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Monografia Ozymandias

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57<br />

[53] Um famoso exemplo de match cut do filme 2001: Uma Odisséia no Espaço (1968), de Stanley Kubrick<br />

Outra técnica utilizada para o senso de continuidade que<br />

provoca grande impacto de efeito é o match cut, que estabelece<br />

relação e conexão entre cortes de cenas espacialmente e temporalmente<br />

diferentes, mas que combinam-se tanto no visual<br />

quanto no sonoro, podendo trazer um sentido metafórico ou<br />

simbólico para a sequência (DUCKWORTH, 2008) [53].<br />

Passagem de tempo<br />

Diversas técnicas de filmagem e edição são utilizadas para controlar<br />

a passagem do tempo no cinema e no audiovisual. Nesta<br />

contextualização, irei definir algumas relevantes para a análise,<br />

que são: vídeo acelerado, câmera lenda, timlapse e jump cuts.<br />

Tanto o vídeo acelerado quanto a câmera lenta modificam<br />

o tempo do material filmado de maneira uniforme, de<br />

modo a parecer mais rápido do que a velocidade de tempo real<br />

(vídeo acelerado), ou mais lento do que a velocidade de tempo<br />

real (câmera lenta). Para ambos os casos não há uma velocidade<br />

definida que deva ser utilizada, cabendo ao editor decidir<br />

qual velocidade melhor se aplica (BROOKLYN COLLEGE, 2015).<br />

A timelapse é um recurso fotográfico de passagem extremamente<br />

acelerada de tempo por meio de fotografias sequenciais<br />

com um intervalo unitário entre si. Este intervalo pode<br />

variar de segundos, minutos, horas e até mesmo dias. Quando<br />

colocados na sequência de 24 planos por segundo, as fotos timelapse<br />

são capazes de reproduzir uma passagem de tempo<br />

muito mais acelerada do que o recurso de aceleração de vídeo.<br />

Vale adicionar que, dependendo da quantidade de fotos tiradas<br />

em um intervalo de tempo, a timelapse pode conter uma<br />

reprodução bastante similar a de aceleração de vídeo, porém<br />

com um efeito muito mais acelerado.<br />

Por fim, os jump cuts, que se trata da junção de dois planos<br />

em tempos descontínuos dentro de uma ação contínua.<br />

Como resultado, a sequência apresenta um mesmo personagem/objeto<br />

em dois ou mais planos mas variações sutis, criando<br />

um efeito de avanço de tempo por meio de saltos na sequência<br />

(HOOPER, 2015).

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