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Vanessa Silvestre<br />

Rodrigo Lopes<br />

Famílias brasilienses que<br />

abriram suas casas para<br />

receber turistas têm como<br />

legado as novas amizades<br />

PODE ENTRAR, A<br />

PORTA ESTÁ ABERTA!<br />

Luiz Mauro e família: novos amigos e chapéu Panamá<br />

Mudanças na rotina, novas<br />

experiências e amizades.<br />

Assim foi a Copa<br />

do Mundo para as 151<br />

famílias brasilienses que abriram as<br />

portas de casa para receber os turistas<br />

que vieram aproveitar o Mundial na<br />

capital federal. Elas participaram do<br />

Programa de Hospedagem Alternativa<br />

Cama e Café, lançado pela Secretaria<br />

de Turismo do GDF e coordenado pela<br />

Associação dos Dirigentes de Vendas<br />

e Marketing do Brasil. Ao todo, mais<br />

de 100 visitantes usaram o serviço. A<br />

idéia era oferecer aos turistas não apenas<br />

um lugar para ficar, mas também<br />

uma forma diferente de viver a cidade.<br />

“Muitas vezes a hospedagem convencional<br />

inibe grupos interessados em<br />

usufruir da viagem como um verdadeiro<br />

intercâmbio cultural, além de tarifas<br />

mais acessíveis,” como explica o coordenador<br />

do projeto Newton Garcia.<br />

E os preços realmente eram mais em<br />

conta. O valor médio da diária ficou em<br />

R$ 200,00. O tempo de permanência<br />

ficou em média dois dias.<br />

Dos que optaram pela hospedagem alternativa,<br />

52% eram brasileiros e 48%<br />

estrangeiros de pelo menos oito países<br />

diferentes. E quem não se lembra<br />

do “mar amarelo e vermelho” que invadiu<br />

as ruas da capital? Os colombianos<br />

tomaram conta da cidade e eles foram<br />

34% dos usuários desse serviço.<br />

A família de Firmino da Silva Amaral recebeu<br />

tres deles, além de uma americana<br />

e dois paulistas. Ele conta que o povo<br />

é muito alegre. “A gente conseguia se<br />

entender, não falamos muito espanhol,<br />

mas sempre dá para se virar.”<br />

Firmino, que já é aposentado, mora<br />

com a esposa e freqüentemente os<br />

três netos visitam o casal. Para os<br />

pequenos foi uma diversão só. Os<br />

hóspedes gostavam muito de brincar<br />

com as crianças.<br />

Além disso, Firmino levava e buscava<br />

os novos amigos na visitação aos<br />

pontos turísticos. E para recebê-los<br />

foram compradas roupas de cama novas<br />

e outras melhorias que somadas<br />

custaram cerca de três mil reais. O<br />

aposentado disse que conseguiu recuperar<br />

o valor gasto, mas não quis<br />

revelar qual foi o lucro.<br />

A família diz que a troca de experiências<br />

foi muito rica. E para eles o grande legado<br />

da Copa foi a amizade que se manteve,<br />

mesmo todos voltando para casa.<br />

“Nos comunicamos quase diariamente.<br />

Pela internet já conhecemos a família.”<br />

A troca de carinho também foi vista na casa<br />

do servidor público Luiz Mauro. Só que para<br />

eles a idéia foi mostrar como realmente<br />

vive uma família de Brasília. Por isso, não<br />

mudaram a rotina com as filhas - uma de<br />

quatro e outra de cinco anos. “A gente queria<br />

que eles vissem a intimidade da família<br />

brasileira. Por isso não mudamos nada e<br />

também puxávamos muito pelo português<br />

porque eu acredito que quem vem<br />

visitar o nosso país tem que conhecer a<br />

nossa língua também,” relata a técnica do<br />

judiciário, Eliane Ferreira dos Santos.<br />

A família recebeu na casa onde moram<br />

na 716 Sul dois equatorianos, um colombiano<br />

e dois casais do Paraná.<br />

Como boa mineira apenas comidas típicas<br />

no cardápio: pão de queijo, canjica e<br />

outros pratos genuinamente brasileiros.<br />

“Foi uma experiência ótima. É muito bom<br />

conhecer outras culturas, principalmente<br />

a colombiana. Sempre quisemos conhecer<br />

a Colômbia e até nos ofereceram hospedagem<br />

por lá. De presente nos deram<br />

os chapéus do Panamá”, conta Eliane.<br />

Até agora, o Cama e Café tem para oferecer<br />

aos turistas casas em até 15 regiões diferentes.<br />

A maioria delas fica na Asa Sul e no<br />

Lago Norte. Outras 203 ainda aguardam a<br />

aprovação da visita técnica do programa.<br />

EVOKESET2014<br />

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