velocidade auxiliada<br />
pode produzir um tipo de sobrecarga na velocidade que não pode ser ativada de<br />
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outra maneira. Os nadadores devem ser encorajados a manter um comprimento<br />
bem longo de braçada.<br />
<strong>TREINAMENTO</strong> BALANCEADO<br />
A proporção de treino envolvido em cada destas seis categorias é<br />
provavelmente o fator de treinamento mais importante para o sucesso dos<br />
nadadores. Quando o treino de endurance é relacionado, o “overuse” do limiar e a<br />
sobrecarga de treinamento podem resultar na depleção do glicogênio e no<br />
“overtraining”. O “overuse” de treino de sprint pode causar saturação e perda de<br />
motivação. Muito treino de produção de lactato pode precipitar o “overtraining”. As<br />
seguintes proporções de metragem semanal são recomendados, baseados nestas<br />
considerações.<br />
Aquecimento e soltura<br />
Limiar e sobrecarga<br />
Treino de Endurance<br />
Treino de Endurance Básico<br />
Treinamento de Sprint<br />
15 - 20%<br />
15 - 20%<br />
60 - 70%<br />
5 -10%<br />
Estas proporções são ideais para nadadores de meio fundo. Nadadores de<br />
fundo não precisam mudar para alguma extensão apreciável. Os nadadores de<br />
fundo farão uma grande quantidade de treino de endurance na mesma<br />
percentagem, porque eles nadam mais metros por semana. Os velocistas devem<br />
reduzir a quantidade total de treino de endurance por 10 - 20% durante a fase de<br />
endurance e 30 – 50% durante a fase competitiva. Os percentuais de cada<br />
categoria de treinamento não devem mudar muito, com exceção dos percentuais<br />
de treino de sprint, que devem aumentar entre 15 a 20% durante a fase específica.<br />
PRÓXIMO PASSO – SISTEMÁTICA DA SOBRECARGA NOS SISTEMAS<br />
ENERGÉTICOS<br />
O conceito de treinamento de limiar anaeróbio e sistemas de energia<br />
aproximam-se do treinamento que tem sido por nós nas últimas duas décadas. Os<br />
métodos de construção das séries pelos vários sistemas de energia tem sido bem<br />
conhecido, porém a aproximação para utilizar estes procedimentos tem sido<br />
perdidos. A maioria de nós tem simplesmente designado séries para cada sistema<br />
de energia e espera que os atletas nadem as séries progressivamente rápido<br />
como eles aumentam. Aumentar as repetições de velocidade é a única maneira<br />
dos nadadores poderem aumentar a desenvolver os sistemas de energia. Na<br />
verdade, isto é provavelmente o menos efetivo dos métodos disponíveis. Os<br />
nadadores somente parecem aumentar por curto tempo. 4 – 6 semanas, com<br />
aproximação antes dos seus platôs.<br />
Eu acredito que o próximo passo na metodologia de treinamento é o<br />
desenvolvimento de uma sistemática de progressão da sobrecarga que vai auxiliar<br />
os técnicos e os atletas a controlar e controlar o processo de adaptação mais<br />
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efetivamente. O método deveria ser baseado no princípio progressão as<br />
sobrecarga. A aplicação deste princípio é basicamente provido por aumentos, não<br />
somente de força muscular, mas também outras capacidades físicas. A<br />
progressão da sobrecarga deve ser aplicada com cuidado no treinamento de<br />
endurance como no treinamento de pesos.<br />
As variáveis que você pode controlar no treinamento de natação são<br />
volume (número de repetições), intensidade (velocidade das repetições) e<br />
densidade (o período de descanso entre as séries). Uma sistemática aumenta em<br />
uma parte ou no todo dos três que devem resultar em um aumento. Como<br />
mencionado anteriormente, a técnica usual tem sido aumentar a intensidade.<br />
Certamente, aumentar a velocidade é o último objetivo do nadador. Esta técnica<br />
pode não ser a mais efetiva. Aumentar a velocidade é o mesmo que em um treino<br />
de musculação, tentando aumentar o peso cada vez que é levantado, sem mudar<br />
o número de repetições ou o intervalo entre as séries. Nós sabemos que está<br />
técnica não deverá ser efetiva no treino de pesos. Mas pode ser o melhor<br />
caminho para a sobrecarga no treino de endurance (Alex Nikitin).<br />
A melhor técnica para o treinamento de natação deve ser o aumento<br />
sistemático do número de repetições ou a diminuição do intervalo quando alguma<br />
quantidade predeterminada anteriormente atenda ao aumento de velocidade.<br />
Quando a meta é atingida, o nadador deve ser capaz a retornar ao número original<br />
e ao intervalo e nadar mais rápido. Deixe-me sugerir uma técnica que é baseada<br />
no que nós conhecemos sobre metabolismo energético.<br />
Como mencionado anteriormente neste artigo, existem pelo menos 6 fases<br />
no sistema metabólico de energia que fazem algo diferente para contribuir no<br />
sucesso da natação. Eles são definidos como:<br />
1. Limiar Aeróbio, que corresponde ao treino de endurance básico<br />
(End –1).<br />
2. Limiar Anaeróbio, que corresponde ao treino de endurance no<br />
limiar (End-2)<br />
3. Consumo Máximo de Oxigênio, que corresponde ao treino de<br />
endurance de sobrecarga (End-3)<br />
4. Capacidade de Tamponamento Muscular, que corresponde ao<br />
treino de tolerância ao lactato (Sp-1)<br />
5. Capacidade Glicolítica Muscular, que corresponde ao treino de<br />
produção de lactato (Sp-2)<br />
6. Treino de Potência Muscular, que corresponde ao treino de<br />
potência (Sp-3)<br />
Os passos recomendados são: (1) estabelecer um teste de série de<br />
repetição que mede apuradamente a capacidade das fases 2 até a 5 do sistema<br />
metabólico de energia; (2) para aumentar o número de repetições em cada série<br />
para alguns predeterminados números que indicam a capacidade do nadador<br />
tem aumentado em uma particular fase; e (3) para retestar e começar um novo<br />
processo.<br />
A seguir algumas sugestões das séries testes e metas de treino:<br />
Limiar Anaeróbio: Isto tem sido mostrado que os atletas podem somente nadar<br />
no ritmo do limiar por aproximadamente 30 minutos (Olbrecht, et al., 1985).<br />
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Pequenos períodos de tempos podem ser mantidos nas velocidades que são<br />
mais rápidas que o ritmo do limiar, enquanto longos períodos de tempos não<br />
podem ser mantidos no ritmo do limiar. Conseqüentemente, uma série de teste<br />
que pode representar o limiar anaeróbio é 5x400 com 15-30 segundos de<br />
intervalo entre as repetições. Quando os atletas puderem nadar 10 a 12x400 na<br />
mesma velocidade e com o mesmo intervalo, eles terão provavelmente<br />
melhorado os limiares. Na verdade, esta previsão da velocidade de limiar<br />
provavelmente agora representa o novo limiar anaeróbio. Quando isto acontece,<br />
eles poderão repetir o teste inicial e proceder da mesma maneira.<br />
Nadar mais e mais os 400 metros no mesmo intervalo e na mesma<br />
velocidade, pode também começar a ser um pouco chato mesmo embora seja o<br />
caminho mais apurado para medir as melhoras. Talvez o aborrecimento possa<br />
ser evitado transportando a média de velocidade no teste de 400 como um tempo<br />
de referência para séries de 100 metros. Por exemplo, uma velocidade média de<br />
4’16 para 5x400 começa como uma referência de 1’04 por 100 metros num total<br />
2000 metros de série (5x400). Conseqüentemente, uma ‘série de 20x200 com<br />
15-20 segundos de intervalo entre as repetições pode ser nadada numa média<br />
de 2’08, que indica uma variação no treinamento.<br />
Para nadadores jovens ou menos habilidosos, qualquer série de intervalo<br />
curto que requer 20 a 30 minutos para ser completada servirá como um teste<br />
adequado. Quando eles puderem nadar a série em menos de 40 a 50 minutos, o<br />
teste original os seus limiares deverão ter aumentado.<br />
VO2 Máximo: Atletas podem normalmente manter esta intensidade por 10 a 15<br />
minutos. Conseqüentemente, 6x200 com 15-30 segundos de descanso entre as<br />
repetições deve ser um teste adequado para a maioria dos nadadores seniores.<br />
Uma série menor que 15-20 minutos servirá para nadadores jovens ou menos<br />
experientes. Quando os atletas puderem completar 12 ou 15x200 na mesma<br />
velocidade, eles estarão prontos para o reteste. Da mesma maneira, quando uma<br />
série puder ser mantida por 30 minutos na velocidade do teste original, deverá<br />
ser feito o reteste. Como no treinamento do limiar, a média de velocidade de<br />
6x200 pode ser reduzido como referência para o ritmo de 100, e as séries podem<br />
ser montadas nesta mesma proposta.<br />
Tolerância do Lactato: Nenhuma das duas séries podem medir esta capacidade<br />
precisamente. A primeira deve ser 8x50 a cada 1’00. A segundo, 4x100 a cada<br />
2’00. Os nadadores devem treinar até conseguirem completar 20 a 30x50 ou 12 z<br />
20x100 no ritmo do teste inicial para fazer o reteste.<br />
Produção de Lactato: O melhor teste para esta capacidade é 4x5o a cada 2’00.<br />
Os nadadores devem treinar até conseguirem completar 15 a 20x50 na mesma<br />
velocidade para depois retestar.<br />
Potência: Uma série de 4x25 a cada 1’30 deve ser testada para medir esta<br />
capacidade precisamente. Os nadadores devem treinar até conseguirem<br />
completar 20 a 30x25 no mesmo intervalo para antes de retestar.<br />
Os testes e os tempos de cada sistema energético deve ser colocado em<br />
um gráfico.<br />
Procedimentos para o Treinamento com as Séries Testes:<br />
Iª Clínica Internacional de Natação do Maranhão, São Luiz, 1998<br />
Coordenação Alexandre Pussieldi<br />
Tradução Guilherme Pussieldi<br />
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A experiência tem mostrado que certas regras são necessárias para utilizar<br />
efetivamente este método de progressão da sobrecarga.<br />
1. O tempo cronometrado deve ser consistente e preciso.<br />
2. Os procedimentos devem ser estabilizados para determinar o sucesso ou<br />
o fracasso quando os nadadores tentarem aumentar as distâncias das séries ou<br />
os números de repetições para com a meta de número de repetições ou a<br />
distância da série. Para esta proposta, eu sugiro que as repetições não devam<br />
ser mais que 3% mais lentas do que a média da série teste, elas devem ser<br />
descontínuas ou completas em um ritmo mais lento. Este procedimento auxiliará<br />
os nadadores a evitar os sintomas da fadiga crônica que os resultados de tentar<br />
nadar em uma alta velocidade e uma alta intensidade freqüentemente.<br />
REFERÊNCIAS<br />
OLBRECHT, J; MADSEN, O; MA<strong>DE</strong>R, A; LIESEN, H & HOLLMAN, W. Relation<br />
between swimming velocity ald lactic acid concentration during continuous<br />
and intermittent trainning exercise. International Journal of Sports<br />
Medicine. v. 6, n.2, p. 74-77, 1988.<br />
HARTMAN, U; MA<strong>DE</strong>R, A. Importance of the lactate parameter for performance<br />
diagnosis and for the regulation of training in top competition athletics and in<br />
recreational sports. Workshop Report Accusport, March 18, 1994, p. 9-20.<br />
NIKITIN , Alex. Comunicação Pessoal. (1995)<br />
Iª Clínica Internacional de Natação do Maranhão, São Luiz, 1998<br />
Coordenação Alexandre Pussieldi<br />
Tradução Guilherme Pussieldi<br />
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